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A Comissão Especial do Plano Nacional de Educação realiza nesta terça-feira (13) uma reunião para votar o relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), que visa a previsão de investimento na educação de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) até o ano de 2020. Ação ocorre logo mais, às 14h30, no Plenário 10. Segundo a Agência Câmara de Notícias, no encontro de hoje só deve ser votado o texto principal. Os destaques apenas devem receber análise no dia 26 deste mês.

Conforme informações da agência, o percentual de investimento na educação pode alcançar a 8%, levando em consideração o investimento total no setor, que abrange recursos do Financiamento Estudantil e do Prouni, entre outros.

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Sob gritos de "Vota, Vota!" e a presença de representantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), o relator do Plano Nacional de Educação (PNE), deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR) anunciou nesta terça-feira que acolheu reivindicação de entidades de surdos e cegos, garantindo o atendimento educacional especializado em classes, escolas e serviços públicos dos alunos com deficiência, quando não for possível sua integração nas classes comuns.

O PNE estabelece 20 metas para serem cumpridas na área de educação nos próximos dez anos. Encaminhado em dezembro de 2010 ao Congresso Nacional, o texto original fixava na polêmica meta 4 "universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino".

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Entidades e deputados críticos da proposta argumentaram que as escolas regulares não estão prontas para receber todos os alunos com deficiência, destacando que, em muitos casos, pessoas nessas condições necessitam de tratamento diferenciado. Um dos temores era de que o Instituto Benjamin Constant (IBC) e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) fechassem as portas. "Ninguém é contra o sistema educacional inclusivo, no entanto a nossa vivência nos mostra que existe um publico específico que precisa de abordagens específicas", disse o presidente da Federação das Apaes do Estado de Minas Gerais, deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG).

O relatório de Vanhoni também garantiu a oferta de educação bilíngue, em Língua de Sinais Brasileira (Libras) como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos alunos surdos e deficientes auditivos de até 17 anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas. Apesar do fechamento de um consenso com a meta de educação inclusiva, segue o impasse quanto à definição da porcentagem de PIB que deve ser investida na área de educação. A votação do substitutivo deve ficar para o próximo dia 12. O relator elevou a meta original de 7% para 7,5% do PIB, mas entidades e sindicatos defendem 10%.

Estudantes de vários estados do Brasil promoveram, na tarde desta quarta-feira, na Câmara dos Deputados, um ato em defesa da aprovação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação na Casa.

A ideia, segundo o presidente da União Nacional dos Estudantes Secundaristas (UNE), Daniel Iliescu, é promover uma série de manifestações para pressionar o Congresso a aprovar o PNE. Trata-se da campanha PNE Já! – 10% do PIB em Educação e 50% dos Royalties e do Fundo Social do Pré-Sal para Educação, Ciência e Tecnologia.

Apesar de a UNE reivindicar a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto na educação e também a destinação de 50% dos royalties do pré-sal no setor, Iliesco considera o texto do PNE um avanço. "Reconhecemos que é um avanço, mas limitado", disse. Pela proposta que tramita em comissão especial na Câmara e pode ser votada hoje, está prevista, entre outras ações, a aplicação de 8% do PIB na educação.

O PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá alcançar no prazo de dez anos – entre elas o aumento do atendimento em creche, a melhoria da qualidade da educação e o crescimento do percentual da população com ensino superior.

O ponto mais polêmico continua sendo a meta de investimento na área. O parecer do relator da última versão do substitutivo, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), propõe que o país amplie o gasto público em educação dos atuais 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 7,5%.

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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nessa quarta-feira (14), que será realizada uma reunião na Câmara, cuja intenção é debater com os deputados as metas de financiamento da educação, de acordo com o que é previsto pelo Plano Nacional da Educação (PNE). Essa parte da proposta é a que gera mais discussão e está tramitando no Congresso desde o mês de dezembro do ano de 2010.

A promessa da reunião foi feita durante um encontro entre Mercadante, a Comissão de Educação e Cultura e a comissão especial que analisa o PNE, porém, ainda não existe data acordada para o debate.



Nesta quarta-feira (14), as ações em benefício da educação brasileira estarão em debate na reunião conjunta da Comissão de Educação e Cultura e da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE). O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também deve participar do encontro na Câmara dos Deputados. O objetivo é propor as metas e ações para a implementação do PNE 2011-2020.

Entre as metas previstas até 2020 está a ampliação do investimento público na educação, para atingir no mínino 7% do produto Interno Bruto; além de garantir que União, estados, Distrito Federal e municípios colaborem para que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior; atender 50% da população de até três anos de idade na educação infantil; elevar a taxa de matrículas no ensino médio para 85% da população entre 15 e 17 anos; entre outras.

Confira abaixo as metas propostas pelo MEC:

Investimentos públicos
Até 2020: ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

Professores
Até 2013:
- assegurar a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
Até 2020:
- garantir que União, estados, Distrito Federal e municípios colaborem para que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam;
- formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu;
- garantir a todos os docentes formação continuada em sua área de atuação;
- valorizar o magistério público da educação básica para aproximar o salário médio do professor com mais de onze anos de escolaridade ao rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

Diretores de escolas
Até 2020: garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação de diretores vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.

Educação infantil
Até 2016: universalizar o atendimento escolar da população de quatro e cinco anos de idade.
Até 2020: ampliar a oferta de educação infantil para atender a 50% da população de até três anos de idade.

Ensino fundamental
Até 2020: universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a população de seis a 14 anos de idade.

Ensino médio
Até 2020: elevar a taxa de matrículas no ensino médio para 85% da população entre 15 e 17 anos.

Educação profissional
Até 2020:
- oferecer pelo menos 25% das matrículas dos cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) de forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio;
- duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.

Ensino superior
Até 2020:
- elevar a taxa bruta (índice que leva em consideração todas as faixas etárias) de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta;
- ampliar a atuação de mestres e doutores nas instituições de ensino superior para, no mínimo, 75% do corpo docente em efetivo exercício. Desse grupo, pelo menos 35% devem ser doutores;
- expandir gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, a fim de formar anualmente 60 mil mestres e 25 mil doutores.

Educação em tempo integral
Até 2020: oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.

Atendimento inclusivo
Até 2020: universalizar, para a população de quatro a 17 anos de idade, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades (ou superdotação) na rede regular de ensino.

Alfabetização
Até 2015:
- elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5%.
Até 2020:
- alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade;
- erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional (quando a pessoa lê e escreve, mas não compreende os textos).

Igualdade
Até 2020:
- elevar a escolaridade média dos cidadãos de 18 a 24 anos, a fim de assegurar, pelo menos, 12 anos de estudo para as populações do campo, das regiões de menor escolaridade e dos 25% mais pobres;
- igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com o intuito de reduzir a desigualdade educacional.

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
Até 2020:
- atingir as seguintes médias nacionais no Ideb, criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) em 2007 para avaliar o desempenho dos estudantes dos ensinos fundamental e médio em língua portuguesa e matemática:
Anos iniciais do ensino fundamental - 6,0
Anos finais do ensino fundamental - 5,5
Ensino médio - 5,2

Com informações da Agência Câmara de Notícias.

Além de ampliar de 7% para 8% do Produto Interno Bruto (PIB) a meta de investimento público em educação, o relatório do Plano Nacional de Educação (PNE), apresentado ontem (5), altera outros pontos do texto original enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional. O PNE estabelece 20 metas educacionais que devem ser alcançadas pelo país no prazo de dez anos.

As alterações mais significativas feitas pelo relator da matéria, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), se referem a metas de acesso ao ensino técnico e profissionalizante, redução das taxas de reprovação no ensino fundamental e aumento das matrículas nas universidades públicas. Na proposta original, a meta número 11 determinava a duplicação das matrículas de educação profissional, mas o texto do relator fala em triplicar o número de estudantes nesta etapa.

Já a meta número 11 propunha o aumento da matrícula no ensino superior para 33% da população de 18 a 24, mas o relatório acrescenta que 40% desses estudantes deverão estar nas instituições públicas de ensino superior. Hoje o segmento privado responde por 75% das matrículas desse nível de ensino.

Quase todas as propostas que compunham o projeto original do Executivo não tinham metas intermediárias que permitissem um acompanhamento do cumprimento do plano. O relator criou esses referenciais intermediários para quase todas as metas, menos para a que trata de investimento. O texto fala em ampliar os recursos em educação até atingir 8% do PIB, mas não indica como deve ser feita essa progressão.

“Isso significa que o governo não tem comprometimento com o investimento, isso pode ficar para o próximo governo decidir em 2014”, critica Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. A entidade articulou a apresentação da maioria das emendas que o projeto do PNE recebeu. Cara avalia que a principal deficiência do plano é não repartir as responsabilidades para o cumprimento das metas entre os três níveis de governo: municípios, estados e União. O plano determina o aumento dos recursos, mas não diz de onde eles vão sair.

“Com 8%, 10% ou 12% do PIB, o plano fica muito frágil se ele não estabelecer as responsabilidades de cada ente federativo. O relatório não coloca nenhuma responsabilidade nessa conta para a União e os orçamentos dos estados e municípios não têm condições de bancar o plano”. Hoje a União responde por cerca de 20% dos recursos aplicados em educação e o restante é repartido entre estados e municípios.

Boa parte das 3 mil emendas apresentadas ao projeto de lei pediam a alteração do patamar de investimento para 10% do PIB. O índice também é defendido por outras entidades como a União Nacional dos Estudantes e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), além do Conselho Nacional de Educação (CNE). Estudos coordenados pela Campanha Nacional pela Educação e outros especialistas em financiamento educacional indicavam que esse patamar seria o mínimo suficiente para cumprir as metas previstas no PNE.

Agora, os deputados membros da comissão especial criada para avaliar a matéria deverão apresentar novas emendas para elevar o índice estabelecido pelo relator. “Para nós, 10% do PIB não é uma bandeira. É um cálculo”, defendeu Cara.

Nas últimas semanas, Vanhoni cancelou a apresentação do relatório diversas vezes e a comissão tem um calendário de trabalho apertado para aprovar a matéria ainda em 2011. A partir de hoje, abre-se o prazo de cinco sessões para que os parlamentares apresentem novas emendas ao texto. Caso seja feito algum pedido de vista poderá não haver tempo hábil para votar o plano antes do início do recesso parlamentar, marcado para 22 de dezembro. O antigo PNE terminou em dezembro de 2010 e no momento não há nenhum plano em vigor.

A apresentação do relatório do Plano Nacional de Educação (PNE), marcada para hoje (30), foi adiada pela quarta vez. A principal causa é a polêmica sobre a definição do percentual de investimento do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. A proposta do governo é que esse patamar seja 7%, mas as entidades da área e organizações da sociedade civil pressionam por uma meta mais ambiciosa, de 10%. Boa parte das quase 3 mil emendas que o projeto recebeu pedem o aumento da previsão de investimento.

Os dados mais recentes do Ministério da Educação (MEC) mostram que o investimento público em educação hoje no país é 5% do PIB. Cálculos preliminares feitos pela Comissão Especial do PNE apontam que o relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), indicaria uma meta intermediária de 8,29%. Mas as negociações com o governo podem reduzir esse patamar.

Vanhoni vai se reunir hoje com os ministros Guido Mantega, da Fazenda, Fernando Haddad, da Educação, Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, para tentar estabelecer o índice. Ele acredita que o relatório poderá ser apresentado amanhã.

De acordo com Vanhoni, o diálogo com a área econômica é franco. "Estamos quantificando a inclusão de alunos e a ampliação de algumas metas que o governo enviou no projeto original. Então se você altera alguma delas isso traz um impacto financeiro ao longo dos anos. Então esse número pode ser um pouco para cima, ou um pouco para baixo perto desse número de 8%".

O PNE definirá 20 metas educacionais para o país atingir em dez anos. Além da questão do financiamento, o plano prevê a ampliação das matrículas em diversas etapas educacionais como o ensino técnico, creche e escolas de tempo integral. Vanhoni já apresentou para parlamentares que fazem parte da comissão versões preliminares do relatório.

A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) disse que o relatório traz muitos avanços, mas que não aceita os 7%. A deputada Dorinha Rezende (DEM-TO) também elogiou o trabalho do relator, mas defendeu que é necessário ampliar o patamar investimento para que as metas possam ser cumpridas. "Não se faz educação sem recurso. Se não resolvermos essa questão esse PNE vai ser dificil de ser aplicado. Precisamos dos 10% do PIB, que é quase uma unanimidade", defendeu o deputado Izalci (PR-DF).

A partir da apresentação do relatório, os membros da comissão terão o prazo de cinco sessões para apresentar emendas. Com esse calendário, a comissão pretende concluir a votação até o início da segunda quinzena de dezembro.

O esforço é para que a tramitação do projeto na Câmara seja encerrada antes do início do recesso parlamentar, marcado para o dia 22. Caso não haja acordo com o governo sobre a meta de investimento e a apresentação seja novamente adiada, o risco é que a tramitação avance para 2012, ano de eleições municipais. "Se essa discussão ficar em aberto terá muita dificuldade justamente porque é um ano de eleições", disse o relator.

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