Tópicos | Marcha do Orgulho

Cerca de 30.000 pessoas caminharam neste sábado (26) até o centro de Paris na Marcha do Orgulho, que pela primeira vez desde 1977 se originou no subúrbio da capital francesa.

"Os gays parisienses conhecem muito pouco os subúrbios, por isso trazer o orgulho para cá é demonstrar que é de todos", afirmou Romain, de mãos dadas com o namorado.

A marcha, na qual alguns usavam máscaras, mas muitos não, começou em Pantin, a nordeste, nos arredores de Paris, e chegou à Praça da República, local habitual de manifestações na capital francesa.

"Seine-Saint-Denis (onde fica Pantin) é o departamento mais pobre da região metropolitana, portanto (trazer a marcha a partir dali) também é uma forte" mensagem política, disse Mathias Neviere, copresidente da organização Inter-LGTB (lésbicas, gays, transexuais e bissexuais), que organizou o desfile.

Samuel, de 27 anos, que mora em Paris há sete anos, disse que queria com sua participação "demonstrar que todos somos seres humanos, com os mesmos direitos".

Com bandeiras multicoloridas nas mãos, mais de 100 mil pessoas participaram, nesta sexta-feira (25), da Marcha do Orgulho em Tel Aviv, apresentada por seus organizadores como a primeira grande concentração do gênero desde o início da pandemia de coronavírus.

"Estou muito feliz", disse Mai Truman, que veio de Rehovot, uma cidade nos arredores de Tel Aviv, para apoiar a comunidade LGBTQ +.

"Temos a impressão de que não existe mais o coronavírus", comentou.

Poucas pessoas usavam máscara cirúrgica no desfile na praia, constatou um jornalista da AFP no local, horas depois de o Ministério da Saúde anunciar o restabelecimento de seu uso obrigatório em locais públicos fechados.

O responsável pela saúde pública até aconselhou os participantes da marcha a utilizá-la, mesmo que estivessem ao ar livre.

"Estou muito feliz por estar aqui e por poder me divertir com vocês novamente", disse o prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, em um comunicado.

"Os direitos LGBTQ + não são apenas uma questão da comunidade gay, mas uma questão democrática, da humanidade", acrescentou Huldai.

As autoridades israelenses costumam aproveitar este tipo de evento para promover a imagem de um país que respeita os diferentes e assim impulsionar o turismo.

A primeira Marcha do Orgulho em Tel Aviv remonta a 1998.

Uma marcha semelhante em Jerusalém em 2015 terminou tragicamente com a morte de uma adolescente, após ser esfaqueada por um judeu ultraortodoxo.

Ofir, uma jovem de 20 anos, com o arco-íris pintado nas pálpebras, explicou nesta sexta que a marcha não é apenas "uma festa", mas também "uma manifestação".

"Fazemos parte do povo", disse a jovem, pedindo a legalização do casamento para casais do mesmo sexo no país.

O deputado de extrema-direita Bezalel Smotrich expressou, em uma mensagem no Twitter, que a parada em Tel Aviv era "uma grande blasfêmia".

A prefeitura estimou que mais de 100 mil pessoas participaram desta primeira marcha realizada após o início da crise sanitária, permitida "graças ao alto índice de vacinação e ao levantamento de todas as restrições à reunião pública e privada".

O desfile, cancelado no ano passado em razão da covid-19, chegou a reunir 250 mil pessoas em 2019, segundo a prefeitura.

Israel anunciou na quarta-feira o adiamento da reabertura de seu território aos turistas "devido a preocupações com a possível disseminação da variante Delta", introduzida no país pelos viajantes.

Desde segunda-feira, as autoridades de saúde notificaram mais de 100 novos casos de coronavírus todos os dias, com um pico de 227 infecções registradas na quinta-feira.

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