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O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito civil para investigar a suposta cobrança de "ar encanado" pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). As queixas de aumento no valor da conta de água, apesar da diminuição do consumo, vieram à tona após a empresa intensificar a redução da pressão na rede, no início de 2014, para enfrentar a crise hídrica.

O promotor de Justiça do Consumidor Gilberto Nonaka deu prazo de 15 dias para que a Sabesp explique as distorções nas tarifas de clientes que sofreram cortes no abastecimento, mas tiveram as tarifas elevadas. O objetivo é descobrir se a companhia está cobrando pelo ar que chega ao hidrômetro antes de o fornecimento ser restabelecido como se fosse água potável. A passagem de ar pelo equipamento pode alterar a medição de consumo de água.

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"É o que ocorre atualmente, com a escassez da água potável a ser fornecida pela investigada e com a implementação de verdadeiro rodízio, em que a redução da vazão e o corte do fornecimento são intercalados diariamente. Isso conduz o consumidor a não conseguir atingir a meta de redução proposta pela investigada", afirma Nonaka.

Segundo a Sabesp, 22% dos clientes da Grande São Paulo não reduziram o consumo de água em janeiro, apesar do início da cobrança de multa de até 50% na conta. Se o MPE constatar cobrança indevida, a companhia deverá ser alvo de uma ação civil pública por desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor e danos morais, patrimoniais, coletivos e difusos.

O professor de Engenharia Jorge Giroldo, do Centro Universitário da FEI, explica que, quando o fornecimento de água é interrompido, a tubulação esvazia e fica cheia de ar, que entra pelas próprias ligações domiciliares. "Quando o abastecimento é normalizado e a água retorna, ela vai expelindo esse ar, que passa pelos hidrômetros das residências. Nas regiões mais baixas, essa alteração é pequena e ninguém percebe o acréscimo. Mas, para quem está nos pontos mais altos ou no fim da rede de distribuição, esse ar acumulado poderá dar uma variação grande", afirma.

É o caso do economista Wilson Ricardo Vieira, de 56 anos, que mora em Pirituba, um bairro situado na região alta da zona norte da capital paulista. Ele diz que o consumo de água em sua casa registrado pela Sabesp subiu de 18 mil para 31 mil litros mensais de setembro para outubro do ano passado, após intensificação dos cortes no abastecimento com a redução da pressão ou fechamento da rede. A conta passou de R$ 77,28 para R$ 145,36 em um mês.

"Faço uma economia enorme, fico a maior parte do dia sem água, e minha conta dobrou. Todo dia, por volta das 6 horas, o relógio fica louco de tanto girar com ar. Quando a água realmente volta, gira mais devagar", afirma. Segundo a Sabesp, o aumento do consumo na casa dele ocorreu por causa de um vazamento interno, constatado após uma visita técnica.

O professor Giroldo explica que não existe solução técnica. "Quando há interrupções frequentes e fica constatado que não há vazamento que justifique o aumento, o mais indicado é cobrar uma tarifa de quem mora nesses pontos críticos com base na média histórica de consumo antes dos cortes", afirma.

Certificados - Em nota, a Sabesp informou que fornecerá as informações ao Ministério Público e "garante que a redução de pressão não afeta a medição" dos hidrômetros. Segundo a empresa, "os aparelhos medidores são projetados para registrar apenas o volume de água que passa, e não ar" e "são certificados pelo Inmetro".

A Sabesp disse ainda que "diversos testes demonstraram que a quantidade de ar que chega ao hidrômetro é insignificante e não representa diferença na conta mensal". E "se o cliente se sentir prejudicado, pode solicitar a revisão da conta e pedir uma vistoria da área técnica em sua residência". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na próxima quarta-feira (19), a ceramista Márcia Terra inaugura sua 15ª exposição, intitulada Ar. Na Mostra, todas as peças estarão dispostas de um modo diferente do convencional. Ao todo, são quase duas décadas de Atelier, celebradas com a exposição, que estará aberta ao público desta quinta (20) a 29 de novembro. A visitação acontece de segunda a sábado, das 10h às 19h.

Para celebrar a data, a artista reuniu 18 artistas. O grupo é composto por arquitetos, designers, estilistas, dançarinos e outros ícones da cena cultural. No cenário, tudo ficará suspenso em nylon e cabos de aço, e a produção da exposição promete que o público terá a sensação de estar transitando por um espaço decorado por objetos aéreos.

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De acordo com Márcia, a grande inovação desta 15ª exposição de aniversário é exatamente a localização das peças. "Como estamos falando sobre o ar, nada mais justo que todas estejam suspensas”, pontua a ceramista, que comanda a organização do espaço junto com a arquiteta Elane Reis.

Serviço

Inauguração da Exposição Ar

19 de novembro |19h.

Atelier Arte da Terra (Avenida 17 de Agosto, 2527, Casa Forte)

Gratuito

(81) 3269 2640

*Com informações da assessoria

O anúncio recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que a contaminação do ar exterior é cancerígena pode fazer esquecer que o inimigo dos pulmões para milhões de pessoas está dentro de casa. "A contaminação do ar interior é o quarto fator de risco mais importante" para a redução da expectativa de vida, à frente da má alimentação, da hipertensão e do tabagismo, explicou Ross Anderson, professor de epidemiologia e saúde pública da Universidade de Londres.

A contaminação externa provocada por finas partículas liberadas pela indústria, pelo tráfego de veículos ou pela calefação aparece apenas na nona posição deste ranking de fatores de morte precoce e incapacidade, correspondente a 2010 em escala mundial no âmbito do projeto "Global burden of disease" (GBD, sob a égide da OMS).

"A contaminação interior é causada principalmente pelo uso doméstico de combustíveis sólidos", como lenha e carvão, lembrou Anderson em uma conferência organizada na semana passada pela União Internacional contra a Tuberculose e as Doenças Respiratórias.

Cerca de 3 bilhões de pessoas, sobretudo nos países pobres, utilizam "combustíveis sólidos" para cozinhar com fornos rudimentares ou fogo aberto, lembrou a União, uma organização fundada em 1920 para lutar contra a tuberculose. Esses fornos rudimentares emitem partículas finas de monóxido de carbono - gás muito tóxico para o homem - e outros contaminantes em níveis "até cem vezes superiores aos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS)", segundo a União.

Cozinhas ecológicas - A OMS avalia que anualmente dois milhões de pessoas morrem devido a sistemas deficientes de calefação ou cocção. Deles, a metade contraiu alguma doença pulmonar obstrutiva crônica (MPOC), que afeta as mulheres, em particular.

Os estudos apontam três tipos de doenças respiratórias "altamente relacionadas" com a exposição à fumaça produzida pela combustão de lenha ou carvão: infecções agudas das vias respiratórias em crianças, broncopneumonias crônicas obstrutivas e câncer de pulmão nas mulheres expostas à fumaça do carvão.

Calcula-se que cerca da metade das mortes de crianças com menos de cinco anos por infecções respiratórias agudas se deva à contaminação do ar interior.

"Estamos todos vinculados pelo ar que nos rodeia. Devemos considerar a contaminação do ar ambiente como um sério problema de saúde em nível mundial e exigir dos governos que criem uma legislação adaptada, em particular para proteger as crianças", disse a diretora científica da União, Paula Fujiwara.

Mas não há receita mágica para resolver o problema do ar interior contaminado por lenha ou carvão, afirmou o professor Anderson. "Não é como os cigarros que podem ser proibidos, já que as pessoas precisam cozinhar. O processo será gradual para desenvolver técnicas mais eficazes para cozinhar e melhorar o habitat e a ventilação interna", explicou.

A Aliança Global para as Cozinhas Ecológicas (Global alliance for Clean Cookstoves), co-fundada pela OMS, pretende equipar 100 milhões de lares até 2020 com equipamentos de cozinha "limpos". Essa organização, que conta com financiamento público-privado, não propõe uma solução única de "cozinha ecológica" aos países pobres, mas várias tecnologias apropriadas às culturas das diferentes regiões do planeta.

Nos países ricos, onde a contaminação das moradias se deve, principalmente, aos cigarros e em menor medida à umidade, as soluções são imediatas, como "se livrar dos fumantes", propôs Anderson.

Os desenvolvedores da 3Doodler, uma caneta que consegue desenhar no ar objetos 3D usando plástico ABS de 3mm quente, que esfria imediatamente ao entrar em contato com o ar, apresentaram a versão final do produto nesta sexta-feira (6), na IFA 2013, em Berlim. No inicio do ano o produto participou de uma campanha e arrecadou mais de R$ 5,3 milhões, apesar da meta inicial ser somente R$ 70 mil.

A caneta deverá chegar às mãos dos apoiadores em breve. A versão final é muito semelhante ao protótipo apresentado alguns meses atrás. A caneta tem um slot na parte traseira abastecer de plástico, a ponta aquecida onde o material sai em forma quase líquida, um exaustor e dois botões para controlar a velocidade com que o plástico sai. Basta ligar  na tomada para funcionar em qualquer superfície.

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O produto final para o consumidor ainda passará por mais uma etapa e deverá ser comercializada por US$ 99 até fevereiro de 2014. 

A umidade relativa do ar permanecerá baixa hoje em 10 Estados e no Distrito Federal. A previsão é de que a baixa umidade continue sobre o País até sexta-feira, principalmente na região central. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), permanecem em alerta os Estados de São Paulo, exceto litoral, Minas Gerais, Pará, Maranhão, Bahia, Mato Grosso, Piauí, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

Nesses locais, o índice de umidade vai oscilar entre 30% e 20%. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), índices de umidade inferiores a 30% caracterizam estado de atenção; de 19% a 12%, estado de alerta; e abaixo de 12%, estado de emergência.

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Nesta manhã, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de São Paulo decretou estado de atenção para toda a capita paulista, após a umidade relativa do ar ficar em torno de 29%, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE).

A Defesa Civil recomenda que a população evite exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15 horas e umidifique o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, entre outros. A Defesa Civil também recomenda, sempre que possível, que as pessoas permaneçam em locais protegidos do sol, em áreas arborizadas e consumam bastante água.

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