Tópicos | José Domingos de Morais

O sanfoneiro, cantor e compositor José Domingos de Morais, eternizado sob o nome Dominguinhos, faleceu nesta terça-feira (23), por volta das 18h, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas. Dominguinhos estava internado desde o dia 18 de dezembro de 2012, no Hospital Santa Joana, em Recife, com um quadro de infecção respiratória e arritmia cardíaca. No dia 13 de janeiro deste ano ele foi tranferido para a capital paulista, onde lutou bastante, mas não resistiu. O músico lutava contra um câncer no pulmão e já havia sido internado, chegando a cancelar apresentações por conta dos problemas de saúde no fim de 2011. 

José Domingos de Morais é um dos músicos mais respeitados no Brasil. Exímio instrumentista e excelente compositor, Dominguinhos acompanhou dezenas de artistas significativos da música brasileira e criou algumas das canções mais conhecidas do cancioneiro nacional. Discípulo maior de Luiz Gonzaga e principal seguidor do seu legado, o músico se apresentou recentemente (no dia 13 de dezembro) em Exu, cidade natal do Rei do Baião, durante as comemorações pelo centenário de nascimento de Gonzagão.

Natural de Garanhuns, José Domingos de Morais nasceu no dia 12 de fevereiro de 1941 e começou sua carreira artística ainda na infância, tocando no trio Os Três Pingüins com os irmãos. Aos sete anos, conheceu Luiz Gonzaga, que lhe disse ter talento. Depois de seis anos, quando se mudou com a família para o Rio de Janeiro e procurou o Rei do Baião, que o presenteou com uma sanfona de presente.

Nos anos 1950 e 60, ganhou a vida tocando boleros e sambas-canções em cassinos, gafieiras, churrascarias e boates. Em 1967, gravou seu primeiro LP e ingressou na Rádio Nacional. A partir daí, tornou-se famoso no meio musical e passou a ser convidado para gravações e turnês com artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.

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Compositor de primeira linha, Dominguinhos é autor de algumas canções clássicas da música brasileira como Lamento Sertanejo, Abri a porta, De volta para o aconchego e Isso aqui tá bom demais. Gravou 41 discos e compôs trilhas para cinema, firmando-se como um dos compositores e sanfoneiros de maior prestígio do Brasil.

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