O projeto Usina de Valores, realizado pelo Instituto Vladimir Herzog em parceria com o governo federal, promove no Recife um bate-papo sobre Política, Arte e Memória: Novos tempos, novas expressões. O encontro acontece nesta sexta (24), em Brasília Teimosa, e contará com as presenças de Preta Rara, Beth de Oxum, Diomedes Chinaski e Adelaide Santos.
cada um dos convidados irá compartilhar suas experiências e perspectivas sobre como a cultura pode ser usada como ferramenta política. Os norteadores para o debate serão os cinco valores predefinidos pela iniciativa: Dignidade Humana, Coexistir na Diferença, Escuta Ativa, Bem Viver e Engajamento Político.
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A atividade integra as ações do projeto Usina de Valores, que tem como objetivo promover a cultura de direitos humanos e combater o discurso de ócio. O intuito é engajar as pessoas na construção de uma sociedade democrática e não violenta.
Serviço
Debate com Preta Rara, Beth de Oxum, Diomedes Chinaski e Adelaide Santos
Sexta (24) - 19h
Avenida Brasília Formosa, Brasília Teimosa (Terminal de ônibus de Brasília Teimosa, Buraco da Velha)
As periferias brasileiras nunca viram, ou ouviram, tanta rima boa distribuída nos mais diversos flows. A cena do rap brasileiro só cresce e seus representantes sabem bem como colocar o fermento necessário para tal. Vindos de todas as regiões do país, esses artistas merecem um minuto da sua atenção, e mais: um lugar na sua playlist.
Confira a lista que preparamos de novos rappers brasileiros que você precisa ouvir:
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Zaca de Chagas
Pernambucano, natural da Zona Oeste da Região Metropolitana do Recife, Zaca de Chagas trata sobre os problemas sociais das periferias e a vivência dos jovens negros em suas rimas. Nas plataformas de streaming é possível encontrar alguns de seus trabalhos, como os EPs Desafogo e Roleta Russa Facial.
Branco P9
Branco P9 é veterano na cena. Porém, seu trabalho solo, lançado em 2013 - após sua saída da banda Pavilhão 9 -, vem agradando dos mais antigos aos mais recentes fãs do rap brasileiro.
Rimas & Melodias
Essa cypher só de minas reuniu as MCs Alt Niss, Drik Barbosa, Karol de Souza, Mayra Maldjian, Stefanie, Tássia Reis, Tatiana Bispo. Todas conciliam seus 'trampos' solo com o grupo que rima sobre o empoderamento feminino.
Acria
O grupo pernambucano busca incorporar em seu som a vasta cultura popular local. Em seus shows, é possível dançar coco e break ao mesmo tempo, com b-boys e autênticos 'coquistas', que provam que o rap é tão original daquele solo quanto os demais ritmos. No final de julho, Acria lançou, no Youtube, o EP Salve os imortais cantadores de rua, em seguida, lançou o primeiro clipe deste trabalho.
MC Dellacroix
Provando que rap não tem gênero, cor, classe ou qualquer tipo de distinção, MC Dellacroix vem representando na cena paulista. A travesti rima para ser ouvida, e tem conseguido isso com sucesso. Para ela, não é necessário nenhum "aval de macho pra rimar".
Rincon Sapiência
Rincon Sapiência está na 'correria' desde 2000, mas foi em 2009 que seu nome estourou com o lançamento do single Elegância. Seu rap agrega elementos de música africana, eletrônica, jamaicana e do rock. Em suas letras, ele denuncia a realidade vivenciada nas periferias paulistanas. Em 2017, entrou para a lista da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) dos 50 melhores álbuns da música brasileira com Galanga Livre, seu primeiro disco, além disso, também foi premiado pela mesma entidade, como Artista do Ano.
Diomedes Chinaski
O rapper pernambucano surgiu como uma promessa de renovação do rap brasileiro. Seu primeiro EP Ressentimentos II, lançado no final de 2017, chegou pesado na cena nacional, com samples de MC Troinha, ícone do tecnobrega pernambucano, e Luiz Gonzaga, monstro do forró tradicional. Agora, em setembro deste ano, Chinaski lançou a mixtape Comunista Rico, com rimas influenciadas por Bukowski e estética, segundo o próprio, "experimental".
Lourena
Lourena é mais uma voz feminina que prova, com louvor, que rap também é coisa de mina. Carioca, de família baiana, traz para sua música influências que vão do grupo de rap Quinto Andar, passando por Billie Holliday, até Beyoncé.
Coruja BC1
Gustavo Vinicius, o Coruja, iniciou na música através do repente. Crescido na periferia de Bauru, São Paulo, o rap somou-se às influências tradicionais do menino que enveredou pelo caminho fa música. Suas rimas são contundentes com o objeivo de fazer pensar quem as ouve.
Djonga
O mineiro Djonga entrou para a vida artística através de saraus de poesia. Em 2018, lançou seu primeiro disco, Heresia. O trabalho foi muito recebido pelos 'grandes' do rap, como Mano Brown - que participa de seu clipe Esquimo - e o novato passou pela sua estreia com louvor.
Livia Cruz
A pernambucana radicada em São Paulo é outra forte representante da voz feminina do rap brasileiro. Ela está na 'correria' há pouco mais de uma década e como ela mesmo canta "está pronta".
Yannick Hara
O nome dele é Yannick, mas o músico é Também Conhecido como Afro Samurai. Igualmente assim foi intitulado o primeiro EP deste rapper paulista que, fugindo às temáticas tradicionais do rap, compõe suas músicas inspirado em mangás e animes.
Arrete
Formado pelas MCs ya Juste, Nina Rodrigues e Weedja Lins, do Recife e Jaboatão dos Guararapes, elas também imprimem em suas músicas o empoderamento feminino. O grupo ainda incrementa suas performances com a aprticipação de dancers convidadas para traduzir com os movimentos do corpo toda a potencialidade de suas rimas.