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O governo do Estado do Rio chegou a um acordo com a União para aderir às novas regras do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o programa de socorro federal para governos estaduais e prefeituras em dificuldades financeiras. O processo de adesão do Rio estava judicializado, em ação no Supremo Tribunal Federal (STF), que mediou as divergências.

Ao longo do processo de negociação, o STF autorizou o governo fluminense a suspender o pagamento da dívida pública com a União. Por isso, o acordo acabou sendo homologado pelo próprio STF, em decisão do ministro Dias Toffoli publicada ontem.

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Em nota, o governo fluminense informou que o montante da dívida com a União considerado no Plano de Recuperação Fiscal finalmente acordado para ser homologado é de R$ 148,1 bilhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de impedir bloqueios futuros nas contas do Rio Grande do Sul em caso de calote no pagamento da dívida com a União, caiu com uma bomba para a equipe econômica. A medida, que abre caminho para que o governo gaúcho deixe de pagar parcelas da dívida, é vista pelo governo como um precedente perigoso para a segurança jurídica dos acordos de recuperação fiscal que estão sendo negociados.

Na avaliação de fontes da área econômica, a decisão do Supremo, tomada na quarta-feira, pode incentivar que os Estados mais endividados não façam adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O Rio Grande do Sul, que vive uma das mais críticas situações financeiras do País, é candidato natural para assinar o acordo de recuperação com o governo federal, depois do Rio de Janeiro.

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Há a preocupação do governo de que o Judiciário antecipe os "bônus" do RRF, como a suspensão do pagamento da dívida, antes mesmo de as Assembleias estaduais aprovarem as medidas de ajuste. Isso tudo sem ônus das ações de restrição fiscal, que são necessárias para a recuperação da saúde financeira dos governos regionais.

O alívio de R$ 1,04 bilhão que o Rio Grande do Sul pode ter até o fim do ano a partir da aval do STF para a suspensão do pagamento das dívidas com a União não será suficiente para reequilibrar as contas do Estado. É por isso que o governo gaúcho continuará trabalhando pela adesão ao RRF e já estuda meios de antecipar a venda de alguma de suas empresas estatais, com a dispensa de plebiscito popular como requer a Constituição estadual, disse ao Estadão/Broadcast o secretário de Fazenda do Estado, Giovani Feltes.

O Rio de Janeiro, que apresentou o plano de recuperação fiscal ao Tesouro Nacional, já havia conseguido liminar semelhante concedida pelo ministro do STF Luiz Fux.

Por trás da decisão do Rio Grande do Sul de voltar a pedir a proteção contra os bloqueios está a tentativa de pressionar para que o governo federal feche o acordo mais rapidamente. A área econômica teme que outros Estados recorram ao mesmo expediente.

O governo considera que a liminar complica o cenário para qualquer Estado que precise futuramente aderir à recuperação, uma vez que a União não terá a segurança necessária para fechar o acordo. O plano de recuperação prevê regras e ações que terão de ser tomadas pelos governos estaduais para organizar as finanças em troca dos benefícios, mas a decisão do Supremo permite que os Estados invertam essa lógica, ou seja, tenham o bônus antes de colocar as medidas em prática.

O governo federal não viu como correta a atitude do Estado de sentar à mesa para fazer o acordo de recuperação e depois recorrer ao Supremo para antecipar o alívio financeiro. O procurador-geral do Estado, Euzébio Ruschel, justificou que a crise está piorando, daí a urgência da medida de suspensão do pagamento da dívida. "No final de julho, pagamos parcela de R$ 650 dos salários e a integralização no mês subsequente, que sempre ocorria por volta do dia 15, só deve ocorrer no dia 22. Nos meses seguintes há possibilidade bem presente de que uma folha encoste na outra."

A minuta do projeto de lei que autoriza o Estado a aderir ao RRF já está pronta, aguardando apenas o envio à Assembleia Legislativa pelo governador José Ivo Sartori.

O Rio Grande do Sul já aceitou vender três empresas de energia: a Companhia Estadual de Energia Elétrica, a Companhia Riograndense de Mineração e a Sulgás. "Vamos negociar que a Sulgás, que tem grande atratividade e pode render bom volume de recursos, não precise de plebiscito", afirmou Feltes. A avaliação da Secretaria de Fazenda é de que são necessários R$ 3 bilhões para ajudar a regularizar a situação financeira.

O Ministério da Fazenda informou via assessoria que não iria se manifestar sobre a decisão. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que ainda não foi intimada, mas já analisa "as providências que serão adotadas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá participar do consórcio de instituições financeiras que emprestará cerca de R$ 3,5 bilhões, como parte do plano de recuperação a ser homologado com a União para tirar o Estado do Rio de Janeiro do buraco. A decisão foi anunciada na segunda-feira, 24, após reunião entre autoridades do governo fluminense, do governo federal e do BNDES, na sede do banco, no Rio.

O empréstimo, que terá garantia da União e será lastreado na privatização da Cedae, a estatal fluminense de saneamento, está previsto no plano de recuperação do Rio desde o termo de compromisso assinado com o governo federal em janeiro. A possibilidade de os Estados em dificuldade financeira buscarem novos empréstimos, tendo privatizações como contrapartida, foi confirmada na lei que criou o Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

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Com o empréstimo, o Rio pretende pôr em dia os salários dos servidores públicos - a maioria ainda não recebeu o 13.º salário de 2016. Segundo o secretário de Estado da Fazenda fluminense, Gustavo Barbosa, o Rio deve R$ 2,3 bilhões a ativos, aposentados e pensionistas.

Como, por lei, bancos públicos estão proibidos de emprestar aos governos no caso de os recursos serem usados para despesas de pessoal, a participação do BNDES nos R$ 3,5 bilhões deverá ser pequena, destinada para outras despesas de custeio que não envolvam salários. A maior parte do empréstimo deverá ficar com bancos privados. O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, disse que o BNDES poderá atuar na "organização" da operação de crédito.

Desde que o RRF foi criado, Barbosa tem dito que bancos privados vêm demonstrando interesse na operação. O empréstimo é visto como a maneira mais rápida de injetar recursos nos cofres do Estado em crise. "Eu, pessoalmente, me reuni com mais de uma dezena de bancos, todos eles interessados", disse Barbosa, em entrevista após a reunião no BNDES.

Ainda assim, a reunião desta segunda-feira não chegou a uma definição sobre a privatização da Cedae nem sobre a participação do BNDES na operação de crédito. Nova reunião será realizada sexta-feira.

Moreira disse ainda que a reunião estudou a eventual aquisição, pelo banco de fomento, da Cedae. A diretora da Infraestrutura do BNDES, Marilene Ramos, esclareceu, entretanto, que é pequena a possibilidade de o banco ficar com o controle da estatal. "A possibilidade de o BNDES adquirir a Cedae e se tornar administrador é muito remota", disse a diretora.

Lastro

O secretário Barbosa explicou que as operações não se excluem, como já estava inicialmente desenhado no plano de recuperação fiscal. O empréstimo lastreado nas ações da Cedae seria uma antecipação dos valores a serem obtidos com a privatização - quando privatizasse a estatal de saneamento, o Estado do Rio quitaria a dívida.

A definição do modelo de privatização da Cedae está sendo coordenada pelo BNDES, como o banco de fomento faz com outros Estados que aderiram a seu programa de privatização no setor de saneamento. Mesmo que o BNDES entre com participação acionária, isso ocorrerá apenas no fim do processo, que poderá levar cerca de 12 meses, disse Marilene. Ou seja, o empréstimo garantido nas ações da Cedae é fundamental para o plano de recuperação.

Rodolfo Torres, superintendente da Área de Desestatização do BNDES, ressaltou ainda que, como o banco participa do processo de privatização, sua atuação na operação de crédito com os bancos privados, mesmo que minoritária e com recursos apenas para despesas que não sejam de pessoal, poderá dar credibilidade à operação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) recuperou na noite de ontem (09) uma carga de tecidos roubada avaliada em R$ 598 mil reais, e prendeu uma pessoa, durante abordagem de rotina, na BR 232, em Gravatá. A mercadoria foi roubada da fábrica Vincunha Têxtil, localizada em Natal, no Rio Grande do Norte, na madrugada desse sábado (9), nas proximidades no município de Currais Novos (RN).

Ao saberem do roubo, a PRF reforçou o policiamento no local. O veículo foi interceptado, e na abordagem foi constatado que toda a carga e o semi-reboque roubados estavam intactos. Os agentes perceberam que o caminhão de placa CVP 5090/SP, usado para transportar o semi-reboque, era pertencente a empresa na qual o motorista detido trabalha, e não o que foi roubado, na tentativa de despistar a polícia.

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O preso, José Roberto da Silva, 52, havia sido contratado na cidade de Mamanguape/PB, e receberia R$1 mil para levar a carga roubada até Caruaru. Segundo Silva, ele estava sendo escoltado por outros dois integrantes da quadrilha que se encontravam em um Fiat Uno. Um deles, era seu contratante. Este último chegou a ligar para o motorista quando já se encontrava preso, informando que o estava aguardando para receber o carregamento em um determinado local. Os policiais se dirigiram até o ponto de encontro, entretanto, os suspeitos já não estavam mais lá.

O caminhão pertencente a Vicunha S/A, originalmente utilizado para o transporte da mercadoria, não foi localizado até o início da manhã de hoje. A ocorrência foi encaminhada à delegacia de Polícia Civil do município de Vitória de Santo Antão.























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