Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Saúde Digestiva, um alerta. Nem todo mundo sabe, mas ter “um intestino mais sensível" pode ser sinal de contaminação pela bactéria H. Pylori. Ela é uma bactéria do sistema gastrointestinal (órgãos como o estômago e o intestino) que é adquirida pelo contato direto com a saliva de pessoas que já tenham a bactéria ou por meio da qualidade da alimentação (alimentos mal lavados).
Segundo os especialistas, cerca de 60% da população mundial está acometida por essa bactéria, tantas vezes silenciosa, isso porque nem sempre a infecção causa sintomas nos pacientes acometidos. Ela pode ser assintomática por anos, mas se tornar sintomática com o passar do tempo, pode causar uma degradação das mucosas intestinais e estomacais.
##RECOMENDA##Quando isso ocorre, os sintomas são: dor estomacal ou intestinal, sensação de queimação na barriga, diminuição do apetite, emagrecimento progressivo, enjoo e vômito, sensação de estufamento, presença de arrotos frequentes e fezes com a presença de sangue.
O diagnóstico pode ser feito de diferentes maneiras, mesclando técnicas não invasivas e algumas mais complexas. Exames de sangue, testes respiratórios com ureia marcada, exame de fezes, endoscopia e biópsia são alguns que podem ser feitos para o diagnóstico.
O tratamento da H. Pylori envolve uma série de estratégias que, juntas, trazem sucesso. É preciso que todas as recomendações do médico sejam seguidas à risca, incluindo o tempo de medicação prescrito. De modo geral, o tratamento inclui o uso de protetores gástricos e a prescrição de antibióticos, para matar a bactéria. É importante que eles sejam usados pelo tempo exato pedido pelo médico, para evitar a resistência dos micro-organismos. O tratamento não é indicado para todas as pessoas, sendo direcionado e normalmente orientado apenas aos que têm maiores chances de desenvolver complicações ou para os que estão vivenciando alguma consequência. Normalmente, os sintomas são controlados com uma boa alimentação e algumas medicações de suporte.
Risco e prevenção
Um dos riscos comuns é o de desenvolver anemia. Por conta da destruição das paredes estomacais e intestinais, os pacientes têm sangramentos que levam à diminuição do estoque de ferro no organismo ou até mesmo dificuldade de absorver nutrientes, como os essenciais para o metabolismo do ferro no organismo.
Outras consequências são: a ocorrência de úlceras, o desenvolvimento de gastrite, inflamações variadas e câncer de estômago. Ou seja, é importante fazer um acompanhamento médico para combater esse problema. Para isso, algumas dicas para evitar esse problema são: lavar as mãos antes de se alimentar, lavar as mãos após usar o banheiro, evitar contato direto com talheres e produtos utilizados por outras pessoas e lavar bem os alimentos antes do consumo.
Além disso, por mais que não seja um meio de prevenção, investir em consultas frequentes com uma equipe médica e estar atento aos sinais do corpo são formas de obter um diagnóstico de forma rápida.