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Antes de entrar no filme Premonição 5, que estreia nos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (23), é preciso estar de bem com a vida, não ter passado por qualquer cirurgia ocular nos últimos meses, ou até mesmo não ter uma viagem marcada de avião nos próximos dias. Isso porque, o mais novo filme do diretor Steven Quale preza pela excelência em supor situações inusitadas para a morte. Mas vamos por partes.

Tudo começa quando um grupo de uma empresa de papeis resolve organizar um retiro com seus funcionários. Um desentendimento entre um casal de namorados aqui, uma estagiária que fica com “seu chefe” acolá, um dono de empresa que nem olha na cara dos seus funcionários... Até aí, poderia ser um desses roteiros universitários estilo “American Pie” da vida.

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Mas quando o protagonista, vivido pelo bom moço Nicholas D'Agosto, tem a premonição de que um acidente com aquele transporte iria acontecer e ocasionar a morte de todos do grupo, o jogo começa a mudar, e o espectador, involuntariamente, lembra-se porque escolheu assistir a boa e velha trama que se arrasta desde o Premonição 1: “A morte não deve ser enganada”.

Aliás, a frase, dita pelo “legista” das investigações do acidente (que é uma espécie de morte trágico-cômica travestida de gente) é o fio condutor de todos os filmes que começam com a palavra “Premonição” seguidos dos numerais que vão do 1 ao 5. E agora, com o título original da obra "Final Destination” (O Último Destino), realmente o ciclo se fechou.

O filme segue seu jeito violento de ser, e o espectador tem acesso a tipos criativos de mortes, que misturam a bizarrice, o acaso e o carma por eles terem conseguido fugir da derradeira e sobrevivido àquele acidente. De um parafuso a uma inocente sessão de massagem: o que mais poderia ocasionar a morte de alguém?

Até que surge a hipótese que mais parecesse a lógica de um jogo de videogame ou de RPG: se estou condenado à morte porque a enganei, eu mato um inocente e recebo o que lhe resta de vida. Já se você me matar, nesse caso, recebe a vida do inocente que estava comigo.
Confuso? Não para os protagonistas principais da trama, que só querem viver juntos, mesmo diante do recente fato arrasador de suas vidas terem sido drasticamente mudadas após o infortúnio acidente. Deslizes de roteiro, mas quem se importa? Queremos mais é ver como será a próxima morte.

Nesse jogo, as interpretações esforçadas dos atores - com destaque para Miles Fisher (ou seria o dublê de Tom Cruise?) - ficam imperceptíveis aos olhos ávidos de quem está recebendo os respingos de sangue na cadeira do cinema. São 95 minutos de puro mal-estar. Objetivo bem alcançado por Quale.

Para contemplar o “Final Destination”, o diretor se vale de uma homenagem, ou como disse o outro, “de uma sequência para aproveitar o 3D”, e traça uma retrospectiva das mortes do filme 1 ao 5 – carnificina pura ao som de rock and roll.
Só o que temos, é como diz a canção: “Dust in the wind. All we are is dust in the wind”. (Poeira no vento, tudo o que somos é poeira no vento – trecho da música de Scorpions que faz parte da trilha do filme).

O YouTube encontrou uma solução para o problema da escassez de conteúdo em 3D. A site agora tornou mais fácil a criação de conteúdo de vídeo em três dimensões que dispensa a necessidade de câmeras especiais e utiliza apenas uma ferramenta de conversão de 2D para 3D.

Já existem vídeos tridimensionais no YouTube, mas eles foram criados com o uso de duas câmeras, cujas imagens eram combinadas com o uso de software especial — uma tarefa complicada e demorada. A nova ferramenta de conversão 2D-3D é uma alternativa muito mais à mão para a maioria dos usuários.

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A ferramenta do YouTube  que ainda é beta  converte qualquer vídeo 2D carregado no site em um filme 3D com o clique de um botão. O recurso pode ser utilizado selecionando-se, para um vídeo que você já tenha carregado, a opção “Editar informações” e, depois, “Vídeo 3D”.

O gerente de produto do YouTube, Shenaz Zack Mistry, afirmou no blog do site que os usuários “ainda terão melhores resultados se utilizarem uma câmera 3D, mas esta é uma ótima maneira de permitir que as pessoas curtam seus melhores momentos”. Você também vai precisar de óculos 3D para assistir aos clipes convertidos.

O YouTube também apresentou duas novas ferramentas de software para cineastas amadores aprimorarem suas produções. A primeira chama-se Magisto e é um editor de vídeo automatizado (disponível na caixa de ferramentas de vídeo) que, segundo o YouTube, é capaz de encontrar as melhores cenas de seu vídeo e montá-las com música e efeito (fades, transições), para criar clipes curtos. A segunda ferramenta chama-se Vlix e permite que você acrescente vários efeitos e textos no começo e no fim dos vídeos.

Para completar, o YouTube anunciou que os usuários que passarem por uma verificação completa da conta (dando inclusive seu número de telefone) e não tiverem quebrado nenhuma regra de direito autoral (tal como utilizar uma música pop como trilha de algum vídeo) poderão exceder o limite de upload de 15 minutos.

O narrador começa contando a história da máscara incompleta de Acheron, capaz de ressuscitar a amada de Khalar Zym (interpretado pelo brilhante Stephen Lang, o vilão de “Avatar”). Depois, passa para o nascimento de Conan, um parto “bárbaro” feito em meio à guerra. O espectador é então levado a um povoado – a Ciméria –, cujos guerreiros eram comandados por Corin (Ron Perlman), pai de Conan.

Até ai, quem está habituado com histórias lendárias, mitos e outras fantasias fica satisfeito com o teor místico que envolve aquele povoado, aquela máscara e aquele menino. Mas, quando o pequeno Conan retorna de uma espécie de “treinamento” contra possíveis índios canibais, com quatro cabeças em suas mãos, vemos a proposta que se seguiria ao longo do filme – uma espécie de jogo de videogame violento que pretende se manter fiel às histórias de Robert E. Howard.

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E como em toda história violenta que se preze, existem as máximas sentimentais que a guiam, como a morte do pai de Conan em sua frente (fato que irá guiar toda a sua fúria contra o responsável, Khalar Zym) e a enrustida paixão por Tamara (a “sangue-puro”, última da linhagem de Acheron, interpretada pela bela Rachel Nichols) que, obviamente, levará Conan a seu principal inimigo da vida inteira.

A esta altura, Conan (que deveria se chamar “O justiceiro” ao invés de “O bárbaro”) não enxerga mais nada a sua frente, a não ser sair fazendo justiça por aí (como a libertação da colônia escrava de Zíngano) e vingar o desastre ocorrido em seu povoado. O ator havaiano Jason Mamoa (dos seriados “Stargate: Atlantis” e “Game of Thrones”) interpreta o novo Conan do século 21. Digamos que ele se encaixe melhor no papel do que o ator Arnold Schwarzenegger, que o fez por duas vezes em 1980: “Conan e os Bárbaros” (1982), de John Milius, e “Conan o Destruidor” (1984) de Richard Fleischer.

Do roteiro, não se pode esperar muito. É aquilo: ódio, luta, amor, feitiçaria e batalhas, daquelas que até a monja "sangue puro", envolvida pelo amor (?) do homem bruto, começa a matar a torto e a direito os inimigos de Conan, que também se tornam os seus, afinal, é ela quem poderá reavivar a amada feiticeira do vilão.

O que deixa a desejar no filme é, sem dúvida, a proposta de ser tridimensional. Parece que o diretor se empolgou tanto com as cenas de ação que esqueceu da sugestão 3D do longa. Dormiu no ponto. Apenas a narração inicial do filme e alguns momentos finais, como quando Conan chega ao posto avançado da Baía de Shapur, local da batalha final – os cenários voltam a aparecer em 3D, em maquetes que fazem referência ao cenário de "A Múmia". No mais, o filme cumpre seu papel de entreter, afinal, o que mais esperar da história de um bárbaro ávido por vingança?

POLÊMICA – O produtor e autor dos quadrinhos “Conan”, Stan Lee, entrou na justiça com um processo contra o longa dirigido por Marcus Nispel, exigindo a participação em 100% sobre os lucros da produção.

O remake do bárbaro cimério faturou cerca de US$ 10 milhões apenas no primeiro fim de semana em cartaz nos Estados Unidos. Segundo o jornal “The Hollywood Reporter”, Lee teria assinado a transferência dos direitos autorais induzido por um advogado, pois sua empresa estaria à beira da falência à época.

Que a tecnologia está cada vez mais acessível já não é novidade pra ninguém, assim como o fato do mercado de Home Vídeo sempre estar buscando novas formas de vencer a pirataria e ampliar as vendas.

Um interessante caso que merece destaque é o do filme Rio, dirigido por Carlos Saldanha e distribuído no Brasil pela Fox. Entre as varias opções disponíveis para compra, existe um 'pacotão' que inclui praticamente tudo: Blu-ray 3D e 2D, DVD tradicional, versão para computador e versão mobile. Tá bom, o formato deles não é tão universal já que a Fox optou por wmv (windows media video- formato proprietário da Microsoft) ao invés do MP4, mais comum e já presente em produtos de outras distribuidoras como a Europa e a Warner.

O que chamou a atenção foi o volume de conteúdo num só pacote.  Além dos 90 minutos de filme, há mais de 16 extras, entre making of, clipes musicais, cenas excluídas e jogos, tudo em múltiplas mídias.

O destaque fica por conta do 3D, não que seja novidade, afinal filmes infantis como os da Barbie já traziam óculos anáglifos (aqueles azuis e vermelhos) desde os anos oitenta e a tecnologia é muito anterior a isso. A diferença agora é que não é mais um recurso adaptado a qualquer televisão e com resultado capenga. Agora o sistema precisa de ferramentas específicas e traz, além de mais qualidade, muito mais conforto, apesar de trazer também um custo diferenciado, ainda muito elevado.

Dentro da 'febre' do 3D nos cinemas, o filme já se mostra como um produto maduro no uso da tecnologia e tem a assinatura do brasileiro Saldanha, que já havia provado sua capacidade na franquia "A era de gelo".

Ah, e depois de tudo isso é importante dizer: o filme é muito bom. Ele conta a história da ararinha azul Blu, que foi levada de seu hábitat ainda pequena e criada em cativeiro não aprendeu a voar. Ao deixar o conforto de sua gaiola e voltar pro brasil com objetivos de procriar e salvar a espécie, Blu faz novos amigos e vive grandes aventuras. No pano de fundo, um país cheio de desigualdades, mas sem estereótipos ou pré-conceitos, e repleto de belezas naturais.

Nos cinemas, o filme, que custou cerca de 90 milhões de dólares, já arrecadou mais de 135 milhões de dólares e se tornou a maior bilheteria do ano no país em apenas 10 dias, quando já havia arrecadado mais de 10 milhões de reais só em terras tupiniquins. O filme teve, desde a sua campanha de pré-lançamento (e continua tendo) grande estratégia de comunicação, com destaque para uma interessante ação dentro de um dos jogos mais comentados do momento, o Angry Birds, que lançou uma versão com os personagens do filme.

 

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Gráficos 3D foram, por muitos anos, baseados na ideia de polígonos – formas achatadas que, combinadas, formam objetos em três dimensões. Houve experimentos com outras técnicas – pixels 3D volumétricos ou “voxels” se tornaram populares entre alguns desenvolvedores durante os anos 90, porém, para a maior parte, polígonos eram a chave para o futuro. Novos consoles e cartões gráficos eram anunciados baseado em quantos polígonos eles poderiam colocar na tela de uma vez, e isso pareceu uma boa solução para a indústria. 

No entanto, uma companhia australiana chamada Euclideon está convencida de que polígonos não são o futuro. No ano passado, decidiram trabalhar na maneira na qual como os gráficos são desenhados. A partir de inspirações do mundo da ciência e da medicina, que utiliza pequenos átomos ou nuvem de pontos de dados em vez de polígonos, a empresa afirmou que pode produzir um nível potencialmente ilimitado de detalhes em tempo real. 

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Passado outro ano, a Euclideon ainda não finalizou sua tecnologia, porém certamente obteve um imenso progresso. Para demonstrar o poder de seu sistema, ela criou uma ilha de 1 quilômetro quadrado que seria feita com 21,062,352,435,000 (21 quatrilhões) de polígonos, com os métodos tradicionais de desenho. Entretanto, ao utilizar seu “motor de conversão de polígonos” proprietário, a Euclideon converteu esses polígonos em uma escala de 64 átomos por milímetro cúbico – o suficiente para que o usuário aproximasse a visão e pudesse enxergar grãos de areia no chão. Tudo isso rodando em um software a 20 fps (quadros por segundo) – potencialmente, esse valor pode aumentar muito mais quando estiver usando o poder de um hardware gráfico específico. 

A tecnologia dessa empresa permite escanear objetos 3D real e enviar para o mundo virtual. Anteriomente, isso produzia modelos com geometrias e contagem de polígonos extremamente altas para serem práticas no mundo dos games, no entanto o sistema de desenho baseado em átomos pode gerar gráficos com um nível de detalhes sem precedentes.

A companhia afirma que seu kit de desenvolvimento de software estará nas mãos da indústria de games dentro de alguns meses. Só então saberemos se o que a empresa chama de “o maior avanço desde os gráficos 3D” cumprirá sua promessa ou não – porém, certamente parece um desenvolvimento com muito potencial.

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