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O movimento Fridays for Future (Sextas-feiras pelo futuro), liderado pela ativista sueca Greta Thunberg, promove nesta sexta-feira (28) uma mobilização contra o desmatamento da Amazônia, incluindo manifestações em frente a consulados brasileiros ao redor do mundo.

O grupo realiza greves estudantis semanais às sextas-feiras e desta vez concentra suas ações na maior floresta tropical do planeta. "Minha 75ª semana de greve climática. Hoje eu me juntei ao ato #SOSAmazonia fora do Consulado-Geral do Brasil em Istambul", escreveu no Twitter a ativista turca Deniz Çevikus.

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As contas do Fridays for Future no Brasil nas redes sociais postaram imagens de atos pela Amazônia em diversos locais, como Estocolmo (Suécia), Berlim (Alemanha) e Berna (Suíça). A mobilização acontece até 31 de agosto e também pede o bloqueio do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, já colocado em dúvida por líderes da UE nos últimos meses.

"Ainda que a Amazônia seja essencial para a vida dos povos indígenas e para a proteção do clima no planeta, o crescente desmatamento arrisca levar essa floresta tropical a um ponto de não-retorno, transformando-a em um ecossistema mais semelhante a uma savana", disse o Greenpeace, que se juntou à manifestação.

Da Ansa

A ativista sueca Greta Thunberg chegou em Lisboa nesta terça-feira (3), após uma travessia de três semanas no Oceano Atlântico, e agora busca um transporte para levá-la até Madri, que sedia a Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP25.

Thunberg, 16 anos, viajou no veleiro de uma família australiana após um tour por Canadá e Estados Unidos. Seu objetivo era seguir até o Chile, que receberia a COP25, mas a jovem teve de mudar os planos por conta da transferência da sede do evento.

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O barco, chamado "La Vagabonde", viajou sem auxílio de motores, já que Thunberg busca usar apenas meios de transporte com baixo impacto ambiental. O veleiro conta com painéis solares e geradores movidos a água para obter eletricidade.

A jovem deve se reunir com autoridades portuguesas e outros ativistas, mas seus representantes ainda não confirmam como nem quando ela irá a Madri, a 600 quilômetros de Lisboa.

"Ela tem sido uma líder capaz de mover e abrir corações de muitos jovens ao redor do mundo. Precisamos dessa força tremenda para aumentar a ação pelo clima", disse a ministra do Meio Ambiente do Chile, Carolina Schmidt, que preside a COP25.

A chegada de Thunberg a Lisboa coincide com a divulgação de um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência ligada à ONU, que aponta que 2019 deve ser o segundo ou terceiro ano mais quente desde que as medições começaram - o recorde é de 2016.

As estatísticas indicam que as temperaturas do planeta se mantiveram em média 1,1ºC acima dos níveis pré-industriais entre janeiro e outubro. Se esse índice permanecer inalterado, 2019 será o segundo ano mais quente de todos.

Da Ansa

A adolescente sueca militante da luta contra as mudanças climáticas, Greta Thunberg, respondeu nesta terça-feira (23) aos ataques que recebeu por falar sobre o aquecimento global, durante visita ao parlamento francês.

Vários deputados de direita e extrema direita boicotaram o discurso de Thunberg na Assembleia Nacional, e a chamaram de "guru do apocalipse" ou "profetisa de short".

"Não contem comigo para aplaudir uma profetisa de short, Prêmio Nobel do Medo", tuitou Julian Aubert, candidato a líder do partido conservador LR, enquanto o deputado ultradireitista Sébastien Chenu se recusou a "aplaudir o Justin Bieber da ecologia".

Mas Thunberg, de 16 anos, respondeu às críticas afirmando que tudo o que estava fazendo era expor os riscos aos quais o mundo, e especialmente as gerações futuras, enfrentam com o aquecimento global.

"Alguns decidiram não vir hoje, alguns optaram por não nos ouvir. Muito bem. Não são obrigados, afinal somos apenas crianças. Mas eles devem escutar a ciência. É tudo o que pedimos", frisou.

Acusou a políticos, líderes empresariais e jornalistas de não comunicarem a verdade científica e deixarem essa responsabilidade nas mãos dos jovens.

"Nós nos tornamos os errados que têm de contar às pessoas coisas que não são fáceis, porque nada querem fazer ou se atrevem a fazer", acrescentou Thunberg.

"Ou talvez não sejam suficientemente maduros para dizer as coisas como são", disse ainda em tom irônico.

Greta Thunberg deu cara a um movimento que se tornou mundial, com centenas de milhares de jovens que se reuniram em torno de seu nome em dezenas de países nas manifestações da chamada "Friday For Future" (Sexta Pelo Futuro).

No domingo, ela recebeu o Prêmio da Liberdade 2019 em Caen (noroeste da França), dedicado a quem se compromete com a luta pela liberdade em todo o mundo.

A jovem prometeu que entregará os 25.000 euros do prêmio a quatro organizações que trabalham "pela justiça climática e para ajudar às pessoas no sul do planeta afetadas pela emergência climática".

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