Tópicos | general Décio Brasil

O general Décio Brasil, ex-secretário do Esporte do governo de Jair Bolsonaro, disse que foi demitido por não ter atendido  a um pedido do presidente em nomear Marcelo Magalhães, amigo e padrinho de casamento do senador Flávio Bolsonaro, para a chefia de um escritório da pasta, no Rio de Janeiro. "Talvez eu tenha desagradado o presidente", supôs o general.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Décio Brasil chamou Bolsonaro de "impulsivo" por ele ter tomado a decisão de entregar um cargo a alguém que o então secretário do Esporte não conhecia. O Escritório de Governança do Legado Olímpico é subordinado à secretaria.  

##RECOMENDA##

“Eu precisava de alguém da minha confiança lá [no escritório] porque a documentação ia do Rio para Brasília, para ordenar despesas”, explicou o general que resistiu a nomeação de Marcelo Magalhães por nunca ter tido contato com ele antes.

"Um subordinado que não falava comigo, que me disse que só conversaria com o ministro, com o presidente ou com o senador", reclamou o ex-secretário sobre Marcelo.

Segundo Décio, apesar da resistência, ele aceitou a indicação do presidente, o que fez gerar uma “saia justa” entre ele e um o novo chefe do escritório.

 "Aceitei, ele foi nomeado. Mas, com a chegada do ministro Onyx, eu acho que fui enfático abordando esse assunto. Eu disse sobre a dificuldade que eu ia ter, porque o tal do Marcelo não queria falar comigo. Ele foi nomeado, eu chamei ele pra conversar, ele disse que não ia me dar satisfação. Eu fiquei em uma saia-justa", conta.

Décio diz que nunca foi informado sobre o real motivo da exoneração e que recebeu a notícia com surpresa. “Achava que minha situação era estável. A gente tinha um planejamento pronto”, lamenta. 

Com a saída do general Décio Brasil, Marcelo Magalhães foi realocado para substituí-lo no comando da secretaria. A decisão foi publicada oficialmente no Diário Oficial da União, no dia 28 de fevereiro.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando