Tópicos | Kremlin

O apresentador de televisão americano Larry King anunciou nesta quarta-feira que terá um programa em um canal financiado pelo Kremlin.

A diretora do canal Russia Today (RT), Margarita Simonyan, divulgou um link no Twitter no qual o veterano jornalista faz o anúncio.

##RECOMENDA##

"Vou fazer perguntas a pessoas em posição de poder, ao invés de falar delas", afirma King no anúncio do programa.

"Por isto você pode encontrar meu programa Larry King Now aqui na RT."

A emissora deu a entender que King entrevistará políticos russos, mas sem divulgar datas.

King, de 79 anos, apresentou o programa "Larry King Live" no canal a cabo americano CNN entre 1985 e 2010.

O canal RT, em inglês, foi fundado com apoio do Kremlin em 2005 para ajudar a promover a imagem da Rússia no mundo e apoia sua política externa.

A emissora chamou a atenção ao exibir um polêmico programa do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, e por divulgar com frequência notícias que criticam as condições sociais nos Estados Unidos.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira que sua referência às fitas brancas usadas pelos manifestantes russos como "camisinhas" não foi um insulto verbal à oposição. Em dezembro do ano passado, manifestantes começaram os protestos contra as eleições parlamentares russas, as quais eles afirmaram terem sido fraudadas pelo partido Rússia Unida do mandatário. Putin ironizou os manifestantes ao dizer que pensou serem "preservativos" as fitas brancas que eles usavam.

Neste ano, os manifestantes protestaram contra Putin brandindo camisinhas infladas como balões, de maneira sarcástica. Mas ao falar hoje a um grupo de jovens simpatizantes e também da oposição que foram ao Kremlin, Putin parecia estar arrependido da ironia e disse que não quis ofender ninguém. "Eu não falei contra as pessoas que protestaram usando esses símbolos fálicos; eu só estava chateado com pessoas que usam táticas inventadas no exterior", disse.

##RECOMENDA##

As informações são da Associated Press.

O último ato do teatro iniciado por Vladimir Putin e Dmitri Medvedev em 2007 será concluído neste domingo. O ex-presidente e atual primeiro-ministro deve vencer as eleições presidenciais e voltar para o seu terceiro mandato no Kremlin. A vitória de Putin é dada como certa até mesmo por seus rivais.

Analistas apostam que o premiê não correrá o risco de disputar um segundo turno - algo que poderia prejudicar ainda mais a sua imagem, já danificada por três meses de protestos nas ruas. Para ser consagrado na primeira etapa, Putin precisa receber mais de 50% dos votos.

##RECOMENDA##

Cerca de seis mil policiais foram realocados de todo o país para fazer a segurança da capital. Nas ruas de Moscou, há propagandas de Putin por todo lado. Permanecem expostos pouquíssimos anúncios do candidato do Partido Comunista, Gennadi Zyuganov, o segundo colocado, com entre 15% e 20% nas pesquisas. O nacionalista Vladimir Jirinovski, o milionário independente Mikhail Prokhorov e o social-democrata Sergei Mironov não têm nem 10% das intenções de voto.

Os cidadãos comuns desconversam quando o assunto é a eleição ou o futuro presidente. O voto não é obrigatório e os dois lados da disputa incentivam o comparecimento hoje: enquanto a mídia e os serviços públicos pedem a presença do eleitorado, os críticos do governo ressaltam que é uma chance de mostrar o descontentamento com o atual sistema, mesmo que a eleição seja fraudada. A prefeitura tenta conter manifestações, mas autorizou um pequeno protesto de 10 mil pessoas amanhã, independentemente do resultado da votação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando