Tópicos | Joe Arpaio

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu neste domingo (27) o "perdão" a Joe Arpaio, o polêmico ex-xerife do Arizona que foi condenado por perseguição contra latinos em seu estado.

A decisão tem causado polêmica no país. Diversas entidades de direitos civis lançaram campanhas pedindo a manutenção da condenação de Arpaio. Outros, por sua vez, temem que a medida sirva de exemplo, principalmente pelo perdão ser para alguém considerado "racista".

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"Perdoar Joe Arpaio é um tapa na cara das pessoas do condado de Maricopa, especialmente da comunidade latina, e dos que foram vítimas da violação sistemática dos direitos civis", disse em comunicado o prefeito de Phoenix, o democrata Greg Stanton.

"O xerife Arpaio aterrorizou famílias latinas pela cor de sua pele. Um juiz federal lhe ordenou que parasse e ele se negou", acrescentou.

Por sua vez, o senador republicano pelo Arizona Jeff Flake, também fez dura crítica à decisão de Trump. "Eu gostaria que o presidente honrasse o procedimento judicial e o deixasse seguir seu rumo", escreveu no Twitter.

Já o também republicano, o senador John McCain, publicou um comunicado dizendo que o perdão "enfraquece suas afirmações sobre o respeito ao império da lei, já que o senhor Arpaio não demonstrou arrependimento por suas ações".

Em nota, Trump não mencionou que Arpaio é inocente, mas elogiou a trajetória do xerife. "A vida e a carreira de Arpaio, que começou aos 18 anos quando se alistou no Exército após o início da Guerra da Coreia, exemplificam o serviço público altruísta", disse Trump.

"Ao longo de seu tempo como xerife, Arpaio continuou sua vida de proteger o público dos flagelos do crime e da imigração ilegal", acrescentou o chefe de Estado, em comunicado.

Na última quarta-feira (23), durante um comício de campanha realizado em Phoenix, Trump deixou claro que daria o "perdão" para o ex-xerife, mas não aproveitou para fazer na ocasião porque não quis causar "controvérsias".

Este foi o primeiro perdão presidencial do magnata. Arpaio foi condenado no último mês por um juiz federal por não respeitar uma ordem judicial, emitida por outro magistrado, de parar de perseguir os imigrantes ilegais, especialmente, latinos. Além de organizar grupos ilegais, ele ainda foi condenado por perseguir pessoas que trabalhavam com ele e tinham opinião diferente sobre os procedimentos legais durante os 24 anos que ficou no comando policial da cidade.

No Twitter, o ex-xerife agradeceu o indulto e aproveitou para deixar claro o que pensa da Justiça. "Obrigado Donald Trump por ver minha condenação como o que realmente é: uma caça às bruxas políticas das sobras de Obama no Departamento de Justiça", escreveu.

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