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Dono de cinco medalhas olímpicas, Robert Scheidt está fora da seleção brasileira de vela para a temporada 2017. O veterano de 43 anos ficou com a medalha de prata na classe 49er na Copa Brasil de Vela, encerrada no fim de semana, em Porto Alegre (RS), seletiva para formação da equipe que viaja com os recursos pagos pela CBVela. Só os campeões tinham direito a este benefício.

Scheidt se revezou entre as classes Laser e Star durante toda a carreira, mas resolveu se arriscar na 49er neste que pode ser seu último ciclo olímpico. Tendo Gabriel Borges como proeiro, porém, ele foi superado na Copa Brasil pela dupla Carlos Robles/Marco Grael.

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Robles até o ano passado competia pela Espanha, mas, filho de mãe brasileira, alterou sua nacionalidade esportiva e formou dupla com Marco. O filho de Torben Grael, que foi timoneiro do barco brasileiro no Rio-2016, tendo Gabriel Borges como proeiro, virou ele o proeiro do espanhol.

"É apenas o começo do ciclo olímpico, mas creio que temos muito potencial como dupla. O Marco tem mais experiência que eu, já disputou os Jogos Rio-2016. Nós fazemos uma boa parceria. Fora da água, somos amigos e temos o mesmo objetivo: sermos os melhores velejadores que pudermos ser", comentou Robles.

Fora da seleção, Scheidt terá que pagar do bolso para treinar e competir. Ainda este mês ele participará do tradicional Troféu Princesa Sofia, na Espanha, e depois deve treinar por mais dois meses, em preparação para os campeonatos Europeu e Mundial.

"Continuamos em busca de 'horas de voo' para competir cada vez mais em pé de igualdade com os melhores velejadores do mundo na classe 49er. Sabemos que é uma tarefa dura, mas estamos animados com os resultados até agora", garantiu.

A ausência de Scheidt não é a única novidade na seleção de vela para 2017. Na própria classe Laser, na qual o veterano disputou os Jogos do Rio, a surpresa foi a vitória do carioca João Pedro Oliveira na disputa contra o favorito Bruno Fontes, que ficará fora da equipe.

Ricardo Winicki, o Bimba, optou por não participar da seletiva depois de 20 anos seguidos sendo campeão brasileiro. Albert de Carvalho, seu parceiro de treinos em Búzios, ganhou a Copa Brasil e entrou na seleção pela primeira vez.

A equipe ainda tem Martine Grael e Kahena Kunze (49er FX), Jorge Zarif (Finn), Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (470 feminino), Geison Mendes e Gustavo Thiesen (470 masculino), Patrícia Freitas (RS:X feminino), Gabriella Kidd (Laser Radial) e Isabel Swan e Samuel Albrecht (Nacra 17).

A cidade de Belém, capital ribeirinha da Amazônia, abre as portas para um importante evento dos esportes aquáticos sem motor. No dia 14 de janeiro, tendo como ponto de partida a ilha das Onças, localizada na baía do Guajará, será realizada a Travessia de Belém 401 anos. No dia anterior, na sexta-feira, 13 de janeiro, os participantes se reúnem para a preleção da travessia, momento didático e educativo sobre as condições e conteúdos importantes para a realização e conclusão da prova.

O evento, promovido pela SUPeração Stand Up Paddle em parceria com o Gold Mar Hotel, tem como finalidade reforçar a importância da preservação dos nossos mananciais, a busca por superação individual e em grupo, celebrando os 401 anos da cidade de Belém. A travessia reúne atletas e praticantes de diversas modalidades esportivas realizadas na baía do Guajará ao longo do ano, entre elas: Stand Up Paddle (SUP), Caiaques, Canoas Havaianas e Veleiros.

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“O grande diferencial dessa travessia em relação a outras realizadas na baía, em que o público apenas acompanha a largada e a chegada dos atletas, é que a Travessia de Belém 401 anos contará com um iate com capacidade para 160 pessoas, para quem quiser acompanhar a prova em todo seu trajeto da ilha das Onças a Belém, conhecer e perceber as dificuldades e especificidades de cada um desses esportes”, ressaltou Sampaio Neto, um dos entusiastas da Travessia. “O evento é um belo convite ao lazer, atividades físicas em contato com a natureza que precisa e merece ser preservada, além de servir para divulgar e celebrar esportes ainda pouco conhecidos para muitos da cidade aniversariante de potencial hídrico indiscutível nos seus 60% de território formado por ilhas”, disse Thaissa Scerne, uma das idealizadoras do evento.

A SUPeração Stand Up Paddle é uma equipe de esportistas que realiza ações de desenvolvimento e sustentabilidade do indivíduo e da coletividade, com foco na região Amazônica. Promove desenvolvimento de habilidades, palestras, oficinas de comunicação, prevenção e redução de danos, cultura de paz buscando a qualidade de vida e divulgação desta prática esportiva.

Serviço: Travessia de Belém 401 Anos

Data: 14.01.2017

Preleção: 13.01.2017 Horário: 19h Local: Praça Náutica Gold Mar Hotel

Horário: Largada na Ilha das Onças com destino a Belém (Gold Mar Hotel) às 7h da manhã.

Horário embarque: 06h (Praça Náutica Gold Mar Hotel)

Inscrição esportistas : Recepção Gold Mar Hotel (10h às 19h)

Reservas de público no Iate: Recepção Gold Mar Hotel (10h às 19h)

Realização: SUPeração Stand Up Paddle & Gold Mar Hotel

Apoio: Sun & Fun, Clínica Saúde Belém, Unama FM, Adrenalina Casa das Camisas, Sapararé Canoagem & Sup, Fepasurf, Abraspo

Equipes Confirmadas: Marenteza canoagem, Sup Division, Marola Stand Up Club, Sun & Fun, SUPeração Stand up Paddle, Canoa Paid’égua(Canoas Havaianas), ANB(Associação Náutica de Belém, Caiaque Sup Sapararé, Canoagem Rio Maguary

Informações: 30858400 (Gold Mar Hotel)

Imprensa: 988068474

Thaissa Scerne: 984145315 e Ruy Montalvão: 981388071

Informaçoes da assessoria do evento.

Pela quarta vez consecutiva, o velejador pernambucano Tiago Monteiro conquistou o troféu do Campeonato Norte-Nordeste de Optimist, na categoria regional, realizado até a última terça-feira (15), em Fortaleza. Além do pernambucano de 15 anos, Letícia Lira e Marcelo Gabriel Souza também comemoraram conquistas ao fim da competição pelo Cabanga Iate Clube, nas categorias feminina e estreante, respectivamente.

O Norte/Nordeste foi a última competição dele pela classe na qual se sagrou campeão brasileiro em janeiro deste ano. A partir de 2017, por ter atingido a idade limite da classe optimist, o velejador disputará as categorias Snipe e Hobie Cat 16.

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Na disputa geral, o paulista Nicholas Bernal foi quem ficou com o primeiro lugar. Em segundo, Tiago Monteiro, e na terceira colocação ficou Lars Kunath, de São Paulo. Na estreante, Marcelo Gabriel Souza, de 13 anos, foi campeão com um total de 5 pontos perdidos (PPs). Seguido na classificação geral por Marcella Pinto de Abreu e Maria Clara Pereira, ambas da Bahia, em 2º e 3º lugar respectivamente.O Norte/Nordeste de optimist reuniu, ao todo, 29 velejadores na categoria veterano e 14 na estreante.

 

Com data marcada para o próximo dia 12 de novembro, a tradicional regata interestadual René Ribeiro voltará a ser realizada abrangendo um percurso entre as capitais Recife e João Pessoa. A prova, que será válida pelo Campeonato Pernambucano de veleiros oceanos 2016, é considerada a primeira entre estados registrada no calendário de vela no Brasil.

A largada será dada no Marco Zero, às 0h05. A chegada será no Porto de Cabedelo, no Forte de Santa Catarina, na Paraíba. Ao todo, já são dez embarcações pré-inscritas de Pernambuco e Paraíba.

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Nos últimos anos, as provas acabaram canceladas por problemas metereológicos. Por isso, em 2016, ela teve data modificada para novembro visando evitar um novo contratempo. O percurso entre Recife e João Pessoa será de 67 milhas náuticas, algo aproximadamente perto de 120 km. A regata é promovida pelas flotilhas de veleiros de oceanos de Recife e Cabedelo.

Neste final de semana, o Campeonato Pernambucano de Optimist irá conhecer seu campeão em 2016. Com duas provas a serem disputadas na quarta e última etapa do estadual, quatro velejadores ainda estão na briga pelo título. O atual tricampeão Tiago Monteiro é quem lidera a disputa, mas é seguido de perto por Marina da Fonte, Roberto Cardoso e Ludmila Lira.

As provas da última etapa serão disputadas na praia de Maria Farinha, no litoral norte de Pernambuco. Ao todo, durante o certame foram realizadas 18 regatas. Vale lembrar que a competição é classificatória para o Norte-Nordeste de optimist, que acontecerá entre os dias 11 e 15 de novembro, em Fortaleza.

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O líder, Tiago, possui um acumulado de 20 pontos perdidos (PPs) e liderava com folga até a penúltima etapa realizada nos dias 22 e 23 de outubro. Porém os resultados equilibraram a disputa deixando Marina da Fonte com 33 PPs, Roberto Cardoso com 43 PPs, e Ludmilla Lira com 44 PPs, sendo os respectivos segundo, terceiro e quarto colocados.

A dupla campeã olímpica Martine Grael e Kahena Kunze foi indicada ao prêmio de melhores velejadoras do ano. A dupla concorre com as velejadoras Marit Bouwmeester, da Holanda, Cecilia Carranca Saroli, da Argentina, com a dupla britânica Hannah Mills e Saskia Clark, e com a francesa Charline Picon. A premiação será na cidade de Barcelona, na Espanha, no dia 8 de novembro. 

"É uma honra entrar para a lista das melhores do ano depois de uma final de Jogos Olímpicos tão emocionante. Estou satisfeita com os resultados da temporada e de ter sempre mantido o nível mesmo com a lesão que a Kahena teve. Estamos gratas pela indicação", disse Martine Grael. 

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Os vencedores das categorias masculina e feminina serão escolhidos por membros e autoridades nacionais da Isaf e, pela primeira vez, pelo público. A votação popular será aberta em 4 de novembro por um período de 72 horas. Os detalhes para a votação serão divulgados em breve. 

Essa é a segunda vez que a dupla brasileira é indicada ao prêmio. Em 2014, ano em que foram campeãs mundiais, Martine e Kahena foram as grandes vencedoras da premiação. Além delas, o Brasil já venceu com Robert Scheidt, em 2001 e 2004, e com Torben Grael, pai de Martine, em 2009. 

Realizada nos último final de semana, a Refeno utilizou parte da sua verba arrecadada para uma ação social no Arquipélago de Fernando de Noronha. A organização da competição distribuiu diversos materiais escolares para o Centro Integral de Educação Infantil Bem-Me-Quer. Ao todo foram 300 kits distribuídos para crianças do local, além de uma contribuição mensal de mil real para a instituição que atende cerca de 240 crianças. A ação contou com apoio da equipe catarinense do Itajaí.

“Os sócios do Cabanga fazem esta contribuição com muito desprendimento e muito gosto, as crianças sempre nos emocionam. A Refeno tem um casamento indissolúvel com Noronha e esses pequenos enchem os corações de todos nós”, destacou o comodoro do Cabanga Iate Clube, Jaime Monteiro Jr.

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A ação social também se repetirá em Olinda, com a entrega de novos kits escolares para as crianças da Escola Bartolomeu Aroucha (Ceba), que fica localizada no Bairro de Jardim Atlântico. A instituição atende crianças de 0 a 5 anos.

Resultados:

Juntamente com a realização da ação social, o Cabanga divulgou os resultados oficiais da 28ª edição da Regata Recife/Fernando de Noronha. Além do já conhecido campeão geral, o Camiranga, do Rio Grande do Sul, foram oficializados os vencedores por classes. Confira abaixo os três primeiros colocados de cada categoria:

RGS A

1º - Angelique II (FRA)

2º - Santa Maria X (SP)

3º - LaVie (SE)

RGS B

1º - Itajaí Sailing Team (SC)

2º - Talismann (AL)

3º - Labadee (RJ)

RGS Geral

1º - Itajaí Sailing Team (SC)

2º - Avatar (PE)

3º - Lexus/Mantra (SP)

ORC

1º - Camiranga (RS)

2º - Marujos (BA)

3º - Lexus/Miragem (RJ)

Aberta A

1º - Tempo (BA)

2º - Recreio X (DF)

3º - Prix (SP)

Aberta B

1º - Tantomar (SP)

2º - Aya (RJ)

3º - Caudillo (ARG)

Aço

1º - Pangeia (SC)

Bico de Proa

1º - Audaz (AC)

2º - Karpaleo (BA)

3º - Fisker (SP)

Turismo

1º - Paratii 2 (RJ)

2º - Toro (PE)

3º - Allegro XIII (SP)

MOCRA

1º - Jahú 2 (PE)

2º - Aventureiro 3 (PE)

3º - Ciranda (PE)

Catamarã A

1º - Angelique II (FRA)

2º - Santa Maria X (SP)

3º - LaVie (SE)

Catamarã B

1º - VoRai 2 (BA)

2º - Aloha XIII (SP)

3º - Yakare (PE)

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Pelo terceiro ano consecutivo, a embarcação Camiranga, do Rio Grande do Sul, conquistou o troféu Fita Azul da 28ª edição da Regata Recife/Fernando de Noronha (Refeno). Neste ano, o veleiro bateu o próprio recorde com relação aos anos anteriores, ultrapassando a boia de chegada, na praia do Boldró com o tempo de 19h56min40. Antes disso seu melhor tempo havia sido de 20h26min37. 

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“Desde o início, nosso objetivo era melhorar o tempo. As condições da regata não foram as melhores para se fazer um tempo ideal. A cada ano que passa a gente vai aprendendo a velejar um pouco mais com o barco. Essa regata mostrou que a gente teve uma pequena evolução em relação aos últimos dois anos”, destacou o comandante do Camiranga, Samuel Albrecht. O veleiro permanece em Fernando de Noronha até a quarta-feira (28), quando ocorre a premiação no Museu do Tubarão para os vencedores da Refeno. Em seguida, o representante do Veleiros do Sul segue para o Rio de Janeiro, onde disputa a regata Santos/Rio.

Na segunda colocação ficou a surpresa da competição. O veleiro pernambucano Jahú 2, do comandante Luis Moriel, completou a prova com 24h52min13. Essa foi apenas a segunda participação do barco na refeno e em comparação ao ano anterior, reduziu seu percurso em quase dez horas. “Viemos com o intuito de chegar a Ilha. Não tínhamos e não viemos com a intenção de ganhar do Camiranga. Para o Jahú 2 foi uma conquista muito grande ter terminado a Refeno 2016 na segunda colocação geral com o tempo na casa das 24 horas”, destacou o comandante que fez em 2015 o tempo de 35h22min36.

Apenas duas embarcações tiveram problemas durante o trajeto, como informado pelo Cabanga Iate Clube. O trimarã Travessia, da Paraíba, teve o mastro quebrado, e o veleiro Avoador, de Pernambuco, quebrou o leme. Ambas abandonaram a competição.

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Com 52 embarcações, teve início neste sábado (24) a 28ª edição da Regata Internacional Recife/Fernando de Noronha (Refeno) no Marco Zero do Recife. Ao todo, 11 estados do Brasil e três países estiveram representados no evento. Os participantes farão um percurso de 292 milhas náuticas (545 km) até o arquipélago de Fernando de Noronha. A expectativa é que os primeiros barcos cheguem na ilha já no início deste domingo (25).

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Segundo previsões metereológicas, o trajeto até Fernando de Noronha será tranquilo, sem mar agitado. O que facilita a navegação dos participantes. As atenções estão voltadas principalmente para o Camiranga, do Rio Grande do Sul, campeã nos últimos dois anos como embarcação mais rápida. Em 2014, o percurso feito foi de 22h40min43, já em 2015 foi de 20h26min37. O recorde da competição pertence ao veleiro Adrenalina Pura, da Bahia, com a marca de 14h34min54 em 2007.

O grande destaque da competição, o Paratii 2, do velejador Amyr Klink, escapou na largada, juntamente com outras duas, e por isso será penalizado com o acréscimo de 30 minutos no tempo de chegada. Após a partida de todos os barcos, o navio Cisne Branco, da Marinha do Brasil, também esteve no Marco Zero e depois seguiu rumo a Fernando de Noronha.

Faltam poucos dias para a largada da Regata Recife-Fernando de Noronha de 2016. Dentre as embarcações inscritas para a disputa está o catamarã chamado Ciranda, do comandante Sérgio Avellar, que também é diretor de vela oceano do Cabanga Iate Clube. Participante frequente da regata, Sérgio tomou um susto no ano passado, perto de completar a prova: o mastro se partiu em três pedaços e foi preciso utilizar o motor para chegar na ilha. Com muito bom humor, ele relembrou o caso em entrevista ao Portal LeiaJá.

A data, 26 de setembro de 2015. A embarcação Ciranda larga do Marco Zero rumo à Fernando de Noronha junto a outras 49 embarcações que disputam a Refeno. O trajeto, que se iniciou ao meio dia do sábado, tem previsão de se encerrar na madrugada da segunda-feira (28), por volta da 1h. Na tripulação, o comandante Sérgio Avellar viaja com a família, um amigo e um jornalista convidado para acompanhar e relatar a experiência. "Éramos dez tripulantes; eu, minha esposa, meu irmão, meus quatro filhos e o jornalista. Tinha um amigo nosso também no barco, dando suporte. Estávamos tranquilos, inclusive o barco havia sido inspecionado uma semana antes. Checamos mastro, vela, sistema, era tudo novo".

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Foi durante a noite que aconteceu o inesperado. "Acordamos com o estalo. Quando olhei para cima, o mastro estava quebrado em três partes. A gente não sabe o que aconteceu, fizemos depois uma avaliação para determinar o que ocasionou a quebra do mastro, mas não ficou claro", revelou. Faltavam cerca 80 milhas náuticas, algo em torno de 148 km para chegar em Fernando de Noronha e o Ciranda estava sem luz de navegação e com as comunicações limitadas. "A gente ficou sem iluminação e a comunicação dificultada, porque fica tudo no mastro. Utilizamos o rádio portátil, e conseguimos fazer o contato com uma embarcação amiga, o Kaka Maumau que estava nas proximidades. Eles abandonaram a prova para nos ajudar".

Foi necessário utilizar o motor da embarcação para conseguir completar a Refeno. Mas, no fim, deu tudo certo para Sérgio e sua tripulação que chegaram em Fernando de Noronha cinco horas após o previsto. "Usamos o combustível que tínhamos para poder chegar na ilha. Fomos acompanhados até a chegada". Passado o susto, o comandante já está ansioso para a Refeno deste ano. Confirmada na competição deste ano, a tripulação do Ciranda está pronta para outra. "Já trocamos o mastro, temos vela nova, tudo novo. Prontos para ir de novo para Noronha, não traumatizou ninguém. Agora, jornalista não vai mais no meu barco porque dá azar", brincou Sérgio Avellar.

Refeno 2016

A regata deste ano tem largada marcada para o dia 24 de setembro, no Marco Zero. No total, 49 embarcações já estão confirmadas na disputa e outras 15 fizeram a pré-inscrição. Nas duas últimas edições, a embarcação Camiranga ficou com a Fita Azul. Comandado por Samuel Albrecht, o veleiro está entre os pré-inscritos e vai tentar vencer pela terceira vez em quatro anos disputando.

Em coletiva realizada nesta quinta-feira (8), no Cabanga Iate Clube, a direção da Regata Recife-Fernando de Noronha (REFENO) contou detalhes da 28ª edição que terá uma novidade: parte da renda será investida na formação de novos velejadores. A iniciativa, revelada pelo comodoro Jaime Monteiro Jr, tem por objetivo fortalecer a vela de base e a vela jovem do clube náutico.

A criação de uma verba estatutária servirá para formar velejadores no Cabanga e conquistar bons resultados, como aconteceu no início deste ano. Em janeiro, a Flotilha fez história disputando em Jurerê-SC, onde Tiago Monteiro e Marina da Fonte venceram o Campeonato Brasileiro de Optimist. De acordo com o comodoro, o investimento chegou para ficar, não importando quem esteja em seu lugar no futuro. 

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"O dinheiro é oriundo do pagamento de mensalidade dos sócios e de alguns investimentos realizados pelo clube. Nossa intenção é criar um programa que reverta verba arrecadada durante a Refeno para o fomento da vela de base e vela jovem, independentemente de quem quer que esteja na Comodoria", disse Jaime Monteiro Jr.

O evento contou também com as presenças do contra comodoro, Paulo Collier de Mendonça, o diretor de vela oceano do Cabanga, Sérgio Avellar, o diretor administrativo e financeiro do porto do Recife, Emílio Duarte, e o treinador do Cabanga, Edival Júnior.

Segurança reforçada

Para a regata que, deve ter mais embarcações do que na edição anterior, a segurança será reforçado por duas embarcações da Marinha. O rebocador, Triunfo e o navio-patrulha, Guaíba irão acompanhar os velejadores para o caso de algum incidente. Somando com as escoltas já garantidas pelo Cabanga, serão quatro os barcos de apoio na Refeno 2016. Além disso, foi acrescido aos ítens de segurança obrigatórios o SSB.

"É um comunicador de alta frequência, onde os competidores que não o tiverem, serão acompanhados de perto pela equipe. Mas já está sendo cobrado para as revistas nos barcos que ocorrem nos dias anteriores à largada", contou a Tenente Milena Holanda, da divisão de inspeção naval da Marinha.

Outra novidade é o retorno do navio Cisne Branco à Refeno. Ausente por muitas edições, a tripulação de 80 homens também irá realizar o trajeto de 292 milhas náuticas (540 km) como reforço na segurança. Ao todo, 49 embarcações já estão confirmadas na regata e outras 15 estão pré-inscritas. Pernambuco e São Paulo, ambos com 11, são os estados com mais representantes na disputa, com 12 barcos participando. A Refeno irá contar com uma embarcação norte-americana, uma francesa e ainda existe uma da Argentina entre as pré-inscritas.

Nos últimos preparativos para a realização da 28ª edição da Refeno, que acontece no próximo dia 24 de setembro, a competição teve confirmada a participação de um renomado velejador brasileiro, Amyr Khan Klink. Com mais de 30 anos de experiência na navegação ele comanda a embarcação Paratii 2, e além da prática esportiva é conhecido pelos livros que escreveu e por palestrar sobre vela em diversas partes do país.

O velejador de 61 anos é autor de cinco livros, todos tendo como tema barcos e viagens realizadas por Amyr: ‘Cem dias entre Céu e Mar’ (1985); ‘Paratii entre dois Pólos’ (1992); ‘As janelas do Paratii’ (1993); ‘Mar sem Fim’ (2000); e Linha D’Água (2006). Com a experiência na escrita e no esporte, ele já realizou mais de duas mil palestras pelo Brasil, abordando assuntos como inovação, liderança, motivação, criatividade e estratégia.

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Sua embarcação, a Paratii 2 é conhecida por sua originalidade no design. Pesando entre 75 a 110 toneladas, o veleiro não abriga nenhum peso ‘morto’. Na sua elaboração não há a presença de chumbo nem de cabos para o seu equilíbrio, deixando a estabilidade a cargo de dois mastros de fibra de carbono e da hidrodinâmica do casco, que é como o resto do barco feito em alumínio.

O experiente velejador terá, por enquanto, 49 adversários na disputa da Refeno deste ano. Esse é o número de inscritos até aqui, podendo ainda aumentar até o dia da realização da prova. As inscrições podem ser feitas através do site da competição. O trajeto será do Marco Zero do Recife até o Arquipélago de Fernando de Noronha.

Neste sábado (3), será realizada a 31ª edição do Campeonato Brasileiro da Classe Dingue. A disputa de veleiros ocorrerá em Jurerê, Santa Catarina, e irá contar com a presença de cinco representantes do Cabanga Iate Clube, do Recife.

Leonardo Almeida e Miguel Andrade, com o veleiro, Kamikaze, Hans e Karina Hutzler (Caso Sério), Luciana Raposo e Daniela Barros (Intrépido), René Hutzler e Cleide Holanda (Black), Paulo Andrade e Francisco Andrade (embarcação sem nome), são os competidores que vão tentar trazer o troféu para Pernambuco. A disputa segue até a próxima terça-feira (6).

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O que é o Dingue

O Dingue é o primeiro veleiro monotipo (com regras definidas) projetado e construído no Brasil. Foi idealizado em 1978 pelo engenheiro naval carioca Miguel Pomar para ser um veleiro de baixo custo ideal para passeios de fim de semana e em família, mas que também pudesse ser utilizado em regatas e competições.

Refeno

A primeira embarcação de fora do Estado já chegou ao Cabanga para a disputa da Refeno. O veleiro do estado de São Paulo, chamado Fratelli, é da classe Bico-de-Proa e pertence ao comandante Marcelo Marchese Damini. A tripulação é composta por outros três integrantes: Eduardo Carlos Tavares Colombo, Maria Fernanda Falcão e Ralf Ribeiro Merschmann. A largada da Regata Recife-Fernando de Noronha terá partida no dia 24 de setembro. As inscrições para a disputa seguem até o dia 22 e são feitas pelo site oficial. Até o momento, 48 embarcações estão confirmadas para se juntar ao Fratelli.

Se aproximando da reta final da edição de 2016, o Campeonato Pernambucano de Kite Surf realizará sua terceira etapa neste domingo (28), às 10h, em Suape. A disputa no litoral sul do estado reunirá provas das categorias racing, wave, bidirecional, iniciante e feminino. Carlito Moura, campeão da temporada de 2015, teve bom início nas provas anteriores e mais uma vez segue como favorito para mais uma vitória.

Na fase anterior realizada em Pau Amarelo, no último dia 7, além de Carlito, outros destaques ficaram por conta de Yule Robert e Antônio Albuquerque na classe Wave; Roque Bisneto, de apenas 12 anos, que desbancou o favorito Fábio Fontes na categoria bidirecional e assumiu a liderança da classe; e no feminino, a velejadora Vanja foi quem levou a melhor.

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O Pernambucano de Kite Surf terá, ao todo, cinco etapas. Além da deste domingo em Suape, já foram realizadas as etapas de Maria Farinha e Pau Amarelo. Pela frente os atletas ainda terão provas no próximo dia 11 de setembro em IKP e encerram o ano com a última etapa em Itamaracá.

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As brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram a medalha de ouro na classe 49ER FX da vela nos Jogos Olímpicos Rio-2016. Martine, 25 anos e filha de Torben Grael, e Kahena, também de 25 anos, venceram a regata das medalhas, disputada nesta quinta-feira (12) na Baía de Guanabara.

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Nesta última regata, a famosa 'Medal Race', a pontuação era dobrada. Quem chegasse em primeiro perderia dois pontos, em segundo perderia quatro, e assim por diante. Para ficar com o ouro, Martine e Kahena precisavam chegar na frente de três barcos adversários.

As brasileiras alcançaram o objetivo, cruzando a linha de chegada em primeiro lugar apenas dois segundos à frente das neozelandesas Alex Maloney e Molly Meech. Elas terminaram a competição com 48 pontos, contra 51 da dupla da Nova Zelândia.

As dinamarquesas Jena Hansen e Katja Steen Salskov-Iversen, chegaram na 4ª colocação e levaram o bronze, com 54 pontos perdidos. Com a valiosa ajuda de Kahena, Martine se tornou a terceira geração Grael a conquistar uma medalha olímpica, a oitava da família no geral.

O pai, Torben Grael, é dono de cinco medalhas em Olimpíadas, incluindo duas de ouro na classe Star (Atlanta-1996 e Atenas-2004), enquanto o tio Lars tem dois bronzes no currículo (Seoul-1988 e Atlanta-1996).

Sem conseguir limpar a Baía de Guanabara, um dos compromissos assumidos pelo Rio de Janeiro para se tornar cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos-2016, as autoridades brasileiras criaram um sistema paliativo de emergência para as competições de vela: as "eco-barreiras".

Estas gigantescas e sólidas redes foram colocadas nos 17 rios que correm para a baía, ao pé do famoso Pão de Açúcar, com águas tropicais que cintilam sob o sol, mas que na verdade são como uma latrina gigante.

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Na Baía de Guanabara pode se encontrar de tudo: sacos e garrafas de plástico, pneus, eletrodomésticos, excrementos e até mesmo cadáveres. O tráfego portuário e a indústria petroquímica acrescentam sua camada nauseabunda.

As eco-barreiras são, portanto, as primeiras linhas de defesa contra a poluição da baía, porque a grande preocupação dos velejadores é com os grandes objetos flutuantes, capazes de retardar ou danificar seus barcos. Muito mais do que as bactérias super resistentes contidas nessas águas, de acordo com pesquisadores brasileiros.

"A poluição é um verdadeiro problema. Há de tudo na baía e isso pode afetar nossos resultados, nos retardar", disse recentemente à AFP o espanhol Santiago Lopez Vasquez, treinador da Nacra 17.

45 toneladas de lixo por mês

Antes do estabelecimento das eco-barreiras, as últimas pouco antes do início dos Jogos Olímpicos, uma frota de doze embarcações passou meses limpando as águas, removendo uma média de 45 toneladas de lixo por mês, ou uma tonelada e meia por dia, de acordo com as autoridades.

Todos os dias, coletores de lixo navegam em pequenos barcos de alumínio e pescam todos os tipos de objetos. Eles empurram o resto para as margens onde uma retroescavadeira os recolhe e leva um aterro sanitário.

O secretário de Meio Ambiente do estado do Rio, André Corrêa, garante que essas eco-barreiras são suficientes para os Jogos Olímpicos.

Segundo ele, 85% dos resíduos transportados pelos 17 principais rios que correm para a baía são retidos por este sistema.

Com 15 eco-barreiras instaladas, 280 toneladas de resíduos já foram coletados por mês, informa.

Mas o desafio de despoluir a baía em 80%, como um legado dos Jogos Olímpicos, está perdido, enquanto figurava entre as metas do país desde a Cúpula da Terra no Rio em 1992 (Eco92).

"Quem disser, sabendo das difíceis condições financeiras do Brasil, que a baía será limpa em menos de 20, 25 anos, é um mentiroso", disse André Corrêa no final de junho em uma entrevista à AFP.

A partir deste sábado (6) tem início a edição de 2016 do Campeonato Pernambucano de Optmist. Organizado pelo Cabanga Iate Clube, a primeira etapa do torneio acontece até o domingo (7). Nos dois dias iniciais seis regatas estão previstas e as provas terão início às 12h, em Maria Farinha, no Litoral Norte de Pernambuco.

Até o final deste ano estão programadas 27 regatas, com até cinco descartes. O percurso das provas será o trapezoidal, tradicional no optimist e que consiste num trajeto em forma de trapézio da linha de largada até a chegada. 

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No ano passado, os campeões foram Tiago Monteiro no geral, conquistando o tricampeonato do torneio. No feminino, Marina Hutzler também ficou com o título sendo pentacampeã da competição. Na categoria estreante, Antônio Roma foi o vencedor. A segunda etapa do estadual também já tem data marcada, as provas acontecerão nos dias 10 e 11 de setembro.

Quando os velejadores olímpicos começarem a competir no Rio, as câmeras mostrarão uma paisagem espetacular das montanhas e águas tropicais: por sorte, os telespectadores não sentirão o cheiro.

Mais de nove milhões de pessoas vivem no Rio e nas cidades ao redor da Baía de Guanabara. No melhor dos casos, somente a metade do esgoto produzido é tratado antes de ser despejado no coração aquático da cidade. Incrivelmente, o fato de competir numa privada gigantesca -que segundo investigadores brasileiros contém superbactérias resistentes a antibióticos- não é a preocupação principal dos atletas.

São os objetos que flutuam, capazes de desacelerar ou até danificar os barcos e os sonhos da conquista de medalhas, que atormentam os atletas, como a brasileira Kahena Kunze e sua dupla de classe 49er Martine Grael.

A coleta de lixo na área metropolitana do Rio não é melhor que o tratamento do esgoto e a baía está cheia de sacolas e garrafas de plástico, móveis velhos e animais mortos. O jornal The New York Times publicou nesta semana uma foto de um cadáver humano boiando na baía. Um corpo esquartejado apareceu em junho na praia de Copacabana. "É vergonhoso", lamenta Kunze à AFP.

Medidas de emergência

Como parte da proposta de candidatura para sediar os Jogos Olímpicos, o Rio apresentou em 2009 um plano para tratar 80% do esgoto despejado na baía, uma tarefa que requer melhorias enormes e caríssimas de infraestrutura. Como não cumpriu a promessa, a cidade adotou medidas emergenciais.

Uma frota de 12 barcos coletores de lixo, chamados de "ecobarcos", passaram meses patrulhando a baía, pescando da água uma média de 45 toneladas de lixo por mês -uma tonelada e meia por dia-, de acordo com as autoridades. Quando começarem as competições, os coletores de lixo trabalharão a todo vapor.

As primeiras linhas de defesa, contudo, são as chamadas "ecobarreiras", redes instaladas através de 17 rios que desaguam na baía de Guanabara, utilizados por milhões de pessoas como lixões e privadas a céu aberto.

Em uma ecobarreira no rio Meriti, no bairro de Duque de Caxias, na Zona Norte do Rio, a AFP observou uma maré de plástico, pneus, brinquedos infantis e aparelhos eletrodomésticos, incluindo uma geladeira e um micro-ondas.

A cada dia, os coletores saem em pequenos barcos de alumínio, levantando alguns pedaços e empurrando o resto em direção às margens, onde uma escavadeira é utilizada para coletar os restos. É um trabalho sujo e potencialmente perigoso, realizado em meio ao nauseante odor de esgoto, proveniente de uma favela próxima.

"Já encontramos cachorros mortos, ratos, gatos, de tudo", lembrou um dos trabalhadores, que informou receber 1400 reais mensais por nove horas diárias de trabalho. O secretário do Ambiente do Rio de Janeiro garantiu que as ecobarreiras são suficientes para garantir Jogos Olímpicos livres de problemas. Ou quase.

"É possível que tenhamos problemas?", perguntou. "Não é impossível. Mas estou muito otimista de que podemos garantir uma regata justa".

Inimaginável

Martine Grael, filha do cinco vezes medalhista olímpico Torben Grael, é uma feroz crítica do fracasso em descontaminar a baía. Uma foto que fez sensação nas redes sociais mostra a atleta, durante passeio de stand up, fingindo assistir a uma televisão que encontrou boiando na água.

Marco, irmão de Martine, que também disputará os Jogos como atleta da delegação de vela brasileira, afirmou que todos os competidores correm os mesmos riscos. Uma simples sacola de plástico pode acabar com uma regata. "Poderia acontecer", declarou à AFP o velejador. "Não gosto nem de imaginar isso".

O maior aliado dos navegadores será mesmo a Mãe Natureza: as marés mantêm as áreas escolhidas para as competições relativamente limpas, enquanto o clima seco de agosto, em plano inverno austral, traz menos chuva para empurrar o lixo correnteza abaixo. Com isso, é possível que as regatas se realizem sem incidentes.

"Mas os Jogos passarão e a poluição ficará", lamentou Torben Grael, que agora é técnico chefe da delegação brasileira. "Torcíamos pelo melhor" para os Jogos Olímpicos, declarou com tristeza. "Isso não vai acontecer".

A Secretaria de Saúde da Prefeitura do Rio descartou neste domingo a hipótese de risco à saúde dos atletas que treinarem e competirem na Baía de Guanabara e na Lagoa Rodrigo de Freitas durante a Olimpíada.

"No último ano a cidade não registrou nenhum caso de doença atribuído ao uso das águas para esporte ou lazer", disse o secretário municipal Daniel Soranz, que afirmou que as águas são monitoradas constantemente.

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A subsecretária estadual de saúde, Hellen Myamoto, disse que o monitoramento da baía e da lagoa "é feito de forma diária e passado ao Comitê Rio-2016". Segunda ela, presente à entrevista do secretário municipal, o comitê recebe "a análise da qualidade da água em tempo real, para que possam ser tomadas decisões de mitigação dos riscos".

A subsecretária acrescentou que as análises realizadas pela Secretaria Estadual de Saúde nos últimos dois anos revelam amostras dentro do padrão estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mas não detalhou qual seria esse padrão.

Soranz disse ainda que o zika vírus é "assunto mais do que superado" e não oferece risco a atletas e turistas da Olimpíada, já que o número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (zika, dengue e chikungunya) cai expressivamente no período do inverno.

Ricardo Winicki, o Bimba, recebeu nesta terça-feira (26) a prancha e a vela sorteadas com as quais disputará sua quinta Olimpíada. O equipamento foi peça-chave para o mau desempenho do atleta em Londres, quando terminou as provas da classe RS:X (windsurfe) na nona posição, a pior de todas as suas participações nos Jogos Olímpicos.

Os atletas puderam acompanhar o sorteio, ao contrário de Londres. Agora eles também podem levar as próprias quilhas. "Em Londres, recebi a quilha e a informação de que não poderia haver troca. Não consegui fazer nenhuma regata entre os dez primeiros. Comecei a ver que de uma forma muito confusa tinha atleta trocando equipamento. Alguns eram favorecidos, outros não", contou.

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Bimba só conseguiu trocar a quilha depois de ficar em 24º lugar na sexta regata, a metade das que iria disputar. "Falei com meu técnico: 'ou trocamos de quilha ou vamos para casa'. O juiz disse que eu poderia trocar o que quisesse, por eu ser campeão do mundo. Aí eu vi que estava uma bagunça danada. Fiquei frustrado por não ter pedido antes".

Poder levar a própria quilha não é garantia de sucesso. Cada uma custa cerca de R$ 1 mil. Bimba comprou cinco. "O holandês (Dorian van Rijsselberge, medalhista de ouro em Londres) comprou 35. Pelo menos, estou indo com uma quilha que eu confio. Espero receber prancha competitiva, assim como a vela", afirmou, que pretendia treinar com o equipamento ainda nesta terça-feira.

Bimba diz que o fato de conhecer a Baía de Guanabara desde os 11 anos, idade em que começou a velejar, não lhe dá o favoritismo. "Em Atenas cheguei tranquilo para fazer uma boa Olimpíada, quase ganhei. Em Pequim não me achava favorito porque era Olimpíada de vento fraco e acabei melhor do que eu imaginava, em quinto lugar, brigando por medalha. Em Londres talvez tenha sido a que eu estava mais confiante e estava com material não tão competitivo e acabei em nono lugar. Mas me senti bem preparado. Mas não tem ninguém aqui achando que já ganhou. Nem o holandês, que ganhou a última Olimpíada fácil sem precisar correr as últimas corridas. Essa é a graça do esporte", afirmou o atleta, que espera participar ainda de mais uma Olimpíada.

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