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O governo de Pernambuco abriu, nesta quarta-feira (26), uma consulta pública para aferir a opinião da sociedade sobre o decreto estadual que regulamentará o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil. A análise a as contribuições poderão ser dadas na versão preliminar do decreto que disciplinará o tema no âmbito estadual. O texto estará disponível até o dia 10 de maio no site da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE)

De acordo com a gestão, a minuta de decreto foi elaborada pela PGE-PE. Considerada o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), a Lei Federal nº 13.019/14 trouxe avanços na relação de parceria entre a administração pública e as organizações da sociedade civil (OSC), entidades privadas sem fins lucrativos, constituídas como associações, fundações, cooperativas sociais e as organizações religiosas. 

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A lei prevê que as OSC sejam selecionadas por meio de edital de chamamento público, independentemente da exigência de títulos ou certificados, para firmarem termos de fomento, de colaboração ou acordos de cooperação com a administração. A lei entrou em vigor em 23 de janeiro de 2016 para a União, Estados e Distrito Federal. Em relação aos municípios, a vigência se deu a partir de 1º de janeiro de 2017. 

"No âmbito do Estado de Pernambuco, encontra-se em fase de redação final o decreto regulamentador da lei federal, que disciplinará a aplicação da norma pelos órgãos e entidades da administração pública estadual, pelas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, dependentes do Tesouro Estadual. O decreto estadual detalha e dá tratamento jurídico às disposições legais da nova norma", explica a procuradora-chefe-adjunta da Procuradoria de Apoio Jurídico-Legislativo ao Governador, Maria Cristina Tavares de Lira.

Para o procurador-geral do Estado de Pernambuco, César Caúla, é relevante a participação social na elaboração da norma. “Interessante que a própria ideia de se realizar uma consulta pública decorreu de uma provocação da sociedade, em simpósio realizado para divulgação do projeto. O mecanismo adotado permitirá contribuições fundamentadas e objetivas. O diálogo com a sociedade certamente nos trará sugestões, ponderações e críticas que permitirão o aprimoramento do trabalho", afirmou.

Em reunião nesta terça-feira (4), a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa (CCLJ) decidiu que encaminhará um convite ao Procurador Geral do Estado, Antônio César Caúla, para que ele possa dar mais detalhes sobre as medidas adotadas pela gestão estadual em relação ao Presídio de Itaquitinga, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Recentemente, o governador Paulo Câmara (PSB) e o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, confirmaram o rompimento do contrato de Parceria Público Privada (PPP) para a construção e gestão do centro de ressocialização e o Estado assumiu a administração da penitenciária.

Com as obras paralisadas desde 2012, a construção do presídio precisa ser melhor esclarecida de acordo com o líder da oposição e membro da CCLJ, deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB). “Os membros da CCLJ querem ouvir detalhes sobre o processo de caducidade do contrato com a empresa privada responsável pela construção do presídio, e também conhecer a nova modelagem jurídica que irá vigorar após a extinção do modelo de PPP”, cobrou. 

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Integrante da CCLJ e também da bancada oposicionista, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) afirmou que os esclarecimentos do Procurador Geral do Estado podem contribuir para que a Casa Legislativa, e a população, participem da discussão sobre o futuro de Itaquitinga. “O presídio está sob intervenção do Governo há mais de seis meses, quando foi decretado estado de emergência no sistema prisional, mas até hoje não sabemos o que deu de errado em um modelo de PPP que funciona em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo e como o Estado pretende lidar com os prejuízos decorrentes da extinção do contrato”, destacou. A petista citou, ainda, uma dívida de mais de R$ 50 milhões deixada junto aos fornecedores e um empréstimo da ordem de R$ 250 milhões obtido junto ao Banco do Nordeste.

Além dos esclarecimentos de Caúla, Costa Filho reforçou que está mantida a proposta de realização de uma audiência pública sobre Itaquitinga no próprio município neste mês de agosto. “Um equipamento do porte deste presídio tem impactos sobre a vida do município. É importante que as pessoas tenham previsão de quando as obras retornarão à normalidade”, justificou o petebista. 

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