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Ao apresentar o Mapa Estratégico do Governo de Pernambuco até 2018, o governador Paulo Câmara (PSB), afirmou, nesta sexta-feira (19), ser como o seu padrinho político e ex-governador Eduardo Campos e, por isso, não daria “intimidade aos problemas”. Fazendo um discurso carregado de frases citadas por Campos, Câmara pontuou o desejo de extinguir a palavra “crise” do dicionário da gestão e afirmou que faria “mais com menos” usando a criatividade administrativa para cumprir as diretrizes explanadas no plano. 

“Sou como Eduardo, não vou dar intimidade para o problema”, cravou Paulo Câmara. “A partir de agora problema tem que ser encarado como desafio. Fala-se muito em crise, quero tirar essa palavra e falar em criatividade. Fazer mais com menos é assim que vamos ultrapassar os nossos desafios e fazer com que Pernambuco continue no rumo certo”, completou o governador. 

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Destrinchando as metas estabelecidas pelo Mapa Estratégico, o governador observou que será necessário “muito trabalho” para garantir a boa qualidade do serviço público, mas ponderou ser “incansável” na luta pelos resultados. “Quero entregar Pernambuco melhor do que eu recebi. (...) A qualidade do serviço público depende de nossas ações. Acredito na forma como estamos encarando os desafios de 2015. Sou incansável nos resultados e não tenho dúvida que eles vão vir com a ajuda de todos nós”, frisou, convocando os gestores que participaram do evento.

O estreitamento dos laços com as esferas municipais será um dos focos para os próximos anos. Indagado, em entrevista à imprensa após o lançamento do plano, se o orçamento estadual daria para cumprir as metas, Paulo Câmara minimizou as deficiências fiscais do governo. “É um desafio para todos os estados e municípios. Temos um modelo de gestão e de planejamento, sabemos executar, avaliar as políticas e adaptar aos novos tempos”, argumentou.  

“É preciso ter compreensão do momento que o país vive. Muitos já são prefeitos há muito tempo e nunca tiveram um ano tão difícil como esse. Então nós vamos estar juntos, dando opções de reformas de instituições públicas como escolas, hospitais e, ao mesmo tempo, fazer calçamentos praças. É um conjunto de parcerias que envolvem volumes expressivos de recursos, mas que a gente quer manter com os municípios, pois é uma forma que nós enxergamos de manter o emprego e a renda no interior do estado”, acrescentou o socialista. 

Um assunto que interliga os municípios ao estado é o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) que já teve a versão 2015 lançada por Câmara. O item, inclusive, foi alvo de críticas da bancada de oposição. Segundo um levantamento apresentado pelo líder do grupo, o deputado Silvio Costa Filho (PTB), nenhum recurso do FEM deste ano foi liberado para os governos municipais. Afirmação que o governador fez questão de rebater. 

“Estamos liberando a partir das prestações de contas. Agora tem um rito. Estamos à disposição da oposição para mostrar como é esse rito e como nós fazemos. Temos transparência e utilizamos instrumentos legais que precisam ser observados, não vamos fazer nada fora da lei. A oposição, se tiver alguma duvida, estamos aqui para os esclarecimentos”, comentou.  

Os eixos para a administração do Governo de Pernambuco nos próximos anos foram apresentados nesta sexta-feira (19). Baseado no molde da gestão do ex-governador Eduardo Campos, o Mapa Estratégico 2015-2018 tem como uma das novidades a parceria do governo com os municípios pernambucanos. A estratégia, tratada como premissa pelos socialistas, pretende, de acordo com o secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Danilo Cabral (PSB), “ampliar os resultados dos investimentos estaduais”.  

“Nós estamos fazendo a nossa parte, enquanto ente da federação, mas para que a gente consolide os avanços precisamos trazer os municípios para perto de nós. Para que a gente avance na qualidade do ensino do estado, por exemplo, precisamos que os municípios deem atenção ao ensino básico”, argumentou o secretário. Além da ação integrada com os municípios, o Mapa elenca ainda 12 objetivos estratégicos traçados, segundo Cabral, a partir do Pernambuco 2035; do programa de governo apresentado pelo governador Paulo Câmara (PSB) durante a campanha em 2014; do Todos por Pernambuco e dos itens não cumpridos pelo Mapa Estratégico de 2010-1014. 

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“O Mapa é constituído de uma visão de futuro, de como queremos chegar lá na frente; dos focos prioritários, para quem o governo não vai deixar de olhar; as perspectivas; os objetivos e o monitoramento”, explicou o titular da Seplag. “Viemos hoje reafirmar os compromissos a partir de um documento que foi construído em debate com a sociedade. Em 2018 queremos olhar para trás e dizer que estamos com um estado mais justo. Viemos para renovar sonhos e embalar com responsabilidade a esperança do povo de Pernambuco que tem a marca das lutas libertárias de (Miguel) Arraes, Pelópidas (Silveira), (Frei) Caneca, Eduardo Campos”, acrescentou. 

Ao destrinchar os 12 objetivos estratégicos da gestão Paulo Câmara, o Mapa Estratégico enumera quatro segmentos. Na diretriz qualidade de vida, o governo aponta três pactos pela vida, a educação e a saúde. Além da incorporação da mobilidade e urbanismo – com foco no transporte público – e o setor de recursos hídricos e do saneamento. O eixo Desenvolvimento Social e Direitos Humanos é composto pelos pontos da cidadania ativa e dos direitos humanos. No quesito Desenvolvimento Sustentável, os itens infraestrutura e competitividade; inovação e produtividade; desenvolvimento rural e sustentabilidade são o foco. E, por fim, no item Gestão Participativa e Transformadora eles pontuam o modelo participativo da gestão, dando ênfase ao monitoramento constante.

Segundo Cabral, agora que o plano foi apresentado às secretarias estaduais vão iniciar os ciclos de monitoramento. A primeira rodada vai acontecer entre os dias 25 de junho e 3 de julho. O documento apresentado nesta sexta também servirá de base para a organização do Plano Plurianual 2016-2019 que será votado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) até o fim deste ano.

O secretário também aproveitou a apresentação do Mapa Estratégico para enaltecer a gestão de Eduardo Campos. “O que fez a gente chegar aqui foi um governo que teve zelo para com a sociedade. A liderança saudosa do nosso querido amigo ex-governador Eduardo Campos, que a gente tem que sempre reverenciar, foi fundamental neste processo. A partir do seu exemplo, capacidade de escutar, dialogar e construir consensos Pernambuco deixou as velhas e miúdas arengas, futricas, fofocas, que serviam mais dividir do que juntar Pernambuco. Eduardo juntou a todos em nome do desenvolvimento do estado”, frisou. 

Balanço - Durante a apresentação do Mapa, o secretário também fez um balanço dos resultados da administração do PSB de 2007 a 2014. “Pernambuco conquistou um aumento real de 278% na capacidade de investimento. Desde 2008 Pernambuco passou a crescer mais que o Brasil. Este ano de 2014, por exemplo, o Brasil não cresceu nada e o estado conseguiu crescer 2% na sua economia”, detalhou. “É bom sempre relembrar o que nós conseguimos para andar até aqui. Na educação saímos da 21ª nota para o 4º melhor resultado. Temos hoje a escola mais atrativa do Brasil, com a menor taxa de evasão do país. Em 2007 de cada 100 pernambucanos que entravam nas escolas 25 saíam, hoje a cada 100 apenas três deixam os estudos”, exemplificou.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que a taxa de câmbio acima de R$ 2,00 veio para ficar. "Nós temos aqui quatro ou cinco meses de câmbio acima de R$ 2,00 e isso mostra que veio para ficar", disse.

O ministro, que participou da 32ª Reunião do Fórum Nacional da Indústria, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo, fez comentários sobre a situação do comércio exterior do País e admitiu que houve problemas na relação com alguns países como, por exemplo, a Argentina. Mas afirmou que o governo está trabalhando para achar soluções e mostrou-se otimista em relação à recuperação das exportações.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, citou nesta sexta-feira, em palestra a empresários do setor industrial na 32ª Reunião do Fórum Nacional da Indústria, realizada em São Paulo, várias medidas tomadas pelo governo em 2012 para incentivar a retomada dos investimentos no País. "Estamos trabalhando para que os investimentos voltem fortes e a perspectiva é de que os investimentos tenham alta de 8% em 2013", afirmou. "Ambiente salutar é quando investimentos crescem o dobro do PIB, como foi em 2007", avaliou.

Mantega confirmou ainda que o programa de concessão de portos será lançado na semana que vem e lembrou do pacote de redução de custos de energia apresentado pelo governo. "Estamos trabalhando para reduzir custos de modo geral, como de energia", disse ele. Especificamente sobre o setor energético, o ministro lembrou que as concessionárias queriam a renovação automática dos contratos, mas que isso não está previsto e defendeu a proposta do governo de renovação com custos menores.

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"Tem empresas que querem renovação de tarifa alta. Queremos continuar com estas empresas e em 30 anos elas terão rentabilidade", afirmou. "Mas não podemos prejudicar uma maioria por causa de um grupo que quer lucros altos", disse o ministro.

Mantega cobrou dos empresários presentes ao evento do qual participa em São Paulo, defensores da redução dos preços da energia, que se mobilizem pelo projeto do governo de corte dos preços da energia atrelado à renovação dos contratos do setor. "Uma meia dúzia está fazendo barulho e é preciso que a indústria se mobilize".

O ministro disse também que "a debênture de infraestrutura vai bombar". "Haverá custo menor e rentabilidade maior."

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