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Milhares de imigrantes estavam reunidos na fronteira entre a Macedônia e a Sérvia neste domingo (23), depois que autoridades macedônias permitiram na tarde de sábado a travessia para o seu território. A medida deve aumentar a pressão sobre a Sérvia e a Hungria, países conhecidos como rotas de passagem de migrantes africanos e do Oriente Médio que tentam alcançar o norte da Europa.

Durante a noite, cerca de 40 ônibus privados levaram os migrantes provenientes das estações de trem em Gevgelija, perto da fronteira sul do país, para Tabanovce, na sua divisa com a Sérvia. Em condições normais, a condução leva cerca de duas horas para cobrir a distância.

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As autoridades também contrataram, pelo menos, dois trens para atravessar o país. Nos últimos dias, na estação de Gevgelija, taxistas estavam disponíveis para levar as pessoas para o norte por cerca de 100 euros (US$ 114), de acordo com migrantes entrevistados no local.

Ao deixar que os migrantes entrem de forma relativamente livre, a Macedônia reverteu uma decisão no início desta semana de fechar efetivamente a fronteira com a Grécia, que deixava milhares de pessoas presas no lado grego em difíceis condições. As tensões aumentaram e a polícia usou a força para controlar as multidões na semana passada.

Em seguida, no sábado, os oficiais tentaram regular o fluxo de pessoas, mas os agentes foram rapidamente sobrecarregados e decidiram abrir a fronteira, permitindo que até duas mil pessoas atravessassem.

"No sábado, os migrantes [na fronteira sul] conseguiram colocar tanta pressão que eles entraram", disse Ivo Kotevski, porta-voz do Ministério do Interior da Macedônia. "Mas nós não estamos deixando todos entrarem. Nós, não."

De fato, as autoridades macedônias tentaram regular os fluxos de pessoas no domingo, permitindo a travessia de apenas cerca de 50 pessoas de cada vez. Entre 300 e 400 migrantes atravessaram a fronteira, até agora, de acordo com o ACNUR.

Mas o fluxo dos migrantes em direção à fronteira sul deve continuar, disse o governo e grupos macedônios de ajuda.

O número de migrantes, que fogem principalmente da guerra e da perseguição na Síria e no Iraque, subiu nos últimos meses, tornando a Grécia o principal ponto de entrada na União Europeia. Cerca de 142 mil migrantes chegaram por via marítima na Grécia desde 1º de junho, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 124 mil refugiados e migrantes chegaram à Grécia por mar, entre janeiro e julho deste ano, um aumento de 750% em relação ao mesmo período do ano passado. A grande maioria pretende atravessar o chamado corredor Balkan - uma área que se estende desde a Grécia até a Hungria - para atingir o norte da Europa.

Enquanto isso, na fronteira norte da Macedônia, autoridades sérvias estão permitindo a entrada de alguns imigrantes, que estão sendo transportados para um centro de acolhimento pela ONU, disse uma porta-voz. Ela não pôde confirmar o número de imigrantes autorizados.

Uma vez dentro de território sérvio, ônibus privados estão disponíveis para levá-los para Belgrado, capital da Sérvia. De lá, eles tipicamente avançam para a fronteira com a Hungria. Fonte: Dow Jones Newswires.

Cerca de 2 mil migrantes conseguiram furar neste sábado (22) o bloqueio da polícia macedônia, que estava armada com cassetetes na fronteira com a Grécia. Os policiais tentavam impedir os migrantes de entrar na Macedônia vindos da Grécia. Várias pessoas ficaram feridas.

O tumulto começou quando a polícia decidiu permitir que um pequeno grupo de migrantes com crianças pequenas cruzasse a fronteira. A multidão atrás deles os prensou contra a parede de policiais. Muitas mulheres, pelo menos uma grávida e crianças caíram no chão, aparentemente desmaiadas depois de se espremer para passar pelo cordão de isolamento. Em seguida, milhares de outros aproveitaram o momento para correr através de um campo não protegido por arame farpado para entrar na Macedônia. A polícia disparou granadas de efeito moral, mas não conseguiu conter a entrada.

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Não havia confirmação do número de feridos e a extensão das lesões. Várias crianças também se perderam de seus pais no caos. Este foi o segundo dia de confrontos entre os migrantes e a polícia macedônia que está tentando impedir que entrem no país e sigam para o norte em direção ao restante da Europa.

Na sexta-feira, a polícia disparou granadas de efeito moral e entrou em confronto com os migrantes que tentaram correr ao longo da fronteira, um dia depois de o governo da Macedônia declarar estado de emergência na fronteira para deter a maré humana. Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas na confusão.

Tanto a Grécia quanto a Macedônia têm visto uma onda sem precedentes de migrantes este ano, a maioria em fuga de guerras na Síria, no Afeganistão ou no Iraque. Mais de 160 mil chegaram até a Grécia, principalmente em botes infláveis vindos da costa turca - um influxo que tem sobrecarregado autoridades gregas e as pequenas ilhas do mar Egeu do país. Cerca de 45 mil migrantes cruzaram pela Macedônia ao longo dos últimos dois meses.

Poucos migrantes querem permanecer na Grécia, que está enfrentando uma crise financeira. A maioria se dirige para a fronteira norte do país com a Macedônia, onde se apertam em trens e seguem para o norte através de Sérvia e Hungria a caminho dos países mais prósperos da UE, como Alemanha, Holanda ou Suécia. Fonte: Associated Press.

Forças especiais da polícia da Macedônia dispararam nesta sexta-feira bombas de efeito moral para dispersar milhares de imigrantes presos em uma área pouco controlada entre o país e a Grécia. Um dia antes, o governo macedônio declarou estado de emergência em suas fronteiras, para lidar com a chegada massiva de imigrantes que tentam chegar ao norte da Europa.

O grupo, formado por cerca de 3 mil imigrantes que passaram a noite na intempérie, havia feito várias tentativas de avançar contra a polícia macedônia no início da manhã desta sexta-feira, após o fechamento da fronteira na quinta-feira. Pelo menos quatro pessoas se feriram nos enfrentamentos.

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Policiais respaldados por veículos blindados usaram rolos de arame farpado sobre as vias do trem usadas pelos imigrantes para cruzar a pé da Macedônia para a Grécia. O governo grego, por sua vez, enfrenta uma onda sem precedentes de imigrantes que chegam clandestinamente vindos da vizinha Turquia.

Um jovem estava sangrando no território macedônio, após aparentemente ter sido alvo de um estilhaço de uma das bombas, lançada diretamente no meio da multidão. Os imigrantes, muitos com bebês e crianças, chegavam a comer milho de campos próximos para combater a fome. "Eu não sei por que eles estão fazendo isso com a gente", disse o iraquiano Mohammad Wahid. "Eu não tenho passaporte nem documento de identidade. Eu não posso voltar e não tenho para onde ir, vou ficar aqui até o fim."

Mais de 160 mil imigrantes já chegaram à Grécia neste ano, a grande maioria fugindo de guerras e conflitos na Síria e no Afeganistão. Um porta-voz da polícia da Macedônia, Ivo Kotevski, disse que a polícia e o Exército pretendem estabelecer o controle sobre uma faixa de 50 quilômetros na área de fronteira, para impedir o influxo de imigrantes oriundos da Grécia. Até agora, a fronteira tem se mostrado porosa, com apenas algumas patrulhas de cada lado.

Além disso, a Guarda Costeira grega informou que recolheu 620 imigrantes em 15 operações de busca e resgate nas últimas 24 horas, nas proximidades de várias ilhas gregas. O número não inclui os imigrantes que chegaram à ilha por conta própria. Fonte: Associated Press.

A União Europeia patrocinou um acordo político na Macedônia que significará a realização de eleições antecipadas, em abril de 2016, a fim de encerrar meses de protestos e de episódios violentos no país, segundo duas pessoas ligadas ao assunto.

O acordo foi fechado nesta terça-feira pelo comissário de negociações para a ampliação do bloco, Johannes Hahn, em conversas em Skopje, capital da Macedônia. O primeiro-ministro Nikola Gruevski concordou em adiantar em dois anos a data para a próxima eleição, segundo as fontes. Em troca, o oposicionista União Social Democrática da Macedônia encerrará seu boicote no Parlamento e interromperá a publicação de transcrições de gravações que poderiam, segundo alguns, expor casos de corrupção e abuso de poder de algumas autoridades do país. As gravações obtidas serão entregues ao Judiciário para investigação, segundo um graduado funcionário da UE.

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A Macedônia surgiu da dissolução da ex-Iugoslávia, da qual declarou independência em 1991. Fonte: Dow Jones Newswires.

Organizações de mídia condenaram neste sábado a prisão de um jornalista investigativo na Macedônia, após um tribunal de apelações manter as acusações contra ele, embora tenha reduzido a pena. Tomislav Kezarovski havia sido condenado a quatro anos de prisão em outubro de 2013, por revelar a identidade de uma testemunha em um caso de assassinato, em um artigo publicado na revista Reporter 92, em maio de 2008.

Kezarovski estava sob prisão domiciliar desde a primeira condenação. Nesta sexta-feira, o tribunal de apelações reduziu a pena para dois anos e ordenou que ele cumprisse o restante da condenação - até outubro - na prisão, para onde já foi transferido.

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A testemunha sobre a qual Kezarovski escreveu havia acusado duas pessoas de assassinato, mas posteriormente os suspeitos foram absolvidos, após um tribunal decidir que a testemunha não era credível. A testemunha disse aos juízes que foi pressionada pela polícia a fazer as acusações. Jornalistas da Macedônia dizem que o colega não deveria ter sido condenado e suspeitam de pressão política por trás da prisão. Fonte: Associated Press.

O Parlamento da Macedônia concordar em considerar propostas de emendas constitucionais para proibir efetivamente o casamento gay e impor limites à dívida pública.

Os legisladores concordaram nesta quarta-feira em iniciar o processo de alteração proposta pelos conservadores do governo, que, com seus aliados, têm mais de dois terços dos assentos no Parlamento, o mínimo necessário para aprovar mudanças.

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As alterações aprovadas definem o casamento como um direito exclusivamente heterossexual. Além disso, limita a dívida nacional a 60% do Produto Interno Bruto (PIB) e limitar o déficit orçamentário anual do país para 3%.

Um porta-voz do partido conservador disse que a emenda foi destinada "à proteção de valores tradicionais, familiares e religiosos do casamento". Fonte: Associated Press.

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