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A atriz britânica Kate Winslet será homenageada com o Tribute Actor Award no Festival Internacional de Cinema de Toronto, anunciaram os organizadores nesta quinta-feira (16).

O Toronto International Film Festival ou TIFF será realizado virtualmente no dia 15 de setembro. O maior evento do gênero na América do Norte será reduzido pela metade, devido à pandemia.

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"A presença brilhante e comovente de Kate nas telas continua a cativar, divertir e inspirar o público e os atores", disse Joana Vicente, diretora-executiva e codiretora do TIFF.

Desde seu primeiro filme, "Heavenly Creatures" (Amizades sem limites), que a ajudou a lançá-la ao estrelato, "Mildred Pierce"(Alma em Suplício), "The Reader"(O Leitor) e seu inesquecível trabalho em "Titanic", a presença de Winslet na tela é tão poderosa e corajosa quanto as mulheres que ela escolhe representar", disse Vicente.

Winslet, que ganhou o Oscar de melhor atriz em 2009 por seu papel em "O Leitor", é "uma das melhores e mais respeitadas atrizes de sua geração", concluiu Vicente.

O Tribute Award é concedido a atores, diretores e outros profissionais do cinema por suas contribuições excepcionais à indústria.

Devido ao coronavírus, a 45ª edição do TIFF ocorrerá de 10 a 19 de setembro em um formato híbrido que combinará eventos presenciais e virtuais.

"Jojo Rabbit" conquistou neste domingo (15) o Toronto People's Choice Award, principal prêmio do festival internacional de cinema, uma recompensa que põe o filme em uma posição confortável na disputa do Oscar.

O longa, do diretor neozelandês Taika Waititi ("Thor: Ragnarok"), se passa durante a Segunda Guerra Mundial e conta a história de um menino alemão que tem Adolf Hitler como amigo imaginário.

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Considerado uma "sátira contra o ódio", o filme descreve como o jovem, membro da Juventude Hitlerista e aficionado dos uniformes nazistas e da queima de livros, descobre que sua mãe (Scarlett Johansson) está escondendo uma menina judia no sótão da sua casa.

"Jojo Rabbit" desbancou "Marriage Story", também protagonizado por Johansson, e o ganhador da Palma de Ouro em Cannes, "Parasite", do diretor sul-coreano Bong Joon-ho.

O Toronto People's Choice Award, totalmente decidido pelos votos do público do festival, tem um histórico sólido de prever os filmes que farão sucesso no Oscar.

Os últimos sete vencedores em Toronto foram indicados na categoria Melhor Filme nos prêmios da Academia, e dois deles ganharam o Oscar, incluindo "Green Book", o surpreendente vencedor de 2018.

Outros exemplos de filmes ganhadores do Oscar que iniciaram sua trajetória de sucesso vencendo o Festival de Toronto foram "12 anos de escravidão" (2013), "O discurso do rei" (2010) e "Quero ser um Milionário" (2008).

"Jojo Rabbit" recebeu críticas desencontradas após sua estreia mundial na mostra canadense.

A revista especializada The Hollywood Reporter advertiu que a abordagem caricatural da Alemanha nazista "não se vê bem à medida que as coisas se aprofundam e avançam", enquanto a Variety a qualificou como uma "comédia nazista inconformista para se sentir bem.

Mas os estúdios Fox Searchlight, agora de propriedade da Disney, espera que este sucesso em Toronto ajude o filme a seguir os passos de "Green Book".

O Festival Internacional de Cinema de Toronto é o maior da América do Norte. Este ano, apresentou mais de 300 filmes de 84 países, incluindo 133 estreias mundiais.

Quebrando a tradição dos anos anteriores, os prêmios de 2019 foram anunciados pela Internet.

Na segunda-feira foi celebrada a primeira festa de gala beneficente da história do festival, na qual foram concedidos prêmios especiais à trajetória cinematográfica.

Meryl Streep, que atualmente promove o thriller "The Laundromat", da Netflix, sobre os Panama Papers, foi premiada por sua trajetória como atriz.

Joaquin Phoenix, protagonista de "Coringa", que fez sua estreia mundial no mesmo dia na mostra de Toronto, obteve o mesmo prêmio na categoria masculina.

Taika Waititi ("Jojo Rabbit") recebeu o prêmio de melhor diretor, enquanto um novo prêmio que contempla os jovens talentos femininos foi para a cineasta francesa Mati Diop ("Atlantics").

O Festival de Toronto chega à sua quadragésima edição consolidado como uma das primeiras prévias do que poderá ser visto na disputa pelo Oscar. Vencedores recentes da estatueta de "Melhor Filme" na premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas hollywoodiana também foram premiados no evento canadense.

Em 2009, "Quem quer ser um Milionário" foi a película aclamada pelo público do festival, sendo posteriormente vencedora do Oscar em 2010. O longa "O Discurso do Rei" seguiu o mesmo caminho, faturando o prêmio da Academia em 2011, após vencer Toronto, trajetória também comum ao filme "12 anos de escravidão". Em 2014, "O Jogo da Imitação", que disputou o Oscar de melhor filme, foi o preferido do Festival.

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Em 2015, os holofotes da sétima arte se voltam para Toronto dentre os dias 10 e 20 de setembro. Na lista dos filmes que serão apresentados, alguns dos mais aguardados do ano  e que possivelmente figurarão na corrida rumo ao Oscar como "Perdido em Marte", dirigido por Ridley Scott e protagonizado Matt Damon, "Demolition", de Jean-Marc Vallée's, com Jake Gyllenhaal e Naomi Watts, e "Freeheld", novo drama com Julianne Moore e que ainda conta com Ellen Page no elenco. 

Confira abaixo a lista completa dos filmes selecionados pelo Festival de Toronto deste ano. 

Sessões de Gala

Beeba Boys, dir. Deepa Mehta, Canadá
Forsaken, dir. Jon Cassar,  Canadá
Freeheld, dir. Peter Sollett, EUA
Hyena Road, dir. Paul Gross,  Canadá
Lolo, dir. Julie Delpy, França
Legend, dir. Brian Helgeland, Reino Unido
The Man Who Knew Infinity, dir. Matt Brown, Reino Unido
The Martian, dir. Ridley Scott, EUA
The Program, dir. Stephen Frears, Reino Unido
Remember, dir. Atom Egoyan, Canadá
Septembers of Shiraz, dir. Wayne Blair, EUA
Stonewall, dir. Roland Emmerich, EUA
The Dressmaker, dir. Jocelyn Moorhouse, Austrália

Apresentações especiais

Anomalisa, dir. Charlie Kaufman, Duke Johnson, EUA
Beasts of No Nation, dir. Cary Fukunaga, Gana 
Black Mass, dir. Scott Cooper, EUA
Brooklyn, dir. John Crowley, Reino Unido/Irlanda/Canadá
Colonia, dir. Florian Gallenberger, Alemanha/Luxemburgo/França
The Danish Girl, dir. Tom Hooper, Reino Unido/ Suécia
The Daughter, dir. Simon Stone, Austrália
Desierto, dir. Jonás Cuarón, México
Dheepan, dir. Jacques Audiard, França
Families, dir. Jean-Paul Rappeneau, França
Guilty, Meghna Gulzar, Índia 
I Smile Back, dir. Adam Salky, EUA
The Idol, Hany Abu-Assad, Reino Unido/ Palestina
The Lady in the Van, dir. Nicolas Hytner, EUA
Len and Company, dir. Tim Godsall, EUA
The Lobster, dir. Yorgos Lanthimos, Irlanda/ Reino Unido/ Grécia/ França/ Holanda
Louder than Bombs, dir. Joachim Trier, Noruega/França/Dinamarca
Maggie’s Plan, dir. Rebecca Miller, EUA
Mountains May Depart, dir. Jia Zhang-ke, China/França/Japão
Parched, dir. Leena Yadav, Índia/EUA 
Room, dir. Lenny Abrahamson, Irlanda/ Canadá
Sicario, dir. Denis Villeneuve, EUA
Son of Saul, dir. László Nemes, Hungria 
Spotlight, dir. Tom McCarthy, EUA
Sunset Song, dir. Terence Davies, Reino Unido/ Luxemburgo
Trumbo, dir. Jay Roach, EUA
Un plus une, dir. Claude Lelouch, França
Victoria, dir. Sebastian Schipper, Alemanha
Where To Invade Next, dir. Michael Moore, EUA 
Youth, dir. Paolo Sorrentino, Itália/França/Reino Unido/Suiça    

O filme "12 Years A Slave", do diretor britânico Steve McQueen, conquistou neste domingo (15) o prêmio de público como melhor filme no Festival de Cinema Internacional de Toronto.

O filme, que está gerando muita expectativa para a próxima edição do Oscar, baseia-se no relato de primeira mão de Solomon Northup, um homem negro do norte do estado de Nova York que foi sequestrado e vendido como escravo em 1841. Retrata os horrores do trabalho extenuante, da humilhação cotidiana e de famílias destruídas.

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Sua estreia em Toronto na semana passada recebeu uma impressionante ovação de pé por parte do público. Além de lágrimas, também houve aqueles que deixaram a sala, devido à forma tão gráfica como o filme mostra a tortura atroz dos escravos nesse período da história.

A história é "um presente do passado para abrir uma discussão, não sobre raça, particularmente, mas sobre a dignidade humana e sobre nossas liberdades e do que mais precisamos no mundo", afirmou o ator Chiwetel Ejiofor, que interpreta Northup. "E a única forma de abrir essa discussão é olhar todas as suas partes", acrescentou.

O filme conta ainda com Michael Fassbender, como o cruel proprietário da plantação, Benedict Cumberbatch, Paul Dano, Garret Dillahunt, Paul Giamatti, Scoot McNairy, Lupita Nyong'o, Adepero Oduye, Sarah Paulson, Brad Pitt, Michael Kenneth Williams e Alfre Woodard.

McQueen explicou que sua maior motivação foi se conectar com esse período da história americana. "Queria ver imagens desse passado em particular. Queria experimentar isso por meio das imagens", completou.

No Festival de Cinema de Toronto, que começou em 5 de setembro, foram exibidos 366 filmes, incluindo 146 estreias mundiais. Neste ano, circularam pelo festival estrelas como Colin Firth, Sandra Bullock, Julia Roberts, Kate Winslet e Jennifer Aniston.

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