Tópicos | Viva como se estivesse de partida

Em Recife, para trabalhar na partida entre Sport x Chapecoense, o jornalista Rafael Henzel aproveitou a ocasião para lançar o seu livro 'Viva Como se Estivesse de Partida' na livraria Saraiva, Zona Sul do Recife. Na noite desta quarta-feira (12), o sobrevivente da tragédia com o avião que levava a equipe da Chape para a final da Copa Sul-Americana em novembro de 2016, autografou alguns exemplares e atendeu o público presente.  De volta ao trabalho, Rafael conta que retomar suas funções e viajar foi um dos remédios para sua recuperação.

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"Eu me motivei a trabalhar, tanto que já na Colômbia prometi a mim mesmo que iria voltar em 40 dias. Achava que isso me motivaria a melhorar, isso foi muito importante. Ajudou na recuperação, hoje estou bem e fazendo a profissão que me auxilia demais", contou.

Hoje, o jornalista é visto como um representante do clube catarinense Brasil afora e conta que a relação está ainda mais estreita. Entretanto, garante que não se deixa levar por preferências quando está trabalhando. "Sempre tive uma grande ligação com a Chapecoense, era daqueles garotos que esperava o portão abrir para entrar de graça, ou vendia sorvete no estádio em dia do jogo para comprar ingresso. A gente precisa entender, não pode perder o profissionalismo pelo acidente. Sou uma pessoa justa, em tudo que devo analisar e debater", disse Henzel.

Uma das lições que Rafael leva consigo e busca passar em sua obra é não se deixar abater pelas dificuldades que a vida impõe. O carinho recebido de pessoas que nem imaginava conhecer, serve de inspiração para incentivar seus leitores. "Nunca me passou pela cabeça deixar de trabalhar. Fui motivado pelas pessoas, motivei outras e o livro é sobre motivação. Das experiências com pessoas que é algo fantástico. Eu busco atingir as pessoas naquilo que elas podem melhorar no cotidiano. Muitas vezes focamos muito nos problemas e esquecemos que as soluções existem", destacou.

Ter voltado ao local do acidente, meses após a tragédia mudou a forma que o jornalista enxerga sua existência. O episódio também serviu de combustível para a criação do livro. "Vai se naturalizando com a passagem do tempo. A volta ao local do acidente foi algo indescritível. Encarar aquela caminhada árdua e descobrir que você foi um objeto de um milagre, isso faz muito bem. Você só agradece, não questiona. Fui agraciado e preciso levar isso para outras pessoas", completou Rafael Henzel.

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