O paraquedista austríaco Felix Baumgartner conseguiu bater a barreira do som em queda livre, este domingo, após executar com sucesso um salto recorde de pouco mais de 39.000 metros de altitude sobre o Novo México (sudeste dos Estados Unidos).
Baumgartner, de 43 anos, executou a queda livre mais rápida da história, ao alcançar uma velocidade de 1.137 km/h (nr: a barreira do som é superada aos 1.100 km/h) durante os 4 minutos e 19 segundos anteriores à abertura do paraquedas, disse a porta-voz da missão, Sarah Anderson.
Durante a subida, em uma cápsula impulsionada por um balão aerostático, e a posterior queda de oito minutos, o austríaco superou várias marcas: a de maior subida em balão aerostático tripulado, o de salto em queda livre de maior altitude, que pertencia até agora ao ex-coronel da Força Aérea americana Joe Kittinger (31.333 metros em 1960) e o rompimento da barreira do som.
No entanto, não conseguiu bater o recorde de queda livre mais longa, pois seus 4 minutos e 19 segundos ficaram curtos perante os 4 minutos 36 segundos de Kittinger.
A façanha foi acompanhada ao vivo por milhões de telescpectadores em uma transmissão com delay, caso houvesse um acidente, pela página oficial na internet ou pelo YouTube.
A subida durou mais de duas horas e começou às 09H30 locais (12H30 de Brasília).
Depois de alcançar a altitude prevista, um pouco superior aos 39.000 metros, e após revisar todas as condições para que o salto fosse possível, Baumgartner pulou no vazio e após alguns segundos, alcançou a velocidade máxima para o percurso.
Em seguida, o austríaco abriu o paraquedas e aterrissou, sendo recebido por um fotógrafo e outras pessoas levadas ao local por um helicóptero.
Durante a descida foi registrado um problema menor, uma falha em um dos calefatores da placa frontal do capacete de Baumgartner, que embaçou sua visão. No entanto, após analisar as opções, a missão decidiu seguir adiante com o salto.
Esta foi a segunda tentativa da equipe Red Bull Stratos, depois que na semana passada as condições climáticas impediram concretizar a façanha.
O maior risco enfrentado pelo paraquedista, que há cinco anos treinava para este salto, era a possibilidade de girar sem controle, o que poderia fazê-lo perder a consciência.
Mas desde o instante em que saltou, conseguiu controlar sua postura e manter o controle da queda, apesar de alguns sobressaltos.
Os riscos eram consideráveis, se for levado em conta que se seu traje especial pressurizado se rompesse, seu sangue ferveria devido à pressão extrema causada pela altitude.