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O Ministério das Comunicações anunciou, nesta sexta-feira, uma parceria com a norte-americana Qualcomm, com a finalidade de expandir a banda larga móvel e o uso de tablets e smartphones no Brasil.

A Qualcomm é líder mundial em tecnologia de telecomunicações e irá montar, em São Paulo, um centro de tecnologia para desenvolvimento de aplicações de smartphones e tablets, em colaboração com empresas fabricantes. É a primeira vez que a empresa americana (que já é líder no serviço de tecnologia sem fio) faz um acordo do tipo com um país da América Latina.

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O ministro das comunicações, Paulo Bernardo, informou que já discutiu com o Ministério da Fazenda a possibilidade de o governo promover desoneração para os novos dispositivos que forem desenvolvidos com o fim de "massificar de forma mais rápida as telecomunicações". O foco principal é o meio rural, onde esses serviços ainda são deficientes. O objetivo do governo é levar tecnologia de quarta geração para a zona rural, com o uso da frequência de 450 megahertz, ideal para áreas distantes.

A Qualcomm vai participar também do programa Ciência sem Fronteiras, dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação, na concessão de bolsas para estudantes interessados em desenvolver conhecimento nessa área. O presidente da Qualcomm Incorporated, Rafael Steinhauser, prevê que os dispositivos de telecomunicações deverão passar a trabalhar sempre em plataformas de comunicação em nuvem, que permitam o acesso irrestrito em qualquer parte do mundo. Segundo ele, a plataforma sem fio é a principal forma computacional utilizada no mundo.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira que o governo deve começar a fase de consulta pública sobre o novo marco regulatório de radiodifusão e telecomunicações. Segundo ele, porém, o projeto ainda não tem data para ser enviado ao Congresso Nacional, onde a tramitação promete ser longa.

"Precisamos debater a Lei Geral das Telecomunicações e ver o que pode ser atualizado, mas não dá pra ser uma tramitação rápida, porque trata-se de pontos muito técnicos e polêmicos", disse o ministro em seminário do setor promovido pela TeleSíntese. "Devemos evitar colocar isso como uma solução urgente, embora a discussão o seja", completou.

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Bernardo lembrou que a nova lei para a TV paga, que em tese era uma discussão mais simples, levou mais de cinco anos de tramitação no Congresso. Ele também citou a proposta de marco civil da internet, que levou mais de um ano e meio para ser enviada ao Legislativo.

O ministro adiantou que, embora já esteja sendo abordada dentro do marco civil da internet, a neutralidade das redes deverá ser discutida de forma mais abrangente dentro do novo marco regulatório do setor. E, apesar de negar que o governo pretenda transformar as redes de banda larga do atual status privado para o regime público, Bernardo disse que o debate sobre o novo marco deverá incluir ainda a questão da reversibilidade dos bens das concessões de telefonia fixa.

Para ele, apesar das atuais concessões de telefonia fixa vencerem só a partir de 2025, é importante que a questão da reversibilidade seja discutida o mais rápido possível. "Olhando do ponto de vista do interesse da sociedade, me parece razoável que isso seja trabalhado com antecedência. Ainda leva mais de dez anos para vencer, mas não acho prudente deixar a discussão para quando faltarem só dois anos", avaliou.

Segundo Bernardo, o primeiro problema é definir quais ativos das concessões são indispensáveis à prestação dos serviços. Em segundo lugar, viria a definição dos valores desses bens, que devem ser indenizados pelo Estado. "Não queremos receber esqueletos a peso de ouro. Não vamos aceitar pagar caro lá na frente por bens defasados", completou.

O Brasil realmente paga muito caro por seus serviços de telecomunicações. Segundo o secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadoun Touré, nosso país simplesmente “tem os maiores impostos locais do mundo no setor e isso prejudica a sua imagem”, segundo informações divulgadas pela Agência Brasil.

A UIT é a agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) para as áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação, trabalhado na melhoria da infraestrutura de telecomunicações junto a países em desenvolvimento. No Brasil, a agência tem um escritório desde 1992.

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De acordo com Touré, os altos preços cobrados pelo setor não ocorrem por causa do valor exigido das operadoras nem dos impostos federais, mas pelos impostos estaduais que incidem sobre os serviços. O especialista citou casos de países como Bangladesh e Paquistão, onde os impostos, que eram considerados muito altos, foram reduzidos, mas a receita não caiu porque o uso dos serviços aumentou.

De acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira (15) pela UIT, os brasileiros gastam cerca de 4,8% de sua renda com o pagamento de serviços de comunicação, o que coloca o Brasil em 96º lugar em uma lista que classifica 165 países, de acordo com o preço dos serviços de telecomunicações, em relação à renda per capita.

Touré também destacou a “oportunidade única” que o Brasil terá com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que vão aumentar os investimentos em tecnologia da informação.

Em parceria com a empresa Datacom, o Centro de Estudos Avançados do Recife ( C.E.S.A.R) lança programa de residência em telecomunicações. Profissionais graduados e mestres nos cursos de computação, engenharia da computação, engenharia eletrônica e/ou telecomunicações podem se inscrever pelo site www.cesar.org.br.

Ao todo são oferecidas 20 vagas, sendo quatro para mestres e 16 para graduados. A residência, que terá duração de cinco meses, será acompanhada por tutores todo o tempo. Os bolsistas vão ser submetidos a desafios práticos para a realidade da área escolhida. Quem conseguir concluir o programa com êxito irá trabalhar nos centros de pesquisa e desenvolvimento da Datacom.

O programa visa selecionar profissionais que possuam habilidades para realização de trabalhos envolvendo pesquisa e desenvolvimento de novos componentes de software. O candidato deverá ter boa capacidade analítica, além de disponibilidade para viagens ou transferência para qualquer lugar do País.

Para mais informações, acesse o edital do programa.

Serviço:

C.E.S.A.R

Rua Bione, 220 - Cais do Apolo - Bairro do Recife – Recife

Telefone: (81) 3425.4700

www.cesar.org.br  

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