Tópicos | Campeonato Sul-Americano de Natação

Vice-campeã mundial nos 50m costas, Etiene Medeiros vai chegar à Olimpíada como uma especialista nos 50m livre. Nesta sexta-feira, ela ganhou o ouro na prova no Campeonato Sul-Americano, em dobradinha com Graciele Herrmann. No masculino, entretanto, os principais velocistas brasileiros recusaram a convocação e Alan Vitória não conseguiu levar o País ao pódio em Assunção, no Paraguai.

Na prova feminina, Etiene venceu com 24s80 e estraçalhou o antigo recorde do campeonato: 25s25 de Flávia Delaroli, marca de 2008. Graciele completou em segundo, com 25s37. As duas já têm o índice para os Jogos Olímpicos, que é 25s28.

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Ainda que o Sul-Americano seja reconhecido como classificatório olímpico para a federação internacional (Fina), a confederação brasileira (CBDA) não aceita as marcas feitas em Assunção. A segunda e última seletiva nacional será o Troféu Maria Lenk, daqui a 15 dias, para o qual todos os brasileiros estão focados.

Por conta dessa preparação para o Maria Lenk, nomes como Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Matheus Santana recusaram a convocação para o Sul-Americano. Nos 50m livre, o Brasil foi representado por Alan Vitória (quinto com 22s85) e Pedro Spajari (sexto com 23s05) - o índice é 22s27.

Nos 200m borboleta, Luiz Altamir Melo venceu com 1min58s39 e mostrou que ainda sonha com o índice A para a prova: 1min56s97. Como ele está qualificado para a Olimpíada nos 400m livre, poderia nadar também os 200m borboleta no Rio. Só precisa do índice B, que já tem.

Leonardo de Deus, que já tem índice para os 200m borboleta, voltou a nadar mal e ficou só em terceiro no Sul-Americano, com 2min00s63, quase quatro segundos mais lento do que o tempo que fez no Open, em dezembro.

Na prova feminina, Joanna Maranhão completou em terceiro, com 2min11s65, ganhando a medalha de bronze. Foi vencida por Andreina Pinto, da Venezuela, e Virginia Bardach, da Argentina. Como tem índice B para esta prova e está qualificada nos 200m e nos 400m medley, Joanna poderá nadá-la no Rio.

Para fechar o dia, o Brasil ainda ganhou o revezamento 4x100m livre misto, prova que não é olímpica. A CBDA optou por não inscrever atletas nos 800m livre masculino e nos 1.500m feminino, que também não fazem parte do programa olímpico.

 

Foto: Reprodução/Facebook Etiene Medeiros

Só a delegação brasileira masculina foi bem no segundo dia de disputas das provas de natação do Campeonato Sul-AMericano, em Assunção, no Paraguai. O Brasil ganhou as três medalhas de ouro em jogo entre os homens: 50m peito, 200m costas e 400m livre. No feminino, entretanto, faturou apenas uma prata.

No cronômetro, o resultado mais expressivo foi de Luiz Altamir Melo, que venceu nos 400m com o tempo de 3min51s33, sem repetir o índice olímpico que ele já tem. O garoto Giovanny Lima, de 18 anos, terminou apenas em sexto, com 3min56s30.

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O índice olímpico da prova é 3min50s44, mas a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) não considera o Sul-Americano como tomada de tempo para a Olimpíada. Só dois torneios servem como seletiva nacional: o Open, que ocorreu em dezembro, e o Troféu Maria Lenk, daqui a duas semanas, no Rio. Pela proximidade com essa competição, os brasileiros não estão "polidos" para competir em Assunção.

A maioria dos atletas de elite da natação brasileira, aliás, sequer aceitou a convocação para o Sul-Americano. Leonardo de Deus topou o desafio, mas foi só quarto colocado nos 200m costas (2min01s43), para a qual ele já tem índice. Mesmo assim, a prova teve vitória brasileira, de Fábio Santi, que completou em 1min59s47 - o índice é 1min58s22.

Nos 50m peito, prova que não é olímpica e não será disputada no Maria Lenk, Raphael Rodrigues venceu com o tempo de 27s97, ganhando sua segunda medalha na competição - ele levou a prata nos 100m peito, na quarta.

Entre as mulheres, o dia não foi bom. Manuella Lyrio faturou a prata nos 400m, com 4min10s62, distante da venezuelana Andreina Pinto, que fez 4min07s17. Bruna Primati foi quarta (4min15s10). Nos 200m costas, Natália de Luccas ficou em quarto (2min15s41) e Gabriella Mello (2min18s24). Já nos 50m peito Pamela Souza terminou em quinto (33s45). No revezamento misto, o Brasil chegou em segundo, mas acabou desclassificado.

O Brasil encerrou o Sul-Americano de Natação, disputado em Belém, com 51 medalhas (26 de ouro, 19 de prata e seis de bronze) e a sensação de dever cumprido. Tradicionalmente disputada por atletas mais jovens, a competição ganhou neste ano uma atenção maior, uma vez que era qualificatória para os Jogos Olímpicos de Londres. Com a participação dos principais nomes do esporte na América do Sul, o Sul-Americano viu 40 recortes do campeonato serem batidos.

Cesar Cielo, que ainda está em início de temporada e nadou cansado, gostou da sua participação no torneio, coroada com cinco ouros: nos 50m borboleta, 50m livre, 100m livre e nos revezamentos 4x100m medley e 4x100m livre. Nas duas primeiras provas, ele ainda fez o melhor tempo do ano no mundo.

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"Estou muito satisfeito com a competição. Foi bom e mostra que o trabalho está dando muito certo. Agora eu volto para São Paulo pra continuar trabalhando. Espero chegar no Maria Lenk (Campeonato Brasileiro, em maio) com 99% das forças e vamos deixar os 100 para a Olimpíada. Agora é continuar trabalhando para chegar na melhor forma em Londres", disse o atual campeão olímpico dos 50m livre.

Bruno Fratus, que ficou com a prata nos 50m e nos 100m livre, já pensa em uma dobradinha em Londres, mas prefere manter a cautela. "Acho que sou do tipo que prefere treinar e competir o ano inteiro quietinho, sem mandar recado para ninguém. O Cielo também não precisa disso porque todo mundo conhece o potencial dele. Nós estamos ensaiando bem a dobradinha, acho que está dando certo", comentou o nadador do Pinheiros.

Companheiro de Cielo no PRO-2016, Thiago Pereira também foca na sua preparação para a Olimpíada. "Eu fiquei bem cansado, mas foi boa a competição, bom treinamento. Agora eu volto a me preparar e vou estar no Maria Lenk. Espero representar bem o Corinthians e lá vai dar bem para saber como vou estar lá para Londres" analisou Thiago.

Assim como o corintiano, todos os brasileiros que nadaram em Belém estão deixando o ápice da temporada para o meio do ano, quando acontece a Olimpíada. "É o meu primeiro ouro em Sul-Americano e estou satisfeito por ainda não estar com velocidade. Ainda não fizemos a transição da base para o específico no treinamento", explicou Daniel Ozerchowski, ouro nos 50m costas.

Prata nos 200m peito, Henrique Barbosa foi na mesma linha. "Comecei no ritmo que eu tenho que fazer nessa fase do treinamento. Eu sou um cara mais forte, mais pesado, e quando eu não estou raspado fica pesado mesmo no final."

MARATONA AQUÁTICA - A competição de natação em Belém faz parte do Sul-Americano Absoluto de Esportes Aquáticos e, neste domingo, chegaram ao fim as provas da maratona aquática. Nos 10km, distância olímpica, o ouro ficou com a brasileira Ana Marcela Cunha, que dominou desde o início e venceu com o tempo de 1h47min24s. No masculino, ganhou o equatoriano Ivan Enderica. Victor Colonese e Allan do Carmo representaram o Brasil no pódio, com prata e bronze.

Cesar Cielo voltou a mostrar neste sábado que começa em grande fase a temporada em que vai buscar mais uma vez o título olímpico. No último dia de provas no Campeonato Sul-Americano em Belém, no Pará, o brasileiro venceu os 100 metros livre com o tempo de 48s70, o terceiro melhor do ano no mundo.

A meta do atual campeão e recordista mundial dos 100 metros em Belém era melhorar as marcas que ele havia feito no GP do Missouri, nos EUA, sua primeira competição do ano. Nos 50m borboleta e nos 50m livre, ele não apenas faturou a medalha de ouro, melhorando a marca, como também assumiu a liderança do ranking mundial em ambas as provas. Nos 100m livre, Cielo também cumpriu sua meta, uma vez que havia feito 49s51 no Missouri. Só não fez o melhor tempo do mundo.

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Agora Cielo fica atrás apenas do australiano James Magnussen (48s05) e do norte-americano Michel Phelps (48s49). Bruno Fratus, que chegou na segunda posição em Belém, fez o tempo de 49s69 e entrou no grupo dos 40 melhores do mundo.

Também neste sábado, Thiago Pereira faturou a medalha de ouro nos 400 metros medley, sua especialidade. Ele chegou a abrir mais de quatro segundos de vantagem sobre o equatoriano Esteban Salgado, mas cansou no fim e quase foi ultrapassado. O brasileiro marcou 4min24s49, apenas 48 centésimos à frente do rival. Para se ter uma ideia, a última parcial de Thiago foi pior que a de Joanna Maranhão, que venceu os 400m medley no feminino.

Nos revezamentos também só deu Brasil. Nos 4x100 medley, a equipe feminina brasileira marcou 4min10s50 para ficar com o ouro. Participaram da conquista Etiene Medeiros, Ana Carla Carvalho, Daynara de Paula, Larrisa Oliveira. Já no 4x100 livre masculino, Glauber Silva, Bruno Fratus, Cesar Cielo e Henrique Rodrigues conquistaram o ouro com o tempo de 3min20s07.

Mais um ouro para o Brasil veio nos 50m costas, prova não olímpica vencida por Daniel Orzechowski, com 25s56. Já garantida na Olimpíada, Graciele Hermann ficou com a prata nos 50m livre, com o tempo de 25s31, muito perto do índice de 25s20. A vitória ficou com Arlene Semeco, da Venezuela. Nos 200m peito, Henrique Barbosa cansou no final e permitiu a ultrapassagem do colombiano Jorge Valdés, que ficou com o ouro. Nos 1.500m, a vitória ficou com Cecilia Biagolli, da Argentina, que foi seguida pela brasileira Carolina Bilich.

Cesar Cielo começou em grande forma o Campeonato Sul-Americano de Natação, nesta quarta-feira, em Belém (Pará). O brasileiro venceu a final dos 50 metros borboleta, prova não olímpica, com o melhor tempo do ano: 23s26. Até então, o mais rápido havia sido o australiano Matt Targett, com 23s51.

Outro brasileiro ficou com o segundo lugar na final dos 50m borboleta em Belém: Glauber Henrique Silva, que marcou 23s64, a terceira melhor da temporada em todo o mundo. Ele, que havia feito o recorde do campeonato nas eliminatórias, pela manhã, perdeu o posto para Cielo. Todas as 10 provas da noite tiveram recordes do Sul-Americano batidos.

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Já Thiago Pereira decepcionou na primeira prova que nadou na competição. O nadador do Corinthians ficou só com a prata na final dos 200 metros costas, com 2min00s35. O ouro foi para o colombiano Omar Garcia (1min59s67). Leonardo de Deus, com 2min00s93 levou o bronze. Ambos os brasileiros têm índice olímpico.

O único atleta do Brasil a nadar abaixo do índice olímpico nesta quarta-feira à noite foi Felipe França, nos 100m peito. Campeão da prova, ele fez 1min00s76, mas já tinha uma marca melhor: 1m00s01, conquistado no Mundial de Xangai, em julho passado. Dono da segunda vaga olímpica do Brasil na prova, João Gomes Júnior nadou a final do Sul-Americano em 1min02s11 e ficou com o bronze.

Na prova dos 400m livre, o ouro ficou com a venezuelana Andreina Pinto, seguida pela brasileira Manuella Lyrio, que nadou a distância em 4min12s14, bastante acima do índice olímpico de 4min08s75. Joanna Maranhão foi só a quarta colocada.

Mesmo com dores no ombro, Maranhão voltou à piscina pouco depois para vencer os 200 metros medley, com o tempo de 2min16s76, mais de três segundos acima do índice olímpico. Menos de 10 minutos depois, ela faria a sua terceira prova na noite, ajudando o Brasil a vencer o revezamento 4x200 medley. A equipe, porém, não conseguiu baixar o tempo dos Jogos Pan-Americanos e segue fora do ranking das 12 melhores do mundo, fora da Olimpíada.

O venezuelano Cristian Quintero venceu os 200m livre, com o brasileiro Andre Schultz em terceiro. Já nos 100m borboleta a vitória foi de Daynara de Paula, brasileira garantida em Londres nesta prova. Nos 50m peito, a vitória ficou com a brasileira Ana Carla Carvalho, com o tempo de 31s89. Nos 800m livre, deu medalha para a Argentina, com Juan Martin Pereira. Os brasileiros Lucas Kanieski e Luiz Arapiraca faturaram, respectivamente, prata e bronze.

O Campeonato Sul-Americano de Natação, que começa nesta quarta-feira em Belém, no Pará, será a segunda competição do ano para Cesar Cielo. O nadador mais rápido do mundo tem como meta o bicampeonato olímpico e ainda está em fase inicial de treinos. Ainda assim, por conta da evolução no seu programa de treinos, ele pretende baixar os tempos em relação aos que obteve no GP de Missouri, nos EUA, no mês passado. Com isso, quer subir no ranking mundial de melhores marcas do ano.

"Essa é a meta, o desafio. Não é como quando se está polido e também porque o ranking vai estar mudando muito - esta semana, tem seletivas australianas, os caras buscando vaga na seleção deles que vai para Londres. Vai ser mesmo um desafio de melhorar os tempos", explicou o técnico Alberto Silva, o Albertinho. "É claro que estamos sempre observando o que todos estão fazendo no mundo e quero melhorar no ranking, mas agora os meus parâmetros vão ser os tempos que eu fiz no Missouri", completou Cielo.

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O campeão olímpico nadará os 50 e os 100 metros livre, suas especialidades, mas participará também dos 50 metros borboleta, prova não olímpica que será nadada no primeiro dia de competições e servirá para ele "quebrar o gelo".

"Mais uma vez, assim como foi no GP de Missouri, vamos tentar analisar como está a preparação e a forma física que estamos conquistando nos treinamentos neste Sul-Americano de Belém. Nos 50m borboleta, que não é uma prova olímpica e não está valendo índice para Londres, será bom ter um adversário como o venezuelano Albert Subirats. Não sei em que fase de preparação ele está, se está vindo pesado, mas é um nome importante na natação sul-americana", afirmou Cielo.

Ele avisa que seus melhores tempos não virão agora e que está numa fase diferente das dos demais companheiros na equipe PRO-2016: "O pessoal está fazendo potência, mas eu ainda estou trabalhando com força. Fico mais travado que os caras, mais duro, ainda sem explosão", explicou.

Apesar de ter vencido o GP do Missouri, Cesar Cielo ocupa apenas o 28.º lugar no ranking mundial dos 100 metros livre em 2012, com 49s51. O líder é o australiano James Magnussen, que tem 48s05 - o norte-americano Michel Phelps é o segundo. Nos 50m, o brasileiro aparece em sexto, com 22s13, apenas 19 centésimos mais lento que o líder Nathan Adrian (EUA).

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