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Três atletas do levantamento de peso do Casaquistão tiveram retiradas suas medalhas de ouro conquistadas nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, depois de a reanálise dos seus exames antidoping detectarem a presença de esteroides. As pesistas casaques estão em um novo grupo de atletas sancionados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta quinta-feira (27).

Zulfia Tchinchanlo, Maia Maneza e Svetlana Podobedova perderam as medalhas de ouro que haviam ganho nas divisões até 53 quilos, até 63kg e até 75kg, respectivamente. Todas testaram positivo para o esteroide estanozolol com a amostra de Chinshanlo também contendo oxandrolona.

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Também nesta quinta-feira, Marina Shkermankova, uma pesista da Bielorrússia, foi despojada de sua medalha de bronze na categoria até 69kg. Outro dois atletas do levantamento de peso do país, além de um russo do lançamento de martelo e outro do salto com vara foram desclassificados, ainda que nenhum deles tenha conquistado medalhas.

As punições para atletas do levantamento de peso bielorrussos e do Casaquistão vão desencadear uma punição automática aos dois países de participarem de competições internacionais do esporte por causa das regras da federação que impõem automaticamente esse sanção se pelo menos três competidores de um país falharem na reanálise de exames antidoping da Olimpíada.

O COI disse que um caso contra um lutador russo que ganhou uma medalha de prata não prosseguirá porque ele morreu em um acidente de carro há três anos. A comissão disciplinar do COI esclareceu que o resultado de Besik Kudukhov será mantido porque não pode pronunciar-se sobre casos de doping envolvendo mortos. "A situação não é satisfatória, uma vez que implica que os resultados olímpicos que provavelmente teriam de ser revistos permanecerão sem correção", observou.

As amostras de exames antidoping são armazenadas pelo COI durante um período de dez anos para que possam ser novamente analisadas quando os métodos de análise melhorarem.

O COI registrou um total de 98 casos positivos nas últimos reanálises de amostras dos Jogos de Londres e de Pequim-2008, com quase metade dos casos sendo no levantamento de peso, o que deixa o esporte sob questionamento. Em um evento da Olimpíada de 2012, seis dos dez primeiros colocados testaram positivo.

A Rússia perdeu duas medalhas conquistadas em provas de atletismo da Olimpíada de Pequim, em 2008, após novos testes mostrarem que seus competidores se doparam com um esteroide anabolizante. O Comitê Olímpico Internacional (COI) explicou nesta terça-feira (13) que quatro russos foram desqualificados de eventos dos Jogos Olímpicos, em casos que envolvem turinabol, sendo dois deles medalhistas.

Maria Abakumova, que ganhou a prata no lançamento de dardo feminino, e Denis Alexeev, que ajudou a equipe masculina da Rússia a levar o bronze no 4x400 metros, foram desqualificados, disse o COI. A Grã-Bretanha vai ganhar duas medalhas de bronze diante dessas exclusões.

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No lançamento de dardo, Christina Obergfoell, da Alemanha, herdará a prata, enquanto a britânica Goldie Sayers, que ficou em quarto lugar e estabeleceu um novo recorde nacional em Pequim, deverá ficar com o bronze. A medalha de ouro foi conquistada por Barbora Spotakova, da República Checa.

Na prova de revezamento masculino, a Grã-Bretanha terminou em quarto lugar, com a equipe russa, com a participação de Alexeev, estabelecendo um novo recorde nacional para ficar na terceira posição. Os Estados Unidos ganharam o ouro e Bahamas ficou com a prata.

Os outros dois casos anunciados nesta terça-feira envolvem a fundista Inga Abitova, que ficou em sexto lugar no 10.000 metros feminino, e a ciclista Ekaterina Gnidenko. Gnidenko foi desqualificada de dois eventos do ciclismo de pista dos Jogos de Londres, em 2012.

O COI anunciou anteriormente que encontrou 98 casos positivos em novas análises de mais de mil amostras de exames antidoping dos Jogos de Londres e de Pequim. As amostras são guardadas por dez anos para permitir que sejam novamente analisadas quando métodos melhores passam a estar disponíveis.

Em uma nova onda de testes de amostras de atletas que estiveram nos Jogos de 2008 e 2012, o Comitê Olímpico Internacional (COI) descobriu mais 45 casos de doping e anunciou que esses esportistas poderão ficar de fora do Rio-2016. Em uma ofensiva para tentar garantir Jogos "limpos", a entidade já abriu procedimentos contra um total de 98 atletas que potencialmente poderiam estar na Olimpíada, em agosto.

Mergulhado em sua maior crise de doping, o COI tomará no domingo uma decisão se exclui ou não toda a delegação russa do evento no Brasil. Mas, de forma paralela, a entidade havia ordenado que todas as amostras de sangue e urina guardadas desde Pequim-2008 fossem reavaliadas. Os testes são mantidos por dez anos, justamente para permitir que o desenvolvimento de novas tecnologias possam detectar, anos depois das provas, se um atleta competiu dopado.

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As conclusões anunciadas nesta sexta-feira apontam para mais 30 atletas pegos por doping no evento de 2008 e outros 15 em Londres. Nem as nacionalidades e nem as modalidades foram reveladas, enquanto a investigação é conduzida.

No total, 1,2 mil amostras de 2008 e 2012 foram reavaliadas até agora. Uma primeira onda de testes foram realizados no mês passado, com mais de 700 casos - 53 foram pegos. Agora, foram mais de 500 testes e 45 identificados como suspeitos.

Os novos testes se focaram principalmente em atletas que ganharam medalhas. Dos 30 casos suspeitos em Pequim, 23 eram medalhistas em quatro modalidades diferentes. Oito países estariam envolvidos. Sobre 2012, 15 atletas foram pegos nos novos testes, competindo em dois esportes. Nove países foram implicados.

Segundo o COI, processos contra esses atletas serão abertos e todos aqueles que violaram as regras antidoping "serão banidos do Rio". A entidade voltou a insistir que proteger atletas limpos é "sua maior prioridade".

"Usando a análise científica mais avançada, os testes de amostras guardadas de 2008 e 2012 ocorreram depois da coleta de inteligência", disse o COI. "Os testes, uma vez mais, mostram o compromisso do COI na luta contra o doping", declarou o presidente da entidade, Thomas Bach.

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