Tópicos | Acria

Reverenciar aqueles que vieram antes abrindo portas e caminhos para as novas gerações, esse é o mote do novo single d’Acria: ‘Boombap’. Na faixa, mestres do Hip Hop nacional e internacional, além de nomes importantes da cultura popular pernambucana, são lembrados em uma espécie de agradecimento e homenagem. A música conta ainda com a participação do rapper Zé Brown, ele próprio um desses mestres que fizeram escola na cena musical de Pernambuco à frente do Faces do Subúrbio e, posteriormente, com seu trabalho solo. 

Esta não é a primeira vez que os rappers pernambucanos se encontram musicalmente. Eles já haviam gravado juntos em 2017, no projeto Cypher D’cria. O que, segundo Filipe Massa Acria, não faz esse novo encontro menos importante. “Acompanho o Face do Subúrbio de miliano, sou fãzaço, e é uma realização muito grande ter ele (Zé Brown) no feat. (sic)”, disse o rapper em entrevista ao LeiaJá. 

##RECOMENDA##

A faixa foi gravada de forma independente, no estúdio de LF Beatmaker, que também assina a produção do trabalho. Reverenciando aqueles que vieram primeiro, a música cita grandes nomes do Hip Hop e da cultura pernambucana como uma espécie de agradecimento pelo abrir de portas. “A proposta é resgatar a raiz do rap, o seu primeiro gênero, o boombap, e falar de quem pavimentou a pista pra gente tá trilhando hoje. Ele (Zé Brown) é um exemplo e eu falo de outros nomes clássicos do hip hop, ele fala de nomes da cultura popular, tem essa homenagem aos dinossauros do Hip Hop nacional e internacional”, comenta Filipe. 

'Boombap' é o primeiro de uma série de lançamentos d’Acria programados para este segundo semestre. Nos próximos, o músico deve aventurar-se em outras vertentes do rap como o drill. A faixa já está disponível em todas as plataformas de streaming.  

 

Na próxima sexta (10), artistas locais de diferentes gerações do Rap e do Trap estarão juntos no ‘Hip Hop - O Quinto Elemento’. O evento tem como objetivo promover um levante pela solidariedade, sendo assim, vai arrecadar donativos que serão destinados a dois projetos sociais: Gelateca Cultural e Coletivo Boca no Trombone. A festa acontece na Rota do Marujo, localizado no Bairro do Recife, a partir das 19h.    

Em sua segunda edição, O Quinto Elemento segue na missão de ocupar espaços da cidade com muita música, rima e solidariedade. Através desses instrumentos, os artistas participantes da ação buscam ajudar ao próximo com a arrecadação de donativos como alimentos não perecíveis, roupas e itens de higiene pessoal e limpeza. Dessa vez, serão contemplados os projetos Gelateca Cultural e Coletivo Boca no Trombone. 

##RECOMENDA##

Na line do evento estão nomes de diferentes gerações do Hip Hop pernambucano como Tiger, Poema Liricista, Acria, Raffa Santos, Terror do Rap, Bianca Neres, Milla Barbosa, Drik, DJBdrill, Sake e Paranoiaprod. A iniciativa é fruto de um processo colaborativo entre pequenos empreendedores e agentes da cultura locais como 232 Studio, Rota do Marujo e Rock na Calçada. 

Serviço

Hip Hop - O Quinto Elemento

Sexta (10) - 19h

Rota do Marujo - Rua da Moeda - Bairro do Recife

Doações de alimentos não perecíveis, roupas e produtos de higiene e limpeza

No movimento de retomada dos shows e eventos, o rap e trap pernambucanos começam a voltar para a rua. Neste sábado (13), o Baile dos Cria reúne alguns dos representantes dessas cenas como Planeta Máfia, Milla e Acria. A festa acontece em Olinda e os ingressos já estão à venda.

Voltando à ativa, dentro dos protocolos de segurança ainda necessários, os artistas do segmento estão se juntando para reencontrar seu público. A festa vai contar com apresentações do anfitrião, Acria, além de Planeta Máfia, Mucao, Deox e Milla. Entre um e outro os DJs WL e Tarta Move dividem a discotecagem. 

##RECOMENDA##

O Baile dos Cria acontece neste sábado (13), a partir das 20h, no Salve! House, localizada no bairro do Varadouro, em Olinda. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos pela internet, através do site Sympla. 

Serviço

Baile dos Cria

Sábado (13) - 20h

Salve! House (Av. Olinda, 224 - Santa Tereza - Olinda)

R$ 10

 

O ano é 2021. Uma pandemia de medidas globais que assola o planeta se aproxima de seu segundo aniversário, enquanto em diferentes países do mundo a miséria, violência e até a fome voltam a se instalar com força assustadora. Diante desse contexto, o crescimento na venda de livros e nas assinaturas de serviços de streaming de música e filmes, além de outras plataformas digitais que compartilham arte e cultura, nos provaram o que muitos de nós já sabíamos: elas são de extrema importância para a sobrevivência humana. 

Porém, para consumirmos arte precisamos de pessoas para produzi-la. E pode parecer impensável criar coisas bonitas e que promovam alguma reflexão, ou até abstração, em meio a tamanho caos. Sobretudo no Brasil, onde equipamentos culturais simplesmente pegam fogo - como a Cinemateca Brasileira, consumida por um incêndio em julho deste ano após vários alertas ignorados pelo governo federal -, ao passo que a própria Agência Nacional de Cinema (Ancine) enfrenta uma crise interna que impossibilita o lançamento de novas produções.

##RECOMENDA##

LeiaJá também

--> Como a pandemia impactou a cultura no último ano

--> Contra as expectativas, literatura viveu um 'boom' na pandemia

Isso sem contar, ainda, a extinção do Ministério da Cultura, promovida em 2018 pelo governo Bolsonaro, que deu lugar a uma secretaria especial cujo responsável, atualmente o ex-ator Mário Frias, costuma envolver-se em polêmicas por falas racistas e transfóbicas, além de se opor à propostas de fomento à cultura, como o projeto de lei Paulo Gustavo que pretende repassar mais de R$ 4 bilhões para o setor cultural brasileiro. Um dos poucos auxílios pensados durante a pandemia em função da classe artística, que foi duramente atingida pela crise que se instaurou

Apesar de ser possível enumerar muitos outros fatores que ilustram a desvalorização e desmonte da cultura brasileira, nesta terça (24), data em que é celebrado o Dia dos Artistas, o que a classe quer mesmo é comemorar. Kika Farias é atriz, arte educadora, contadora de histórias e produtora, com trabalhos na televisão, cinema e teatro. Para ela, celebrar os artistas e sua capacidade de resiliência e resistência é fundamental nesse momento delicado, porém, com uma ressalva. “A gente tem sim que comemorar a existência deles (artistas), porque se não fosse por causa deles o que seria da nossa pandemia, né? É de se tirar o chapéu para meus companheiros e companheiras de trabalho, porque é por causa deles que eu me inspiro para continuar. A gente tem que comemorar, mas com sabedoria. Vamos comemorar, mas vamos lutar pelos nossos direitos, por políticas públicas que incentivam a cultura e a educação nas escolas, na comunidade, na sociedade”, disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

Após um período sem subir ao palco, em função dos protocolos de segurança da pandemia, Kika voltou a se encontrar com a plateia em meados deste mês de agosto, para uma sessão única do espetáculo Lendas Nordestinas, contemplado pelo edital de ocupação do Teatro Fernando Santa Cruz, localizado no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda (PE).

A atriz  fala sobre a importância de iniciativas como essa, que possibilitam a circulação da arte, carente não só de incentivo como também de locais para acontecer. “Tenho percebido falta de espaços, falta de incentivo da prefeitura, do Governo do Estado para realização de eventos, editais - a gente só teve até agora (em Pernambuco) o Funcultura e a Aldir Blanc, é muito pouco pra quantidade de artistas que a gente tem aqui. Temos que fazer com que eles se apresentem e o público assista. A gente tem que buscar o caminho das políticas públicas pra gente poder resguardar nossa memória”. 

Kika se diz uma “funcionária do público” e revela ser um verdadeiro “malabarismo” conciliar o trabalho duro com as questões subjetivas do fazer artístico, parte ‘do espetáculo’ que o público muitas vezes ignora. “Acho que as pessoas que estão muito de fora não percebem o quanto o artista trabalha pra se apresentar durante meia hora. Elas não conhecem esse dia a dia, eles acham que artista é tudo ‘estrela’ e outra coisa, se não tiver na Globo você não é artista”, diz em referência a uma certa romantização e até mesmo estereotipação dos profissionais da arte.   

Tais questões, a atriz aponta como peças de uma engrenagem que, não à toa, teima em girar para o lado oposto do ideal da cultura, que costuma expandir horizontes. “Isso também é uma estratégia política de desmobilização dos artistas. A gente tá diante de um momento pandêmico que é único e com esse governo que tá aí, existe um desmonte da arte de da cultura porque é muito mais fácil manipular um povo sem cultura, sem educação. Isso é estratégia para deixar o povo à margem, isolado, porque a arte une. Você vai para uma brincadeira de ciranda, você segura na mão do outro, cavalo marinho, teatro, música, tudo é coletivo e é ali na união e na troca que a gente se fortalece. Isso é uma estratégia política de colocar a cultura do medo, isolar as pessoas e deixá-las ignorantes. Prato cheio para a manipulação”. 

Arte na coletividade

É também na tentativa de promover a união que o músico Filipe Massa vem pautando o seu fazer artístico. Na estrada há cerca de 20 anos, sendo metade deles à frente d'ACRIA, o músico vem transformando as dificuldades do ofício em oportunidade. “Quando eu comecei, a gente tinha que estourar numa rádio, alguém tinha que ver a gente, eu não sabia nem que caminho seguir, era sempre ‘alguém vai achar’ e hoje não. Hoje você tem um PC, uma placa, um microfone, uma câmera, você grava uma música, grava um videoclipe, você mesmo entra num site de distribuição e distribui, então é mais tranquilo e é até mais divertido produzir, porque você já sabe qual o caminho seguir”. 

Para trilhar esse caminho, o rapper busca produtores, beatmakers e outros artistas que estão no mesmo ‘corre' que ele, assim, o trajeto é compartilhado e acaba transformando-se numa corrente em que todos se apóiam. Seguindo essa lógica, durante a pandemia, Massa deu início a um projeto de lives em seu Instagram, o Live D’Cria, que traz diversos nomes do movimento Hip-Hop para lançamentos de trabalhos e troca de ideias; um espaço para dar visibilidade e “agregar” pessoas, como ele próprio coloca. A resposta do público tem sido positiva e ele já estuda novos formatos para futuras edições, com música ao vivo além do bate papo. 

A expertise de bancar sua arte de forma independente Filipe conquistou na própria lida. As dificuldades passam pelos poucos editais de fomento disponíveis e pela disparidade de pagamentos entre artistas locais e nacionais, com o agravante de que tais iniciativas também não contemplam o rap de forma adequada: “Em vários editais que eu já me inscrevi não tem o rap, então você se inscreve como MPB e quase nunca eles se referem ao rap, que é a música do movimento Hip Hop. A gente percebe que não tem uma atualização dos órgãos públicos”. A observação de Massa ilustra um certo despreparo daqueles colocados a serviço da promoção da cultura no poder público, Diante tais limitações, o rapper garante que é preferível se ‘jogar’ a depender de auxílios como esses. “Resumindo, não se deve esperar por esses órgãos e patrocinadores não. Tem que fazer seu corre e isso aí seria uma bonificação quando rolasse”. 

Acostumado a fazer da adversidade combustível para sua música, Filipe vê na dureza do momento atual um estímulo para realizar cada vez mais. Disposição  e coragem parecem não faltar a este artista. “A arte nunca fez tanto sentido, se fez eu não vivenciei. É tempo de se questionar, essa doença (Covid-19) não ataca só o corpo, ela ataca toda uma estrutura de saúde e também toda uma falta de educação. É uma doença que a gente tem que pensar no próximo, o brasileiro não pensa no próximo, então seria o momento perfeito pra mudar isso. Ao mesmo tempo que eu sinto tantas mortes, eu vejo como o momento certo pra mudar pra melhor, não aceitar mais as coisas que impedem a gente de cresce. É o momento que o rap de mensagem mais faz sentido, a gente tem motivos reais, sempre tivemos, mas temos motivos mais fortes ainda para cantar mais alto, fazer poesia protestando”. 

[@#video#@]

Melhores tons

Dedicado às artes plásticas desde 1995, Roberto Ploeg conhece bem todos os melindres pertinentes à vida dos artistas brasileiros. Ele diz não ver “grandes mudanças” nas dificuldades pertinentes à profissão desde quando começou, mas prefere não ater-se a esse tema. Durante conversa com esta repórter, ele preferiu apontar algumas diferenças significativas que vêm sendo promovidas na área pela nova geração. 

Ploeg vê com bons olhos o espírito aguerrido e repleto de independência da nova safra de artistas plásticos da cena pernambucana. Jovens que não esperam por oportunidades, preferindo criá-las para reverter eventuais obstáculos, como a existência de poucos espaços para expor, por exemplo. “Tem iniciativas novas, alternativas de grupos que se formam e que não dependem dessas galerias institucionalizadas. A juventude não espera o ingresso nessas galerias mais conhecidas e faz seus próprios espaços, o bom é isso”. Ele cita uma delas, já extinta, porém. “Em Olinda, um lugar interessante e infelizmente não perceberam o valor disso, foi A Casa do Cachorro Preto. O que se viu ali em relação às artes visuais era muito interessante e agora abriu no Mercado Eufrásio Barbosa novos espaços que também vão dar um pouco mais de presença das artes visuais em Olinda”.

O artista também festeja o crescimento do número de mulheres artistas, que vêm atuando “na cena artística com muito vigor”, e a possibilidade de uma maior democratização da arte, a partir da exploração de plataformas alternativas - entre elas a própria rua, as redes sociais e, por que não, os corpos humanos -,  o que acaba por derrubar o estigma de que as artes plásticas seriam exclusividade de uma determinada classe mais privilegiada.  “Você tem a urban art, ou o grafite, as paredes que estão sendo apropriadas por artistas. Isso torna a visão sobre a produção visual artística mais democratizada. Também tem outros suportes, que não só a tela, hoje em dia você tem muito artista que é também tatuador e tem várias tendências de tatuagem autoral que são verdadeiras expressões artísticas. Essas peles circulam e fazem questão de serem vistas. As artes visuais estão presentes além dos muros e das paredes de galerias e museus”. 

Arte: instrumento de poder

Apesar de parecerem tão diferentes, esses três artistas demonstram uma grande semelhança: o espírito aguerrido. Peças fundamentais para o desenvolvimento da sociedade, eles são também exemplo de dedicação, perseverança e força de vontade. Elementos que corroboram com um poder único pertinente à arte e que faz dela ferramenta de educação, representatividade e fortalecimento. 

Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

 

Em 2021, o aniversário do Recife e de Olinda será diferente. Com altos números de mortes e infectados pelo novo coronavírus, não será possível fazer festa, cortar bolo, ou celebrar naquele ponto preferido de cada uma das cidades. Mas, nem por isso, a data passará em branco. O LeiaJá preparou uma playlist especial de aniversário, para festejar em casa, garantindo a própria segurança e, consequentemente, a dos demais moradores das cidades-irmãs. 

Parabéns, Recife, pelos 484 anos!

##RECOMENDA##

Parabéns, Olinda, pelos 486 anos!

Dá o play e comemore!

LeiaJá também

--> Uma 'loa' especial para o aniversário do Recife e Olinda

Minha Cidade - Menina dos Olhos do Mar - Lenine

Uma verdadeira declaração de amor à capital pernambucana - que é banhada pelas águas dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió e do oceano Atlântico -, cantada pelo 'Galego' Lenine.

Recife Minha Cidade - Reginaldo Rossi 

Aqui, várias belezas do Recife e parte de sua história são cantadas pelo eterno Rei do Brega - falecido em 2013 -, Reginaldo Rossi; que levou o nome e a cultura de sua cidade para os quatro cantos do Brasil com o seu trabalho. 

Visse - Gustavo Pontual

Quem é do Recife tem um vocabulário todo particular. ‘Visse’ é uma das expressões mais usadas por essas bandas e o rapper Gustavo Pontual traz um pouco desse 'pernambuquês',  e do orgulho do sotaque, nessa faixa. 

Cerca de Prédio - Karina Buhr

Recife é uma das maiores metrópoles do Nordeste. O crescimento da cidade é visível em seus altos prédios que ‘disputam’ espaço com o casario antigo, em algumas regiões, e com a paisagem natural, em outras. O tema é mote para essa música de Karina Buhr. 

Reciferia - Acria

As diferentes tradições e culturas do Recife se fundem nessa faixa d’Acria. A música também tem um videoclipe com imagens de diversos pontos da cidade. 

Alto do Bonsucesso - Marcelo Cavalcante

Um pedacinho um pouco menos festejado de Olinda, o bairro do Bonsucesso, é protagonista nesse frevinho maroto do pernambucano Marcelo Cavalcante

Olinda - Alessandra Leão

O samba também tem vez na terra do frevo. A canção de Alessandra Leão celebra Olinda desde o título até o último refrão. 

Pra Brincar o Carnaval - Juba

Olinda e Carnaval são praticamente sinônimos. A festa que tem a cara da cidade é o tema desta canção.

Vem pra Olinda - Aurinha do Coco

O coco é uma das tradições mais fortes da cidade de Olinda. Uma de suas maiores mestras, Aurinha do Coco, não poderia ficar de fora dessa playlist. 

Conta que eu vou cantar- Combo X

Nascida em Peixinhos, bairro da periferia olindense, a Combo X também traz a cidade em sua obra. Nessa faixa, é o povo de Olinda quem recebe a homenagem. 

Nesta quinta (12), Olinda celebra seus 485 anos de história. A cidade, intitulada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade e Primeira Capital Cultural do país, é famosa por suas belezas arquitetônicas e culturais, sua personalidade artística e, claro, pelo seu Carnaval. nada mais justo, então, do que comemorar esse aniversário com muita música. Por isso, o LeiaJá decidiu fazer a playlist da festa com algumas canções que são a cara de Olinda. Dá o play e comemore. 

Guia de Olinda - Eddie

##RECOMENDA##

A banda Eddie é conhecida por levar o estilo olindense, ou melhor, o “Original Olinda Style”, aos quatro cantos do mundo. Essa música, na verdade de um grande músico filho da cidade e parceiro do grupo, Erasto Vasconcelos, é literalmente um guia da cidade, e conduz o visitante pelos cantos mais legais  de Olinda. 

Olinda Cidade Eterna - Capiba

O imortal do frevo, Capiba, também deu sua contribuição para eternizar Olinda em música. Nesta canção, a cidade aparece solar e divertida, mas com uma aura de eternidade e lirismo, aquela que fica marcada em todo visitante do lugar. 

Papel Crepon - Erasto Vasconcelos

Outro ‘frevinho’ que tão bem ilustra a personalidade de Olinda. preparar-se para o Carnaval é uma das especialidades da cidade. As prévias, tão famosas e disputadas, são uma festa à parte. Aqui, quem se prepara para viver o Carnaval é Maria, que ganha uma fantasia para sambar. 

Me segura senão eu caio - Alceu Valença

É meio-dia de uma Segunda-Feira de Carnaval, qual seria o melhor lugar possível de se estar no planeta Terra? Ladeiras de Olinda, obviamente. Alceu Valença, o responsável por abrir a festa de Momo na cidade todos os anos, entende muito bem isso e a prova é essa canção. 

Não Há Silêncio - Afoxé Oxum Pandá

Em Olinda, existem vários afoxés. O ritmo é apenas um dos responsáveis pela pluralidade cultural da cidade e também representa o perfeito casamento entre sagrado e profano que ali há. 

O samba chegou - Bonsucesso Samba Clube

O Bonsucesso Samba Clube é nascido e criado em Olinda e traz até um dos bairros olindenses em seu nome. O groove da banda tem tudo a ver com o ritmo da cidade, que com suas ladeiras deixa as pernas de qualquer um “bambas” e que nos oferece aquela alegria que é de graça, como conta essa canção. 

Mestres da Cultura - Aurinha do Coco

Olinda também é berço de coco e lá vivem várias mestras e mestres do tradicional ritmo. As sambadas que acontecem, em diversos pontos da cidade, reúnem além dos moradores, gente vinda de outras cidades e até outros países. Aqui, dona Aurinha, reverencia grandes nomes dessa e de outras tradições que, assim como ela, são mestres. 

Conta que eu vou cantar - Etnia

Nascida em Peixinhos, bairro da periferia olindense,  a Etnia é uma das remanescentes do movimento mangue. Essa faixa é capaz de ilustrar a disposição do povo de Olinda, brasileiros que estão no ‘corre’, atrás de dias melhores, trabalhando muito a despeito das dificuldades. 

29 de Junho - Bongar

O Bongar é outro representante de Olinda que leva a cultura da cidade pro resto do país e do mundo. Aqui, o grupo conta e canta sobre uma tradicional festa que acontece na comunidade Xambá, o primeiro quilombo urbano do Brasil. 

Samba do bem - Acria

O rap também tem vez em Olinda e Samba do Bem narra bem como os moradores de Olinda, e seus visitantes, conseguem se divertir e conviver na cidade,  naquele ritmo particular que só Olinda tem. 

 

As periferias brasileiras nunca viram, ou ouviram, tanta rima boa distribuída nos mais diversos flows. A cena do rap brasileiro só cresce e seus representantes sabem bem como colocar o fermento necessário para tal. Vindos de todas as regiões do país, esses artistas merecem um minuto da sua atenção, e mais: um lugar na sua playlist. 

Confira a lista que preparamos de novos rappers brasileiros que você precisa ouvir:

##RECOMENDA##

 Zaca de Chagas

Pernambucano, natural da Zona Oeste da Região Metropolitana do Recife, Zaca de Chagas trata sobre os problemas sociais das periferias e a vivência dos jovens negros em suas rimas. Nas plataformas de streaming é possível encontrar alguns de seus trabalhos, como os EPs Desafogo e Roleta Russa Facial.


Branco P9

Branco P9 é veterano na cena. Porém, seu trabalho solo, lançado em 2013 - após sua saída da banda Pavilhão 9 -, vem agradando dos mais antigos aos mais recentes fãs do rap brasileiro. 


Rimas & Melodias

Essa cypher só de minas reuniu as MCs Alt Niss, Drik Barbosa, Karol de Souza, Mayra Maldjian, Stefanie, Tássia Reis, Tatiana Bispo. Todas conciliam seus 'trampos' solo com o grupo que rima sobre o empoderamento feminino. 


Acria

O grupo pernambucano busca incorporar em seu som a vasta cultura popular local. Em seus shows, é possível dançar coco e break ao mesmo tempo, com b-boys e autênticos 'coquistas', que provam que o rap é tão original daquele solo quanto os demais ritmos. No final de julho, Acria lançou, no Youtube, o EP Salve os imortais cantadores de rua, em seguida, lançou o primeiro clipe deste trabalho. 



MC Dellacroix

Provando que rap não tem gênero, cor, classe ou qualquer tipo de distinção, MC Dellacroix vem representando na cena paulista. A travesti rima para ser ouvida, e tem conseguido isso com sucesso. Para ela, não é necessário nenhum "aval de macho pra rimar".


Rincon Sapiência

Rincon Sapiência está na 'correria' desde 2000, mas foi em 2009 que seu nome estourou com o lançamento do single Elegância. Seu rap agrega elementos de música africana, eletrônica, jamaicana e do rock. Em suas letras, ele denuncia a realidade vivenciada nas periferias paulistanas. Em 2017, entrou para a lista da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) dos 50 melhores álbuns da música brasileira com Galanga Livre, seu primeiro disco, além disso, também foi premiado pela mesma entidade, como Artista do Ano. 


 Diomedes Chinaski

O rapper pernambucano surgiu como uma promessa de renovação do rap brasileiro. Seu primeiro EP Ressentimentos II, lançado no final de 2017, chegou pesado na cena nacional, com samples de MC Troinha, ícone do tecnobrega pernambucano, e Luiz Gonzaga, monstro do forró tradicional. Agora, em setembro deste ano, Chinaski lançou a mixtape Comunista Rico, com rimas influenciadas por Bukowski e estética, segundo o próprio, "experimental". 


Lourena

Lourena é mais uma voz feminina que prova, com louvor, que rap também é coisa de mina. Carioca, de família baiana, traz para sua música influências que vão do grupo de rap Quinto Andar, passando por Billie Holliday, até Beyoncé. 

 

Coruja BC1

Gustavo Vinicius, o Coruja, iniciou na música através do repente. Crescido na periferia de Bauru, São Paulo, o rap somou-se às influências tradicionais do menino que enveredou pelo caminho fa música. Suas rimas são contundentes com o objeivo de fazer pensar quem as ouve. 


Djonga

O mineiro Djonga entrou para a vida artística através de saraus de poesia. Em 2018, lançou seu primeiro disco, Heresia. O trabalho foi muito recebido pelos 'grandes' do rap, como Mano Brown - que participa de seu clipe Esquimo - e o novato passou pela sua estreia com louvor. 


Livia Cruz

A pernambucana radicada em São Paulo é outra forte representante da voz feminina do rap brasileiro. Ela está na 'correria' há pouco mais de uma década e como ela mesmo canta "está pronta". 

 

Yannick Hara

O nome dele é Yannick, mas o músico é Também Conhecido como Afro Samurai. Igualmente assim foi intitulado o primeiro EP deste rapper paulista que, fugindo às temáticas tradicionais do rap, compõe suas músicas inspirado em mangás e animes. 

Arrete

 Formado pelas MCs ya Juste, Nina Rodrigues e Weedja Lins, do Recife e Jaboatão dos Guararapes, elas também imprimem em suas músicas o empoderamento feminino. O grupo ainda incrementa suas performances com a aprticipação de dancers convidadas para traduzir com os movimentos do corpo toda a potencialidade de suas rimas.  

[@#relacionadas#@]

O rap e o coco, tradicional ritmo da cultura popular pernambucana, podem parecer muito distintos, mas eles se combinam de maneira na música do grupo ACRIA. Isso pode ser comprovado no novo clipe do grupo, lançado nesta quarta (19), Reciferia. 

A música começa com um sampler de Dona Cila do Coco, cantando um convite: "Se não conhece o Recife, venha que eu vou lhe mostrar". Nada melhor para ilustrar a ideia do grupo, mostrar sua "vivência", como explicou em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o rapper Filipe Massa: "O rap tá em um momento em que o pessoal meio que tá esquecendo o que tem aqui de alicerce. ACRIA tem esse lance do regional, daí vem dessa necessidade de falar da gente, de quem veio antes da gente, da vivência da gente, Recife e Olinda também". 

##RECOMENDA##

Reciferia é uma das quatro músicas do  recém lançado EP d'ACRIA, Salve os Imortais Cantadores de Rua, disponível no YouTube e, em breve, em outras plataformas digitais. As outras faixas do EP deverão ganhar videoclipe em breve. 

[@#relacionadas#@]

Lançado na última terça-feira (25) no Youtube, ‘Cypher D’Cria volume 1’ reúne vários nomes do rap pernambucano. De iniciativa do músico Felipe Massa (ACRIA), o projeto tem o objetivo de reunir rappers de distintas gerações e fortalecer a cena em Pernambuco. O vídeo reúne nomes como Zé Brown, ACRIA, JoãoZim, Chipan e Maggo MC.

“O projeto é totalmente independente e a ideia surgiu entre os anos de 2010 e 2011, quando tínhamos o projeto ‘Acria nas entocas’. Queria voltar com ele, mas foi aí que surgiu a ideia de fazer o Cypher”, explica Felipe. O músico ressalta que alguns parceiros do rap estão fora do circuito fonográfico e de shows, assim, o projeto também promove visibilidade e resgate destes nomes.

##RECOMENDA##

Ao todo, serão 10 vídeos que trará novos nomes e vai estender para outras expressões, como a poesia, grafite e skate. O volume dois tem previsão de estreia no final de agosto deste ano. “Após o lançamento do 10° vídeo do 'Cypher D’Cria', pretendemos transformar todo o material em um DVD com fotos, informações exclusivas e making of”, conta.

[@#video#@]

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando