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O nadador Cesar Cielo anunciou a sua aposentadoria da natação em entrevista ao programa Ça Va Paris, do Globoplay, que irá ao ar nesta sexta-feira (05). O brasileiro possui três medalhas olímpicas, é hexacampeão mundial e é o detentor do recorde de tempo dos 50m livres com uma marca de 20,91 segundos.

Hoje com 36 anos, Cielo foi o único nadador brasileiro a se tornar campeão olímpico, após conquistar a medalha de ouro nos 50 metros livre nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. Na mesma edição, também conquistou uma medalha de bronze nos 100 metros livre. Em Londres 2012, o nadador garantiu outro bronze, desta vez nos 50 metros livre.

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Foi tricampeão mundial dos 50 metros livre em Roma 2009, Xangai 2011 e Barcelona 2013. Em Roma, também se sagrou campeão mundial dos 100 metros livre. A última vez em que o brasileiro competiu foi no Mundial de piscina curta em 2018. Em toda sua carreira, foram 38 medalhas conquistadas, sendo 24 ouros, 4 pratas e 10 bronzes.

Recentemente, o nadador foi eleito para o Hall da Fama da Natação Internacional. Com isso, Cielo se juntou a Maria Lenk e Gustavo Borges como os únicos brasileiros que tiveram a honra. “O Hall da Fama trouxe um negócio para mim, que é uma tranquilidade em uma coisa que eu estava com muita dificuldade da carreira, que era ainda meio que me desprender daquele cara que me trouxe tanta felicidade. Por isso, que eu não me aposentei oficialmente”, disse ao Ça Va Paris.

O maior nadador da história do Brasil ainda não sabe como será o seu futuro próximo. Aos 32 anos, Cesar Cielo admite cansaço da rotina de treinos, mas não quer parar de nadar. Quer seguir em forma, porém não sabe qual será sua próxima grande competição. "Não posso abandonar a piscina porque hoje muito da minha vida depende da minha forma física. Vai que daqui a seis meses dá uma vontade de voltar a treinar mais forte, né?", disse o campeão olímpico em entrevista ao Estado.

Após se tornar o brasileiro com o maior número de medalhas em Mundiais, em dezembro, Cielo quer uma vida mais tranquila. Ele não renovou o contrato com o clube Pinheiros e agora faz treinos mais leves na piscina do Centro Olímpico, em São Paulo. O recordista mundial dos 50m e 100m livre já descartou disputar o Troféu Maria Lenk, o que, por consequência, acaba com suas chances de competir nos Jogos Pan-Americanos de Lima e no Mundial, na Coreia do Sul - a principal competição brasileira é seletiva para estes torneios internacionais.

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A Olimpíada de Tóquio-2020, contudo, ainda é uma oportunidade de despedida. Enquanto cogita essa possibilidade, ele preenche sua agenda com clínicas para crianças, eventos de exibição, torneios menores e sua atuação na Fiore, empresa de produtos aquáticos da qual é sócio.

Ao mesmo tempo, projeta mudanças na natação brasileira. Na sua opinião, o treino de alto rendimento no sistema dos clubes tem prazo de validade e os atletas logo precisarão pensar em alternativas. Ele mesmo já tenta alterar esse cenário ao prever uma nova parceria com uma instituição ("não necessariamente um clube"), que deve ser anunciada nos próximos meses.

Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

O Mundial de piscina curta, no fim do ano, te deu motivação para seguir treinando?

O Mundial foi muito legal, batemos o recorde de medalhas em mundiais (19). Saí de lá satisfeito, mas, sinceramente, isso não teve muita influência na minha decisão de continuar treinando. Neste ano, eu agendei alguns eventos, como essa competição no México. Aí acelerei um pouco o treino. Agora no meio de março vamos para o Peru, tenho uma demonstraçãozinha lá. Nestes eventos, eu não posso dar vexame, né. Continuei treinando para estes eventos e também para promover a minha clínica. Eu sabia que teria que estar envolvido com a piscina de algum jeito.

Ainda não é hora de aposentadoria, então?

Neste primeiro momento eu queria dar uma descansada da rotina. São muitos anos fazendo isso. Mas eu não posso abandonar a piscina porque hoje muito da minha vida depende da minha forma física. Vai que daqui a seis meses dá uma vontade de voltar a treinar mais forte, né? Para deixar essa oportunidade em aberto, não vou decidir nada agora, até porque eu não preciso. Não ter responsabilidade com nenhum clube me dá essa liberdade. Estou com um rotina mais tranquila, fazendo o que me dá prazer: investindo na minha clínica, desenvolvendo os produtos da Fiore e treinando num ritmo menor.

Em comparação ao seu auge, como está o seu nível de treino?

Treino umas cinco vezes por semana na piscina. Nado uma média de 2 mil metros por treino, sempre focado em velocidade e técnica. É parecido com o que eu fazia nos EUA, mas diferente do que se faz nos clubes aqui no Brasil, com treinos mais longos. Mas tem sido uma rotina bem mais tranquila. Tenho tentado fazer muito mais o que me agrada do que o que eu preciso fazer. Por não ter muito este objetivo estabelecido de competir no Maria Lenk agora, temos construído a temporada sem a paranoia de buscar um objetivo. Decidimos que, ali para agosto ou setembro, vamos ver se voltamos para uma rotina de treino mais pesada.

Competir na Olimpíada de Tóquio-2020 é um objetivo real?

Olha, não é descartado. Mas também não vou falar que é um objetivo real. Não sei te responder isso agora. Eu não descartei, mas também não é uma coisa que eu me comprometi 100% a fazer. O que eu não quero é me colocar numa situação em que eu esteja completamente fora de forma lá para outubro porque aí a retomada dos treinos levaria muito tempo. Então, para eu não tirar essa possibilidade da minha vida, estou fazendo esses treinos agora. Mas, se eu for continuar nadando, de 2020 não passa, 2021 está fora de cogitação.

Você está evitando metas longas...

Sim, estou evitando fazer com que a natação fique muito massacrante na minha cabeça, muito cansativa, que se torne chata para mim. Não quero relacionar a piscina com coisas negativas, de ficar de saco cheio, de não querer treinar, de fazer coisas que eu não quero fazer muitas vezes. Se bater a saudade de treinar mais forte ali por agosto, sei que posso subir essa montanha do treinamento, como já fiz várias vezes.

Tentou renovar com o Pinheiros ou foi uma opção sua não renovar?

Foi uma situação que acabou não acontecendo. Meu contrato ia até dezembro mesmo. Quando eu assinei no início de 2017, eu não queria contrato mais longo porque não sabia o que iria acontecer. Não queria prometer nada.

Está à procura de outro clube?

Na verdade, estou procurando outra instituição, não necessariamente um outro clube. Acho, sinceramente, que o sistema clubístico é o que mantém o que temos vivo hoje, mas não é bom para a natação, e nem para o esporte nacional. Não é culpa dos clubes, o problema é o sistema como é feito. É complicado porque o clube é feito para o associado. Jogar um centro de treinamento no meio de um clube sempre vai gerar muito conflito. Hoje é o cenário que temos e o que mantém a natação viva. Mas precisamos buscar uns formatos diferentes para ter a flexibilidade e a liberdade maior para horário de treinamento. Com o clube sempre vai ter que respeitar o horário da escolinha do clube, do associado. Faz parte do processo.

Tem alguma negociação?

Estou conversando com várias pessoas no momento. Quero algo novo, se possível que tenha relação com o meu projeto social. Pode ser, quem sabe, o primeiro passo para fora deste sistema clubístico, para desafogar um pouco os clubes. Pode abrir um mercado novo, um formato novo de treinamento para os atletas.

Como seria esse novo vínculo?

Não quero mais ser simplesmente um atleta que representa o clube. Estamos estudando formatos que é um pouquinho fora do que a gente tem hoje. Estou tentando me colocar numa posição em que eu tenho vários papeis dentro da equipe: desde nadador a mentor, ajudar na gestão. Com anos de experiência na piscina, passando por vários clubes, vejo coisas que dá para fazer muito melhor.

O que te incomodava nos clubes?

Ser mais um ali no meio da massa é o que me fez cansar do sistema clubístico. Não quero ser mais um cara que marca ponto no Maria Lenk. Eu não estava fazendo diferença no sistema. E isso sempre moveu: eu sempre quero sentir que estou fazendo alguma coisa diferente e é isso que estou buscando agora. Olha, temos três campeonatos por ano, que duram cinco dias e são chatos. Ninguém acompanha a natação no Brasil porque não dá. Quem assiste à natação na terça-feira à tarde na TV? Ninguém. Quarta-feira à tarde? Ninguém! Vai assistir talvez no sábado e mesmo assim não assiste porque a etapa tem três horas de duração e é chata. Eu estava com a sensação de que estava fazendo parte de um negócio que eu estou vendo que está morrendo aos poucos. A natação, a cada ano, diminui, não só em atletas, mas também em clubes.

Você tem conseguido manter os seus patrocínios?

Sim, tenho alguns. Mas hoje o cenário mudou, os atletas precisam aprender que hoje não existe mais patrocínio. Com a internet, o cenário de investimento de marketing e exposição de marca mudou completamente. A minha geração foi a última que teve um patrocínio fixo. De 2016 para cá, patrocinador é uma coisa que não existe mais. O que existe é uma pessoa que vai fazer uma troca com você de imagem, de exposição, usando rede social, usando a sua roupa. Acho que este é o caminho natural para a natação e para todos os esportes. Temos que começar a buscar meios diferentes de investimento, de jeito de conversar com as empresas, porque é o novo formado no mundo. Ninguém mais quer fazer um investimento de três anos num atleta. E, se tiver, são pouquíssimas empresas que podem fazer e fazem muito mais pela paixão ao esporte e vontade de incentivar o atleta do que pelo business. O que precisamos aprender a fazer é saber conduzir melhor as negociações com as empresas, saber utilizar melhor esta exposição de imagem. O mercado mudou, ficar reclamando não vai adiantar. Mas, ao mesmo tempo em que não há mais aquela tranquilidade de ter um patrocínio, a chance de ter muito mais coisa acontecendo ao redor do atleta agora é maior, pode haver mais oportunidades.

Fátima Bernardes topou um novo desafio. A apresentadora decidiu enfrentar seu medo de nadar e irá televisionar seu processo de superação a partir do dia 1º de janeiro de 2019, no quadro Nunca Fiz, que passará durante o Encontro.

No quadro, Fátima mostrará se enfrentou seu maior medo: nadar no mar. Ela começou praticando em uma piscina e teve 70 aulas com o professor Reinaldo Arcaro durante dez meses, e ainda foi surpreendida pelo campeão olímpico de natação César Cielo.

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Em entrevista publicada no site do Encontro, Fátima falou sobre o processo de superação de seu medo.

"Eu estou super ansiosa por esse projeto, foram meses investindo nisso, e eu acho que o que o que vai ser diferente é porque o público vai me ver fazendo algo que eu não sei mesmo, e que enfrentei com muita dificuldade, medo, pavor em muitos momentos. Acho que estou sendo desafiada por mim mesma", disse.

Ela conto, ainda, o que a motivou a iniciar o projeto. "Fui motivada pra esse projeto por uma fala que eu ouvi de uma senhora de 80 anos que dizia que nunca era tarde pra aprender nada. Ela estava aprendendo bicicleta aos 80 e dizia: nunca é tarde pra andar de bicicleta, nunca é tarde pra aprender a nadar. E aí eu falei: então está na minha hora de fazer algo que eu ainda não sei", detalhou.

Logo depois de voltar do Mundial de Piscina Curta na China, Cesar Cielo chegou em casa com suas duas novas medalhas de bronze, conseguidas nos revezamentos 4x100m livre e 4x50m medley. Ele mostrou as peças ao filho Thomas, de 3 anos. "Quando a entreguei, ele saiu correndo para pegar uma medalhinha que havia ganhado e me disse que também tinha uma", contou o atleta, orgulhoso.

Talvez o pequeno Thomas não saiba ainda que o pai se tornou o maior medalhista brasileiro em Mundiais, com 19 pódios. E que vive um dilema na reta final de sua carreira. As conquistas recentes servem de combustível para continuar treinando no Clube Pinheiros, mas ele quer colocar todas as coisas na balança para definir em janeiro se terá outra temporada.

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"O determinante é que, se eu entrar de novo para mais um ano, quero entrar para ser campeão mundial. Se eu perceber que estou brigando com a rotina e com a minha cabeça, desligando o despertador, aí é melhor parar, pois não quero ir até não dar mais. Para ser campeão mundial, tem de acordar e ir treinar para melhorar", diz.

Cielo é considerado o maior nadador brasileiro da história. E ainda cheio de vontade. Foi campeão olímpico nos Jogos de Pequim, é recordista mundial nos 50m e 100m livre e, mesmo não sendo mais o garoto de 2008, aos 31 anos garante que seu corpo está pronto para seguir em frente. "A questão física não é impeditivo. A gente faz as análises biomecânicas, exame de sangue, está tudo pronto para eu fazer o que quiser na piscina. Treino com molecada todo dia como nunca treinei, levanto até mais peso agora", conta.

O nadador sempre foi perfeccionista. Por isso, não aceita a possibilidade de seguir na natação apenas para participar. Quer ser competitivo ao extremo. "Fazer menos é muito frustrante. Saber que aqui dentro tem um corpo que já foi recordista mundial e eu ficar batendo nele para ver o que acontece, vai me deixar maluco. Aí prefiro sair de cena e ajudar a natação de outra forma", explica.

O contrato de Cielo com o Pinheiros termina no fim deste ano. Claro que se ele decidir continuar, o clube paulista deve renovar. "Se chegar 15 de janeiro e eu sentir que não estou a fim de treinar mais, aí de fato vou pendurar o maiô, a touca e os óculos", avisa Cielo.

No revezamento que Cesar Cielo imaginava que poderia ter sido ouro no Mundial de Piscina Curta, o 4x50m medley, o Brasil acabou ficando com o bronze no último sábado (15), em Hangzhou, na China, e o nadador encerrou sua participação na competição sem conseguir alcançar o velejador Robert Scheidt, o maior campeão brasileiro em Mundiais.

Cielo chegou a 19 pódios na carreira em Mundiais, com 11 medalhas de ouro. Já Scheidt tem no mínimo 12 ouros - ele contabiliza ainda duas medalhas em seu currículo, uma de campeão mundial juvenil em 1991, que não entrou nessa conta, e outra em 2002, quando foi realizado dois Mundiais, um de Laser e um da Isaf, e ele venceu ambos. Mas, independentemente de serem 17 ou 18 pódios, Scheidt leva vantagem no número de ouros - Cielo tem mais medalhas em Mundiais.

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Com o bronze no peito, Cielo evitou comentar sobre aposentadoria. "Tenho uma competição em fevereiro, mas não sei dizer se essa prova foi minha última pela seleção brasileira. Não vou parar de nadar e acredito que vou participar de eventos menores. Depois do Natal, vou passar um tempo com a minha família e ver o que farei", afirmou.

O Brasil, que competiu com Cielo, Nicholas Santos (borboleta), Guilherme Guido (costas) e Felipe Lima (peito), ficou em terceiro lugar no revezamento 4x50m medley, atrás de Estados Unidos e Rússia, respectivos donos do ouro e da prata na final.

Sem conseguir garantir nadadores na briga por medalhas nesta quinta-feira no Mundial de Natação em Piscina Curta (25 metros), que está sendo realizado em Hangzhou, na China, o Brasil obteve classificações às semifinais como melhores desempenhos no terceiro dia das eliminatórias do evento. O principal destaque foi Guilherme Guido, o mais rápido das baterias iniciais dos 50 metros costas. E Cesar Cielo também avançou às semifinais dos 50m livre, ainda que apenas na 15ª posição.

Cielo marcou o tempo de 21s39. Assim, mesmo que tenha se classificado, ficou distante dos primeiros colocados das eliminatórias, com destaque para o norte-americano Caeleb Dressel, o mais rápido, com 20s62. Já o também brasileiro Matheus Santana fez apenas o 26º tempo, com 21s71, e não conseguiu vaga nas semifinais.

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Guido brilhou nas eliminatórias dos 50m costas ao se classificar às semifinais com o melhor tempo. O brasileiro cravou o tempo de 23s00, superando o irlandês Shane Ryan em apenas 0s03. Guilherme Basseto também se garantiu nas semifinais, na 11ª posição, com a marca de 23s46.

Também nesta quinta-feira, Daiene Dias se garantiu nas semifinais dos 50m borboleta ao marcar 26s06, fazendo o 13º melhor tempo das eliminatórias, que foram lideradas pela holandesa Ranomi Kromowidjojo, que completou a prova em 25s32.

O Brasil também conseguiu colocar dois nadadores nas semifinais dos 100m medley: Caio Pumputis, que foi o sexto mais rápido, com 52s31, e Diego Prado, na 14ª colocação, com 53s50. O norte-americano Michael Andrew liderou as eliminatórias ao cravar 51s50.

Na disputa dos 200m peito, porém, Pumputis não conquistou vaga na final, pois fez apenas o 14º tempo das eliminatórias, com 2min05s00, sendo 1s12 mais lento do que o último classificado.

Já na disputa do revezamento 4x50 metros medley misto, o Brasil decepcionou e não obteve a vaga na final. O quarteto composto por Etiene Medeiros, João Gomes Junior, Nicholas Santos e Larissa Oliveira ficou na nona posição nas eliminatórias, com o tempo de 1min39s24, a 1s91 do último time classificado para a disputa de medalha. E a melhor marca das séries iniciais foi dos norte-americanos, com 1min37s33.

Após vencer a final dos 100 metros livre no Troféu José Finkel, no último domingo, Cesar Cielo começou bem a disputa dos 50m livre no evento, realizado no Pinheiros, em São Paulo, em piscina curta (25 metros). Nesta terça-feira, ele liderou as eliminatórias com a marca de 21s08.

O tempo registrado por Cielo, inclusive, é melhor do que os 21s29 estipulados pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) para classificação ao Mundial, que será realizado em Hangzhou, na China, em dezembro. Mas apenas marcas obtidas nas finais valem para definir os representantes do País no evento internacional.

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Assim, Cielo tentará repetir o desempenho nas finais desta terça, último dia do Finkel, marcadas para começar às 17h30. E além de Cielo, que compete pelo Pinheiros, Marcelo Chierighini (21s35), Leonado Alcover (21s54), Nicholas Santos (21s58), Pedro Spajari (21s63), Matheus Santana (21s65), Gabriel Santos (21s67) e Leonardo Schilling (21s83) também se garantiram na final.

Na disputa feminina dos 50m livre, Etiene Medeiros, do Sesi-SP, foi a mais rápida ao cravar o tempo de 24s30, também sendo mais rápida do que o índice estabelecido pela CBDA para o Mundial, que é de 24s94. Assim, ela também tentará repetir o desempenho nas finais para ir ao Mundial - no domingo, fez o índice nos 50m costas.

Também nesta terça-feira, outro destaque das eliminatórias do Finkel foi Caio Pumputis. O nadador do Pinheiros quebrou o recorde sul-americano dos 100 metros medley ao fazer o tempo de 51s83. Além disso, também foi o mais rápido dos 200m peito com a marca de 2min07s78.

Nesses eventos femininos, Andressa Cholodovskis Lima, do Minas, liderou a disputa dos 100m medley em 1min00s73, enquanto a argentina Julia Sebastian, da Unisanta, terminou na frente nos 200m peito, com 2min25s75.

Maior nadador brasileiro da história, Cesar Cielo vive um momento diferente na carreira. Se antes o atleta do Clube Pinheiros se preocupava apenas com as competições, agora ele pensa no legado que vai deixar na modalidade e como pode ajudar a inspirar a nova geração. Aos 30 anos, sabe que está perto da aposentadoria, mas garante: "Se em 2019 eu perceber que estou bem, que as coisas estão fluindo, vou tentar 2020. O revezamento é uma prova que a gente vislumbra medalha no Mundial e até na Olimpíada", disse.

O que significou para você a medalha conquistada no Mundial em Budapeste recentemente?

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Não vou dizer que foi inesperada porque, de certa forma, nós tínhamos uma expectativa em relação a ela. Mas olhando o cenário que eu vinha, foi uma surpresa. A medalha de revezamento era a única que não tinha na carreira, faltava esse resultado no currículo. Pessoalmente, o que significou foi primeiramente na confiança, pois voltei melhor para o meio competitivo. Também foi um orgulho pessoal, pois via o revezamento do Brasil tropeçando por muitos anos. Em 2009 ficamos em quarto em Roma, em 2011 fomos desclassificados, em 2013 nem nadamos, em 2015 ficamos perto, mas a Itália nos superou. Convivi com essa sequência de resultados, então ter participado deste momento e ajudado de alguma forma foi importante.

O que faz você acordar cedo e ir treinar todo dia?

Eu gosto da rotina, gosto de ter compromisso com a natação, isso já faz parte de mim. Enquanto sentir que estou ajudando, estarei aqui na piscina. Hoje tenho um lado de ajudar mais o grupo do que ter um objetivo pessoal. Quero olhar para trás e não me arrepender de não ter feito isso que estou fazendo agora, por mais que seja difícil acordar às 6 horas da manhã no frio e ir para a piscina. A natação é muito importante na minha vida. Estou vislumbrando uma aposentadoria mais para frente com coisas que quero deixar como legado.

Por falar nisso, você já sabe quando pretende se aposentar?

Vou ver isso a cada temporada. Pode ser que seja final do ano que vem, mas não estipulei um prazo. Enquanto sentir que estou ajudando, como foi na seleção este ano em Budapeste, vou continuar. Sempre fui um cara muito competitivo, em todos os aspectos, agora não quero ser um peso. Meu objetivo é carreira, legado, e fazer a transição para quando eu parar de nadar.

Foi muito duro ficar fora dos Jogos Olímpicos no Rio?

Sinceramente, não. O duro é nadar mal. A decepção que tive foi comigo mesmo, de não ter tido uma performance boa quando eu precisava. A primeira derrota sempre é a interna e essa é a mais dura. O Rio já passou, faz um ano, estamos vendo os escândalos que estão acontecendo, o difícil é o espelho, quando você olha para ele e vê que deixou passar uma oportunidade. Nem precisava fazer meu melhor para classificar, era só fazer uma prova decente. Nem isso consegui. Isso que me machuca e aconteceu em um momento muito pobre da minha carreira.

Como vê os problemas na natação brasileira?

Existem algumas ordens cronológicas das coisas. Temos de esperar a Justiça, a Fina em relação a algumas decisões da eleição que passou. Ideias a gente tem bastante do que pode ser feito, desde um calendário melhor desenvolvido e pensado para os clubes. Em uma competição de cinco ou seis dias, o clube tem de pagar para toda equipe alimentação, transporte e hotel para todos esses dias. Então não dá para ter três dessas no ano. Muitos clubes quebraram, o interior paulista tem poucas equipes, então precisamos respeitar a parte financeira. O País está em crise, então precisamos ser mais inteligentes para ter mais competições. Precisamos trabalhar a base de forma diferente.

O esporte olímpico também passa por dificuldades, teve recentemente a prisão do Carlos Arthur Nuzman. Como você viu tudo isso?

Com relação ao COB, é bem diferente do que a gente vive na CBDA. Nossa relação como atleta é mais pontual, como em ano de Sul-Americano, Pan-Americano ou Olimpíada. Para mim, como brasileiro, não foi surpresa as notícias que saíram. A gente nunca teve acesso a nada do que está sendo mostrado. Desde 2009, quando o Brasil ganhou a candidatura olímpica, a gente brincava que seria uma festa da roubalheira até 2016. A brincadeira realmente se concretizou e estamos pagando o preço hoje. Agora tem um movimento para tentar mudar o estatuto do COB em relação às eleições. Efetivamente dizendo, estamos nas mãos dos governantes, da Justiça, dos políticos. A gente só espera que essas ações tenham resultado para a gente e que isso não ocorra daqui para frente.

Como está seu projeto social de natação?

A gente toca ele pessoalmente, minha família e os encarregados. É o maior do Brasil, mas não deveria ser. Deveria ter vários do tamanho do meu. Então tem muita coisa para melhorar. Espero que a gestão nova da CBDA consiga implantar boas ideias para gerar frutos para 2024, porque para 2020 vamos tentar gerar algo, mas é um ciclo que já está em cima para pensar em resultado.

Como está sendo sua vida agora que é pai?

O nadador não mudou, o Albertinho (Silva, técnico no Clube Pinheiros) fala que eu continuo chato como sempre fui, reclamando, sendo competitivo. Mas a rotina muda, pois tem agora uma criança em casa. E com isso tenho um ganho enorme. Às vezes saio puto de um treino e chego em casa e ele está todo felizão. Isso já muda meu humor. Ele ajuda bastante na motivação.

Ele já tem noção do que você representa para a natação?

Não tem (risos). Ele nem fala direito ainda. Aprendeu que se tem uma piscina eu vou estar nela, então aponta para a piscina e fala "papai". Acho que ele já entendeu que eu fico ali bastante tempo.

Como é ver atletas mais jovens imitando você quando sobem no bloco antes das provas?

É muito legal. Nunca pensei nesse lado de legado, que estou pensando agora. Depois da Olimpíada de Pequim, pensava muito na responsabilidade de não fazer coisa errada em público. Sempre quis passar uma imagem de que cheguei até aqui ralando muito, com sacrifício. Fui para os Estados Unidos falando inglês super mal, morei sozinho no Alabama... Tive essa noção de responsabilidade até dois anos atrás, mais ou menos quando meu filho nasceu. É super gostoso ver a molecada fazendo isso. Está sendo legal aproveitar esse final de carreira sem tanta pressão de resultado, tentando usar esse lado como motivação para mim.

Você vai lutar para estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio?

Se estiver bem, vou tentar, sem dúvida. É meu lado competitivo que está falando. Se não estiver bem ou não estiver nadando, vou tentar ir de alguma forma. Vou falar com os treinadores, se for importante estar no deck da piscina para ajudar a seleção de alguma forma. O objetivo é a partir de agora estar envolvido na competição de uma maneira positiva. Se eu continuar nessa evolução que estou tendo, não vejo motivo para não tentar.

O ouro olímpico do Anthony Ervin nos 50 metros livre aos 35 anos serve de inspiração para você?

O Ervin mostrou para todo mundo, assim como o Nicholas Santos no Mundial deste ano, que no esporte de alto nível a performance não tem idade. Se você está motivado a treinar e a pagar o preço da dor e dos sacrifícios, o resultado vem. O esporte de alto rendimento é justo com todo mundo. Quem treinou e se dedicou vai colher os frutos e não importa a idade. Eu não tenho limite de idade na minha cabeça, o limite é até eu aguentar a piscina. Na hora que começar a brigar com ela, vou questionar se devo continuar lá dentro. Se em 2019 eu perceber que as coisas estão fluindo, vou tentar 2020. O revezamento é uma prova que a gente vislumbra medalha no Mundial e até na Olimpíada.

Você ainda consegue nadar tão rápido quanto antes?

Estou tentando passo a passo buscar minhas melhores marcas sem os trajes. Meu melhor tempo ainda é 21s38 do Mundial de Barcelona. Espero que até o final do ano que vem esteja de volta aos melhores tempos da minha carreira. Essa é a meta que coloquei.

Quanto tempo ainda vai demorar para que seus recordes sejam quebrados?

Se alguém for bater, é mérito da pessoa, não torço contra. O Caeleb Dressel tem capacidade total de bater e acho que os 100 metros livre vem primeiro. Os 50 metros livre podem chegar mais perto do tempo, mas o lance da velocidade máxima é muito fino, então falar em 10 centésimos nessa distância, é complicado. Vejo uma barreira mental nos 21 segundos. Nos 100 metros tem a barreira dos 47 segundos, mas vejo mais janela para trabalhar a melhora da prova. Imagino que em 2019 seja o primeiro desafio e depois vai ser ano a ano a briga para bater essas marcas. O recorde está sozinho, ele que se defenda agora. Eu já fiz minha parte.

Cesar Cielo ficou com a medalha de bronze nesta quinta-feira na final dos 100 metros livre do Troféu José Finkel, que está sendo realizado na cidade de Santos, no litoral de São Paulo. Recordista mundial da prova, ele dividiu a terceira colocação com Marcelo Chierighini, com o tempo de 49s47.

Uma das disputas mais aguardadas do Troféu José Finkel, especialmente depois do Brasil conquistar a prata no revezamento 4x100 metros livre no Mundial de Esportes Aquáticos, realizado em Budapeste, a prova foi vencida por Gabriel Santos, que fechou com o tempo de 49s06. O único no pódio que não integrava o quarteto na Hungria foi Pedro Spajari, segundo com 49s13.

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Quem também teve grande desempenho foi Etiene Medeiros. Depois de se tornar na Hungria a primeira brasileira a conquistar um título mundial em piscina longa (50 metros), ela venceu nesta quinta-feira os 50 metros costas com o tempo de 28s44, deixando para trás Andrea Berrino (28s73) e Natalia de Luccas (29s59).

Em outra prova envolvendo um medalhista no Mundial, Felipe França levou a melhor e ganhou os 50 metros peito com o tempo de 27s27. Prata na Hungria, João Gomes Júnior repetiu a posição ao marcar 27s31, enquanto que Felipe Lima (27s38) completou o pódio.

Ainda nesta quinta-feira, entre as provas masculinas, Guilherme Guido venceu os 50 metros costas com o tempo de 25s19 - Nathan Bighetti (25s63) e Gabriel Fantoni (25s75) completaram o pódio. Nos 200 metros borboleta, Leonardo de Deus levou o ouro (1min56s79).

E, no feminino, Larissa Oliveira ganhou os 100 metros livre ao marcar 54s93, deixando Manuella Lyrio (55s84) em segundo e Daynara de Paula (55s91) em terceiro. Jhennifer Conceição venceu os 50 metros peito, com o tempo de 31s09, enquanto que Joanna Maranhão faturou os 200 metros borboleta (2min10s41).

Bruno Fratus comprovou na manhã desta sexta-feira, em Budapeste, que vive um grande momento ao liderar a forte primeira bateria eliminatória dos 50 metros livre da natação do Mundial de Esportes Aquáticos. O brasileiro cravou o tempo de 21s51 para ser o mais rápido dos 16 nadadores que avançaram às semifinais da prova, fase para a qual o seu compatriota Cesar Cielo conquistou vaga com a nona marca, de 21s99, terminando empatado com o norte-americano Nathan Adrian, que também cronometrou 21s99 nesta qualificação na Hungria.

Medalhista de bronze no Mundial de 2015, em Kazan, na Rússia, Fratus já ajudou o Brasil a conquistar nesta edição da competição a expressiva prata no revezamento 4x100m livre, no qual foi o último nadador brasileiro a cair na piscina e chegou a lutar diretamente pelo ouro na prova vencida pelo quarteto dos Estados Unidos.

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"Estou de volta! Que bom. O tempo é o de menos. Num campeonato mundial forte como esse, o tempo é o de menos. Eu nadei tudo o que eu tinha esta manhã e foi bem legal. A gente fica velho, mas ansiedade sempre tem um pouquinho, ela sempre vem e a campanha que a gente está fazendo neste Mundial só dá mais força pra gente", comemorou Fratus após liderar as eliminatórias dos 50m livre.

Ao cronometrar 21s51, o brasileiro conseguiu boa vantagem sobre o segundo mais rápido que avançou às semifinais, que foi o norte-americano Caeleb Remel Dressel, com 21s61, enquanto a terceira posição foi obtida pelo grego Kristian Gkolomeev, que terminou o seu tiro de 50 metros em 21s69.

Essa foi também a melhor marca de Fratus na temporada nesta prova, na qual até então ele tinha como tempo mais veloz os 21s70 obtidas no Troféu Maria Lenk, no Rio, em maio, na seletiva para o Mundial de Budapeste. Os 21s51 marcados por ele ainda o fez superar com folgas o russo Vladimir Morozov, outro candidato ao ouro na Hungria, que terminou esta eliminatória na quarta posição geral, com 21s72.

Cielo, por sua vez, não ficou decepcionado por ter avançado apenas com o nono lugar, pois admitiu que se poupou um pouco visando as semifinais da prova, que já serão realizadas no início da tarde desta sexta (no horário de Brasília). Dono do recorde do mundo dos 50m livre até hoje, depois de ter estabelecido a marca de 20s91 em dezembro de 2009, Cielo também é detentor do recorde da história dos Mundiais, quando ele faturou o ouro em Roma, também em 2009, com o tempo de 21s08.

"Foi bom para manhã. O importante era entrar na semifinal. Acho que fiz um prova relativamente boa, tecnicamente, deu para "tirar o pé" no final, respirar. Para mim é difícil desenvolver muita coisa às 9h30 da manhã (no horário local). Hoje à tarde tenho que trazer uma prova mais explosiva, desde o começo, segurar o pulmão até o final e acelerar na chegada. Acho que 21s7 deve fechar (os tempos necessários para avançar para) a final, então estou mirando 21s70. Com 21s69, tenho quase certeza de que vou estar dentro, então vou mirar essas sextas marcas para depender mais de mim do que do resto da galera. Acho que isso vai ser suficiente para a final", afirmou Cielo, campeão olímpico em Pequim-2008 e bronze em Londres-2012, que também destacou o peso que teve a prata no revezamento 4x100m deu para os nadadores do Brasil.

"O revezamento no primeiro dia incendiou todo mundo e espero que a gente continue nessa pegada, até o final, até o 'reve' de medley, que é a última prova, para ver se a gente tira mais umas medalhas", projetou.

HENRIQUE MARTINS TAMBÉM AVANÇA - Em outra eliminatória realizada nesta sexta-feira, o brasileiro Henrique Martins se classificou às semifinais dos 100 metros borboleta com o oitavo melhor tempo da classificação geral. Ele, que também foi finalista da prova dos 50m do mesmo estilo neste Mundial, marcou 51s48 e com isso também cairá na piscina na próxima tarde para buscar uma vaga em mais uma decisão por medalhas.

O líder destas eliminatórias dos 100m borboleta foi o norte-americano Remel Caeleb Dressel, com o tempo de 50s08, enquanto outros grandes nomes da atualidade também foram às semifinais, como o sul-africano Chad le Clos (6º com 51s28), o francês Mehdy Metella (7º com 51s46) e o húngaro Laszlo Cseh (10º com 51s55).

"Foi o meu melhor tempo. Agora é tentar colar no ritmo dele (Dressel), corrigir esse finalzinho, no qual cansei um pouco, e buscar 51 (segundos) baixo, porque se sair 51 baixinho dá para entrar na final. É um passo de cada vez, hoje tá valendo tudo para entrar na final. Se entrar na final, o foco mais importante será esse. O nosso revezamento tem grandes chances, mas é só no domingo", disse Henrique Martins.

A equipe brasileira do revezamento 4x100 metros livre masculino fez história neste domingo. Depois de passarem pelas eliminatórias com o melhor tempo, os nadadores brilharam na final e conquistaram a prata no Mundial de Esportes Aquáticos, realizado em Budapeste, na Hungria.

O quarteto formado por Cesar Cielo, Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Gabriel Santos baixou muito o tempo da manhã, de 3min12s34, e marcou na final 3min10s34. Além da prata, a equipe alcançou o novo recorde sul-americano, derrubando uma marca que pertencia à era dos trajes tecnológicos.

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Em uma prova disputada até os metros finais, os brasileiros ficaram atrás apenas do quarteto norte-americano, que venceu com o tempo de 3mim10s06. Um pouco mais atrás vieram os húngaros (3min11s99), que completaram o pódio.

"É até inexplicável, é difícil falar. Estou emocionado. Para mim, pessoalmente, é uma grande conquista. Estou treinando há apenas cinco meses e nadei uma prova que não treinei direito, porque estou focado nos 50 metros", disse Cielo, que retorna a uma grande competição depois de não se classificar aos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, à SporTV. "Eles são os caras. Esses aqui são os caras."

O feito também foi muito festejado por Bruno Fratus. "Desde hoje cedo (domingo) estou falando para eles: vamos colocar o Brasil de volta em um lugar onde ele nunca deveria ter saído, no pódio, entre os três melhores do mundo."

Na final deste domingo, Gabriel Santos não teve um início tão forte e terminou em terceiro, atrás da Hungria. Mas Chierighini apertou o ritmo e terminou a segunda passagem na vice-liderança.

Cielo, então, foi à piscina e diminuiu a desvantagem para os norte-americanos. E, na última passagem, Fratus se aproximou ainda mais, mas não conseguiu ultrapassá-los. O feito, no entanto, anuncia que a natação brasileira pode viver um novo momento, depois de não conquistar nenhuma medalha no Rio-2016.

A natação brasileira teve um excelente início no Mundial de Esportes Aquáticos, realizado em Budapeste, na Hungria. Neste domingo, o primeiro dia de disputa da modalidade, o revezamento 4x100 metros livre masculino não apenas se garantiu na final, como passou das eliminatórias com o melhor tempo.

O quarteto formado por Cesar Cielo, Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Gabriel Santos marcou o tempo de 3m12s34, deixando para trás fortes times, como a segunda colocada Austrália (3m12s45) e os norte-americanos, terceiros com 3m12s90.

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Itália, Hungria, Rússia, Japão e Canadá completam a lista das oito equipes que vão disputar a final na tarde de domingo. "A gente veio para classificar em primeiro. Conseguimos. E agora vamos tentar finalmente pegar essa medalha. Hoje tentamos ser mais seguros nas trocas e acho que podemos explorar mais isso à tarde", comentou Cielo, que retorna a uma grande competição depois de não se classificar aos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. "Vamos tentar hoje à tarde 3m11, é por aí."

Mas não foi apenas o revezamento que obteve um bom resultado neste domingo. Além de alcançar a final em uma das mais importantes provas da natação, os atletas brasileiros chegaram a outras cinco semifinais.

Destaque para a participação nos 100 metros peito: tanto João Gomes Junior, em quarto com o tempo de 59s24, quanto Felipe Lima, décimo com 59s62, se garantiram na semifinal da prova.

"Passou o nervosismo da estreia. A tarde dá pra fazer melhor. Não tem mistério. Acho que não temos de fazer nada demais do que a gente fez no dia-a-dia. A gente treinou para caramba", detalhou João. "Tenho certeza que nós dois vamos lutar para estar lá (na final) e pela medalha, para vir uma dobradinha para o Brasil".

Outra prova que colocou dois brasileiros na semifinal foi os 50 metros borboleta, com Nicholas Santos avançando em quinto e Henrique Martins em sexto, respectivamente com os tempos de 23s24 e 23s34. "Eu gostei. Nadei forte os primeiros 30 metros e dei uma respiradinha ali. Pensei que fosse classificar um pouco mais fraco, mas 23s2 foi bom para uma eliminatória", avaliou Nicholas.

Joanna Maranhão também foi bem nos 200 metros medley, anotou o tempo de 2m12s60 e avançou à semifinal em 15º. Pouco depois ela ainda voltou à piscina para disputar os 400 metros livre feminino, mas ficou em 14º (4m11s06) e não se classificou à final. E, na prova masculina dos 400m, com a marca de 3m49s61, Brandonn Almeida foi o 18º e também acabou eliminado.

Maior nadador brasileiro de todos os tempos, Cesar Cielo está em Budapeste, na Hungria, tentando voltar a brilhar. Depois de fracassar no último ciclo olímpico e não conseguir vaga nos Jogos do Rio-2016, o dono de três medalhas olímpicas vai em busca de pódio em duas provas do Mundial de Esportes Aquáticos: no revezamento e nos 50 metros livre, prova que o consagrou e da qual detém o recorde mundial.

Para conquistar uma medalha nos 50 metros, porém, o nadador terá que melhorar muito a sua marca neste ano. Cesar Cielo possui o oitavo melhor tempo na temporada - o que seria suficiente apenas para colocá-lo na final -, enquanto que outro brasileiro, Bruno Fratus, tem registrado marcas melhores.

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A presença de Cesar Cielo no Mundial, contudo, vai muito além do que ele pode conquistar dentro d'água. "A gente fez uma reunião em Portugal (onde a seleção fez aclimatação ao longo da semana) e ao final pedimos se algum atleta queria acrescentar alguma coisa e ele pediu a palavra. É uma liderança muito positiva para a equipe", disse Renato Cordani, diretor de natação da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

"As pessoas que conhecem o Cielo, que convivem com ele, dizem que ele voltou ao passado. Conta piadas, está bem à vontade. Não está mais amuado como estava. E ele, por ser o grande nome da natação brasileira, contagia" pontuou Renato Cordani. "Ele que é tricampeão mundial (nos 50 metros), um exemplo. Os outros nadadores querem vencer como ele".

Bruno Fratus foi mais rápido do que Cesar Cielo nas eliminatórias do Troféu Maria Lenk dos 50 metros livre, disputadas neste sábado, no Rio. O nadador do Internacional de Regatas avançou para a final com o tempo de 21s83, enquanto que o atleta do Pinheiros fez o tempo de 21s87. As finais da competição começam às 19h.

Os dois foram os únicos a nadar a distância abaixo dos 22s nas eliminatórias. Cielo comemorou a marca, que considerou inesperada. Desde dezembro de 2014 que o campeão olímpico em Pequim-2008 não conseguia ser tão rápido.

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"Está melhor do que imaginei. Dormi uma da manhã ontem. Minha sensação era que ia sair 22s06 porque estava me sentindo muito sonolento. Fui fazer antidoping antes de voltar para o hotel, então estou com o sistema nervoso um pouco devagar. Foi bom. Não nadava pra 21s8 desde 2014. Hoje à noite tem que baixar um pouco. Acho que é questão de concentrar. Ficaria bem feliz com 21s7 ou 6", disse Cielo.

Fratus também saiu satisfeito, mas sabe que precisa melhorar para vencer a final. "Não tenho lembrança de ter nadado 21s8 de manhã. Mas esse tempo não entra nem entre os oito melhores índices técnicos. Então tem que baixar bastante", comentou.

A competição é a última seletiva para o Mundial de Natação, que ocorrerá em Budapeste, na Hungria, entre 14 e 30 de julho. Cielo e Fratus ainda não estão garantidos na competição. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos deve levar ao menos oito atletas e o critério para a vaga será divulgado apenas em 11 de maio. Provavelmente será baseado no ranking da Federação Internacional de Natação que compara todas as provas. A pontuação dada ao atleta vai de acordo com a proximidade de seu tempo em relação ao recorde mundial.

Etiene Medeiros, do Sesi-SP, fez o melhor tempo nos 50m, ao nadar em 24s78, com uma marca próxima do próprio recorde sul-americano feito ano passado, em 24s45. Na sexta-feira, ela passou mal e ficou de fora das provas.

"Estou me sentindo bem melhor e consegui o que esperava para as eliminatórias, nadar na casa do 24s7. Sempre tive esta característica de nadar forte desde o início, e agora, melhor de saúde, deu pra fazer. O quadro principal sempre é o mental, mas quando não estamos bem fica em cerca de 70%. Agora já subiu pra uns 98% em relação ao quadro físico. Mas quero abaixar o tempo na final", comentou Etiene.

Nas eliminatórias dos 200m peito, os melhores tempos foram de Macarena Ceballos, com 2min33s54, e Thiago Simon, com 2min14s09. Carolina Bilich liderou as séries lentas dos 800m com 8min53s72, enquanto Leonardo de Deus, com 15min25s50, foi o melhor das séries lentas dos 1.500m.

Cesar Cielo voltou a repetir o terceiro lugar no pódio em sua segunda prova no Troféu Maria Lenk, que está sendo realizado no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio. O nadador do Pinheiros-SP, que voltou a treinar em fevereiro após ficar quase um ano afastado das piscinas, não se importou de ter ficado de fora do lugar mais alto do pódio, mas lamentou a sua marca de 23s22, acima do que ele tinha estipulado como meta.

"Tinha mirado um pouquinho mais baixo que isso. Minha meta era 23s0 e não fugiu muito. No finalzinho pesou demais, talvez se eu tivesse antecipado uma respiração pudesse ter nadado um pouco melhor", avaliou o nadador, logo após a prova.

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Cesar Cielo voltou a afirmar que seu foco é a prova deste sábado, que pode colocá-lo no Mundial de Esportes Aquáticos, em agosto, na cidade de Budapeste, na Hungria. "Não treinei nada de borboleta este ano e sabia que a prova de 50 metros neste estilo não ia valer como classificação para o Mundial. É um nado que eu estou sem ritmo, então vou tentar melhor para o futuro e focar nos 50 metros livre amanhã (sábado)".

O nadador tem uma meta bem definida. "Vou ficar mais esperto amanhã (sábado) que é muito parecido (com a prova desta sexta-feira). Vou focar bem nessa parte de apneia para ter esse fim de prova final. Eu acredito que meus 50 livre vão ser minha melhor prova na competição, então vou tentar nadar pra 21s7, 21s8", pontuou.

Alcançar o tempo é um dos seus principais objetivos. "Até agora só bati na trave e não consegui as metas", lamentou Cesar Cielo. "No geral não foi ruim nenhuma das provas. Eu tenho que ter consciência de que, apesar de eu ser um competidor, que não é com três meses de treino que eu iria voltar com a forma de tricampeão mundial. Preciso dar tempo para o meu corpo, pegar ritmo", declarou.

Vencedor dos 50 metros borboleta, Nicholas Santos, da Unisanta-SP, bateu o recorde sul-americano com a marca de 22s61 e se disse realizado. "Eu busquei esse tempo, foi até melhor do que eu esperava", comentou. "Agora vou atrás do recorde mundial".

Recordista mundial e olímpico dos 50 metros livre e também dono da melhor marca do mundo dos 100 metros livre, Cesar Cielo viveu a maior decepção da carreira ao não conseguir vaga na Olimpíada do Rio-2016, quando fracassou no Troféu Maria Lenk. Um ano depois daquele fiasco, o campeão olímpico dos 50 metros livre em Pequim-2008 e dono de seis medalhas de ouro em Mundiais de Esportes Aquáticos retorna ao mesmo Maria Lenk, o Campeonato Brasileiro, que começa nesta terça-feira no Rio, para iniciar a almejada "redenção".

Para isso, Cesar Cielo adotou a estratégia de não se cobrar tanto e não carregar nas próprias costas o peso que o consagrado currículo naturalmente já lhe impõe no que diz respeito à conquista de resultados expressivos. No Maria Lenk, o seu objetivo será, primordialmente, nadar mais rápido que os adversários para conquistar índice para o Mundial de Natação, que ocorre de 14 a 30 de julho, em Budapeste, na Hungria.

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Embora esta seja a última seletiva para garantir vaga na competição, o astro parece agora estar administrando melhor a pressão e chega ao maior evento da natação nacional mais confiante e crente de que vem fazendo o que precisa para ser o "melhor Cielo possível" na água.

"Voltei para dar o melhor de mim. Estou treinando muito bem, como não fazia há três ou quatro anos. Estou em uma fase de me redescobrir na piscina. Quero ir para o Mundial, mas não me pressiono tanto para isso. Na verdade, aqui no Pinheiros quero nadar bem, mas também quero servir como um mentor, com minha experiência. Quero ajudar e ser útil nesse processo rumo aos Jogos Olímpicos de 2020, mesmo se eu não estiver lá", projetou Cesar Cielo.

Em março, ele participou do Torneio Regional da 1.ª Região, organizado pela Federação Aquática Paulista, no Pinheiros, clube que voltou a defender em fevereiro - depois de ter se consagrado como nadador do tradicional clube paulistano, passou duas temporadas como atleta do Flamengo, uma pelo Clube de Campo de Piracicaba e em 2015 e 2016 defendeu o Minas Tênis Clube.

Em março, porém, Cesar Cielo não fez a sua verdadeira volta às competições oficiais porque usou o evento de menor porte apenas para "quebrar o gelo" e para avisar que "está de volta", como ele próprio definiu após vencer os 50 metros livre do torneio regional realizado na mesma piscina do clube onde, em 2009, o nadador fez história e estabeleceu o recorde mundial da distância (20s91).

Agora, no Maria Lenk, o nadador fixou como objetivo dar o máximo para não correr o risco de amargar mais uma decepção, como a do ano passado. E, se não render o que espera, mira assegurar, no mínimo, o seguinte: "Quero bater na borda e saber que eu deixei o que sei fazer (de melhor), uma coisa que não tenho feito nos últimos anos".

EMPOLGAÇÃO - Ao retornar ao Pinheiros, Cesar Cielo também retomou a velha parceria vitoriosa com o técnico Alberto Pinto da Silva, mais conhecido como Albertinho, com quem ele obteve os seus maiores feitos da sua carreira. Hoje principal treinador da equipe de natação do clube paulistano, Albertinho não esconde a empolgação ao comentar essa volta de Cielo às piscinas novamente como seu comandado. "Há muito tempo eu não via o Cesão tão feliz quanto eu vejo ele todo dia. Tudo isso projeta um resultado (positivo), como ele já teve antes dessa fase negativa", disse.

Fora dos Jogos Olímpicos do Rio, Cesar Cielo decidiu deixar o ostracismo em 2017 ao assinar vínculo de dois anos com o Esporte Clube Pinheiros e retomar a parceria com o treinador Alberto Pinto da Silva, o Albertinho. Desde então, vive uma nova experiência no esporte, colaborando para o desenvolvimento coletivo.

"Treinei muito tempo sozinho nos últimos anos, com grupo pequeno ou até mais velho. A gente não trocava tanta informação como eu troco com a molecada, é uma volta completamente diferente. Dessa vez, voltei para um grupo jovem e estou tentando ajudar mais eles do que eu mesmo. Sempre puxei mais para o lado egoísta nesse período que estava buscando meus títulos. Estou curtindo bastante, está sendo interessante. Vamos ver se vai dar resultado para eles e para mim também", afirma.

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E a disposição do campeão olímpico em 2008 na função de "mentor" de novos talentos foi recebida por Albertinho como uma surpresa positiva. O treinador ainda destacou o sorriso diário no rosto do atleta e a leveza com que tem encarado a rotina. "Ele estava há muito tempo treinando sozinho e muito focado só em resultado. Falei para ele a falta que faz um time, mas não sabia se estaria tão disposto no dia a dia a estar envolvido e me ajudar a formar esse grupo da nova geração. Isso foi outra surpresa. Ele interagiu com o grupo e, do começo do ano até aqui foi muito bom, além da minha expectativa", elogia.

Um dos seus colegas de treino é Luiz Gustavo, filho de Gustavo Borges. O nadador de 17 anos já até recebeu o apelido de "Linguiça Júnior" como retribuição pelas alcunhas colocadas pelo ex-nadador quando Cielo ainda era garoto e dividiam a piscina no Pinheiros. "O Gustavinho tem a mesma idade que eu tinha quando treinava com o Gustavo, é uma relação muito parecida", destaca. Mas a brincadeira tem data para acabar, já que o garoto está acertado para estudar em Michigan, nos Estados Unidos.

Ver a "molecada" obter bons resultados no Troféu Maria Lenk, de 2 a 6 de maio, está entre os objetivos pessoais de Cielo, assim como "bater na borda da piscina e mostrar que fez o que sabe". A competição é classificatória para o Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste, em julho. Para o recordista mundial nos 50 m (20s91) e nos 100 m livre (46s91), o mais importante será nadar melhor do que no ano passado. Em 2016, Cielo marcou 21s91 no cronômetro na prova mais rápida e deu adeus ao sonho olímpico.

"A gente tem uma tomada de tempo na semana que vem, pretendo já estar fazendo tempos mais próximos do que quero no Maria Lenk. Estou me sentindo melhor, estou treinando melhor, estou sentindo meu corpo melhor. No geral, está muito melhor. Até isso se transferir em um resultado melhor é uma coisa diferente. Minha expectativa é nadar perto dos tempos de 2014 (por volta de 21s6)", projeta.

Quem também está otimista é seu orientador. "Eu tenho convicção que as marcas vão cair, ele vai estar melhor do que estava no ano olímpico", disse Albertinho, que tem conduzido a retomada de Cielo e espera contar com a experiência e a sensibilidade do próprio atleta à medida que ele for se sentindo mais confiante.

A boa condição física foi determinante para que Cielo voltasse aos treinos com afinco. O primeiro indício de que não queria deixar as piscinas veio durante o Cesar Cielo Swim Clinic para jovens nadadores em Aracaju, em dezembro. No mês seguinte, passou a treinar sozinho no Centro Olímpico, no Ibirapuera, em São Paulo, em preparação para uma clínica na Argentina com o ex-nadador José Meolans. Após alguns testes e da resposta positiva de seu corpo, o atleta de Santa Bárbara do Oeste não teve mais dúvidas.

"O primeiro dia foi uma desgraça. Achei que estava treinando bem, mas os caras estão em forma, tomei um caldo até das meninas", brinca. "Não queria parar ainda, estava sentindo falta da piscina, sentindo falta do desafio diário. Estou muito satisfeito com a volta esse ano", completa.

Cesar Cielo, que está de olho nos velocistas dos Estados Unidos, evita fazer planos a longo prazo e diz que o cenário será preponderante na decisão de lutar por uma vaga nos Jogos Olímpicos de 2020. "Fechei com Albertinho dois anos para a gente melhorar ou chegar o mais perto possível dos meus melhores tempos. Conseguindo isso até dezembro de 2018, devo pensar em fechar o ciclo olímpico em Tóquio."

Em 120 anos de Olimpíadas, o Brasil conquistou várias medalhas e soma inúmeras histórias curiosas. Desde o primeiro ouro até aqueles que sequer subiram ao pódio, os atletas nacionais viveram momentos marcantes durante todo esse tempo. Nada mais justo que relembrar quem foram os protagonistas das maiores proezas nos jogos defendendo o verde e amarelo. Fizemos uma galeria especial com dez personagens que serão lembrados pela eternidade por seus feitos e desempenhos marcantes. Confira:

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Atual recordista mundial e campeão olímpico em Pequim-2008, Cesar Cielo está fora dos Jogos Olímpicos do Rio. O maior nome da história da natação brasileira ficou no terceiro lugar na final dos 50m livre do Troféu Maria Lenk e, ainda que tenha melhorado seu índice de qualificação, não conseguiu a vaga na Olimpíada. Foi superado por Bruno Fratus e por Ítalo Manzine.

Visivelmente decepcionado após a prova, Cesar Cielo pediu desculpas à torcida, falando para o sistema de som do Estádio Aquático Olímpico. "Vou pedir desculpas para vocês. Fiquei muito aquém do que sei fazer. Não nadei bem hoje (quarta) e é muito difícil estar conversando com vocês do jeito que estou conversando hoje. Bola para frente".

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Depois, chorando, Cielo pediu desculpas aos pais. Ele teve uma péssima temporada no ano passado, retirando-se do Mundial de Kazan (Rússia) por lesão, e, depois, saindo do Torneio Open, primeira seletiva da natação, após ter um resultado ruim nos 100m livre.

Ele chegou a fazer índice para os 100m livre na segunda-feira, mas abriu mão de nadar a final do Maria Lenk, quando poderia melhorar seu índice de qualificação e se garantir na Olimpíada no revezamento 4x100m livre. Cielo, entretanto, preferiu se poupar pensando na prova desta quarta-feira.

Pela manhã, Cielo foi o mais rápido das eliminatórias, com o tempo de 21s99, nona melhor marca do ranking mundial. Superou os 22s08 de Ítalo Manzine no Open e entrou provisoriamente na equipe olímpica.

À tarde, a final atrasou mais de 40 minutos, por conta de uma queda de energia no local. Quando o tiro de largada foi dado, completou no terceiro lugar, com 21s91. Ficou atrás de Bruno Fratus (21s74) e de Ítalo Manzine (21s82), seu desconhecido colega de Minas Tênis Clube, de apenas 24 anos. Mesmo se tivesse repetido seu melhor resultado de 2015 (22s84 no Maria Lenk), não iria ao Rio-2016.

Curiosamente, Cielo fica fora da Olimpíada apesar de ocupar o oitavo lugar do ranking mundial, como um dos nove nadadores a completarem os 50m livre na casa de 21 segundos este ano. Fratus é o quinto, enquanto Ítalo aparece em sexto. O melhor é o francês Florent Manaudou, com 21s42.

Cesar Cielo está oficialmente fora da disputa por uma vaga nos 100m livre nos Jogos Olímpicos do Rio. Atual recordista mundial da prova, ele oficializou à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) a sua desistência de nadar a final do Troféu Maria Lenk, nesta segunda-feira, no Estádio Aquático Olímpico, no Rio.

O balizamento da final, prevista para as 17h30, já aparece sem o nome de Cesar Cielo, que fez o sexto melhor tempo das eliminatórias - o quinto entre os brasileiros. No lugar dele entrou Pedro Spajari, jovem que chegou a bater o recorde do Campeonato Mundial Júnior nos 100m, no ano passado.

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Pela manhã, Cielo até conseguiu a qualificação para os 100m livre, com o tempo de 48s97, ficando 0s02 abaixo do exigido. Repetiu seu melhor resultado de 2015, exatamente no Maria Lenk daquele ano. "Eu não treinei para essa prova", contou ao sair da piscina, safisfeito com o resultado.

Considerando também o Torneio Open, disputado em dezembro, primeira seletiva da natação brasileira para a Olimpíada, Cielo tem o sétimo melhor tempo entre os brasileiros com índice.

Fica atrás de Marcelo Chierighini (48s20), Nicolas Nilo Oliveira (48s30), João de Lucca (48s59), Matheus Santana (48s71), Gabriel Santos (48s89) e Alan Vitória (48s96).

A comissão técnica da CBDA deverá convocar o terceiro e o quarto melhores tempos dos 100m livre para nadar o revezamento 4x100m livre na Olimpíada, já considerando que obrigatoriamente eles têm que cair na piscina para a semifinal ou a final do revezamento, sob risco de eliminação da equipe. Sem nadar a final, Cielo não entra nessa lista.

Mas ele deixou claro que confia que, em se classificado para os 50m livre, poderá ser chamado para nadar o revezamento. "Vou tentar conquistar a vaga na quarta-feira nos 50m e aí, se precisar de mim na hora da Olimpíada, eu vou estar preparado para nadar também no revezamento", disse nesta segunda.

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