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O chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Amaral, durante coletiva de imprensa realizada para contar detalhes de como foi a morte da estudante Remís Carla, que foi asfixiada pelo namorado Paulo César de Oliveira, disse que Remís foi ao encontro da morte. A declaração faz referência ao fato de que a própria jovem, anteriormente à tragédia, já tinha prestado queixa contra Paulo, inclusive requerido uma medida protetiva de afastamento, que foi deferida pela Justiça no último dia 6 de dezembro. 

“Vai uma alerta para as mulheres, quando uma mulher comparece a uma delegacia, presta uma queixa e é decretado o afastamento, em hipótese alguma ela deve se aproximar do autor ainda que o autor não tenha sido notificado como foi o caso. Essa precaução deve ser adotada porque ela foi ao encontro da morte, infelizmente”, alertou Joselito. 

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O pedreiro Paulo César não chegou a ser notificado da medida protetiva porque não foi encontrado pela Justiça na época, mas o delegado ressaltou que Remís tinha ciência. “Ela tinha ciência, eu tenho o requerimento dela. Ela tinha ciência de que o pedido dela fora acatado. A medida de afastamento era para que ele não se aproxime dela, mas se encontraram no dia 15”, disse o delegado. 

“Ela tinha ciência de que o pedido dela fora acatado. Isso é um fato relevante, que deve ser retratado para que as mulheres, em uma situação dessas onde ela tem a ciência de que o afastamento foi decretado, não vá ao encontro. Se ele convidou e ela foi, ela foi ao encontro da morte”, reiterou.

Durante a realização do concurso do Miss Peru 2018, no último domiingo (29), as candidatas ao título de mulher mais bonita do país realizaram um ato contra a violência de gênero e o feminicídio ocorridos no país. O evento foi marcado pelo tom político com mensagens de empoderamento e denuncias de crimes contra a mulher.

Na apresentação individual, momento no qual são reveladas as medidas do corpo, cada representante apresentou dados de assassinatos e agressões no país. "Meu nome é Camila Canicoba e represento o departamento de Lima. Minhas medidas são 2.202 casos de feminicídio registrados nos últimos nove anos no meu país”, disse uma das candidatas. “Sou Diana Rengifo, de Ucayli, e mais de 300 mulheres em meu departamento são agredidas física e psicologicamente”, anunciou outra.

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Na etapa de perguntas e respostas, a temática voltou ao centro do debate. Nas redes sociais o assunto chegou a ser o mais comentado no Twitter do Peru e a hashtag #MisMedidasSon chegou a liderar no micro-blog. Confira o vídeo:

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