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Quando duas massas se encontram, uma cidade para e se deleita em um dos jogos mais tradicionais do Brasil. Uma prova disso é que em 2016, Sport e Santa Cruz comemoram o centenário do Clássico das Multidões. Mais que torcidas, as nações leonina e coral compareceram à Ilha do Retiro, na tarde deste domingo (21), para assistir a primeira partida do ano entre o Leão e a Cobrinha. Antes do início da partida, empolgação, otimismo e principalmente o sentimento de paz tomaram conta dos “verdadeiros torcedores”, que se concentraram apenas na rivalidade dentro do gramado e esbanjaram companheirismo antes da bola rolar.
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O vermelo e o preto dominaram boa parte das ruas localizadas próximo ao estádio do Sport. Mas as camisas tricolores também coloriram o cenário, deixando ainda mais bonito o clima que antecedeu a partida. Mesmo não se tratando de um dos maiores públicos para o tradicional clássico, o público que compareceu ao estádio neste domingo tem torcedores que amam seus clubes de verdade.
O gerente de logística Caio Rodrigues Nunes chega a rejeitar o pedido do seu filho em prol do Santa. “Meu filhinho pequeno pede para eu não ir ao jogo, mas não tem jeito! Sport e Santa Cruz é minha vida. Tenho que estar aqui, na Ilha das Fantasias”, brinca o torcedor do Tricolor, esperançoso na vitória da Cobrinha. O estudante Everton Santana, além de torcer fervorasamente, arranhou na sua própria pele a paixão pelo clube. “Este jogo é tudo. Temos que ganhar de toda forma do Sport. Minhas tatuagens representam o quanto eu amo o Santa Cruz”, disse Everton.
A paixão da torcida rubro-negra não fica por menos. De bandeiras, tatuados ou com os rostos pintados, os leoninos demonstram o quanto amam o Leão da Ilha do Retiro. Uma prova disso é o estudante Jeferson Lopes, de 25 anos. Um acidente em seu parto acabou o deixando paralítico, mas, apesar de toda a dificuldade de mobilidade, ele não deixa de ir aos jogos do Sport.
“Não posso deixar de vir aos jogos do Sport. É o time do meu coração! Se tratando de Sport e Santa, a rivalidade é enorme e a emoção toma conta de todos”, relatou o torcedor. Jeferson mora em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, e leva cerca de uma hora para chegar à Ilha do Retiro, sozinho ou acompanhado de amigos.