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A queda da temperatura para os níveis mais baixos do ano causou as primeiras formações de geadas no interior de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 9. Em Itararé, a temperatura chegou a 1,5ºC no início da madrugada, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na estação climatológica da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, foi registrada temperatura ainda menor, de 1ºC, segundo o boletim agrometeorológico Dataclima. Camadas de gelo cobriam de manhã áreas de pastagens e lavouras.

Em Bonsucesso do Itararé, o orvalho cristalizou sobre plantações de trigo, segundo o produtor Acácio Figueiredo. Em Apiaí, às 8 horas, a estação climatológica registrou 3ºC. O ex-prefeito Nilton Passoca de Toledo e Silva relatou intensas geadas nos bairros rurais de Araçaíba, Caximba e Lageado de Araçaíba. "Em alguns locais, parecia ter caído neve sobre os campos", contou.

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Em Itapetininga, segundo o Dataclima, os termômetros baixaram para 2ºC às 7 horas, branqueando pastagens e gramados. As primeiras geadas atingiram também Tapiraí, na Serra de Paranapiacaba, atingindo lavouras de gengibre e legumes. Em Sete Barras, no Vale do Ribeira, a geada queimou plantações de banana, mas ainda não havia informações sobre prejuízos.

As fortes geadas que caíram sobre o Paraná nos últimos dias e a previsão de novas geadas até o final da semana, começam a provocar prejuízos para a agricultura paranaense, principalmente nas culturas de soja e trigo. As últimas geadas foram consideradas pelo Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) as mais fortes dos últimos anos.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) do Paraná, há uma expectativa de que entre 20% e 25% da produção de milho e 51% a 52% da produção de trigo tenham sido afetadas pelas geadas e podem ter sido prejudicadas. O técnico do Deral, Marcelo Garrido, porém, afirma que é prematuro prever as perdas. "Não dá para estimar ainda o prejuízo, estamos com técnicos em campo avaliando as situações em nossas regionais e esses números poderão ser confirmados uma semana após o final das geadas", disse.

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Além dos problemas do trigo e milho, os rebanhos de gado, cujas pastagens estão congeladas e a produção de hortaliças também estão com problemas, mas o maior pode estar com o café, que é produzido em uma região (Norte) do estado mais quente, mas que também teve problemas com a geada.

Segundo boletim do Deral da regional de Ponta Grossa, diversas culturas serão atingidas pelas geadas. "As culturas de trigo e aveia possuem cerca de 10% da área mais sujeita a prejuízos por estarem iniciando o emborrachamento. É prematuro estimar extensão dos danos não só nas culturas de inverno, mas também nas frutas como maçã e morango, além de olerícolas e hortaliças", informou.

Já em Francisco Beltrão a produção de trigo deve ser a mais afetada. "Hoje (ontem) amanheceu com geada forte em toda a região. Haverá perdas na cultura do trigo, pois aproximadamente 60% da área plantada está

em fase suscetível à geadas".

A geada que tem sido uniforme no Estado e deve continuar. O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) chegaram a emitir boletins com orientações aos agricultores para protegerem melhor suas culturas.

Há previsões de geadas para esta quinta-feira, 25, e podem ser repetidas as temperaturas provocadas em Inácio Martins, que registrou -4,5º, a menor do Estado; Guarapuava com -3,8ºC; e Londrina que chegou a zero grau e onde se concentram grandes produções de café e hortaliças.

Na capital, a quarta-feira registrou a menor temperatura desde o ano 2000, com -2ºC e a segunda menor desde 1997. No Estado as temperaturas não ultrapassaram os 10ºC.

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