Promotores do Colorado preparavam nesta segunda-feira o indiciamento de James Holmes, ex-estudante de neurociência acusado de matar 12 pessoas e ferir 58 após fazer vários disparos dentro de um cinema. Especialistas acreditam que o caso vai girar em torno da determinação da condição mental do acusado.
Holmes não deve entrar com pedido de apelação durante esta segunda audiência no tribunal. Ele permaneceu quieto e parecia confuso na semana passada, durante a primeira audiência.
##RECOMENDA##Os promotores também discutem uma petição da defesa para descobrir quem vazou informações para a mídia sobre a correspondência que supostamente Holmes enviara para seu psiquiatra da Universidade do Colorado em Denver.
Autoridades apreenderam a correspondência no dia 23 de julho, três dias após os disparos, depois de o envelope ser descoberto na sala de correspondência do câmpus onde Holmes estudava. Vários órgãos de comunicação informaram que no interior do envelope havia um caderno com descrições de um ataque, mas Carol Chambers, procuradora do condado de Arapahoe, disse, em documentação apresentada no tribunal, que o envelope não havia sido aberto quando as informações "imprecisas" foram divulgadas.
Holmes teria começado a armazenar equipamentos para o ataque quatro meses atrás. Autoridades disseram que ele comprou as armas em maio e junho, antes do ataque realizado durante uma sessão do mais novo filme do Batman. Ele foi detido pela polícia do lado de fora do cinema.
"Iso não é uma novela policial", disse Craig Silverman, ex-vice promotor chefe de Denver. "A única defesa possível e alegar insanidade."
Pela lei do Colorado, réus não são legalmente responsáveis por seus atos caso suas mentes estejam tão "doentes" que não possam distinguir entre o certo e o errado. Por outro lado, a lei determina que "deve ser tomado cuidado para que não se confunda doença mental com dissimulação, perversidade moral, ódio, vingança ou outros motivos". As informações são da Associated Press.