Tópicos | Grand Prix de Almaty

Rafael Buzacarini tem tudo para ser o representante do Brasil na categoria até 100kg nos Jogos Olímpicos do Rio. Ele vai terminar o ranking olímpico na frente de Luciano Corrêa após, neste domingo, ganhar a medalha de prata no Grand Prix de Almaty, no Casaquistão. O paulistano chegou muito perto do ouro, mas foi superado pelo usbeque Elkhan Mammadov com um wazari a 7 segundos do fim.

A prata vai dar a Buzacarini 180 pontos no ranking mundial. Considerando que ele tem 60 pontos para descartar, subirá a 873 pontos. Luciano Corrêa fechou a corrida olímpica com 802. Os dois estão por volta do 25.º lugar do ranking e vão aos Jogos porque o Brasil, dono da casa, recebeu convite para todas as categorias.

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A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) não necessariamente vai levar só o ranking em consideração para convocar. Mas a favor de Buzacarini também pesa o fato de ele ter os melhores resultados da corrida olímpica na categoria: prata no Grand Slam de Paris no ano passado e no Grand Prix de Samsun deste ano, além da conquistada neste domingo.

Luciano Corrêa esteve nos Jogos de Londres, em 2012, e ao longo do ciclo se manteve como melhor brasileiro no ranking mundial na categoria. Nos últimos dois anos, quando os resultados valiam classificação para o Rio-2016, só conseguiu ir ao pódio em eventos da série Open, que valem só 100 pontos ao campeão - contra 300 de um Grand Prix e 500 de um Grand Slam.

Ainda pesa a favor de Buzacarini o fato de ele não ter tido a oportunidade de competir no Campeonato Pan-Americano, há duas semanas, em Havana (Cuba). Luciano Corrêa foi ao torneio e ganhou 160 pontos pelo bronze. Pelos critérios da Federação Internacional de Judô (CBJ), os resultados do Pan contam como extra no ranking. Isso significa que Buzacarini computa seus cinco melhores resultados. Luciano, seis.

Só há mais um torneio a se disputar na corrida olímpica: o Masters, no fim do mês, em Guadalajara, no México. O torneio só permite a inscrição dos 16 primeiros do ranking mundial e, como nem Buzacarini nem Corrêa cumprem esse requisito, os dois não irão ao torneio, encerrando agora o ciclo olímpico. A convocação de Buzacarini deve sair em junho.

CAMPANHA - Em Almaty, neste domingo, Buzacarini deu um giro pela Ásia vencendo Hussain Shah (Paquistão, 55.º do ranking), Ivan Remarenco (Emirados Árabes Unidos, 35.º) e Javad Mahjoub (Irã, 27.º). Na semifinal, passou pelo cubano José Armenteros, décimo do mundo. Na final, encarou Mammadov, campeão mundial em 2013.

Neste domingo, o Brasil também foi representado por Eduardo Bettoni, que perdeu na segunda luta, para Xaunzghao Cheng, da China. Bettono é o 50.º do ranking mundial na categoria até 90kg, enquanto Tiago Camilo ocupa o 17.º lugar e irá à Olimpíada.

Duas vezes medalhista olímpico e um dos maiores judocas da história do País, Leandro Guilheiro, de 32 anos, já pensa nos Jogos de Tóquio. O veterano encerrou o ciclo olímpico neste sábado com derrota na disputa do bronze da categoria até 81kg no Grand Prix de Almaty, no Casaquistão. O quinto lugar foi o melhor resultado dele desde o fracasso nos Jogos de Londres, em 2012.

Bronze em Atenas e Pequim na até 73kg, Guilheiro subiu de categoria para os Jogos de Londres e dominou aquele ciclo. Chegou à Olimpíada como favorito ao ouro, mas caiu nas quartas de final diante de um norte-americano e voltou para casa sem medalha.

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Ainda em outubro de 2012, foi pela primeira vez à mesa de cirurgia, para operar o ombro. Em março de 2013, precisou passar por uma operação de reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho direito. O tratamento foi muito longo e ele só voltou às competições em agosto de 2014.

Os resultados nunca mais apareceram, exceto uma prata e um bronze em eventos da série Open, quase inexpressivos, no início do ano passado. Sequer à repescagem ele chegou em qualquer torneio de Grand Prix ou Grand Slam ao longo do ciclo.

Em Almaty, venceu Konstantins Ovchinnikovs, da Letônia, e Levan Gugava, da Geórgia, antes de cair diante de Shakhzodbek Sabirov, do Usbequistão, 19.º do mundo. Na repescagem, venceu Ivan Morales, de Cuba, e perdeu a medalha diante de Dagvasuren Nyamsuren, da Mongólia, número 15 do ranking.

Guilheiro é o 70.º e deverá precisar passar por uma seletiva para se manter na seleção brasileira para o próximo ciclo olímpico. O representante do Brasil na categoria até 81kg no Rio-2016 será Victor Penalber, sexto do ranking.

Em Almaty, o Brasil compete com apenas seis atletas. Na sexta, Nathalia Brígida ganhou bronze, mas ela também não vai ao Rio - é da mesma categoria de Sarah Menezes. No domingo, Rafael Buzacarini (até 100kg) e Eduardo Bettoni (até 90kg) vão ao tatame. Buzacarini precisa de uma medalha para passar Luciano Corrêa no ranking e se credenciar à Olimpíada.

A seleção brasileira de judô encerrou neste domingo (29) a sua participação no Grand Prix de Almaty, no Casaquistão, com a conquista de mais quatro medalhas. Nádia Merli (até 70kg) faturou o ouro, Rafael Buzacarini (até 100kg) ficou com a prata e David Moura (mais de 100kg) e Bárbara Timo (até 70kg) conquistaram o bronze.

Bárbara Timo e Nádia Merli se enfrentaram nas semifinais, com vitória de Nádia por wazari. Na decisão, ela derrotou a israelense Lior Wildikan por yuko. Na disputa pelo bronze, Bárbara aplicou um ippon na casaque Dinara Kudarova para faturar a sua medalha.

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Rafael Buzacarini perdeu a sua final para o casaque Maxim Rakov, campeão mundial em 2009, por ter uma punição a mais. Já David Moura garantiu o bronze ao derrotar por ippon o russo Stepan Sarkisyan.

Eduardo Bettoni, na categoria até 90kg, perdeu na disputa pelo bronze para o russo Khusen Khalmurzaev por ter recebido uma punição a mais do que o seu adversário. Assim, foi o único judoca do País que não subiu ao pódio neste domingo.

Com esses resultados, o Brasil terminou a sua participação no Grand Prix de Almaty na segunda colocação no quadro geral de medalhas, com quatro ouros, duas pratas e três bronzes. Apenas o anfitrião Casaquistão teve desempenho melhor, com cinco medalhas de ouro, cinco de prata e sete de bronze.

A renovada equipe que o Brasil enviou para o Grand Prix de Almaty, no Casaquistão, começou bem a sua participação. Neste sábado (28), cinco dos sete judocas do País que competiram subiram ao pódio, com três medalhas de ouro, uma de prata e outra de bronze.

Na categoria até 63kg, a final foi brasileira, com vitória de Mariana Barros sobre Mariana Silva com um ippon. Alex Pombo, na categoria até 73kg, derrotou na decisão o casaque Yertugan Torenov por yuko. A terceira medalha de ouro do Brasil em Almaty foi conquistada por Ketleyn Quadros, que venceu a brasileira naturalizada israelense Camila Minakawa por imobilização.

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Além dos três ouros e da prata de Mariana Silva, o Brasil também faturou um bronze, na categoria até 52kg, com Raquel Silva. Na disputa pela medalha, ela superou a casaque Olessya Kutsenko. Assim, apenas Diego Santos (até 60kg) e Leandro Cunha (até 66kg) não foram ao pódio neste sábado.

O Grand Prix de Almaty prossegue neste domingo, quando serão disputadas as categorias até 70kg, até 78kg, mais de 78kg, para mulheres, até 81kg, até 90kg, até 100kg e mais de 100kg para homens.

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