O deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE), presidente da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara, faltou ao enterro do pai para presidir uma sessão da comissão que debateu sobre o Projeto de lei que visa vetar a união entre pessoas do mesmo sexo, nessa terça-feira (19).
A informação foi inicialmente divulgada pelo deputado federal Pastor Eurico (PL-PE), aliado do parlamentar, e posteriormente confirmada por Rodolfo em uma entrevista à Rádio Itatiaia. O pai de Fernando, Carlos Fernando dos Santos, de 67 anos, morreu na manhã da segunda-feira (18), em Garanhuns, no Agreste pernambucano, vítima de um câncer.
##RECOMENDA##O falecimento do pai do deputado se tornou um assunto em evidência após a repercussão do comentário do pastor. Durante a sessão, todos os parlamentares que tomaram a palavra prestaram suas condolências ao deputado. O funeral estava agendado para a terça-feira (19), enquanto o debate acontecia em Brasília. Por Fernando Rodolfo ser da ala conservadora e contrário à união homoafetiva - ou seja, a favor do projeto -, a repercussão negativa se deu pela possibilidade do parlamentar priorizar a pauta mesmo diante de uma perda familiar.
O LeiaJá buscou a assessoria de Fernando Rodolfo, que disse não possuir nota sobre o assunto, por se tratar de um momento íntimo ao deputado e de uma decisão pessoal. No entanto, a equipe esclareceu que Rodolfo acompanhou o pai durante os últimos dias enfrentando a doença, e que o legislador também participou do velório de Carlos Fernando, ainda na segunda-feira (18).
Votação do projeto foi adiada
Nessa terça-feira (19), a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara adiou pela terceira vez a votação do PL que visa proibir o casamento homoafetivo no Brasil. A sessão foi marcada pela presença de lideranças do movimento LGBTQIAPN+ e pelo bate-boca entre parlamentares da base do governo e políticos da extrema direita.
A proposta tem como objetivo estabelecer que a união entre casais do mesmo sexo não seja reconhecida como casamento ou entidade familiar. Caso aprovada, a decisão não anula uniões já oficializadas.