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Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 mostram que 15 estados tiveram aumento do volume acima da média nacional de 1,8%. A maior alta foi no Amazonas (5,1%) e Sergipe foi a única unidade da federação que perdeu volume do PIB, com uma queda de 1,8% no quarto ano seguido de resultado negativo. Nos outros estados, as altas ficaram abaixo do índice nacional.

Os dados integram as Contas Regionais 2018, publicadas nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que são elaboradas em parceria com órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

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De acordo com o IBGE, com o maior crescimento de volume, o Amazonas é um exemplo do bom resultado do Norte do país, região onde houve a maior elevação em volume do PIB (3,4%). Entre os cinco primeiros do ranking, estão os estados nortistas de Roraima (4,8%) e de Rondônia (3,2%).

Para o técnico do instituto Luiz Antônio de Sá, fatores diferentes contribuíram para o crescimento em cada um desses estados. No Amazonas, que tem um perfil considerado atípico na região, em consequência da forte influência da atividade de indústrias de transformação, o segmento de equipamentos de informática influenciou o avanço de 8,8% na passagem de 2017 para 2018. “Por conta da Zona Franca de Manaus, o estado tem um destaque não só regional, como nacional”, afirmou.

O perfil de Roraima é mais concentrado nas atividades de serviço, que impulsionadas principalmente pelo comércio e pela administração pública, tiveram alta de 4,4%. “Houve um crescimento populacional importante, um movimento de recebimento de imigrantes, e isso acabou influenciando no consumo”, disse o técnico.

No outro destaque da região, Rondônia também registrou crescimento nas atividades industriais (4,8%), impulsionado pela geração de energia elétrica. Mato Grosso (4,3%) e Santa Catarina (3,7%) completam o ranking dos cinco primeiros estados com melhor desempenho.

Perdas

Questões de condição climática adversas em 2018 e o desempenho econômico contribuíram para o resultado negativo em Sergipe, que teve queda 1,8%, no quarto ano seguido com resultado negativo. . “A falta de chuvas provocou uma queda brusca na produção agrícola do estado e a agricultura perdeu 34,7% em volume”, disse Sá.

Ainda no estado, as atividades de serviços também influenciaram o desempenho abaixo da média nacional e contribuíram para a queda. Esse é o grupo de atividade que mais cresceu na economia nacional e foi muito influente, sobretudo em estados com indústria menos desenvolvida, como é o caso do Sergipe. O índice sergipano ficou abaixo da média nacional (2,1%), crescendo 0,2%. Mesmo não sendo tão influente no estado, a indústria também não contribuiu e teve recuo de 2,6%.

As Contas Regionais 2018 mostram ainda que alguns estados perderam participação no PIB nacional, como é o caso de São Paulo com menos 0,6 ponto percentual do total do país. Foi o segundo ano consecutivo, que a unidade da federação registrou a maior perda de valor relativo. “Geralmente, os estados maiores têm maior capacidade de oscilações de participação. São Paulo teve uma queda de participação equivalente ao valor do PIB de Rondônia, por exemplo”, observou o técnico do IBGE.

Conforme o instituto, entre as atividades que contribuíram para a perda de participação de São Paulo, houve destaque para atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. O estado representa mais de 50% do total nacional da atividade. “Essa atividade perdeu participação em 2017 e 2018, principalmente, por conta da diminuição das taxas de juros.”

Sudeste

A pesquisa mostrou também que a Região Sudeste, que é a mais habitada do país, foi a única com variação em volume inferior (1,4%) ao índice nacional. Nessa região, apenas o Espírito Santo (3%) cresceu acima da média nacional. Além do Norte (3,4%), houve avanço no Centro-Oeste (2,2%) e no Sul (2,1%). Já o Nordeste cresceu o mesmo que a média brasileira (1,8%).

O IBGE destacou que, mesmo com crescimento abaixo da média, o Sudeste aumentou sua participação na economia brasileira em 2018. Saiu de 52,9% para 53,1% em relação ao PIB nacional. A elevação tem relação com os desempenhos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, que somaram mais 0,6 e mais 0,3 ponto percentual, respectivamente, e foram os dois estados com maior acréscimo em valor relativo.

A Região Sul, por causa da contribuição de Santa Catarina, também avançou sua participação, com 0,1 ponto percentual. Já as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste com queda de 0,1 ponto percentual cada, perderam participação no PIB.

Renda

A remuneração dos empregados, principal componente do indicador de renda, perdeu participação, na análise por essa ótica, em relação ao ano anterior a 2017. Passou de 44,3% para 43,6% do PIB brasileiro em 2018. De acordo com o IBGE, é o segundo resultado negativo consecutivo.

O motivo, segundo Sá, é a queda no número de ocupações com vínculo. A região que mais influenciou essa perda de participação foi o Sul, onde a participação da remuneração dos empregados era de 42,7% em 2017 e foi para 42% em 2018. No Sudeste, que sai de 43,9% para 42,8%, os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo foram os que puxaram o índice, por causa das indústrias extrativas.

Per capita

O PIB per capita do país em 2018 ficou em R$ 33.593,82. O IBGE informou que o resultado significa aumento de 5,9% em valor na comparação com 2017, quando era R$ 31.712,65.

O Distrito Federal permaneceu na liderança, com R$ 85.661,39. O valor é cerca de 2,5 vezes maior que a média nacional. Entre os dez primeiros no ranking do PIB per capita, se destacam estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Embora a pandemia causada pelo coronavírus tenha prejudicado a maioria dos segmentos econômicos, o cenário foi diferente para o setor construtivo. Um levantamento da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), aponta que as vendas foram 40% maiores entre março e julho de 2020. O estudo ainda mostra que a construção civil foi o segundo ramo que mais cresceu na economia brasileira durante o surto de Covid-19, com elevação de 5,5%, atrás apenas dos supermercadistas, que cresceram 16,1%.

Foi durante a pandemia que a família da gerente operacional Fernanda Dourado, 34 anos, decidiu colocar em prática os retoques na casa construída há pouco mais de três décadas. "Desde 2019 estávamos estudando a reforma e tínhamos ideia do que fazer, mas foi o início da pandemia que deu o start, pois meu marido ficou 20 dias em casa, e ele mesmo começou a fazer algumas coisas", conta.

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Fernanda conta que é a primeira vez que o imóvel passa por reparos e, por isso, há muita coisa a fazer. No entanto, de acordo com a gerente operacional, o momento é aproveitar o pique e realizar a readequação de tudo. "Vamos melhorar toda a parte de manutenção elétrica, hidráulica, pintura e, já que começamos, vamos ampliar o quarto das crianças e fazer algumas mudanças de estrutura nos ambientes para ganhar claridade e espaço", explica a moradora da região leste de São Paulo.

O novo portal foi uma das mudanças na casa de Fernanda Dourado na pandemia | Foto: Arquivo Pessoal

A readequação dos ambientes não é só pela ação do tempo, segundo Fernanda. A restauração no imóvel deve trazer proteção e garantir mais privacidade aos membros da família. "A troca do portão trouxe segurança. A reforma do andar de cima vai dar privacidade a todos, uma vez que hoje meu marido e eu dividimos o quarto com as crianças, bem como a reforma do banheiro, que será exclusivo do casal", relata.

Segundo a gerente operacional, a oportunidade de realizar a reforma durante a pandemia também colaborou com a renda familiar. Para ela, os valores ficaram atrativos. "Havíamos feito várias pesquisas e orçamentos, mas conseguimos muitos descontos em prestação de serviços por conta da pandemia. O serralheiro, por exemplo, por ter tido a renda diminuída nesse tempo, deu um bom abatimento e facilitou o pagamento", comenta.

Readequações constantes

Já para o publicitário Thiago de Oliveira, 41 anos, o período pandêmico não serviu de modo específico para colocar as obras em dia. Para ele, o ato de realizar reformas no ambiente da empresa é uma constante.

Sócio do Colégio Novo Alicerce, na região norte da capital paulista, Oliveira conta que reestruturação do espaço é feita de acordo com o cronograma letivo. "Existe uma programação anual em que deixamos sempre para as férias escolares as reformas maiores, e as emergenciais para os fins de semana em períodos letivos", detalha. Como planejado, a escola deu andamento aos reparos. “Em dezembro do ano passado, iniciamos uma grande obra que contemplava ampliação e readequação de espaços existentes, além da reforma da fachada do prédio com pintura e troca de todas as janelas", complementa o publicitário.

Segundo Oliveira, tudo ia bem até que a pandemia impediu que alguns projetos de reestruturação, programados para acontecer durante o ano, fossem postos em prática. "Tentamos adiantar serviços que já estavam pagos para finalizar na expectativa de um retorno das aulas, que ainda era incerto, além de tentarmos negociar com alguns fornecedores o cancelamento de algumas obras", conta.

Interior do Colégio Novo Alicerce teve reparos em meio ao isolamento | Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com o publicitário, os planos foram cumpridos pela metade e a maior reforma teve que ficar para o período pós-pandemia. "Realizamos as obras que estavam programadas e não conseguimos negociar a suspensão com fornecedores. Adiamos algumas outras para o ano que vem, na esperança de que as coisas estejam um pouco mais estabilizadas", admite Oliveira.

Visão do especialista

Para o economista e professor Luciano Simões, a construção civil sempre fez parte do aquecimento econômico do mercado interno brasileiro. "A influência do mercado construtivo na economia sempre foi uma grande alavanca de movimentação do Produto Interno Bruto [PIB]. Haja vista o histórico que nós observamos nos movimentos de 2010 e 2014 e nas retomadas do giro econômico, o governo sempre traz programas que estão aliados à fundamentação da construção civil", considera.

De acordo com Simões, a elevação dos números do mercado construtivo estava nos planos dos especialistas. "A estimativa desse movimento de obra já era esperado, tendo em vista um pequeno movimento das obras internas prudentes ao modelo home office adotado pelas empresas, quando muitos profissionais resolveram fazer pequenas adequações no seu ambiente de residência", afirma.

Segundo o economista, o cenário positivo da construção civil pode ter colaborado para que o PIB brasileiro tivesse uma queda menos acentuada durante a crise causada pelo coronavírus.

Se em 2019 a retomada do emprego e o crescimento da economia nacional caminharam a passos lentos, a expectativa dos economistas e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é que 2020 será de expansão - só o Produto Interno Bruto (PIB) deve chegar a 2,5%. A atividade econômica deve ser impulsionada pela expansão de 2,8% do PIB industrial e pelo aumento do investimento, que deve crescer 6,5% - se firmando como o fator de promoção da recuperação da economia brasileira, segundo aponta a CNI. 

De acordo com o estudo da Confederação, a aceleração da segunda metade de 2019 é sinal de que haverá crescimento mais sólido nos próximos 12 meses de 2020. O economista Écio Costa afirma que o próximo ano vai ser de gente consumindo mais e, provavelmente, de mais indústrias produzindo - o que pode resultar na necessidade de contratação de mais mão de obra. 

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Costa aponta que 2019 “foi um ano de inflação controlada, até porque a economia não está crescendo em um ritmo forte, então existe ociosidade por parte das indústrias e como há uma ociosidade a gente acaba não tendo uma pressão sobre os preços. O desemprego vem caindo, mas num ritmo muito lento e acaba fazendo com que a economia termine também não crescendo, já que uma coisa alimenta a outra”, ressalta o economista.

Entre as ações que auxiliaram para a alavancada da economia no final de 2019 está a liberação do saque imediato do FGTS, que injetou mais de R$ 3 bilhões. Écio Costa reforça que a aceleração da economia se deu pelo consumo, já que o crédito “está mais barato e mais disponível”. O economista avalia que, por conta disso, “as famílias estão conseguindo renegociar algumas dívidas, estão conseguindo crédito com as taxas mais baixas e isso tem ajudado a fomentar o consumo”.

Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, pontua o seguinte: "Estamos passando por um período de reformas estruturais, de cunho liberalizante. Essas reformas, em especial as que se destinam a modernizar os regimes trabalhista, previdenciário e tributário, estão sedimentando o terreno para o aumento do consumo, dos investimentos e da produção. Com isso, certamente teremos um crescimento maior e melhor em 2020”.

Perspectivas divulgadas pela CNI

As perspectivas também são positivas para outros indicadores da economia. A expectativa é de que a inflação – medida pelo IPCA – encerre 2019 em 3,7%, abaixo da meta pelo quarto ano consecutivo. Espera-se que a taxa Selic permaneça no patamar estabelecido na última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), em 4,5% ao ano ao longo de 2020. 

Em relação ao mercado de trabalho, a expectativa é de que a retomada da atividade econômica viabilizará o crescimento mais robusto de vagas formais e a geração de empregos de maior qualidade, que pagam melhores salários. Isso deve ter efeitos positivos no rendimento médio real da população e na massa salarial, no próximo ano, que devem crescer 1,6% e 3,4%, respectivamente. Em relação à taxa média de desemprego, a previsão é de que caia de 11,9% para 11,3% na média anual.

O crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre de 2019 ante o mesmo trimestre de 2018, divulgado ontem pelo IBGE, fez o País figurar na 43ª posição num ranking internacional de desempenho da atividade econômica com 54 países, compilado pela agência de classificação de risco Austin Rating.

O resultado representa uma melhora, tendo em vista que o Brasil vinha com dificuldades de abandonar os últimos lugares da lista em edições anteriores.

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A liderança do ranking foi ocupada pela economia da Armênia (7,9%), seguida por Filipinas (6,2%) e China (6,0%). Os Estados Unidos ficaram em 29º lugar, com avanço de 2,1% no PIB. A Rússia foi o 34º colocado, com crescimento de 1,7%. Os três locais com resultados negativos no ranking da Austin foram Islândia (-0,1%), México (-0,3%) e Hong Kong (-2,9%).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A atividade econômica da zona do euro cresceu em seu ritmo mais lento dos últimos quatro anos no terceiro trimestre, na medida em que o índice de emprego também recuou durante o período. É o que aponta dados da Agência de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgados nesta sexta-feira (7).

O produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, que é a soma de todos bens e serviços produzidos nos 19 países que fazem parte do bloco econômico, cresceu 0,2% entre julho e setembro. Essa foi a taxa mais lenta de elevação econômica desde o segundo trimestre de 2014 e mostrou desaceleração em relação ao aumento de 0,4% obtido no segundo trimestre.

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Na comparação anual, a taxa de crescimento do PIB foi de 1,6%, revisando para baixo a projeção anterior de um aumento de 1,7%.  Ainda segundo a Eurostat, o número de pessoas empregadas na zona do euro teve alta de 0,2% no comparativo trimestral e de 1,3% no comparativo anual, ante as taxas de 0,14% e 1,5%, respectivamente, no trimestre anterior.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu a um ritmo anual de 3,5% no terceiro trimestre de 2018, de acordo com a estimativa do Departamento de Comércio divulgada hoje (28).

A evolução da atividade econômica norte-americana entre julho e setembro mostrou um leve recuo em relação ao segundo trimestre, que cresceu 4,2%, a maior alta desde 2014. Mas o atual ritmo deve ser o suficiente para manter o crescimento no caminho certo para alcançar a meta de 3% do governo para este ano.

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Apesar de as empresas estadunidenses terem acumulado estoques e investido mais equipamentos do que o esperado para o terceiro trimestre, a economia foi compensada por revisões de queda nos gastos do consumidor e nas exportações.

O crescimento do PIB também foi impulsionado pelo corte de impostos da Casa Branca, de US$ 1,5 trilhão, que estimulou os gastos do consumidor e impulsionou o investimento das empresas. O estímulo fiscal integra as medidas adotadas pelo presidente Donald Trump para melhorar o crescimento anual em uma base sustentável.

Agora as estimativas de crescimento para o quarto trimestre estão em torno de um ritmo de 2,5%. Os economistas preveem que o PIB diminua ainda mais em 2019, ao passo que o estímulo fiscal se esvai e os efeitos de uma guerra comercial com a China, assim como as disputas com outros parceiros comerciais, cobram seu preço.

A desaceleração do crescimento econômico entre julho e setembro refletiu principalmente nas tarifas retaliatórias da China sobre as exportações dos Estados Unidos. Os agricultores se anteciparam e carregaram os embarques, incluindo de soja, para o país chinês antes que as tarifas entrassem em vigor no início do trimestre. Desde então, as exportações caíram a cada mês, aumentando o déficit comercial.

Além disso, o aumento nos gastos do consumidor, responsável por mais de dois terços da economia norte-americana, cresceu 3,6% no terceiro trimestre e ficou abaixo da taxa de 4% estimada em outubro.

Os gastos públicos com saúde no Brasil equivaleram a 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2015, de acordo com relatório divulgado pelo Banco Mundial. O país ocupa a 64ª posição em despesas com saúde, no ranking com 183 países, acima da média da América Latina e do Caribe, que gastam 3,6%, e abaixo dos países desenvolvidos, que aplicam na saúde, em média, 6,5% da soma de todos os bens e serviços produzidos em seus territórios.

De acordo com o relatório, a despesa pública em saúde no Brasil está em um nível mediano em comparação com a média internacional, mas relativamente inferior ao volume de recursos empregados nos sistemas de saúde de países europeus, como Reino Unido e Suécia, que apresentam boa qualidade.

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O documento destaca que mesmo o Brasil tendo um sistema de saúde público, o gasto privado em saúde ainda é superior ao público, diferentemente dos países desenvolvidos.

A relação entre a despesa federal com saúde e a receita corrente vem crescendo continuamente, segundo o relatório, passando de 6,7% em 2008 para 8,3% em 2017. No ano passado, o gasto do governo federal em saúde chegou a R$ 117,1 bilhões. Em proporção do PIB, esses gastos corresponderam a 1,8%.

Nos últimos dez anos, o aumento acumulado, acima da inflação, de 31,9% de despesas em saúde também não foi suficiente para colocar o Brasil no patamar dos países desenvolvidos. O documento do Banco Mundial avalia que o aumento dos custos dos serviços de saúde acima da inflação e o envelhecimento da população pressionam o crescimento nos gastos com saúde.

O estudo prevê ainda que o teto dos gastos, estabelecido em 2016, faz com que a dinâmica futura das despesas em saúde no Brasil “torna-se ainda mais desafiadora em um contexto de limitação do crescimento dos gastos públicos e de ajuste fiscal”.

Na análise do cenário para os próximos dez anos, sem investimentos em novos serviços, a projeção é que a despesa do governo federal em proporção do PIB se mantenha estável no período, mas ainda abaixo dos países desenvolvidos. Por outro lado, o relatório ressalta que o crescimento nos gastos em saúde na próxima década está condicionado à regra do teto dos gastos públicos, o que significa que aumentos reais são possíveis desde que haja redução em despesas de outros setores. A emenda determina que, a cada ano, seja aplicada na saúde 15% da receita da União em 2017, além do adicional da inflação do ano anterior.

A estimativa de instituições financeiras para a inflação voltou a cair. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,15% para 4,11%. Os números constam na pesquisa Focus, publicação elaborada todas as semanas pelo Banco Central com estimativas para os principais indicadores econômicos.

Para as instituições bancárias, o IPCA em 2019 será de 4,10% e 4% em 2020. Para 2021, a projeção caiu de 4% para 3,95%. Essas estimativas estão abaixo da meta que deve ser atingida pelo BC para este ano e 2019. Em 2018, a meta é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

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Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic. Os bancos projetam que a taxa básica deve permanecer em 6,5% até o final deste ano. Para 2019, a estimativa é de aumento dos juros, terminando o período em 8% ao ano.

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi mantida em 1,50%, neste ano. Para 2019, a estimativa é de 2,50%. Os bancos também projetam aumento de 2,50% do PIB em 2020 e 2021. Já a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no final deste ano. Para o fim de 2019, passou de R$ 3,68 para R$ 3,70.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentem os gastos com Defesa para 4% do Produto Interno Bruto (PIB). A maioria dos países ainda não atingiu a meta de 2%, acordada em 2014 e que deve ser cumprida até 2014. A declaração do presidente norte-americano foi feita durante uma conferência de imprensa na cúpula da Otan em Bruxelas, na Bélgica. 

Trump já havia demonstrado sua insatisfação por meio do Twitter, ao publicar na rede social que os EUA pagam bilhões de dólares pela proteção da Europa e com isso perdem bilhões em comércio. "Os presidentes vêm tentando, sem sucesso, há anos levar a Alemanha e outras nações ricas da Otan a pagar mais para sua proteção da Rússia. Eles pagam apenas uma fração do custo. Os EUA pagam dezenas de bilhões de dólares para subsidiar a Europa e perdem no comércio!", afirmou. 

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O presidente norte-americano ainda acusou a Alemanha de gastar bilhões com energia russa. "A Alemanha começou a pagar a Rússia, país do qual eles querem proteção, bilhões de dólares para suas necessidades de energia, provenientes de um novo gasoduto da Rússia. Inaceitável! Todas as nações da OTAN devem cumprir o seu compromisso de 2% e, em última análise, devem ir para 4%!". 

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse em resposta a Trump que a Alemanha é livre para tomar decisões de forma independente. Entretanto, Merkel reconheceu que tanto o seu país quanto os outros da Europa devem colaborar aumentando os gastos com a Defesa. 

Markel ainda afirmou que a cúpula foi intensa mas produtiva. "Posso dizer que o resultado é um compromisso claro com a Otan e uma forte vontade de fazer contribuições diante das mudanças nas ameaças à segurança.

Agora, as discussões da cúpula devem focar no fim da guerra do Afeganistão e na adesão de novos membros ao tratado, como a Ucrânia e a Geórgia.

Os custos com o combate e com as consequências da criminalidade no Brasil correspondem a aproximadamente 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país. O número consta no relatório “Custos Econômicos da Criminalidade no Brasil”, divulgado hoje (11) pela Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, da Presidência da República.

De acordo com o documento, os custos com a criminalidade subiram de R$ 113 bilhões para R$ 285 bilhões entre 1996 e 2015, e apesar do aumento significativo dos gastos com segurança pública nos últimos 20 anos, houve crescimento no índice de homicídios no país, passando de 35 mil para 54 mil.

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Uma saída indicada no relatório é a recondução de recursos destinados a políticas sem impacto e retorno social. “É imperativo aumentar a eficiência das políticas de segurança, buscando soluções de alto impacto e baixo custo. Tal ganho de eficiência depende do estabelecimento de uma política baseada em evidências que demonstrem quais tipos de intervenções funcionam”, analisa o texto.

O secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Hussein Kalout, apresentou os dados do documento em cerimônia no Palácio do Planalto e ressaltou que é preciso ter mais resultados com menos gastos. “Precisamos fazer políticas públicas mais eficientes com poucos recursos e inovação. Não é mais possível fazer política de segurança ampliando gasto econômico para o Estado cujo retorno social seguirá diminuindo e a criminalidade aumentando”, afirmou.

A promoção da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres poderia agregar US$ 28 trilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) global até 2025, informa o relatório Situação da População Mundial 2017 lançado na terça-feira (17) pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Segundo o documento, estudos apontam que uma associacão positiva entre igualdade de gênero, PIB per capita e níveis de desenvolvimento humano e a redução das desigualdade de gênero é um fator determinante para que o mundo consiga atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), em 2030.

Mas esse cenário está longe de ser atingido. Dados do relatório mostram que os homens ocupam 76% da força de trabalho global, enquanto as  mulhres representam 50%. A pesquisa mostra ainda o valor pago as mulheres corresponde a 77% aos dos homens. Além disso, em razão das desigualdades, apenas metade das mulheres em todo o mundo possui emprego remunerado. Outro dado alarmante: das mulheres que conseguem entrar no mercado, em todo o mundo, 3 em cada 5 não têm acesso a licença maternidade, e muitas pagam “penalidade pela maternidade”. 

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De acordo com o relatório, esses números mostram que as desigualdades em saúde e direitos sexuais e reprodutivos têm um impacto “evidente” na desigualdade econômica. “O que significa que para as mulheres de qualquer lugar, a gravidez e a criacão dos filhos podem significar a exclusa o da força do trabalho ou salários mais baixos”. Segundo o relatório, as mulheres mais pobres são as mais atingidas. “Em muitos países em desenvolvimento, as mulheres pobres, que estão nos 20% inferiores da escala de renda, e principalmente aquelas nas àreas rurais, têm menos probabilidade de acesso a contraceptivos, cuidado durante a gravidez e o parto do que suas contrapartes nas áreas urbanas mais ricas.”

Sem acesso a contracepção, as mulheres pobres, especialmente as menos instruídas e que moram em áreas rurais, “está em maior risco de uma gravidez não intencional. Isso pode gerar riscos de saúde e repercussões  econômicas por toda a vida. A falta de poder para decidir se, quando ou com que frequência engravidar pode limitar sua educação, atrasar a participação na força de trabalho remunerada e reduzir os ganhos.

A pesquisa mostra que o acesso limitado ao planejamento reprodutivo reflete em 89 milhões de gravidez não intencionais e 48 milhões de abortos em países em desenvolvimento todos os anos. A UNFPA diz que a cada US$ 1 gasto em serviços os contraceptivos reduz o gasto de assistência relacionada a gravidez em US$ 2,22.

Os números mostram ainda que “em 2015 houve aproximadamente 14,5 milhões de partos de adolescentes em 156 países, territórios e outras áreas em desenvolvimento”. A maioria dos partos de adolescentes no mundo (95%) ocorre nos países em desenvolvimento e nove de cada dez desses partos ocorrem em um casamento ou uma união.

Esses casamentos infantis costumam ser mais frequentes em países onde a pobreza extrema e entre os grupos mais pobres nos países. “As adolescentes (entre 15 e 19 anos de idade) nos domicílios que está o entre os 20% mais pobres nos países em desenvolvimento têm cerca de três vezes mais partos do que as adolescentes nos domicílios que está  entre os 20% mais ricos. As adolescentes em áreas rurais têm, em mèdia, duas vezes mais partos (taxa por 1mil mulheres) do que suas contrapartes nas cidades”, diz o relatório.

Brasil

No caso do Brasil, o relatório mostra que um em cada cinco bebês nascem de mães adolescentes. O estudo mostra ainda que entre essas mães adolescentes, de cada cinco, três não trabalham nem estudam; sete em cada dez são afrodescendentes e aproximadamente a metade delas mora na Região Nordeste.

Segundo o material, a juventude enfrenta três condições críticas: acesso limitado a serviços e insumos de saúde sexual e reprodutiva; acesso limitado a educação de qualidade e a oportunidades de emprego; e uma alta exposição à violência, em especial contra meninas e violência letal a jovens negros e em comunidades mais pobres.

O relatório mostra ainda o longo caminho que o país precisa percorrer para reduzir as desigualdades entre homens e mulheres. Segundo o estudo, do total de 22,5% das pessoas jovens (15-29 anos), no país, não estudam e nem trabalham. Desses jovens, mais de 65% são mulheres, sendo que a maioria (54,1%) tinha ao menos um filho ou filha.

De acordo com o relatório, na população de dez anos ou mais, a proporçao de mulheres que cuida dos afazeres doméstidos chega a 88%, enquanto na parcela masculina fica em 51,5%. Na divisão da média de horas semanais dedicadas a afazeres domésticos, os homens dedicam 10,5h e mulheres 23,3h, mais que o dobro.

Para a UNFPA, isso significa menos possibilidade de completar o ensino formal e, consequentemente, de acesso ao mercado de trabalho e de alcançarem independêcia financeira nas mesmas condições que homens ou de mulheres mais ricas.

Segundo a UNFPA, o maior nível de instrução de meninas e mulheres tem uma associação positiva com melhores resultados em saúde materna e infantil, assim como menores taxas de mortalidade. A melhoria na igualdade de gênero que resulta de uma maior parcela de mulheres na força de trabalho tem sido associada a menor desigualdade de renda”, diz o relatório.

De acordo com representate da UNFPA no Brasil, Jaime Nadal, o desafio não é apenas reduzir a pobreza e a desigualdade econômica, mas também as desigualdades quanto as oportunidades. “O que o relatório está falando é que pensar desigualdade não é só o quanto uma pessoa tem ou não tem. Ele está dizendo que é isso, mas não só: é o que as pessoas podem fazer nas suas vidas ou podem não fazer  dependendo do acesso a oportunidades que tiveram, particularmente no momento quando eram crianças e adolescentes e puderam completar todo esse ciclo de educação, de saúde e de iinserção na vida produtiva”, disse Nadal à Agência Brasil.

Para o FNDA, somente com a promoção  da equidade de direitos de mulheres e meninas, especialmente no acesso universal aos serviços e direitos de saúde sexual e reprodutiva – são necessários para alcançar o desenvolvimento sustentável.

Para o fundo o cenário colocado traz ameaças à paz e ao cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e que a menos que as “desigualdades recebam atenção urgente e que as mulheres, em especial as mais pobres”, esse cenário não será atingido.

Segundo Nadal, a sociedade pode colher grandes benefícios econômicos e sociais quando todas as pessoas puderem desfrutar de seus direitos a saúde e a educação. No caso das mulheres, essa questão passa por decidir se, quando e com que frequência engravidar; e quando os homens e mulheres estão em pé de igualdade na força de trabalho.

"O crescimetno econômico por si só não basta. É preciso que ele seja também um crescimento distributivo, equitativo, que realmente camadas amplas da população possam se beneficiar do crescimento econômico. Porque se permanecer muito concentrado em setores pequenos da população ele não vai ser duradouro, não vai ser sustentável e vai gerar mais desigualdade”, disse.

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Pernambuco deu um leve suspiro na economia. No segundo trimestre deste ano, o estado teve uma elevação real de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em comparação com o primeiro trimestre de 2016. O fato, entretanto, tem que ser acompanhado com cautela porque com relação ao segundo trimestre do ano passado, a queda é de 3,5%. Se for considerado o primeiro semestre, aí a redução está em 6,7%. 

Ao todo, o PIB do segundo trimestre alcançou R$ 38,5 bilhões. Para o presidente da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), Flávio Figueiredo, o cenário atual da economia pernambucana é de estabilização “e aponta para uma retomada do crescimento, que deve ocorrer realmente em 2017”, destaca. 

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O setor da indústria foi o que apresentou o melhor desempenho, com um crescimento de 8,8% com relação ao primeiro trimestre do ano. Segundo o diretor executivo de estudos e pesquisas da Agência Condepe/Fidem, Maurílio Lima, o desempenho no setor foi impulsionado pela melhoria nas indústrias da transformação e da construção civil. “Houve uma reação na área de construção civil, que mais contrata mão de obra”, explica. 

O segmento de serviços, o mais importante de Pernambuco, registrou um aumento muito pequeno, de 0,8%. Já na agropecuária, houve queda de 4,1%. Com relação ao setor de serviços, a análise dos especialistas é que o empresariado voltou a investir no mercado mas o consumidor ainda não confia para voltar a consumir como antes. Já o decréscimo na agropecuária seria principalmente devido a fatores climáticos, que afetaram as lavouras e a pecuária.

No Brasil, houve um decréscimo de 0,6% no PIB do segundo trimestre de 2016 na comparação com o primeiro trimestre e de 3,8% se comparado ao mesmo trimestre de 2015. Pernambuco mostrou uma situação do PIB melhor do que alguns outros estados que adotam a análise sazonal, como Bahia (- 3,7%) e Minas Gerais (-2,8%). 

A economia da Rússia - totalmente dependente do petróleo - pode crescer ligeiramente este ano se os preços do petróleo continuarem nos níveis atuais, disse nesta sexta-feira o ministro da Economia, Alexei Ulyukayev.

Falando à margem de um fórum anual de economistas em St. Petersbrug, Ulyukayev disse que o Produto Interno Bruto (PIB) pode expandir em até 0,3% este ano, de acordo com a agência de notícias Interfax.

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A perspectiva é uma das previsões mais otimistas expressas por uma autoridade do governo depois que a economia contraiu 3,7% em 2015, pressionada pelos baixos preços do petróleo e das sanções ocidentais. O Banco da Rússia prevê que a economia se contraia em até 0,7% este ano.

Ulyukayev também disse que a Rússia pode prever um preço médio do petróleo em US$ 40 por barril no orçamento de 2017 e pode emprestar US$ 3 bilhões aos mercados globais no próximo ano.

Em maio, a Rússia se beneficiou dos mercados internacionais de capitais pela primeira vez depois de ter sido atingida por sanções diante do envolvimento do Kremlin na Ucrânia. A Rússia vendeu US$ 1,75 bilhão em Eurobonds de 10 anos denominados em dólares e pode emprestar mais ainda este ano. Fonte: Dow Jones Newswires.

O tombo de quase 4% no Produto Interno Bruto no ano passado e uma nova retração - quase do mesmo tamanho - esperada para este ano dizimaram restaurantes onde empresários que comandam a economia do País fecham negócios, geralmente em refeições regadas do bom e do melhor.

A rua Amauri, no bairro paulistano do Itaim, que concentrava boa parte desses estabelecimentos, está bem mais vazia. Em apenas uma quadra, há pelo menos quatro restaurantes fechados. Manobristas, que antes corriam para dar conta do entra e sai de carrões importados, hoje passam o tempo jogando conversa fora à espera de clientes.

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Na última quarta-feira, em pleno meio de semana, perto das 13 horas, que em épocas normais seria um horário de pico, a tranquilidade predominava nesse reduto de restaurantes de luxo. "Em outras épocas, neste horário, teria uma hora de espera. Hoje o cliente entra e já senta", disse João Santos, que há 13 anos cuida do estacionamento dos carros dos clientes da Forneria San Paolo.

"O fechamento dos restaurantes foi uma combinação de aluguel alto com queda no movimento, com certeza", afirmou Denise Schirch. Ela preside a Associação de Moradores e Empresários da Rua Amauri e é sócia da holding Componente, do empresário João Paulo Diniz, que tem três estabelecimentos na Amauri, dos quais dois fechados.

Um deles é o Dressing, que parou de atender como restaurante em 2014. No ano passado, virou um espaço para eventos. Agora, nem isso funciona e o local está em reforma. O outro restaurante de luxo é o Ecco, que encerrou as atividades no fim do ano passado. Nos dois casos, Denise ressaltou que os pontos comerciais não foram entregues e que há projetos para o futuro. "Estamos esperando as coisas se assentarem para desenhar uma nova proposta."

Do grupo, o único que está em operação na rua Amauri é a Forneria San Paolo. "A Forneria é uma exceção porque tem um tíquete médio intermediário para a rua, entre R$ 90 e R$ 100", disse Denise. Ela contou que, neste caso, o movimento do restaurante até cresceu, cerca de 5%, favorecido pelo fechamento dos concorrentes.

Já no Yellow, outro sobrevivente que também tem um tíquete médio menor, o movimento caiu entre 20% e 30%, calcula o gerente, Pedro Meirelles. "Esta é a pior crise", disse ele, que trabalha há 27 anos no estabelecimento. Por ora, o plano de abrir filiais foi cancelado por causa da retração da economia.

Para contrabalançar a queda no movimento, o gerente contou que cortou o preço do estacionamento, começou a preparar refeições para eventos e entregar pratos em domicílio. "Até criamos um prato executivo no valor de R$ 42. O problema é o gasto. Ninguém sai de casa mais", disse Meirelles.

Bonança. Para Marcos Hirai, sócio-diretor da GS&BGH, consultoria especializada no setor imobiliário, os aluguéis dos imóveis da rua Amauri eram caros demais mesmo nas épocas de vacas gordas, mas a situação estava encoberta porque saía um inquilino e entrava outro. "Mas, com a crise e a queda no movimento dos restaurantes, a situação ficou insustentável e muitos imóveis, vazios. A ganância dos proprietários foi um tiro no pé", ressaltou.

Denise Schirch ponderou que a inflação interna dos restaurantes, que envolve não apenas o aluguel, mas mão de obra e o custo dos alimentos e bebidas, é muito maior que a estampada no índice oficial de inflação, o IPCA. Além disso, no momento atual, não há espaço para os restaurante de luxo aumentarem os preços, mesmo atendendo a clientes classe A e pessoas jurídicas. "Há empresas impondo limites nos gastos."

Paulista. Fora da rota do luxo, o centenário Rei do Filet, que fica na Alameda Santos, a uma quadra da Paulista e também é frequentado por executivos, políticos e jogadores de futebol, sentiu a queda no movimento. Nas contas do gerente Vandy Freitas, que trabalha na casa há 29 anos, a retração foi de cerca de 40%. "Nunca vi uma crise assim."

Para reverter a queda, o restaurante criou um prato executivo, batizado de "filé do chefe". O prato serve três pessoas, com 500 gramas de carne, dois acompanhamentos, salada e sobremesa por R$ 132,30. "Mas tem gente que pede esse prato para cinco. São poucos pedidos a la carte", reclamou Freitas.

Segundo o gerente, a pressão de custos dos alimentos usados para preparar os pratos é muito grande e seria necessário um reajuste na faixa de 15% para reequilibrar os custos com os preços. Mas, na atual conjuntura, um aumento de preço do cardápio é inviável. O último reajuste ocorreu oito meses atrás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na contramão do Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco apresentou crescimento de 2,7% no terceiro trimestre de 2014. Com o bom desempenho da economia, Pernambuco está situado em 10º lugar no ranking das maiores economias do Brasil. Por outro lado, no âmbito nacional, o PIB teve queda de 0,2% durante o mesmo período. As informações são da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (CONDEPE/FIDEM) e, segundo o órgão, a expectativa que Pernambuco conclua o ano de 2014 com crescimento de três pontos percentuais. 

Entre os componentes do PIB do Estado que tiveram destaque está a Agropecuária, com crescimento de 8,7% no trimestre analisado. O setor foi impulsionado pelas lavouras temporárias e principalmente pelo cultivo de milho, que apresentou o notável crescimento de 192,5%. Os cultivos de feijão e mandioca também contribuíram para o desenvolvimento geral do segmento, com crescimentos de 80,2% e 1,3 pontos percentuais, respectivamente. 

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O setor industrial também apresentou saldo positivo em relação ao PIB nacional. Em Pernambuco, a indústria cresceu 4,7%, ao passo que, no cenário nacional, o PIB teve registro negativo de 1,5%. Dentro do segmento, os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) apresentaram crescimento de 25%, consequência da geração de energia produzida pelas termelétricas. A Construção Civil também mereceu destaque, mas em relação à queda de 4,5%. 

De acordo com o presidente da CONDEPE/FIDEM, Maurílio Lima, a retração da Construção Civil pode ser consequência da fase atual de conclusão de vários investimentos estruturadores, pelo esfriamento do mercado de construção imobiliária e pelo demorado andamento de obras de infraestrutura. "Essa situação vem sendo observada ao longo de 2014, refletindo em flutuações no mercado de trabalho do setor", destaca.

JOÃO PESSOA (PB) - O valor do Produto Interno Bruto da Paraíba (PIB) de Campina Grande cresceu sete vezes mais que o de João Pessoa a informação consta nos dados divulgados nesta terça-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual.

O PIB municipal de Campina Grande passou de R$ 4,335 bilhões, em 2010, para R$ 5,339 bilhões, em 2011, o que representa um crescimento nominal de 23,2%. Com isso, a participação da cidade na economia estadual passou de 13,6%, em 2010, para 15,1%, em 2011.

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Já a capital teve uma queda de 2,1% na participação na economia estadual, passando de 30,6%, em 2010, para 28,5%, no ano seguinte. Este fato, segundo o IBGE, se deu devido ao crescimento de Campina Grande com uma desconcentração da economia paraibana.

Por fim, os dados mostram que João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Santa Rita e Bayeux continuam como as principais economias do estado, representando 57,8% do PIB. A variação nominal paraibana foi de 11% entre 2010 e 2011, passando de R$ 31,947 bilhões, para R$ 35,443 bilhões.

A presidente Dilma Rousseff encerrou os dois primeiros anos de seu mandato com crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,8%, desempenho que só não foi pior que o início do governo do presidente Fernando Collor de Mello. Nos dois primeiros anos do primeiro e do segundo mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, essa média foi de, respectivamente, 3,4% e 5,6%, e nos de Fernando Henrique Cardoso, de 3,2% e 2,3%. Já no de Collor, ficou em 0,25%.

Considerando uma expansão do PIB de 3% este ano (possibilidade colocada em dúvida por alguns economistas) e de 4% no próximo, o governo Dilma fecharia seu mandato em 2014 com crescimento médio anual de 2,6%. É quase a metade dos 4% a 5% pretendidos pela presidente. No front externo, a comparação também é desfavorável ao Brasil, pois, embora economistas ligados ao governo geralmente associem o baixo crescimento brasileiro à crise internacional, o crescimento de 0,9% do PIB do Brasil em 2012 foi o pior entre os países do Bric - que inclui também Rússia, Índia e China - e ficou acima apenas do resultado na Europa.

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A China, por exemplo, avançou 7,8%, enquanto a economia mundial cresceu 3,2% no ano passado. No conjunto dos países da zona do euro, a economia encolheu 0,5%. "O mais importante é que a crise foi externa, não interna. Desta vez, a crise foi produzida lá fora e tivemos resposta muito boa à crise, mas é inevitável que a economia desacelere", comentou em Brasília o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Críticos da política econômica citam a comparação internacional para dizer que fatores internos pesam mais na desaceleração da economia brasileira do que a crise externa. Mesmo na América Latina o crescimento foi maior: o PIB do México avançou 3,9% ano passado. Segundo Felipe Queiroz, economista da agência de risco Austin Rating, a crise internacional e o baixo crescimento nos países desenvolvidos afetam sim os países emergentes como o Brasil. Nesse contexto, as economias emergentes se voltaram para seus mercados internos.

A diferença do Brasil para os demais Brics está na estrutura da economia e na condução da política econômica, diz Queiroz. "Aqui, ainda temos uma baixa taxa de poupança, dependemos de recursos externos e ficamos vulneráveis a ânimos e expectativas de investidores internacionais de curto prazo." Por sua vez, Índia e China crescem com pesados investimentos. Segundo ele, a taxa de investimento da Índia está em 34% do PIB. Na China é de 48%. No Brasil, ficou em apenas 18,1%. Assim, embora tenha um mercado interno grande e em expansão, o avanço do consumo no Brasil acaba sendo suprido por produtos de outros países, sobretudo na indústria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão Especial do Plano Nacional de Educação realiza nesta terça-feira (13) uma reunião para votar o relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), que visa a previsão de investimento na educação de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) até o ano de 2020. Ação ocorre logo mais, às 14h30, no Plenário 10. Segundo a Agência Câmara de Notícias, no encontro de hoje só deve ser votado o texto principal. Os destaques apenas devem receber análise no dia 26 deste mês.

Conforme informações da agência, o percentual de investimento na educação pode alcançar a 8%, levando em consideração o investimento total no setor, que abrange recursos do Financiamento Estudantil e do Prouni, entre outros.

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