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Um helicóptero com duas pessoas a bordo caiu na Baía de Guanabara na tarde desta segunda-feira, 6. O acidente aconteceu próximo ao Museu do Amanhã, no Centro do Rio. Os dois ocupantes foram resgatados com vida.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado às 14h40 para ajudar no resgate, e às 15h55 recebeu comunicado da informando que os dois tripulantes haviam sido retirados da água por uma embarcação particular, que passava pelo local.

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Os ocupantes foram encaminhados à Capitania dos Portos. Ainda não há informações sobre o estado de saúde deles.

Se podemos tirar pontos positivos da pandemia mundial do novo coronavírus, sem dúvidas a principal lição foi a necessidade de cuidar do nosso planeta. Sem a movimentação intensa de pessoas, uma queda drástica da poluição foi percebida em grandes cidades como Veneza, que também registrou a reaparição de animais nos canais e nas ruas, agora desertas. No Brasil não foi diferente, nesta semana, tartarugas marinhas foram vistas na Baía de Guanabara aproveitando a reclusão do ser humano.

Alvo da falta de saneamento, o esgoto de milhões de cariocas e despejado no local, também sofre com acúmulo de lixo nas águas. A fama da sujeira fez a baía ter a participação de modalidades olímpicas crítica e, preocupou atletas e especialistas em 2016. Uma das promessas da Olímpiada do Rio de Janeiro foi, inclusive, despoluir a área.

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Contudo, após o isolamento social, garrafas e embalagens plásticas deram lugar à peixes e tartarugas que, pelo menos por enquanto, repovoaram o lugar. “Eu nunca vi a Baía de Guanabara, principalmente nesse trecho aqui próximo ao aeroporto, tão limpo devido a esse período de isolamento”, afirma o autor do vídeo.

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Quando os velejadores olímpicos começarem a competir no Rio, as câmeras mostrarão uma paisagem espetacular das montanhas e águas tropicais: por sorte, os telespectadores não sentirão o cheiro.

Mais de nove milhões de pessoas vivem no Rio e nas cidades ao redor da Baía de Guanabara. No melhor dos casos, somente a metade do esgoto produzido é tratado antes de ser despejado no coração aquático da cidade. Incrivelmente, o fato de competir numa privada gigantesca -que segundo investigadores brasileiros contém superbactérias resistentes a antibióticos- não é a preocupação principal dos atletas.

São os objetos que flutuam, capazes de desacelerar ou até danificar os barcos e os sonhos da conquista de medalhas, que atormentam os atletas, como a brasileira Kahena Kunze e sua dupla de classe 49er Martine Grael.

A coleta de lixo na área metropolitana do Rio não é melhor que o tratamento do esgoto e a baía está cheia de sacolas e garrafas de plástico, móveis velhos e animais mortos. O jornal The New York Times publicou nesta semana uma foto de um cadáver humano boiando na baía. Um corpo esquartejado apareceu em junho na praia de Copacabana. "É vergonhoso", lamenta Kunze à AFP.

Medidas de emergência

Como parte da proposta de candidatura para sediar os Jogos Olímpicos, o Rio apresentou em 2009 um plano para tratar 80% do esgoto despejado na baía, uma tarefa que requer melhorias enormes e caríssimas de infraestrutura. Como não cumpriu a promessa, a cidade adotou medidas emergenciais.

Uma frota de 12 barcos coletores de lixo, chamados de "ecobarcos", passaram meses patrulhando a baía, pescando da água uma média de 45 toneladas de lixo por mês -uma tonelada e meia por dia-, de acordo com as autoridades. Quando começarem as competições, os coletores de lixo trabalharão a todo vapor.

As primeiras linhas de defesa, contudo, são as chamadas "ecobarreiras", redes instaladas através de 17 rios que desaguam na baía de Guanabara, utilizados por milhões de pessoas como lixões e privadas a céu aberto.

Em uma ecobarreira no rio Meriti, no bairro de Duque de Caxias, na Zona Norte do Rio, a AFP observou uma maré de plástico, pneus, brinquedos infantis e aparelhos eletrodomésticos, incluindo uma geladeira e um micro-ondas.

A cada dia, os coletores saem em pequenos barcos de alumínio, levantando alguns pedaços e empurrando o resto em direção às margens, onde uma escavadeira é utilizada para coletar os restos. É um trabalho sujo e potencialmente perigoso, realizado em meio ao nauseante odor de esgoto, proveniente de uma favela próxima.

"Já encontramos cachorros mortos, ratos, gatos, de tudo", lembrou um dos trabalhadores, que informou receber 1400 reais mensais por nove horas diárias de trabalho. O secretário do Ambiente do Rio de Janeiro garantiu que as ecobarreiras são suficientes para garantir Jogos Olímpicos livres de problemas. Ou quase.

"É possível que tenhamos problemas?", perguntou. "Não é impossível. Mas estou muito otimista de que podemos garantir uma regata justa".

Inimaginável

Martine Grael, filha do cinco vezes medalhista olímpico Torben Grael, é uma feroz crítica do fracasso em descontaminar a baía. Uma foto que fez sensação nas redes sociais mostra a atleta, durante passeio de stand up, fingindo assistir a uma televisão que encontrou boiando na água.

Marco, irmão de Martine, que também disputará os Jogos como atleta da delegação de vela brasileira, afirmou que todos os competidores correm os mesmos riscos. Uma simples sacola de plástico pode acabar com uma regata. "Poderia acontecer", declarou à AFP o velejador. "Não gosto nem de imaginar isso".

O maior aliado dos navegadores será mesmo a Mãe Natureza: as marés mantêm as áreas escolhidas para as competições relativamente limpas, enquanto o clima seco de agosto, em plano inverno austral, traz menos chuva para empurrar o lixo correnteza abaixo. Com isso, é possível que as regatas se realizem sem incidentes.

"Mas os Jogos passarão e a poluição ficará", lamentou Torben Grael, que agora é técnico chefe da delegação brasileira. "Torcíamos pelo melhor" para os Jogos Olímpicos, declarou com tristeza. "Isso não vai acontecer".

O presidente do COI, Thomas Bach, garantiu neste domingo que as águas da Baía da Guanabara estão "dentro dos padrões" da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo ele, quatro testes estão sendo realizados a cada dia por técnicos em um dos palcos da Olimpíada do Rio.

"Esses exames mostram que está dentro dos padrões da OMS", disse. Segundo Bach, medidas ainda estão sendo tomadas para retirar diariamente o lixo. Um dos pontos de maior polêmica na preparação do evento, a despoluição da baía havia sido uma das promessas do legado dos Jogos. A ideia original em 2009 era de que, em 2016, a baía estaria limpa.

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Bach, porém, insiste que a Olimpíada deixará um legado para a cidade. "Esse legado está ganhando forma", afirmou. Segundo ele, 300 mil pessoas por dia poderão se beneficiar apenas do metrô, aberto nesta semana.

O presidente do COI ainda voltou a demonstrar apoio aos organizadores brasileiros no que se refere à segurança. Desde o início da operação especial no Rio, pelo menos três incidentes importantes de violência na cidade foram registrados.

"Temos confiança total nas autoridades brasileiras sobre segurança e estamos em contato com eles", disse. "Temos informes regulares. O COI está levando em consideração as medidas para a segurança olímpica. Mas o que vemos é que podemos ter confiança total", completou.

A empresa responsável pela qualidade da água do Rio é suspeita de poluir a Baía de Guanabara, local das competições de vela da Olimpíada, em agosto, e lagoas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, vizinhas do Parque Olímpico em construção.

A Polícia Federal cumpriu na quinta-feira, 7, mandados de busca e apreensão em oito prédios da Companhia Estadual de Abastecimento de Água e Esgoto (Cedae) na capital e em cidades da região metropolitana.

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"Considerando que a relação dessa empresa com seus contratantes é de consumo, se for identificada a remuneração por serviço não prestado, isso pode implicar crime de estelionato", afirmou o titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico (Delemaph), Marcelo Prudente. A Cedae e seus dirigentes poderão ser indiciados também por crime ambiental.

A despoluição da baía e das lagoas era promessa de campanha do Rio na candidatura para ser a sede dos jogos. Em nota, a Cedae informou que foi surpreendida pela operação e que "não realiza cobranças indevidas, respeitando a legislação vigente". A companhia nega que polua a baía e as lagoas.

A Operação Feng Shui foi realizada por 56 agentes e peritos. "É uma referência ao conceito da filosofia chinesa que preconiza o equilíbrio entre os elementos da natureza", disse o delegado. Eles estiveram na sede da Cedae e em sete estações de tratamento de esgoto no Rio, São Gonçalo e Belford Roxo. Além de recolher documentos, coletaram amostras nas estações.

A investigação iniciada há um ano teve monitoramento aéreo das estações. Há imagens de esgoto sendo lançado perto das estações da Pavuna, que recebem esgoto do Rio, Duque de Caxias, São João de Meriti e de São Gonçalo. Prudente não detalhou o monitoramento, uma vez que o inquérito corre em segredo de Justiça.

Inquérito

O procurador da República Sérgio Suiama, que já instaurou inquérito e uma ação civil pública contra a Cedae por causa do lançamento de esgoto em lagoas de Jacarepaguá, diz que a companhia deverá ser responsabilizada. "O que a Cedae alega, e não consegue comprovar, é que somente as favelas lançam esgoto. A Cedae reconhece que não tem a rede completa. Boa parte de Jacarepaguá e todas as casas do Recreio dos Bandeirantes lançam esgoto na rede pluvial, que deságua em rios e lagoas."

Suiama disse que há liminar que determina a adoção de medidas emergenciais para interromper o lançamento de esgoto que vem sendo descumprida pela companhia. Por isso, foi aberto mais um inquérito na PF.

Em nota, a Cedae informou que "sempre pautou suas atividades pelo respeito à população, à legislação e às instituições". A companhia disse que não teve acesso ao inquérito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (7) a Operação Feng Shui que investiga crimes ambientais decorrentes da emissão de esgoto, sem o devido tratamento, nas águas da Baía de Guanabara e lagoas da região da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, no Rio. Segundo a PF, 56 policiais federais cumprem 8 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e nas cidades de Niterói, São Gonçalo e Belford Roxo.

A Federal informou que estão sendo colhidas amostras nas estações de tratamento. O Inquérito Policial apura também o crime de estelionato. A PF suspeita que a empresa responsável pelo tratamento dos dejetos efetue a cobrança das taxas pelo serviço sem, entretanto, prestá-lo adequadamente.

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A investigação foi iniciada há cerca de um ano. A PF aponta possíveis falhas no processamento do esgoto produzido no Rio de Janeiro e na Região Metropolitana. Feng Shui é a filosofia chinesa que preconiza estar a prosperidade vinculada ao perfeito equilíbrio entre os elementos da natureza: água, terra, fogo e ar.

Rio 2016

A limpeza Baía de Guanabara para os Jogos Olímpicos do Rio tem recebido críticas. Em julho de 2015, uma análise da qualidade da água encomendada pela Associated Press encontrou níveis perigosamente altos de vírus e bactérias de esgoto humano em locais de competições olímpicas e paralímpicas. Esses resultados alarmaram especialistas internacionais e preocuparam os competidores que treinam no Rio, alguns dos quais já apresentaram febres, vômitos e diarreia.

Em meio às polêmicas com relação à limpeza da Baía de Guanabara, em março deste ano, a Federação Internacional de Vela garante que está "satisfeita" a evolução das ações dos governos municipal e estadual para melhorar as condições da água. Em nota oficial, a antiga ISAF - atual World Sailing - inclusive elogia os esforços dos brasileiros.

A exatos seis meses da cerimônia de abertura dos Jogos, a cidade do Rio já começa a ganhar a cara definitiva de cidade olímpica. Enquanto as obras de mobilidade urbana ainda fazem das vias da capital fluminense um enorme canteiro de obras, a maioria das instalações já é uma realidade. Mas problemas de ordem financeira, cobranças em torno da baía de Guanabara e rompimento de contratos de obras em reta final de execução prometem ainda dar dor de cabeça aos organizadores.

A conta oficial da Olimpíada chegou a R$ 39,07 bilhões na semana passada. O valor é dividido em três partes: Comitê Rio-2016 (R$ 7,4 bilhões), instalações olímpicas (R$ 7,07 bilhões) e obras públicas de legado (R$ 24,6 bilhões).

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Mesmo as cifras bilionárias já apresentadas têm se mostrado insuficientes. O Comitê Rio-2016, cujo orçamento é estritamente privado, tem passado por sucessivas revisões de custos para se adequar à projeção financeira.

Os ajustes atingem todas as áreas, da comida que será servida à "família olímpica" aos carros que a transportarão. O plano inicial era que 5 mil veículos seriam usados. Agora, serão 4 mil. Já o programa de voluntários teve redução de quase 30% - a intenção era selecionar 70 mil, mas agora serão 50 mil.

Nesta corda bamba financeira, os últimos seis meses prometem ser de cobranças. Apesar de 14 instalações olímpicas estarem finalizadas - cinco praticamente prontas e nove passando por adequações -, algumas delas acendem o sinal amarelo, como o Velódromo e a Arena da Juventude. O porcentual de execução de ambos está em 80%. Problemas em Deodoro são admitidos pelo próprio prefeito Eduardo Paes (PMDB), de notório discurso otimista quando o assunto são os Jogos.

Em meio a obras finalizadas ou ainda inacabadas, o Rio-2016 já realizou 22 eventos-teste. Mais 23 estão previstos até maio. Um dos principais pontos analisados é a área de competição e em pelo menos um deles houve descontentamento geral entre os competidores: em outubro, atletas de diversos países vieram para o evento-teste de BMX e se recusaram a competir porque consideraram a pista muito perigosa. O traçado foi refeito do dia para a noite, mas o teste acabou incompleto.

BAÍA - A competição de vela é uma das que mais preocupa por causa da má qualidade das águas da baía de Guanabara, embora o governo do Estado do Rio de Janeiro e o comitê assegurem boas condições na Olimpíada. "Até os Jogos serão inauguradas a galeria de cintura da Marina da Glória, sistema que garantirá o fim dos lançamentos clandestinos de esgotos naquela área, e a Unidade de Tratamento de Rio, que passará a tratar as águas poluídas do Rio Irajá que deságuam na baía", informou o governo em nota.

O comunicado informa ainda que a maior preocupação para os Jogos é o lixo flutuante. "Para garantir um espelho d’água sem lixo, estão sendo construídas 17 novas ecobarreiras", disse o governo. Dez ecobarcos também estão em funcionamento.

Dar respostas satisfatórias sobre a poluição das águas da baía sempre foi um dos grandes desafios da organização. A degradação do mar divide as preocupações da comunidade internacional com a proliferação do zika vírus. Na última terça-feira, em uma das mais concorridas coletivas já realizadas pelo Rio-2016, 38 jornalistas estrangeiros estiveram presentes. Quatro fizeram perguntas - três sobre o zika e uma sobre a poluição da baía.

A novela envolvendo a poluição da Baía de Guabanara e os Jogos Olímpicos do Rio-2016 ganhou mais um capítulo, agora envolvendo um velejador alemão. Erik Heil, medalhista de bronze na classe 49er no evento-teste realizado na semana passada, alega ter contraído "germes multirresistentes", que lhe causaram infecções nas pernas e na anca.

Em texto publicado em um blog de atletas no site da Confederação Alemã de Vela, Heil relata que nunca havia tido infecções na perna. "Eu suponho que eu tenha sido infectada no evento-teste. A causa é, provavelmente, a poluição da Marina da Glória, que tem um fluxo constante de águas residuais da cidade e hospitais", escreveu o velejador.

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Na publicação, Heil e a Confederação Alemã não dão maiores detalhes sobre as causas da doença. Conta-se apenas que o velejador vai todos os dias a um hospital da capital Berlim e que as infecções devem ser tratadas e raspada. "Uma vez que nenhuma anestesia local é possível, provavelmente você (o leitor) pode imaginar a dor de tal procedimento".

A polêmica é a terceira causada pela poluição da Baía de Guanabara apenas no evento-teste da vela. Primeiro o sul-coreano Wonwoo Cho alegou ter sofrido infecção por poluentes. Ele teve de ser internado no hospital Samaritano, na zona sul do Rio, após sofrer um quadro de desidratação, e sentir indisposição abdominal e dor de cabeça. Segundo seu técnico, Danny Ok, o problema ocorreu em consequência do contato do atleta com a água poluída da Baía.

Mas o Comitê Rio-2016, alegou que não há razões que apontem o contato com água como causa do problema. Após o primeiro atendimento ainda no local de prova, o sul-coreano recebeu um litro de soro, medicação para dor de cabeça e teria deixado o hospital duas horas depois livre dos sintomas. No dia seguinte, aliás, voltou à competição.

Depois de encerrado o evento-teste, o ex-velejador Lars Grael contou que os brasileiros Samuel Albrecht e Isabel Swan, competidores da classe Nacra17, foram prejudicados pela sujeira, uma vez que um plástico grande ficou preso no leme deles em uma das regatas Ainda de acordo com o ex-velejador, o leme deles desarmou e o barco então saiu do rumo. Com isso, eles tiveram uma capotagem e atribuíram isso ao plástico.

A condição da água da Baía de Guanabara é um dos pontos de maior fragilidade da Olimpíada do Rio. Recentemente, o governador Luiz Fernando Pezão admitiu que não será cumprida a meta de tratar 80% do esgoto despejado no local. Perto da Marina da Glória, onde os atletas partem para o mar, inclusive, há despejo de esgoto sem tratamento, mas os organizadores garantem que nas áreas de competição a qualidade da água é própria para banho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou nesta sexta-feira (14) seu pedido por testes virais nas águas do Rio de Janeiro que receberão eventos da Olimpíada de 2016. De acordo com a OMS, em entrevista a Associated Press, testes de vírus em locais como a Baía de Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas são "aconselháveis".

O pedido da OMS vai na contramão do que o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu nesta semana. O diretor executivo das Olimpíadas, Christophe Dubi, descartou analisar amostras em busca de vírus, seguindo uma suposta orientação da própria OMS, de que os testes bacterianos já seriam o suficiente.

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Nesta sexta, a OMS negou que "tenha aconselhado contra testes virais" e reiterou seu apoio a medida, como já havia feito no início do mês. "A OMS sugeriu ao COI que amplie sua base de indicadores científicos para incluir viroses", informara um comunicado da OMS, no dia 1º.

Testes para avaliar a presença de vírus nas águas cariocas também são cobrados por entidades esportivas. No dia 4, a Federação Internacional de Remo exigiu análises deste nível nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, que receberá os eventos de remo e canoagem velocidade nos Jogos do Rio, em 2016.

As entidades estão em alerta desde que a Associated Press publicou estudo no fim de julho apontando a presença de vírus nas águas da Baía de Guanabara, Lagoa Rodrigo de Freitas e na Praia de Copacabana, que também receberá eventos olímpicos no próximo ano.

De acordo com a análise encomendada pela AP, 150 amostras de água foram testadas para três tipos de adenovírus humano, além de rotavírus, enterovírus e coliformes fecais. Elas apontaram níveis altos de adenovírus nos três locais. Também mostrou sinais de rotavírus, principal causa mundial de gastroenterite. Os testes foram realizados pela Universidade Feevale, de Novo Hamburgo (RS).

A Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) elogiou o trabalho feito até agora na organização dos Jogos Olímpicos do próximo ano, que será realizado no Rio de Janeiro. A comitiva encerrou, nesta quarta-feira (12), a passagem pelo país e fez uma avaliação positiva também dos eventos testes que foram feitos visando as disputas.

Essa foi a nona e penúltima visita do COI ao Brasil antes dos jogos Rio 2016. Um dos pontos mais aguardados e polêmicos da visita teve como centro a qualidade da água nas arenas olímpicas, especificamente na Baía de Guanabara.

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“A qualidade da será monitorada até os Jogos Olímpicos e deve melhorar. E não para por ai, vai continuar depois dos jogos”, ressaltou o diretor-executivo do COI, Christophe Dubi.

Confira os detalhes todos sobre a penúltima visita do COI ao Rio no vídeo abaixo:

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Preocupada com o resultado de recente análise das águas da Baía de Guanabara, a Federação Internacional de Vela anunciou que vai encomendar um estudo próprio para avaliar a qualidade das águas do local, sede das provas da modalidade durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano. Diretor executivo da federação, Peter Sowrey afirma que a pesquisa vai detectar a eventual presença de vírus e bactérias na água. A entidade decidiu promover sua própria análise depois que a agência de notícias Associated Press divulgou relatório nesta semana apontando a presença de vírus e coliformes fecais nas águas da Baía de Guanabara, na Lagoa Rodrigo de Freitas, ambas sedes de eventos olímpicos, e na praia de Copacabana.

De acordo com a análise, 150 amostras de água foram testadas para três tipos de adenovírus humano, além de rotavírus, enterovírus e coliformes fecais. Elas apontaram níveis altos de adenovírus nos três locais. Também mostrou sinais de rotavírus, principal causa mundial de gastroenterite. Os testes foram realizados pela Universidade Feevale, de Novo Hamburgo (RS), por encomenda da AP.

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A divulgação da análise gerou repercussão mundial e voltou a preocupar entidades olímpicas. Na sexta-feira, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, questionou os resultados da análise e os supostos "interesses" por trás da investigação. Ele afirmou que nos próximos dias o governo vai revelar o trabalho que vem sendo feito para despoluir a Baía de Guanabara, em conjunto com autoridades e especialistas.

Em nota divulgada na sexta, a Federação Internacional de Vela reiterou que está em constante contato com o governo do Rio, o Comitê Rio-2016 e o Comitê Olímpico Internacional (COI) para cobrar medidas que assegurem a saúde dos atletas durante a Olimpíada do Rio.

Os atletas que vão competir nos Jogos Olímpicos de 2016 terão que nadar e velejar em águas tão contaminadas por fezes humanas que se arriscam a contrair alguma doença e não poder concluir as provas, de acordo com uma investigação da agência de notícias Associated Press.

Uma análise da qualidade da água encomendada pela AP encontrou níveis perigosamente altos de vírus e bactérias de esgoto humano em locais de competições olímpicas e paralímpicas. Esses resultados alarmaram especialistas internacionais e preocuparam os competidores que treinam no Rio de Janeiro, alguns dos quais já apresentaram febres, vômitos e diarreia.

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A poluição extrema das águas é comum no Brasil, onde a maior parte dos esgotos não é tratada e uma grande quantidade de resíduos puros corre por valas abertas até riachos e rios que alimentam os locais das competições aquáticas dos Jogos Olímpicos.

Em consequência, os atletas olímpicos quase certamente entrarão em contato com vírus causadores de doenças, que, segundo alguns testes, estão presentes em níveis até 1,7 milhão de vezes acima do que seria considerado alarmante em praias no sul da Califórnia, nos Estados Unidos.

Apesar de décadas de promessas oficiais de limpar a sujeira das águas, o fedor de esgoto ainda recebe os viajantes que pousam no aeroporto internacional Antônio Carlos Jobim do Rio. Belas praias estão desertas, porque as ondas chegam à areia cheias de uma lama pútrida e, de tempos em tempos, a Lagoa Rodrigo de Freitas, que receberá disputas olímpicas, fica repleta de peixes mortos em decomposição.

"O que se tem ali é basicamente esgoto puro," disse John Griffith, biólogo marinho do instituto independente Southern California Coastal Water Research Project. Griffith examinou os protocolos, metodologia e resultados dos testes da AP.

"É água dos banheiros, dos chuveiros e do que as pessoas jogam na pia, tudo misturado, que vai para a água das praias. Isso seria interditado imediatamente se fosse encontrado aqui", disse ele, referindo-se aos Estados Unidos.

Autoridades brasileiras encarregadas da qualidade da água nos locais olímpicos afirmaram que não estão monitorando a presença de vírus. Mesmo assim, Leonardo Daemon, gerente de Qualidade da Água do Inea, disse que eles estão seguindo as normas brasileiras de qualidade de água para uso recreativo, todas baseadas em níveis bacterianos.

"Qual é a norma que deve ser seguida para quantidade de vírus? Porque precisa de um padrão, um limite", disse Daemon. "Você não tem um padrão, uma norma que transfira a quantidade de vírus em relação a saúde humana, isso para contato em água."

Mais de 10.000 atletas de 205 nações devem competir nos Jogos Olímpicos do ano que vem. Quase 1.400 deles estarão velejando nas águas próximas da Marina da Glória na Baía de Guanabara, nadando na praia de Copacabana e praticando canoagem e remo nas águas insalubres da Lagoa Rodrigo de Freitas.

A AP encomendou quatro rodadas de testes em cada um desses três locais de competições olímpicas, e também na água que alcança a areia da praia de Ipanema, que é muito frequentada por turistas, mas onde não será realizado nenhum evento. Trinta e sete amostras foram testadas para três tipos de adenovírus humano, além de rotavírus, enterovírus e coliformes fecais.

Os testes virais da AP, que continuarão em 2016, indicaram que nenhum dos locais é seguro para nadar ou velejar, segundo os especialistas em qualidade da água que tiveram acesso aos dados da AP.

Os resultados dos testes indicaram altas contagens de adenovírus humanos ativos e infecciosos em algumas amostras, que se replicam no trato intestinal ou respiratório de pessoas. Esses são vírus conhecidos por causar doenças estomacais, respiratórias e outras, incluindo diarreia aguda e vômitos, além de doenças cerebrais e cardíacas, que são mais graves, porém mais raras.

As concentrações dos vírus foram aproximadamente as mesmas que são encontradas no esgoto puro, mesmo em uma das áreas menos poluídas testadas, a praia de Copacabana, onde serão realizadas as provas de natação do triatlo e maratona aquática e onde muitos dos 350.000 turistas estrangeiros esperados podem dar seus mergulhos. "Todos correm risco de infecção nessas áreas poluídas", disse o Dr. Carlos Terra, hepatologista e presidente do Grupo de Fígado do Rio de Janeiro.

Um especialista americano em avaliação de risco para vírus transmitidos pela água examinou os dados da AP e estimou que os atletas internacionais em todos os locais de competições aquáticas teriam uma chance de 99% de infecção ao ingerir apenas três colheres de chá da água, embora a probabilidade de uma pessoa ficar doente dependa da imunidade e de outros fatores.

Além dos nadadores, os atletas da vela, canoagem e, em menor grau, remo, com frequência ficam encharcados durante a competição, e também respiram as gotículas no ar.

A Lagoa Rodrigo de Freitas, que passou por obras de limpeza em anos recentes, foi declarada segura para remadores e canoístas. No entanto, os testes da AP revelaram que suas águas estão entre as mais poluídas dos locais de competições olímpicas, com resultados que variam de 14 milhões de adenovírus por litro no extremo inferior a 1,7 bilhão por litro no extremo superior.

Em comparação, especialistas em qualidade da água que monitoram praias no sul da Califórnia ficam alarmados se encontram contagens virais de 1.000 por litro. "Se eu fosse participar da Olimpíada", disse Griffith, o especialista em água da Califórnia, "provavelmente chegaria com antecedência, para me expor e fortalecer meu sistema imunológico contra esses vírus antes de competir, porque não vejo como eles vão resolver esse problema do esgoto."

O Instituto Rumo Náutico, dos irmãos Grael, rejeitou por unanimidade na manhã desta segunda-feira a proposta de contratação de seus serviços para a limpeza da Baía de Guanabara, que receberá as competições de vela nos Jogos Olímpicos de 2016. O convênio havia sido anunciado pelo governo do Rio na semana passada e previa um contrato de R$ 20 milhões sem a necessidade de licitação.

O novo projeto para limpeza da Baía foi elaborado pelo ambientalista Axel Grael, irmão de Lars e Torben. Vice-prefeito da cidade de Niterói, ele produziu o estudo e cedeu à Secretaria de Estadual de Ambiente. Mas a modalidade de contratação - em regime de urgência - levantou críticas, o que fez o próprio instituto abrir mão de gerir os trabalhos.

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"O Projeto Grael tem sido um importante canal de contribuição para isso (despoluição da Baía de Guanabara), e é importante que continue a motivar os seus alunos a se engajarem nessa luta e que contribua sempre com as iniciativas de despoluição. Mas, isso deve ser feito dentro das vocações e das limitações institucionais da nossa organização. A decisão do Conselho Diretor do Instituto Rumo Náutico é prudente e correta", declarou Axel.

"A ação do Projeto Grael não seria despoluir a Baía de Guanabara, mas uma medida para oferecer uma raia mais justa e igualmente competitiva para os atletas", explicou Lars Grael. "Não é a nossa principal vocação gerir o projeto de coleta de lixo flutuante, mas nos manteremos à disposição do Estado, em prol de uma Baía mais digna para todos os usuários."

No início de março, o governo estadual encerrou o contrato com as empresas que prestavam serviço de recolhimento de detritos na Baía através de ecobarcos. O projeto das ecobarreiras - estruturas colocadas para conter o avanço de lixo através dos rios - também vem definhando.

A barca Vital Brazil, que saiu da estação Arariboia, em Niterói (região metropolitana do Rio) às 7h40 da manhã desta quinta-feira (27), com destino à estação Praça XV, no centro do Rio, ficou à deriva por cerca de 40 minutos na Baía de Guanabara, por problemas técnicos, segundo a concessionária CCR Barcas. A viagem, que normalmente leva 15 minutos, durou mais de 1 hora.

O analista de sistemas Vinícius Andrade, de 40 anos, contou ao Estado que a embarcação começou a andar em círculos no meio da Baía de Guanabara. Os passageiros só foram informados por volta das 8h20 que um leme havia quebrado e o capitão não conseguia apontar a embarcação na direção certa.

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Depois de muitos esforços o capitão da Vital Brazil conseguiu apontar para o cais e parou (sem atracar) perto da Ilha Fiscal, a quase 200 metros por mar da estação Praça XV. O capitão avisou que aguardaria a chegada de outra barca para fazer o transbordo dos passageiros.

"O maior problema foi terem colocado uma barca velha, sem manutenção e sem sistema de som (que estava quebrado, segundo a equipe da embarcação) para circular no horário de pico. Se tivessem parado a barca no momento em que ela quebrou, não teria demorado tanto tempo para desembarcarmos".

Por algum motivo que não foi comunicado aos passageiros, o capitão conseguiu apontar e atracar na estação. Andrade contou que ao desembarcar havia policiais militares, funcionários da CCR Barcas e fiscais da (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes do Rio) para explicarem sobre os problemas na embarcação.

Já na estação Arariboia, um passageiro contou à Rádio CBN que o primeiro aviso sobre atraso nas viagens só foi dado após 30 minutos de espera. Ele disse que as filas estavam enormes e, sem informação, os passageiros começaram a se exaltar. Com as roletas travadas, muitos usuários tentaram pular as roletas e batiam nas portas de vidro. Ainda segundo este passageiro, as telas que informam os horários de saída foram desligadas.

Segundo a Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes do Rio), há uma tolerância de atraso de 10 minutos nas barcas. Caso esse tempo seja ultrapassado, os usuários devem ser avisados. A agência abriu um boletim de ocorrência "para apurar as causas do incidente".

Técnicos da Agetransp também analisam o atendimento prestado pela CCR Barcas aos usuários e os procedimentos adotados para a volta da normalidade na operação.A CCR Barcas ainda não se manifestou sobre o incidente.

"Bem-vindo à lixeira que é o Rio". Assim foi intitulado um pequeno artigo publicado no site da equipe de vela da Alemanha, no dia 26 de março. O texto demonstrou a preocupação dos alemães com o acúmulo de lixo e o despejo de esgoto não tratado na Baía de Guanabara, local onde serão realizadas as competições de vela na Olimpíada de 2016.

A publicação ainda apresenta uma série de fotos do mar da Baía de Guanabara com embalagens de produtos e algas boiando. O governo do Estado prometeu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que, até 2016, 80% do esgoto despejado nas águas será tratado e que haverá uma redução significativa dos detritos sólidos. Contudo, pelo que se pode notar pelas imagens, essa meta está longe de ser alcançada.

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Em nota, a assessoria da Secretaria Estadual do Meio Ambiente informou que o processo de despoluição da Baía de Guanabara está em andamento e reiterou o compromisso do governo do Rio para cumprir, em tempo, a meta assumida.

Por intermédio de sua assessoria, o Comitê Organizador dos Jogos do Rio afirmou que está preocupado com as condições da Baía de Guanabara para atender as competições, mas acredita no trabalho de despoluição realizado pelo governo do Estado.

O caso se torna ainda mais urgente porque, apesar de faltar pouco mais de dois anos para a Olimpíada, o primeiro evento-teste oficial será realizado em agosto deste ano, e será justamente uma competição de vela.

APELO - O velejador Lars Grael pediu iniciativas mais consistentes do poder público pela limpeza da Baía de Guanabara. "O processo de despoluição é feito há 20 anos e até agora sem resultados perceptíveis. Se fala do legado da Olimpíada, mas vão fazer um plano só para os Jogos ou vão deixar um legado mesmo?", questionou o medalhista olímpico. "Precisamos aceitar que não está bom. E o maior legado que podemos deixar é para o meio ambiente."

Lars Grael também se mostrou preocupado com a imagem do Brasil como organizador da Olimpíada. "Esse desgaste tende a aumentar. Porque para eles (velejadores estrangeiros) é inaceitável competir desse jeito. Nunca na história dos Jogos Olímpicos competimos com poluição semelhante", avaliou ele, para depois demonstrar que é possível diminuir o prejuízo. "Ainda dá tempo para fazer alguma coisa."

Rio de Janeiro – Uma draga pegou fogo na manhã de hoje (13) na Baía de Guanabara. A fumaça pôde ser vista pelos motoristas que passavam pela Ponte Rio-Niterói.

De acordo com o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, o incêndio começou por volta de 8h e foi debelado por volta das 12h30. Ainda não se sabe quais são as causas do fogo. Ninguem ficou ferido no incêndio.

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A ocorrência foi atendida pelo Grupamento Marítimo (Gmar) de Botafogo e pelo Quartel do Caju.


Há 114 anos, surgia, no Rio de Janeiro, a primeira imagem em movimento registrada por brasileiros. A data era 19 de junho de 1898 e marcava o que ficou conhecido como o nascimento do Cinema Brasileiro. O italiano Afonso Segreto era um dos donos da primeira sala fixa de cinema do Brasil e foi o responsável por filmar a Baía de Guanabara com uma câmera francesa.

A data foi determinada oficialmente pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). Porém, em funçao do mercado, o cinema brasileiro só virou uma manifestação artística popular a partir da década de 1940, quando os estúdios Vera Cruz, em São Paulo, e Atlântida, no Rio de Janeiro, iniciaram uma produção intensa, tornando-se responsáveis por criar dois símbolos da cultura nacional: Mazzaroppi e seu Jeca Tatu e as chanchadas, que tinham em Oscarito e Grande Otelo uma dupla afinada e irresistível.

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Para homenagear a data, o canal por assinatura Telecine Pipoca irá exibir uma programação especial. A partir das 18h20, poderão ser conferidos quatro longas-metragens: Quincas Berro D'Água (2010), de Sérgio Machado; Cilada.com (2011) de José Alvarenga Jr.; Bruna Surfistinha (2011), de Marcus Baldini; e De Pernas Pro Ar (2010), de Roberto Santucci.

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