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A epidemia do novo coronavírus pode levar o turismo italiano em 2020 de volta ao volume de negócios em que se encontrava em meados dos anos 1960, afirmou nesta quinta-feira (19) o sindicato de operadores turísticos Assoturismo.

"Mesmo imaginando uma solução rápida para a crise de saúde na Itália, o efeito da pandemia no mercado internacional e a confiança dos viajantes nos fará acabar o ano com uma redução de mais de 260 milhões de visitas (-60%) em relação ao ano passado", afirma o sindicato em seu site.

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"O turismo italiano acabará o ano de 2020 com cerca de 172 milhões de visitas: um nível que registrávamos na metade dos anos 60 quando o mundo estava dividido em blocos (com a Guerra Fria) e quando as viagens de avião eram um luxo que poucas pessoas podiam se permitir", continua a Assoturismo.

O sindicato espera que haja "um retorno progressivo à normalidade em maio, mas não para o turismo".

"Podemos supor legitimamente que as fronteiras e as conexões internacionais permanecerão bloqueadas enquanto a pandemia não recuar pelo menos nos principais mercados turísticos estrangeiros, que podem se recuperar, na melhor das hipóteses, somente a partir de 2021", estima.

O novo coronavírus causou mais de 9.000 mortes desde dezembro, segundo um balanço da AFP realizado com base em fontes oficiais.

A Itália é o segundo país mais afetado (2.978 mortos), depois da China (3.245 mortos), onde surgiu a epidemia.

Em todo o mundo há mais de 217.000 casos de contágio, detectados em 157 países e territórios.

Depois de dizer adeus ao Rio de Janeiro, a bandeira olímpica chegou nesta quarta-feira a Tóquio, sede dos Jogos Olímpicos de 2020, onde os organizadores do maior evento esportivo mundial esperam repetir o sucesso de 1964.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, entregou à governadora de Tóquio, Yuriko Koike, o estandarte com os cinco anéis durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio-2016 no domingo passado.

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"Parece pesada, mas não é muito pesada. Mas sim, eu sinto o peso da responsabilidade que implica", afirmou Koike, governadora da capital japonesa, que tem 13,6 milhões de habitantes, ao desembarcar do avião.

"Estou muito feliz de trazer de volta a bandeira, mas de 50 anos depois dos Jogos Olímpicos de 1964", completou, antes de prometer Jogos "maravilhosos".

A bandeira vai percorrer todo o país, em especial a região nordeste, destruída em março de 2011 por um tsunami, com o objetivo apoiar os esforços reconstrução, informou a imprensa nipônica.

Os preparativos dos Jogos Olímpicos Tóquio-2020 até agora, no entanto, foram caóticos.

A imprensa denuncia uma explosão dos gastos, que dobrou ou até mesmo triplicou em relação ao orçamento inicial de 730 bilhões de ienes (6,4 bilhões de euros)

Além disso, a construção do estádio olímpico ainda não teve início, depois que o projeto original foi abandonado por ser considerado muito caro. Para completar, o logotipo do evento foi alterado após denúncias de plágio.

Para completar existem suspeitas de suborno no processo de escolha da sede de 2020, um processo em que Tóquio superou Madri e Istambul.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio, que acontecerão de 24 de julho al 9 de agosto, terão cinco novos esportes: beisebol, escalada, surfe, caratê e skate.

Com os novos esportes, Tóquio-2020 contará com 33 modalidades em seu programa.

Sexto colocado no quadro de medalhas do Rio, com 41 pódios - 12 ouros -, superando o recorde anterior de Londres-2012, o Japão aspira o terceiro lugar em 2020.

"Espero que encontremos em Tóquio a inspiração que tivemos no Rio", disse a atleta da luta livre e capitã da delegação japonesa no Brasil, Saori Yoshida.

Tóquio prometeu Jogos "seguros e tranquilos", em contraste aos do Rio, marcado por algumas polêmicas, mas várias pessoas estão preocupadas com as elevadas temperaturas na capital japonesa durante o verão, que ficam entre 30 e 35 graus à sombra, com umidade superior a 80%.

Outro temor é o de um grande terremoto durante os Jogos, mas o Japão está preparado para eventos naturais.

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