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Dia 13 de abril, no Chevrolet Hall, ocorre a sétima edição do festival Canta Recife. A série de shows conta com grandes nomes da musical gospel, como Oficina G3 e Diante do Trono. Também aparece no line-up a atração internacional Fireflight, vinda dos Estados Unidos.

A última edição contou com 14 mil pessoas e consagrou o Canta Recife como maior evento gospel do Nordeste. Mais uma vez ele será gravado e exibido na Rede Globo como o Festival Promessas. Os ingressos já estão sendo vendidos em alguns pontos de venda, na internet e na bilheteria da casa de shows.

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Serviço

Festival Canta Recife

13 de abril | Chevrolet Hall (Av. Agamenon Magalhães, S/N)

3207 7500

Pista

R$ 60 (inteira) 30 (meia)

R$ 40 (pista social)

Fronstage

R$ 140 (inteira) 70 (meia)

Camarote

R$ 1000 (camarote 1º)

R$ 900 (camarote 2º)

R$ 800 (camarote 3º)

A eleição de um Papa procedente de um continente onde vivem 40% dos católicos do mundo se insere também na tentativa da Igreja Católica de deter o rápido avanço dos protestantes evangélicos nos países em desenvolvimento, não só na América Latina, como também na África e na Ásia. Com 565 milhões de fiéis - 107 milhões deles na América Latina e no Caribe - os evangélicos já são mais de um cristão em cada quatro no mundo, segundo estatísticas indicadas por Sébastien Fath, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS).

Um número em constante ascensão e que inclui os 200 milhões de pentecostais ou "Born again", corrente surgida no começo do século XX nos Estados Unidos, que se baseia na ação e nos dons do Espírito Santo, como as profecias, as curas milagrosas e a libertação dos demônios; defende o encontro pessoal com Jesus e a conversão, alimentados em grandes cultos de tom apaixonado.

Ao fato destas igrejas atraírem facilmente populações com frequência pobres soma-se a sensação de que a Igreja Católica dá a impressão de estar distanciada da população.

O clero católico, extremamente hierarquizado, vê surgir ainda algumas igrejas pentecostais surgirem de forma espontânea, com fiéis que se declaram pastores.

"A Igreja Católica (com 1,2 bilhão de fiéis no mundo) encontrou concorrência com estes movimentos, que abocanharam parte de seus fiéis a partir dos anos 1980, em particular na África e na América Latina", afirma David Behar, do Polo Religiões do Ministério francês das Relações Exteriores.

"Na Guatemala, mais da metade da população, que era 95% católica, se converteu ao Neopentecostalismo. No México, o sentimento de que o clero está muito ligado ao poder político contribuiu para que os fiéis fossem para uma igreja mais independente. No Brasil, um quarto da população" mudou de religião, assegurou.

Segundo o especialista, foi só no final de 2009, durante o sínodo de bispos da África, no Vaticano, que alguns bispos puderam expor o problema trazido por estas igrejas, por causa principalmente do "proselitismo agressivo" de alguns de seus pastores.

Diante dos desvios de algumas igrejas pentecostais, o Conselho Nacional de Evangélicos da França (CNEF) publicou recentemente um livro sobre "a teologia da prosperidade", que faz uma severa advertência aos pastores autoproclamados que prometem saúde e riqueza material em troca de dinheiro.

Para a Igreja Católica, o rápido avanço dos pentecostais foi uma oportunidade para fazer uma autocrítica de sua ação pastoral e tentar modernizar seus métodos.

Já no Concílio Vaticano II (1962-1965), a abertura para o mundo das novas comunidades marcadas pela renovação carismática e pela crença na influência do Espírito Santo, aparecia como uma resposta às igrejas pentecostais.

O bispo francês Jacques Benoist-Gonnin, encarregado das seitas e das novas crenças, considera com bons olhos um novo enfoque do ser humano em sua dimensão "holística": "não só um corpo separado da psiquê, de sua espiritualidade, de sua dimensão transcendental, mas o ser humano em sua totalidade".

Uma concepção que alguns extrapolam através de práticas psico-espirituais que são em absoluto aprovadas de forma unânime pelo episcopado.

O acesso de Francisco ao papado confortará o catolicismo dos fiéis de seu continente, mas provavelmente não representará uma oposição no plano social e doutrinário aos valores conservadores defendidos pelos evangélicos.

O carnaval do Rio de Janeiro, que começa oficialmente nesta sexta-feira, atrai 6 milhões de pessoas, mas é um pesadelo para milhares de cariocas que fogem da folia, dos rios de cerveja e dos excessos que caracterizam a maior festa popular a céu aberto do planeta.

O governo do Rio calcula que cerca de seis milhões de pessoas, incluindo 900.000 turistas, vão participar este ano dos cinco dias de festa. Mas há milhares de cariocas que por motivos religiosos ou porque detestam o barulho e as multidões aproveitam o feriado para escapar da batucada.

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Para Ana Carolina Mascarenhas, uma estudante de 18 anos, o momento é de reflexão. Evangélica, ela irá passar o 3º carnaval consecutivo em um retiro espiritual organizado por sua igreja.

Os dias de folia são para ela a oportunidade de "encontrar amigos, dividir esse momento de oração e de aprofundamento da fé".

"O Carnaval tem muitas coisas que distanciam você de Deus, então eu prefiro aproveitar este tempo para orar", disse à AFP.

Os evangélicos são cada vez mais numerosos no Brasil, onde chegam a 42 milhões, e se opõem às festas profanas e ao consumo de álcool. Para a enorme maioria, o carnaval é uma a ser evitada a qualquer custo.

"O carnaval é a grande festa do Rio de Janeiro. Um momento em que a cidade pode mostrar a si mesma, ao país e ao mundo sua face mais alegre e criativa", explica à AFP Felipe Ferreira, coordenador do Centro de Referência do Carnaval da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

Mas a "demonização da festa por algumas religiões afasta muita gente do carnaval, mesmo que, no seu íntimo, goste dele", explica.

A Igreja Católica, que se prepara para receber em julho no Rio o Papa Bento XVI e milhões de jovens católicos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), também organizou vários eventos para a semana de festas, como o Acampamento de Carnaval, organizado pela Canção Nova. Os organizadores são enfáticos em dizer que "a alegria verdadeira só é possível na presença de Deus".

Poucas são as igrejas que aproveitam o Carnaval para atrair fiéis. É o caso da Igreja Metodista do Rio de Janeiro, que respondeu à convocatória do popular bloco "Sovaco de Cristo", que se concentra abaixo do Cristo Redentor, com um grande cartaz: "Não fique só com o sovaco. Conheça o Cristo inteiro".

Mas também há muitos que não são religiosos e também detestam o Carnaval.

Thaís Estevão, uma jovem engenheira de 25 anos, acha "entediante ficar pulando e dançando durante muito tempo, além da multidão de pessoas que eu nunca vi na vida, a sujeira deixada no chão e a música alta demais". Este ano ela pretende viajar com os amigos para Itaipava, na região serrana do Rio.

As companhias de viagens aproveitam a oportunidade e propõe alguns destinos alternativos, principalmente internacionais, já que até os resorts preparam programações especiais para o carnaval.

Algumas estão oferecendo pacotes de cruzeiros a partir de 2.605,00 reais com uma duração de nove noites, passando por Buenos Aires, Punta Del Este, Porto Belo e Santos. Outras sugerem pacotes para Curitiba, Belo Horizonte e Foz do Iguaçu a partir de 630 reais com dirária de hotel e passagem aérea.

Outra opção são os spa, que oferecem pacotes especiais para quem quer relaxar. Um spa da zona sul carioca oferece descontos de 10% em suas massagens e terapias para estes dias.

A cantora Pollyanna Amaral agita o Manhattan com seu show gospel intitulado Noite Cristã nesta sexta (1) e sábado (2), a partir das 21h. Além da música de trabalho Jesus chorou da cantora, hits de cantores como Ademar de Campos, Vencedores de Cristo, Aline Barros e Kleber Lucas estarão no repertório. A abertura da casa, como de costume, será com os famosos Garçons Cantores, sendo que desta vez, com repertório cristã.

Serviço
Show Noite Cristã – Pollyanna Amaral
Sexta (1) e Sábado (2), a partir das 21h
Manhattan (Rua Francisco da Cunha, 881 - Boa Viagem)
R$ 60 (incluindo rodízio de crepe)
3325.3372

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O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), tenta aproximar o candidato a sua sucessão, José Serra (PSDB), de líderes evangélicos que foram beneficiados por atos de sua gestão. Kassab estabeleceu boas relações com as igrejas Renascer em Cristo, Mundial do Poder de Deus e Assembleia de Deus após conceder autorizações para eventos e alvarás para templos religiosos, contestados pelo Ministério Público e pela Justiça.

Nos últimos três anos, Kassab conseguiu inverter uma "guerra santa" travada pelas igrejas no início de seu segundo mandato, quando a Prefeitura fechou templos de duas instituições. Líderes religiosos admitem reservadamente que, desde então, o prefeito passou de um comportamento de "perseguição" para se transformar em um "apoiador" dos eventos evangélicos. A Prefeitura nega favorecimento.

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No caso da Igreja Mundial, o prefeito era tratado como inimigo há três anos. Há duas semanas, recebeu uma bênção de seus líderes ao lado de Serra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE com novas informações do Censo 2010 mostram que o Brasil é um país cada vez menos católico, embora esta ainda seja a religião majoritária. A queda da população católica foi recorde entre 2000 e 2010. A proporção caiu 12,2%: passou de 73,6% dos brasileiros para 64,6%. Em 1991, os católicos eram 83% da população. Em vinte anos, a população católica diminuiu 22%, ou seja, em proporção, a Igreja Católica perdeu mais de um quinto de seus fiéis.

Em números absolutos, a Igreja Católica perdeu quase 1,7 milhão de fiéis no País, saindo de 124,9 milhões para 123,2 milhões em 2010. Entre 1991 e 2000, a queda na proporção de católicos também tinha sido elevada, de 11,3%, mas o número absoluto tinha aumentado. Se o ritmo de queda da última década for mantido, em vinte anos os católicos serão menos da metade da população.

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O recuo dos católicos está diretamente ligado ao aumento de 44% da proporção de evangélicos. Eram 15,4% da população brasileira em 2000 e passaram para 22,2% em 2010. Na década anterior, entre 1991 e 2000, o crescimento dos evangélicos foi muito maior, de 70%.

Apesar do aumento, os três grandes segmentos da religião tiveram comportamento completamente diferentes. Os evangélicos tradicionais, ou de missão, ficaram estagnados em proporção. Tiveram um pequeno aumento em números absolutos, passando de 6,9 milhões para 7,6 milhões, mas proporcionalmente houve ligeiro recuo. Os evangélicos tradicionais eram 4,1% da população em 2000 e em 2010 passaram a 4%. Esses evangélicos são das igrejas históricas como Adventista, Luterana, Batista e Presbiteriana.

Comportamento oposto tiveram os evangélicos desvinculados de igrejas. Segundo técnicos do IBGE, nesta categoria se enquadram tanto os que circulam entre várias denominações quanto os que se consideram evangélicos mas não frequentam igrejas. Esse grupo cresceu mais de cinco vezes em uma década: os evangélicos "independentes" eram menos de 1,7 milhão em 2000 e passaram para 9,2 milhões em 2010. Em proporção, pularam de apenas 1% para população brasileira para 4,8%.

Já os evangélicos pentecostais - da Assembleia de Deus e de igrejas como Universal do Reino de Deus, Maranata, Nova Vida, Evangelho Quadrangular, entre outras - continuaram a crescer, mas o ritmo diminuiu na última década. Em números absolutos, os evangélicos pentecostais mais que dobraram na década de 1990 (aumento de 119%). Entre 2000 e 2010, eles cresceram 44%. Pouco mais de 25 milhões de brasileiros são evangélicos pentecostais.

Universal

Este grupo sofreu mudanças significativas na última década. Fenômeno dos anos 90, a Igreja Universal do Reino de Deus perdeu quase 230 mil fiéis em dez anos, passando de 2,101 milhões para 1,873 milhão. Uma queda de mais de 10%.

No universo chamado neopentecostal (que exclui a Assembleia de Deus, mais tradicional), duas novas igrejas são a maior ameaça à Universal. Segundo técnicos do IBGE, os dados mostram que a Igreja Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdemiro Santiago, já arrebanhou 315 mil fiéis.

A outra grande dissidência é a Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário R.R.Soares, mas ainda não há dados disponíveis sobre o número destes fiéis. Somadas ao fenômeno do crescimento dos evangélicos sem vínculo com igrejas, as novas denominações fizeram diminuir também o número de fiéis de outras igrejas, como a Nova Vida e a Congregação Cristã do Brasil.

Uma semana depois de encabeçar a reação dos evangélicos contra o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o líder do PR, senador Magno Malta (ES), reuniu em seu gabinete parlamentares da bancada evangélica para protestar contra a nova ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci. Apesar de não ameaçarem diretamente o governo, os participantes do encontro deixaram claro que poderão retaliar o governo nas eleições municipais, caso a presidente Dilma Rousseff não cumpra o compromisso de campanha de manter inalterada a legislação que proíbe o aborto no País.

Como presidente da Frente da Família, que reúne deputados e senadores, Malta anunciou que não reconhece mais Carvalho como interlocutor do governo. Carvalho passou a ser um desafeto após ter dito no Fórum Social Mundial de Porto Alegre que os evangélicos "têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão". Sobre a ministra Eleonora, o líder entende que ela contraria Dilma ao se manifestar favorável à prática do aborto.

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O líder do PR se referiu à reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo. O material informa que Eleonora revelou há oito anos, em depoimento a uma pesquisadora de ciências sociais, que fez um "curso de aborto" na Colômbia após fundar, em 1995, a entidade Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. A reportagem cita que ontem à noite Eleonora divulgou nota afirmando que "nunca esteve na Colômbia". Mas Magno Malta não gostou da situação. "Ela (Eleonora Menicucci) acabou de assumir e já deu oportunidade de nos prepararmos para suportar o chumbo grosso que vem por aí", disse o senador.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presente à reunião, informou que a Frente da Família (integrada por 400 deputados e 70 senadores de várias religiões, segundo Malta) divulgará manifestos contra Gilberto Carvalho e contra a ministra Eleonora. Ele acredita que a presidente Dilma não a teria nomeado para o ministério se conhecesse a entrevista em que ela fala do curso na Colômbia.

"Vamos criticar a ministra e ficar vigilantes", avisou Cunha. Ele lembra que o total de evangélicos no País corresponde a 30% do eleitorado. "Nosso problema é que as posições da ministra não são compatíveis com alguém que vai conduzir políticas públicas", alegou o deputado, lembrando que os evangélicos já mostraram o peso que têm numa campanha eleitoral.

Na conversa com os evangélicos, Magno Malta apontou o que entende ser o contraste entre o compromisso de Dilma com os religiosos, de não apoiar o aborto, e a participação de Eleonora Menicucci no comitê da ONU sobre a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres. Segundo ele, "a ministra vai para a ONU com dinheiro público para defender o aborto". "É um direito dela, mas é também um direito nosso o de reagir", justificou.

A ministra de Eleonora Menicucci toma posse hoje na Secretaria de Políticas para as Mulheres debaixo de ataques da bancada evangélica no Congresso, quase toda abrigada na base aliada. As posições públicas da ministra a favor do aborto junto com declarações do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, no Fórum Social, no final do mês passado, acenderam a revolta nos parlamentares evangélicos. Na tentativa de acalmar a bancada, uma nota do ministro foi lida no plenário da Câmara. Além disso, Carvalho, católico militante, propôs uma reunião com os parlamentares evangélicos.

De forma contundente, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) convocou os evangélicos a combaterem a nova ministra. "Não se iludam, a bancada de evangélicos se unirá não só para expressar a repulsa por essas declarações (de Gilberto Carvalho), assim como para combater a abortista que nomearam ministra", escreveu Cunha no twitter. "Essa posse da abortista amanhã (hoje) é sintomática para todos nós e devemos mostrar de forma contundente a nossa revolta. Aborto não. Aliás, quando a gente lê várias declarações dessa nova ministra, ela está no lugar e na época errada, devia estar em Sodoma e Gomorra", completou o deputado.

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Professora e socióloga, Eleonora Menicucci declarou em entrevistas, assim que foi escolhida para o cargo pela presidente Dilma Rousseff, que considera a discussão do aborto no Brasil como uma questão de saúde pública, como o crack e outras drogas, a dengue o HIV e todas as doenças infectocontagiosas. Para ela, aborto não é uma questão ideológica.

Há dois dias, os evangélicos estão em pé de guerra com o ministro Gilberto Carvalho. "Esse governo fala tanto em discriminação, e vem agora um ministro tomar uma posição de discriminação em relação aos evangélicos, chamando-os de retrógrados e dizendo que a lei do aborto não é aprovada por causa dos evangélicos. Não é a lei do aborto, é a lei do assassinato de crianças indefesas", protestou o líder do PR, Lincoln Portela (MG). O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) também cobrou explicações do ministro e o acusou de discriminar os evangélicos.

Em nota lida pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), evangélica, o ministro afirma que suas declarações foram, divulgadas na internet de forma "distorcida e equivocada" e acabaram por motivar críticas agressivas a ele. "De maneira alguma ataquei os companheiros evangélicos. Quem conhece a minha trajetória sabe do carinho que eu tenho, do reconhecimento que eu tenho ao trabalho das Igrejas Evangélicas no país. O que eu fiz lá foi uma constatação política que, de fato, quem tem presença na periferia do Brasil, quem fala para as classes sobretudo C, D e E são as Igrejas Evangélicas e, portanto, essa presença tem que ser reconhecida, é real e efetiva", argumentou o ministro.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) atuou como bombeiro. Ele procurou evangélicos para explicar a posição do ministro e disse que houve um mal-entendido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Nós e os católicos vamos derrotar Haddad em São Paulo", ameaçou, hoje, o líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), ao se referir à retaliação contra o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Malta anunciou que os evangélicos vão reagir ao que o ministro teria dito no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.

Segundo o senador do PR, Carvalho disse que a próxima batalha ideológica será com os evangélicos, "conservadores que têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão". Pregador evangélico, Malta sugeriu, ontem, a Carvalho que "lave a boca com álcool".

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Após rebater da tribuna do Senado, ontem à noite, a declaração de Carvalho (a quem chamou de "safado", mentiroso" e "camaleão"), o líder do PR prevê que a declaração do ministro terá "ampla repercussão" na campanha do ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, à prefeitura de São Paulo. No seu entender, a rejeição ao PT e à senadora Marta Suplicy (PT-SP), principal cabo eleitoral de Haddad, além da iniciativa do então ministro de criar o "kit gay", como chama o material contra a homofobia preparado pela pasta, são fatores que vão "esmagar" a candidatura petista. "O Haddad se derruba sozinho", afirmou. "Se a oposição colar isso nele, ele já nasceu morto".

Magno Malta informou que nem o ministro nem ninguém do governo o procurou para falar de sua reação ao discurso de Carvalho no fórum de Porto Alegre. "Se ele me procurar, eu não falo com esse boca-suja, só falo com sua chefe", explica, referindo-se à presidente Dilma Rousseff. "Quem fala pelos cotovelos, tem de pagar", disse.

O líder informou que na próxima terça-feira se reunirá com parlamentares da Frente Evangélica para acertar a "grande marcha" que pretende realizar em Brasília contra o secretário-geral da presidência. "O ministro boca-suja terá de se desmentir", previu. O senador vai ainda sugerir a cada um dos líderes evangélicos que entrem com um processo contra Gilberto Carvalho, "para que ele diga quem são os evangélicos conservadores".

Malta disse que sua irritação contra Carvalho se deve ainda ao descaso com que ele trata a ajuda que recebeu dos evangélicos, por seu intermédio, nas eleições do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff. "Ali os evangélicos eram a joia da coroado", lembrou.

Outro ponto de sua irritação, conforme frisou, é o "esquecimento" do ministro em relação ao fato de tê-lo procurado quando da CPI dos Bingos, criada por um requerimento de sua iniciativa. Malta disse que Carvalho aguardava o momento de falar à comissão "abrigado" em seu gabinete.

O coordenador da bancada evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), e seu colega Paulo Freire (PR-SP) protocolaram na manhã de hoje uma representação na Procuradoria-Geral da República contra o ministro da Educação, Fernando Haddad. Eles pedem a apuração de prática de crime de responsabilidade por parte do ministro por não ter respondido a um requerimento sobre a distribuição de preservativos em escolas da rede pública.

O requerimento sem resposta é de autoria dos dois parlamentares. Eles questionaram Haddad sobre a implantação de máquinas para a distribuição de camisinhas em escolas. Entre as perguntas estão dúvidas sobre a faixa etária dos alunos que terão acesso, se haverá consulta aos pais, e qual o objetivo do governo com o programa.

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Haddad está de saída do Ministério para disputar a Prefeitura de São Paulo pelo PT. Durante sua gestão teve alguns conflitos com a bancada evangélica. O de maior repercussão foi sobre a distribuição de um kit contra a homofobia em escolas. A pressão dos evangélicos fez a presidente Dilma Rousseff suspender a distribuição do material.

Mais de cem mil pessoas estão reunidas no Aterro do Flamengo, na zona sul do Rio, para um festival de música gospel que deve completar oito horas de shows. O Festival Promessas é considerado o maior evento de música religiosa já realizado no País e oferece gratuitamente nove shows, entre os quais de Fernanda Brum, Ludmila Ferber e do grupo Diante do Trono, considerados estrelas do mundo evangélico.

Um grande palco foi montando nas escadarias do Monumento aos Mortos da 2º Guerra, local que já foi cenário de uma missa campal do então papa João Paulo II. Além de equipamentos de som de última geração, foram montados painéis eletrônicos e telões para compor o espetáculo de luzes e som. Apesar da chuva fina que cai no Rio, a plateia segue cantando com os artistas desde o início dos shows, por volta das 14h. Muitos usam capas plásticas para se proteger da chuva. A previsão é de que a maratona de apresentações termine às 22h.

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Uma série de interdições foi feita pela prefeitura nas ruas da região da Glória, o que provocou alguns engarrafamentos na ligação entre a zona sul e o centro. As pistas do Aterro do Flamengo estão interditadas desde as 11h e só serão reabertas na madrugada de domingo.

O espetáculo está sendo gravado pela TV Globo, que deverá exibir os melhores momentos no próximo dia 18.

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