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Em palestra sobre como melhorar a governança no Poder Judiciário, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse nesta quarta-feira (13) que a "morosidade da Justiça interessa a alguém" e por isso é um problema que vem de longa data.

A ministra criticou o fato de um recurso poder ser apresentado ao Supremo diversas vezes, mesmo que a decisão do tribunal se repita. "Estamos maquiando um Estado que já morreu. Não dá conta de responder à sociedade de maneira eficiente", afirmou. Sem o Estado, no entanto, disse a ministra, instala-se "a barbárie".

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"A morosidade custa caro ao Poder Judiciário. É preciso acabar com a hipocrisia. Um processo que tem oito recursos no Supremo vai ser demorado", afirmou.

Cármen Lúcia citou dados do Conselho Nacional de Justiça, segundo o qual há 95 milhões de processos em andamento no País, o equivalente a um processo para cada 2,12 brasileiros. Ela lembrou que há 18 mil juízes no Brasil. A ministra defendeu a tese de que é preciso "uma transformação e não uma reforma" no Poder Judiciário. "Não acho que estamos vivendo o pior momento do Judiciário nem de outros Poderes. Até porque estamos falando, discutindo", afirmou.

A palestra faz parte do terceiro dia do Fórum Nacional, organizado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que a taxa de câmbio acima de R$ 2,00 veio para ficar. "Nós temos aqui quatro ou cinco meses de câmbio acima de R$ 2,00 e isso mostra que veio para ficar", disse.

O ministro, que participou da 32ª Reunião do Fórum Nacional da Indústria, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo, fez comentários sobre a situação do comércio exterior do País e admitiu que houve problemas na relação com alguns países como, por exemplo, a Argentina. Mas afirmou que o governo está trabalhando para achar soluções e mostrou-se otimista em relação à recuperação das exportações.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, citou nesta sexta-feira, em palestra a empresários do setor industrial na 32ª Reunião do Fórum Nacional da Indústria, realizada em São Paulo, várias medidas tomadas pelo governo em 2012 para incentivar a retomada dos investimentos no País. "Estamos trabalhando para que os investimentos voltem fortes e a perspectiva é de que os investimentos tenham alta de 8% em 2013", afirmou. "Ambiente salutar é quando investimentos crescem o dobro do PIB, como foi em 2007", avaliou.

Mantega confirmou ainda que o programa de concessão de portos será lançado na semana que vem e lembrou do pacote de redução de custos de energia apresentado pelo governo. "Estamos trabalhando para reduzir custos de modo geral, como de energia", disse ele. Especificamente sobre o setor energético, o ministro lembrou que as concessionárias queriam a renovação automática dos contratos, mas que isso não está previsto e defendeu a proposta do governo de renovação com custos menores.

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"Tem empresas que querem renovação de tarifa alta. Queremos continuar com estas empresas e em 30 anos elas terão rentabilidade", afirmou. "Mas não podemos prejudicar uma maioria por causa de um grupo que quer lucros altos", disse o ministro.

Mantega cobrou dos empresários presentes ao evento do qual participa em São Paulo, defensores da redução dos preços da energia, que se mobilizem pelo projeto do governo de corte dos preços da energia atrelado à renovação dos contratos do setor. "Uma meia dúzia está fazendo barulho e é preciso que a indústria se mobilize".

O ministro disse também que "a debênture de infraestrutura vai bombar". "Haverá custo menor e rentabilidade maior."

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