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O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou nesta terça que seu partido vai pedir a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado contra o ex-líder do Democratas na Casa, Demóstenes Torres (GO). Randolfe, que esteve nesta terça com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que tomará esta decisão se o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), não encaminhar o caso envolvendo Demóstenes ao colegiado.

Demóstenes é suspeito de envolvimento em negociatas com o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Escutas telefônicas mostraram, por exemplo, o senador pedindo dinheiro a Cachoeira para bancar uma viagem de táxi aéreo.

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"Se o presidente Sarney não pedir, torna-se inevitável. O PSOL pedirá e vou convidar outros colegas a assinarem conosco", afirmou Randolfe. Ele disse que chegou à reunião com Gurgel "cético" e saiu "satisfeito". O procurador-geral da República anunciou no encontro com os parlamentares que pediria nas próximas horas a abertura de inquérito contra Demóstenes no Supremo Tribunal Federal (STF).

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), disse que, se ficar comprovado o envolvimento de parlamentares em negócios ilícitos com o bicheiro, não haverá como o partido deixar de apoiar o pedido de abertura de processo no Conselho de Ética. "Nós não temos dois pesos e duas medidas", afirmou.

Brasília – O mandado de segurança impetrado hoje (27) pela senadora Marinor Brito (PSOL-PA) teve liminar indeferida pelo vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, que está no exercício da presidência. O mandado tinha como objetivo suspender a posse de Jader Barbalho, marcada para amanhã, às 15h, no Senado.

Na decisão, o ministro declarou que a posse de Jader Barbalho durante o recesso parlamentar constitui “hipótese expressamente prevista” no Parágrafo 4º do Artigo 4º do Regimento Interno do Senado Federal”. O regimento dispõe que “durante o recesso, a posse realizar-se-á perante o presidente [da Casa], em solenidade pública em seu gabinete, observada a exigência da apresentação do diploma e da prestação do compromisso, devendo o fato ser noticiado no Diário do Senado Federal”.

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No mandado de segurança, a defesa de Marinor Brito alegou que a Constituição Federal prevê que o Congresso Nacional só pode se reunir durante o recesso legislativo se houver convocação extraordinária ou, em caso de prorrogação da sessão legislativa. A senadora sustenta ainda que houve "abuso de direito", por parte do presidente da Mesa Diretora, José Sarney (PMDB-AP), ao comunicar, por meio de ofício, a reunião para a posse.

Marinor assumiu a vaga de segunda senadora eleita do Pará no ano passado depois de terminar a votação em quarto lugar. Isso só foi possível porque os registros do segundo e do terceiro candidatos mais votados, Barbalho e Paulo Rocha, respectivamente, foram negados de acordo com a Lei da Ficha Limpa. Com a anulação dos efeitos da lei para 2010, eles se tornaram novamente elegíveis.

O PSOL vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a criação na Câmara de 66 cargos para serem preenchidos pela bancada do PSD, ao custo de R$ 10 milhões anuais para os cofres públicos. O texto aprovado na noite de ontem, assinado pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), revogou ainda uma decisão, de 1995, de extinguir 865 cargos à medida que fossem ficando vagos. Com a nova posição, cerca de 300 cargos, cujo salário inicial é de R$ 5,2 mil, permanecem abertos para serem transformados e preenchidos.

A ação do PSOL tem por base a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) que estabelece que os projetos propondo criação de cargos e aumentos salariais precisam ser apresentados à Câmara até o dia 31 de agosto. "Se compôs um acórdão às escuras e o projeto chegou para ser votado na hora, sem discussão. Além de ocultar a recriação de cargos, o projeto desrespeitou a resolução aprovada em junho pelo plenário", afirmou o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ).

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Alencar disse ainda que houve cumplicidade dos partidos, e citou o PT, o PMDB, o PSDB e o DEM, para garantir a aprovação do projeto. Na sessão, o PSOL ainda tentou realizar a votação por meio de registro dos votos no painel eletrônico, mas não obteve apoio para isso. "O PDT, o PRB, o PV e o PSC receberam pressão e recuaram do apoio para a votação nominal", disse Alencar. Ele esperava derrubar a proposta, se os deputados tivessem de expor os seus votos nominalmente. A bancada do PSOL tem apenas três deputados e, regimentalmente, não tem poder para exigir esse tipo de votação.

Em junho, os deputados aprovaram o remanejamento dos cargos de livre nomeação - preenchidos sem concurso público - que são distribuídos entre os partidos proporcionalmente ao tamanho das bancadas. O PSOL argumenta que, se fosse atendida a regra, as bancadas que reduziram de tamanho perderiam 16 cargos e o remanejamento daria para atender o recém-criado PSD.

No lugar de aplicar a tabela dos cargos, a Câmara criou 56 Cargos de Natureza Especial (CNEs) e dez Funções Comissionadas (FCs), que são gratificações pagas ao servidor efetivo da Casa para trabalhar em outra tarefa. O PSOL reclama ainda do critério de distribuição dos CNEs. Enquanto a bancada de três deputados tem o direito a oito cargos, um suplente de secretário da Mesa Diretora tem dez cargos para livre nomeação.

Na quarta-feira à noite, depois da aprovação do projeto e temendo desgaste político, Marco Maia anunciou que não permitirá o preenchimento dos cargos que seriam extintos. A disposição de Maia, no entanto, não tem força para impedir a nomeação no futuro. O Ato da Mesa sugerido pelo presidente não anula o projeto de resolução, que tem força de lei.

Uma ação do PSOL atropelou acordo firmado entre governistas, DEM e PSDB no Senado, cujos líderes haviam acertado votar o projeto de lei do código florestal amanhã. Hoje o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) impediu a votação do requerimento de urgência para a apreciação da matéria em plenário. Ele alegou que, pelo regimento da Casa, a votação só pode ocorrer um dia depois da leitura do pedido de urgência. Ou seja, o requerimento teria de ser lido ontem para viabilizar sua aprovação hoje. Como resultado, permanece o impasse em relação ao início da votação da matéria, que poderá ocorrer na próxima quinta-feira (1º) ou somente na semana que vem.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que presidia hoje a sessão, procurou uma alternativa para viabilizar a leitura, mas desistiu após perceber que os líderes não tinham argumento para contestar o senador do PSOL. A dúvida agora é se o projeto poderá se votado na quinta-feira (1º), no mesmo dia de aprovação do requerimento de urgência, como defendem os líderes partidários, ou se terá de ser adiado para a próxima semana, como entende Randolfe Rodrigues. Ele alega que havendo a leitura do requerimento de urgência amanhã e votação do pedido no dia seguinte, o projeto do código só poderia entrar na pauta de votações em um outro dia.

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O PSOL é o único partido que se opõe aos termos da proposta do Código Florestal. "Temos divergências total ao texto do código e vamos fazer todo tipo de resistência para impedir sua votação", avisou Randolfe. Um dos motivos do desagrado alegado por ele é a crença de que o código institui o desmatamento no seu Estado, o Amapá, ao reduzir a reserva legal de floresta de 80% para 55%.

Uma investigação por falta de decoro aguarda o deputado e ex-ministro Pedro Novais (PMDB-MA) assim que ele reassumir o mandato na Câmara. A bancada do PSOL na Casa pediu formalmente providências da corregedoria para apurar as denúncias contra o parlamentar por desvio de dinheiro público para uso pessoal. O documento pede a mesma investigação envolvendo o deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA).

O pedido se baseia na revelação de que Novais utilizava os serviços de um funcionário contratado como secretário parlamentar do gabinete de Escórcio. O servidor Adão dos Santos Pereira trabalhava como motorista particular da mulher de Novais, Maria Helena de Melo, segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo. Até o ano passado, o mesmo funcionário era contratado pelo gabinete do próprio Novais.

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Escórcio afirmou hoje que o assessor de seu gabinete pode fazer o que quiser nas horas livres do trabalho. O deputado disse que há um revezamento entre os seus funcionários no período em que ele se ausenta de Brasília. "No tempo livre, ele faz o que bem entender. Ele está liberado para fazer o que quiser. Não tenho de estar sendo babá de funcionário", disse.

O documento do PSOL protocolado na Mesa reproduz decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para ressaltar que o fato de Novais estar à época licenciado do mandato não o livra de um processo na Câmara.

O PSOL argumenta que Escórcio, igualmente, deve ser investigado por ter permitido a um servidor de seu gabinete prestar serviços fora das atividades parlamentares, contrariando as regras da Câmara. O Código de Ética considera ser "incompatível com o decoro parlamentar a percepção, a qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, de vantagens indevidas".

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