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A melhora em indicadores de educação fez com que as regiões metropolitanas de Campinas e da Baixada Santista aumentassem seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). A evolução foi verificada entre 2000 e 2010. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira, 1º, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Fundação João Pinheiros.

O relatório apontou que a melhora no índice geral das duas regiões foi puxada por um avanço mais significativo na área de educação do que em renda ou longevidade.

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O índice geral, que varia de 0 (mínimo) a 1 (máximo), passou em Campinas de 0,710 para 0,792 e, em Santos, de 0,7 para 0,777. Já o IDHM Educação passou em Campinas de 0,582 para 0,726 e, em Santos, de 0,579 para 0,720.

O índice de educação é formado por cinco indicadores: porcentual da população com mais de 18 anos com ensino fundamental, porcentual de crianças de 5 a 6 anos matriculados na escola, porcentual de jovens de 11 a 13 anos nos anos finais do ensino fundamental, porcentual de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo e porcentual de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo.

De acordo com o relatório, as duas regiões tiveram uma melhora mais significativa no indicador sobre o número de crianças de 5 a 6 anos na escola. Em Campinas, o porcentual passou de 71,98% para 95,64% do total da população crianças nessa faixa etária. Já em Santos passou de 77,35% para 93,73%.

Embora as duas regiões tenham pontuações suficientes para serem classificadas como de "alto desenvolvimento humano" (maior ou igual a 0,7 até o limite de 0,8), o relatório aponta para um alto grau de desigualdade.

O IDHM é preparado a partir de dados do Censo de 2010. São avaliados dados de saúde, renda e escolaridade. A partir dos indicadores, é possível formar uma classificação geral e de acordo com desempenho em cada uma das áreas.

O Brasil está menos desigual. Resultados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em 16 regiões metropolitanas mostram que indicadores de saúde, educação e renda durante 2000 e 2010 melhoraram em todas as áreas analisadas. Nesta nova edição, todas as regiões receberam pontuação suficiente para serem classificadas como de "alto desenvolvimento humano". A maior velocidade no avanço foi registrada em regiões Norte e Nordeste.

São Paulo é a região metropolitana com (IDHM) mais alto do País. Em um índice que vai de 0 (mínimo) a 1 (máximo), a região paulista alcançou a nota 0,794, seguido de perto pelo Distrito Federal, com 0,792, e por Curitiba, com 0,783. Manaus, o pior colocado, registrou nota 0,720.

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Apesar de se encontrar na última colocação, a Região Metropolitana de Manaus foi a que apresentou no período maior crescimento: 0,135 ponto, ou 23% sobre o índice anterior. A Região Metropolitana de São Luís também apresentou crescimento significativo: 0,113 ponto.

"A desigualdade continua existindo, a boa notícia é que ela está em queda", afirmou o ministro Marcelo Neri, da Secretaria de Assuntos Estratégicos. O avanço na classificação das regiões é atribuído principalmente à educação.

"Indicadores mostram que estamos avançando. Democracia, universalização e combate à pobreza dão resultado e isso se reflete no Atlas. É o principal resultado que se pode trazer", disse o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Marco Aurélio Costa.

Feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), pelo Ipea e pela Fundação João Pinheiro, o levantamento comparou indicadores de regiões metropolitanas que, reunidas, concentram 50% do Produto Interno Bruto (PIB) e 36,5% da população.

Embora todas as regiões avaliadas tenham sido classificadas como de "alto desenvolvimento humano" (maior ou igual a 0,7 até o limite de 0,8), os números ainda refletem alto grau de desigualdade.

Diferenças dentro de uma mesma região

Habitantes de uma mesma região metropolitana podem apresentar expectativa de vida com diferença de até 14 anos. São Paulo segue o padrão. Na área com melhor pontuação (como a que compreende o Jóquei Clube e o Estádio do Morumbi), habitantes vivem em média 82,4. Nas regiões com pior desempenho, a vida média é de 69 anos.

Neri cita como exemplo de desigualdade taxas de analfabetismo registradas no Lago Sul, área nobre do Distrito Federal e o bairro Paranoá. "A distância entre as duas áreas é pequena, basta cruzar o lago. Mas os índices de analfabetismo na região mais rica é 10 vezes menor", disse.

No Recife, a diferença entre Espinheiro, a região com maior IDHM, e Ipojuca, o pior colocado, é de 0,432 ponto. É a maior desigualdade entre todas as áreas metropolitanas pesquisadas. Já Cuiabá tem a menor diferença dentro da sua zona metropolitana, 0,325 ponto.

As diferenças são constatadas em todas as dimensões avaliadas. Em Curitiba, por exemplo, moradores da região do Centro e Rebouças apresentam 0,954 na área de educação. Doutor Ulisses, o pior colocado, tem 0,362.

Em Manaus, o IDHM Renda das zonas mais ricas, como Ponta Negra, é mais do que o dobro do registrado na zona rural de Itacoatiara, de apenas 0,490.

O IDHM é preparado a partir de dados do Censo de 2010. São avaliados dados de saúde, renda e escolaridade. A partir dos indicadores, é possível formar uma classificação geral e de acordo com desempenho em cada uma das áreas.

O melhor IDHM de São Paulo foi o de longevidade: 0,853. O IDHM Renda, calculado a partir da renda média mensal dos residentes da metrópole, foi de 0,812. O IDHM de Educação - preparado a partir da proporção da população adulta de 18 anos ou mais que concluir o ensino fundamental e do fluxo escolar da população jovem - foi o pior indicador: 0,723.

Diferença entre regiões

Em 2000, a diferença entre Regiões Metropolitanas de São Paulo e de São Luís - a maior registrada naquele período - era de 0,132 ponto. No mais recente levantamento, a diferença entre o melhor e o pior colocado - Distrito Federal e Fortaleza, respectivamente - foi de 0,110 ponto.

A diferença de esperança de vida, que em 2000 era de 4,82 anos entre o primeiro e último colocado (Porto Alegre e São Luís) passa para 2,9 anos em 2010 (Distrito Federal e São Luís).

"Os dados são muito bons", avaliou Néri.

Ele afirmou que os dados poderiam ter sido divulgados há alguns meses, mas afirmou que o anúncio foi adiado por causa das eleições. "A instituição tem um cuidado fundamental. Achamos importante divulgar quando corações e mentes já estão mais calmos, olhando as coisas com mais clareza", disse.

Em outubro, o diretor Herton Araújo pediu afastamento depois de o Ipea retardar a divulgação de dados sobre extrema miséria.

Uma pesquisa elaborada pela Ceplan Consutoria Econômica e Planejamento, mostrou um panorama da economia nacional e regional, com foco em Pernambuco. Na análise, pode se observar uma tendência à redução das vendas do varejo no Nordeste e de empregos no estado.

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Observou-se uma tendência à elevação do desemprego nas Regiões Metropolitanas, inclusive na do Recife. Segundo o Dieese, em julho de 2013, o Desemprego Aberto na RMR atingiu 8,7%, quase a mesma média do total das regiões metropolitanas pesquisadas, de 8,6%. Mesmo com a leve retomada no nível de desemprego e as pressões inflacionárias, o rendimento real médio dos trabalhadores continuou crescendo. No total das regiões metropolitanas aumentou 1,5%, e, em Pernambuco, 1,9%.

O crescimento do estoque de emprego formal em Pernambuco foi de 0,8% no comparativo junho de 2013-junho de 2012. O índice foi menor que o do Brasil, de 2,2% e do que o do Nordeste, de 1,5%. Segundo a pesquisa, esta queda no ritmo do emprego em Pernambuco é um reflexo da diminuição da contratação para a construção de grandes obras no Estado, como a Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Industrial e Portuário de Suape, que entra na sua fase final de obras.

O estudo também apontou um informe especial - baseado no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sobre Longevidade, a Renda e a Educação em PE - o “IDHM: Evolução do Desenvolvimento Humano em Pernambuco” foi apresentada pelo sócio-diretor da Ceplan, o economista Jorge Jatobá.

O Informe Especial – que analisou duas décadas, com dados de 1991, 2000 e 2010 - contém indicadores de Longevidade, Renda e Educação de todos os municípios pernambucanos, apontando os grupos dos dez melhores e dos dez piores nos índices do IDHM que são divididos em Muito Alto, Alto, Médio, Baixo e Muito Baixo. O indicador varia de 0 a 1, indicando melhoria ao se aproximar de 1 e piores condições de desenvolvimento humano ao se aproximar de 0.

De acordo com Jorge Jatobá, houve uma evolução positiva nos indicadores, com destaque para a área de Educação, embora ainda haja muito a ser superado. O Nordeste não possui nenhum município com IDHM Muito Alto, enquanto o Sudeste não tem nenhum classificado como Muito Baixo. Pernambuco está no 19º lugar com IDHM de 0,673 (2010), abaixo - no Nordeste - do Rio Grande do Norte e do Ceará.

O indicador de Educação foi o que mais avançou no país nas duas últimas décadas: 128% em termos relativos e 0,358 em absolutos. O fluxo escolar de crianças e jovens cresceu 156%. O Nordeste, porém, registra ainda 90% dos municípios com índices entre Baixo e Muito Baixo em Educação. Em Pernambuco, na última década, a evolução do IDHM Educação foi de 54,3%, acima da nacional de 39,7%. O Estado é o terceiro no Nordeste e o 18º no Brasil.

No indicador Longevidade, Pernambuco cresceu 27,9% e o Brasil 23,3% entre 1991 e 2010. A expectativa de vida, cresceu 14% entre 1991 e 2010 no Brasil, variando de 65 a 79 anos. O Estado também superou o País no indicador Renda, com uma evolução de 18,3%, enquanto a do Brasil foi de 14,2%. A Renda Per Capita mensal dos brasileiros cresceu R$ 346,31 no período - a maior é de R$ 2.043,74 que é 21 vezes acima da menor renda registrada, de R$ 96,25. No Nordeste, 78% dos municípios têm IDHM Renda baixo.

No resultado geral do IDHM, Pernambuco, embora ainda mal posicionado no ranking nacional, teve um salto significativo. Em 1991 eram 180 municípios com IDHM Muito Baixo; em 2000, houve uma queda para 153 municípios e em 2010, apenas um: Manari, no Sertão. Os municípios com melhores índices estão na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Confira o IDHM -Ranking da Região Metropolitana do Recife

1-Recife

2-Olinda

3-Paulista

4-Jaboatão dos Guararapes

5-Camaragibe

6-Cabo de Santo Agostinho

7-Abreu e Lima

8-Igarassu

9-Ilha de Itamaracá

10-São Lourenço da Mata

11-Moreno

12-Itapissuma

13-Ipojuca

14-Araçoiaba

Nordeste 

A análise mostra que a economia do Nordeste continuou crescendo acima da nacional. No primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2012, o aumento do Índice de Atividade Econômica medido pelo Banco Central foi de 2,9% para o Brasil e de 4,2% para o Nordeste. Para Pernambuco, a evolução foi de 1,8% no mesmo período, índice bem abaixo dos registrados pela Bahia (6,1%) e pelo Ceará (3,4%). 

Segundo a pesquisa, esta dinâmica recente é o reflexo de uma queda no nível de atividade da construção civil e da indústria de transformação. Entre janeiro e junho de 2013, cinco dos nove Estados tiveram aumento das vendas acima da média brasileira de 3,7%, mesmo índice de Pernambuco. Para o economista Valdeci Monteiro, sócio-diretor da Ceplan, a inflação, o endividamento das famílias e o encarecimento do crédito explicam esses resultados.

Os estados do Tocantins, Maranhão e Piauí tiveram a maior variação no componente educação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 1991 a 2010. O Maranhão e o Piauí registraram variações de pouco mais de 78% e o Tocantins apresentou índice de 89% em 20 anos. Os três estados ocupavam as últimas posições do ranking nacional em 1991. Vinte anos depois, o Tocantins passou para a 14ª posição, o Piauí subiu uma - para a 25ª - e o Maranhão, que estava em último lugar, passou para o 19º. O índice da educação, que era classificado como muito baixo nos três casos, subiu para médio.

O IDHM foi divulgado na semana passada no Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. No Brasil, a área da educação teve o maior crescimento relativo, com 129% no período de 1991 a 2010.

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O Tocantins passou de um IDHM Educação de 0,369 em 1991 para 0,699 em 2010. Entre os itens que compõem o indicador, a taxa de analfabetismo dos jovens de 15 anos ou mais ainda está abaixo da taxa brasileira, mas passou de 30,12% para 13,09% - no Brasil, a taxa de 2010 é 9,61%. Quanto à escolaridade, a expectativa de anos de estudo passou de 6,36 para 9,8, superando a expectativa brasileira de 2010, de 9,54. O atendimento também melhorou e superou a taxa brasileira de 93,19%. Se em 1991, 65,77% das crianças e jovens tocantinenses de 6 a 17 anos estavam na escola, em 2010 a taxa subiu para 93,86%.

No Piauí, a taxa brasileira de atendimento também foi superada em 2010 - 94,45% das crianças e jovens de 6 a 17 anos estavam na escola, enquanto em 1991 as redes de ensino atendiam a 62,91%. A expectativa de anos de estudo no estado passou de 5,89 para 9,23 anos - abaixo da nacional. A taxa de analfabetismo dos jovens de 15 anos ou mais ficou acima da brasileira. Em 1991, 40,46% não sabiam ler ou escrever, em 2010 eram 22,92%. O IDHM Educação do estado passou de 0,362 para 0,646.

No Maranhão, o IDHM Educação passou de 0,357 para 0,639. A taxa de atendimento de 6 a 17 anos passou de 59,38% para 93,01%, ainda abaixo da brasileira. A expectativa de anos de estudo também ficou pouco abaixo da nacional em 2010, atingindo 9,26 anos, mas apresentou aumento em relação à expectativa de 6,29 anos de estudo em 1991. Há 22 anos, a taxa de analfabetismo no estado era  40,68. Vinte anos depois, 20,87% não sabem ler ou escrever.

"Nesses últimos 20 anos, a educação é responsável por 71% da melhora do IDHM do Brasil", disse na última semana o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ele reconheceu que a evolução não significa que todos os municípios tenham atingido um patamar satisfatório e lembrou que esses municípios precisam de apoio. "Esses municípios precisam de reforço, acompanhamento e apoio". 

Segundo a diretora executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, os dados mostram que o primeiro passo para a conquista do direito a uma educação de qualidade está sendo dado no Brasil. "O que a gente viu foi que nos último 20 anos o país avançou bastante, justamente no [estado e município] que estava atrás. Quanto mais atrás, maior o potencial de avanço", explica.

Ela aponta, no entanto, que a dificuldade do Brasil está em avançar na qualidade da educação, o que não é mostrado em índices como o IDHM. "Não basta a matrícula, tem que garantir qualidade. Nesse passo, que significa uma efetividade total, é que temos tido mais dificuldade em avançar". De acordo com o relatório De Olho nas Metas, produzido pelo movimento, o aprendizado é comprometido conforme o aluno avança.

Nos três estados, a meta de aprendizado em português e matemática não é cumprida no terceiro ano do ensino médio, etapa com o maior gargalo na educação brasileira. A exceção é apenas em português no Maranhão, onde 15,3% dos estudantes têm o aprendizado adequado, e no Tocantins, em que 20,2% estão de acordo com o período.

A meta do Todos pela Educação não é oficial, é calculada para que em 2022, ano do bicentenário da independência, o país assegure a todas as crianças e jovens o direito à educação básica de qualidade. Para isso, 70% ou mais dos alunos devem ter aprendido o que é adequado para a série. Pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Ministério da Educação, calculado pelo desempenho e pelo fluxo escolar, os três estados superaram a meta para o período.

O senador Humberto Costa (PT) comemorou o crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, divulgado na última segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, elaborado pela instituição, o IDH do país cresceu 47,5% entre 1991 e 2010, saltando do nível “muito baixo”, em 1991, para “alto” em 2010.

Um dos destaques da pesquisa, segundo Humberto, foi o crescimento dos municípios brasileiros. Em 1991, 85,5% dos municípios brasileiros estavam no grupo de IDH “muito baixo”, com índice inferior a 0,500. Em 2000, esse percentual já havia caído para 70%. Em 2010, despencou para menos de 1% - o equivalente a apenas 32 municípios no país. Dos demais, 74% alcançaram índices de médio e alto desenvolvimento. “Obviamente, políticas importantes foram responsáveis por essas mudanças”, resumiu o petista senador.

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O parlamentar acredita na tendência de crescimento dos índices. Ele destacou a mudança no status social do País, principalmente nas áreas de saúde, educação e política de transferência de renda adotada pelo Governo. 

O Instituto Teotônio Vilela (ITV), braço de formulação política do PSDB, comparou em carta publicada nesta terça-feira o avanço do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em períodos que coincidiram com os governos do tucano de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (iniciado em 2011), destacando o que seria um melhor desempenho dos tucanos na melhora do índice.

Nesta segunda-feira, 29, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou o IDHM e mostrou que nos últimos 20 anos, de 1991 até 2010, houve crescimento de 47,5% na avaliação do País, que passou da nota 0,493 para 0,727, deixando de ser um País com desenvolvimento considerado "muito baixo" para ser classificado como "alto".

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"Na média, o IDHM geral saltou 24% de 1991 a 2000 e, no período seguinte, melhorou mais 19%. Na educação, a diferença é cavalar: na primeira metade das duas últimas décadas, ou seja, na fase predominantemente tucana, o avanço obtido pelo país foi de 63%, porcentual que caiu para 40% no decênio seguinte", destaca o documento do ITV.

Prosseguem os tucanos: "Os avanços na renda praticamente se equivalem nos dois períodos: 6,9% entre 1991 e 2000 e 6,8% de 2000 a 2010. Apenas a progressão no indicador específico para longevidade foi mais elevada, ainda que levemente, nos anos que coincidem majoritariamente com os da gestão petista: aumento de 12% no período mais recente, ante 10% no decênio inicial", emendou a nota.

Na mesma nota que contém as comparações entre períodos, o ITV criticou a realização constante de comparações entre governos feita pelos seus adversários petistas, dizendo tratar-se do "esporte preferido dos petistas". "É algo tão descabido que equivaleria a ver Fernando Henrique cotejando-se a João Baptista Figueiredo lá na metade inicial de seu governo", prosseguiu a nota.

Segundo os tucanos, a importância do estudo do Pnud é apontar um caminho a ser seguido pelo País. "O que o Pnud, mais uma vez, deixa evidente com o IDHM é que nosso grande gargalo é a educação: entre nossos jovens de 15 a 17 anos, apenas 57% completaram o ensino fundamental e, entre 18 e 20, só 41% concluíram o médio", ressaltaram.

O ITV diz ainda que esse estudo mostra quem "mais fez pela melhoria da qualidade de vida dos brasileiros nos últimos 20 anos". "Se é para comparar, a vitória é dos tucanos."

Ao longo de 20 anos, o Brasil conseguiu reduzir a distância entre os indicadores das cidades com maior e menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado nesta segunda-feira, 29, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro. Embora tenha conseguido atenuar as disparidades ao longo de duas décadas, as desigualdades dentro do País ainda são expressivas.

A diferença entre a cidade com maior IDHM no Brasil e a pior avaliada, no quesito renda mensal per capita, por exemplo, chega a quase R$ 2 mil. Enquanto São Caetano do Sul (SP) tem uma renda mensal por habitante de R$ 2.043,74, Marajá do Sena (MA), no outro extremo da tabela, tem renda mensal per capita de apenas R$ 96,25: ou seja, 21 vezes menor.

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Ainda imenso, o fosso entre os municípios com maior e menor renda no País já foi muito maior. Os dados do último Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, referentes ao ano 2000, revelam que há uma década o abismo entre os dois extremos do ranking era de 28 vezes. Naquele ano, Águas de São Pedro (SP) tinha renda per capita de R$ 1.759,76 e Jordão (AC), de R$ 62,65. Em 1991, no primeiro Atlas, a renda per capita da cidade melhor posicionada chegou a ser 35 vezes maior do que a da última colocada.

"Uma das coisas que percebemos é que, tanto nos municípios quanto nas Unidades da Federação, os maiores avanços se deram entre quem tinha o pior desempenho", resume Marco Aurélio Costa, coordenador do Atlas pelo Ipea. Houve redução da desigualdade por conta do avanço relativamente maior do quem estava em baixo".

Esperança de vida

Outro componente que expressa o avanço dos municípios com pior pontuação é a longevidade, item medido a partir da esperança de vida ao nascer de uma determinada localidade. Os dados do IDHM referentes a 2010 mostram que uma criança nascida nas catarinenses Blumenau ou Brusque têm a maior expectativa de vida do País, de 78,64 anos. Essa pessoa vive, em média, 13,34 anos a mais do que um cidadão de Cacimbas (PB) ou de Roteiro (AL), donas da menor esperança de vida do Brasil (65,3 anos).

Há 20 anos, no entanto, as duas pontas da tabela eram separadas por mais de 25 anos. Em 1991, a expectativa de vida em São José da Tapera (AL), a pior do País à época, era de 50,97 anos. Em Cunhataí e em Guabiruba, ambas em Santa Catarina, a realidade era bem diferente e o número chegava a 76,61 anos. Em 2000, a distância entre os dois extremos da tabela, para a longevidade, era de 19,78 anos.

Segundo o pesquisador do Ipea, um dos fatores que contribuiu para essa redução das disparidades, no quesito longevidade, foi a queda nas taxas de mortalidade infantil. "(A mortalidade infantil) se concentrava nos estados com pior desempenho. Alagoas e Maranhão tinham dados muito ruins de mortalidade infantil". O cálculo do IDHM é composto por três variáveis: renda, longevidade e educação.

A renda per capita dos brasileiros aumentou R$ 346,31 entre 1991 e 2010. Hoje, o País tem um Índice de Desenvolvimento dos Municípios (IDHM) Renda alto, de 0,739, e um pouco menos desigual: 78% cresceram mais do que a média nacional. As diferenças, no entanto, são escancaradas quando se compara o município com maior IDHM Renda do País, São Caetano do Sul (SP), com o menor, Marajá do Sena (MA). Um morador da cidade paulista ganha, em um mês, 21 vezes o que recebe o maranhense.

Concentração

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Apesar do avanço das regiões mais pobres do País, a concentração de renda no Sul e no Sudeste ainda é inegável: 60% das cidades sulistas têm IDHM Renda alto, enquanto no Nordeste 78% estão na faixa baixo. O Atlas mostra que, apesar de a renda no Norte e Nordeste ter crescido mais rapidamente, esse foi o índice em que as diferenças ainda se mantêm mais profundas.

Em 2010, ano da coleta dos dados pelo Censo, quase 20% das cidades brasileiras tinha renda per capita inferior a um salário mínimo da época (R$ 510), valor já considerado renda baixa pelos critérios do governo. Apenas duas, São Caetano e Niterói, ultrapassavam R$ 2 mil de renda per capita.

"Se a gente olhar esse período foi exatamente quando a desigualdade caiu. Ainda é muito grande, claro. Entre a melhor e a pior, a diferença é gigantesca. A fotografia do Brasil é muito desigual. Mas houve redução entre pior e melhor, isso é claro", analisou o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Néri.

Sem espaços brancos

No mapa do Brasil é possível ver que os espaços brancos, dos municípios em que renda era quase uma palavra desconhecida, quase desapareceram, especialmente no Nordeste. São, hoje, apenas 132 os que têm, atualmente, IDHM Renda muito baixo. Eram 2.469 há 20 anos, espalhados do Rio Grande do Sul ao Amazonas.

Das dez cidades onde a renda mais subiu, nove ficam no Nordeste e uma no Norte, no Tocantins. Nova Colinas, no sul do Maranhão, aumentou seu IDHM Renda em 120% desde 1991. Em Poço de José do Moura (PB), o crescimento foi de 117%. Todas as dez primeiras tinham índices considerados muito baixos em 1991. Apenas uma, Isaías Coelho, no Piauí, conseguiu alcançar um índice médio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em uma década, o Estado de São Paulo eliminou todo seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) ruim. Em 2000, 96 municípios tinham IDHM considerado baixo e cinco, muito baixo. Hoje não há nenhuma cidade nessas duas categorias.

Até Ribeirão Branco, na região de Itapetininga que tem a pior nota entre os 645 municípios paulistas, hoje esbanja uma taxa considerada média, de 0,639. Isso é maior que o índice do Estado de Alagoas (0,631). A cidade também foi a que teve maior aumento no Estado: em dez anos, o IDHM ribeirão-branquense subiu 38,3% (de 0,462 para 0,639), seguindo a tendência de que as cidades com pior condição em 2000 foram as que mais cresceram na última década.

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Além disso, o número de cidades paulistas com índice considerado muito alto também disparou. Em 2000, só São Caetano do Sul estava nessa categoria, que inclui todos os IDHs acima de 0,800. Hoje, são 24 municípios, entre eles a capital e outras cidades grandes, como Campinas, no interior, e Santo André e São Bernardo do Campo, assim como São Caetano, no ABC paulista.

No entanto, se o índice geral mostra que o Estado melhorou em uma década, a Educação continua para trás: 39 municípios têm índice baixo nesse quesito e só três (Águas de São Pedro, São Caetano do Sul e Santos) estão ótimas.

Além disso, a melhora registrada em dez anos foi menor que a média brasileira. Enquanto o IDH paulista cresceu 11,5% no período (de 0,702 para 0,783), o do Brasil aumentou 18,8% (de 0,612 para 0,727), puxado pelo ritmo do Norte e do Nordeste. Mesmo com o resto do País alcançando São Paulo, o Estado continua em segundo lugar no ranking, atrás só do Distrito Federal (0,824).

Geografia

Em todos os quesitos, as cidades com pior índice se concentram em duas partes do Estado: a área de Itapetininga, no sudoeste paulista, e o Vale do Paraíba. Há 13 anos, esses locais tinham o maior número de IDHs baixos e muito baixos e hoje têm mais cidades com taxa média.

Entre as dez cidades com piores índices paulistas, duas estão no Vale do Paraíba e sete estão na mesorregião de Itapetininga. A que sobrou, no entanto, fica logo ao lado: Barra do Turvo, no litoral sul.

Procurado ontem pelo Estado, o governo estadual não comentou o estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Existe uma área em que o Brasil conseguiu chegar ao desenvolvimento muito alto: a expectativa de vida. A cada ano, os brasileiros vivem mais, em todo o País. Dos 5.565 municípios brasileiros, 3.176 têm o IDHM longevidade muito alto. Nenhuma cidade está na faixa baixo ou muito baixo. A diminuição significativa da mortalidade infantil e a queda na fecundidade são as causas do sucesso no índice. O avanço só não é ainda maior por uma razão: a violência, que se espalha das grandes metrópoles para as cidades pequenas e centra fogo especialmente nos jovens.

Hoje, mais de 50% dos municípios brasileiros tem taxas de fecundidade abaixo do nível de reposição da população. Somado a isso, quase 60% das cidades conseguiram baixar para menos de 19 por mil nascidos vivos a mortalidade infantil, meta que deveria ser atingida pelo país, de acordo com os Objetivos do Milênio, em 2015. A ameaça à expectativa de vida no Brasil hoje é menos o que ataca as crianças, e mais o que atinge os jovens: a violência.

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"Dificilmente vamos avançar tanto ainda na mortalidade infantil. Agora temos que enfrentar a agenda dos jovens. A violência ainda é uma fonte importante de mortes que pode gerar crescimento na expectativa de vida", afirmou o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Nery.

A expectativa de vida no Brasil hoje varia entre 65 anos, nas cidades de Cacimbas, na Paraíba, e Roteiro, em Alagoas, a 79 anos, nos municípios catarinenses de Balneário Camboriú, Blumenau, Brusque, Rio do Sul. Desde 1991, a diferença caiu de 20 para 14 anos entre os melhores e os piores.

O crescimento na expectativa de vida nos últimos 10 anos - 46% no Brasil 58% no Nordeste - poderiam ser ainda maior se não fosse o impacto da violência contra os jovens. O Brasil tem uma alta taxa de mortes violentas na população em geral, mas a concentração das mortes entre jovens deixa o país na mesma linha de países que passam por guerras civis e outros conflitos violentos. De acordo com o último Mapa da Violência, preparado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, a taxa chegou a 134 por 100 mil habitantes, mais do que o dobro do já alto índice da população em geral, de 54 por 100 mil. Nas palavras do autor, um extermínio juvenil.

"Nós não teremos grandes impactos mais por tratamentos médicos. Mas uma criança que deixa de morre em um ano o impacto é gigantesco. Um jovem que deixa de morrer o impacto é enorme", avalia Marcelo Nery. Essa lição, no entanto, o Brasil está deixando de fazer.

Marajá do Sena (MA), não tem agência bancária. Mas, para seus 8 mil habitantes, esse é o menor dos seus problemas. A cidade tem o pior IDHM renda do País e por lá circulam apenas R$ 96,25 por pessoa. Uma estrada asfaltada, mais escolas e um hospital fazem mais falta. Entre as 32 cidades com piores Índices de Desenvolvimento Humano do País, a falta de estrutura é a principal característica.

Melgaço, a pior de todas, fica a oito horas de barco da capital do Pará, Belém. Chegar na cidade é caro e difícil. Manari, que em 2003 ganhou o título de pior IDHM do Brasil, não é de acesso complicado mas, assim como outras Inhapi, em Alagoas, fica no sertão pobre do Nordeste. A característica que une as piores cidades do País é a falta de renda, a economia quase sem saída e a educação em níveis muito baixos. Entre elas, o IDHM Educação mais alto, de Assunção do Piauí, é de apenas 0,382, muito longe do limite para ser considerado apenas baixo.

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Na outra ponta, as melhores cidades do País nem sempre têm rendas tão altas - Assis, em São Paulo tem renda per capita de apenas R$ 967 - mas ainda assim tem uma economia muito mais dinâmica e oferecem serviços sociais muito melhores. Todas elas estão nas regiões Sul e Sudeste e incluem seis capitais. Apesar das dificuldades apontados especialmente nas redes escolares e de saúde de cidades como São Paulo, Porto Alegre e Vitória, a estrutura já estabelecida, o orçamento alto e os recursos que circulam dão a essas cidades uma capacidade muito maior de resolver os problemas dessa população.

Nas últimas duas décadas, o Brasil aumentou 47,5% o seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), passando de 0,493, em 1991, - considerado muito baixo – para 0,727, em 2010, o que representa alto desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013.

Em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo. Em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios. De acordo com o levantamento, em 2010, o índice de municípios com IDHM considerado alto e médio chegou a 74%, enquanto em 1991, não havia nenhuma cidade brasileira com IDHM alto e 0,8% apresentava índice médio. Pela escala do estudo, é considerado muito baixo o IDHM entre 0 e 0,49, baixo entre 0,5 e 0,59; médio de 0,6 e 0,69, alto 0,7 e 0,79 e muito alto entre 0,8 e 1,0.

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O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. O estudo é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável [longevidade], ter acesso a conhecimento [educação] e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas [renda]. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.

De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, o Brasil conseguiu reduzir as desigualdades, principalmente, pelo crescimento acentuado dos municípios menos desenvolvidos das regiões Norte e Nordeste.

“A fotografia do Brasil era muito desigual. Houve uma redução, no entanto, o Brasil tem uma desigualdade amazônica, gigantesca, que está caindo. O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo, continua sendo, mas houve uma melhora. Podemos antecipar um futuro melhor”, frisou o presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri.

Principal responsável pelo crescimento do índice absoluto brasileiro, o IDHM Longevidade acumulou alta de 23,2% entre 1991 e 2010. O índice ficou em 0,816, em 2010. Com o crescimento, a expectativa de vida do brasileiro aumentou 9,2 anos, passando de 64,7 anos, em 1991, para 73,9 ano, 2010.

“A melhoria da expectativa de vida é muito significativa. Um brasileiro que nasce hoje tem expectativa de vida nove anos maior o que era há 20 anos, principalmente por uma queda na mortalidade infantil”, explicou o representante do Pnud no Brasil Jorge Chediek.

Os municípios catarinenses de Blumenau, Brusque, Balneário Camboriú e Rio do Sul registraram o maior IDHM Longevidade, com 0,894, e expectativa de vida de 78,6 anos. As cidades de Cacimbas (PB) e Roteiro (AL) tiveram o menor índice (0,672) e expectativa de 65,3 anos.

O levantamento aponta ainda que a renda per capita mensal do brasileiro cresceu R$ 346 nas últimas duas décadas, tendo como base agosto de 2010. Entre 1991 e 2010, o IDHM Renda evoluiu 14,2%, contudo, 90% dos 5.565 municípios brasileiros aparecem na categoria de baixo e médio desenvolvimento nesse índice.

Apesar do crescimento, a desigualdade fica clara quando comparados os extremos do indicador. O município de São Caetano do Sul (SP), primeiro colocado no IDHM Renda, registrou renda per capita mensal de R$ 2.043, o último colocado, Marajá do Sena (MA), obteve R$ 96,25. Uma diferença de mais de 20 vezes.

O IDHM Educação, apesar registrar a menor contribuição para o IDHM absoluto do país, passou de 0,278, em 1991, para 0,637, em 2010. O crescimento foi impulsionado, segundo o atlas, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem no período.

Um estudo divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) – intitulado “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, revelou que o Município de Fernando de Noronha tem o melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do estado de Pernambuco, com 0,788, e que Manarí - localizado no Sertão do estado - tem o pior, com 0,487. 

O IDH é um índice que mede o nível de desenvolvimento humano de determinada região. É a terceira vez que o órgão da ONU realiza o levantamento sobre a situação nos municípios do país – outras duas edições da pesquisa foram divulgadas em 1998 e 2003.  Desde 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano completou 20 anos, novas metodologias foram incorporadas para o cálculo do IDH.

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O IDHM é composto por três das mais importantes áreas do desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Os dados utilizados são os do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 utiliza dados do censo demográfico de 2010 IBGE.

O IDHM vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano, quanto mais próximo de um, melhor. Considerando conjuntamente os dados de toda a população do país, o IDHM do Brasil é de 0,727, considerado "alto" - entre 0,700 e 0,799. 

Desenvolvimento na RMR

Entre os municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR), a capital pernambucana tem um índice de 0,772. Outras duas cidades que também estão acima da média brasileira são Olinda (com 0,735) e Paulista (com 0,732). Araçoiaba tem o menor índice da região, com 0,592. 

Confira os municípios da Região Metropolitana e seus índices:

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, um dos auxiliares mais próximos da presidente Dilma Rousseff, destacou que a "educação foi o componente que mais avançou no Brasil, tanto em termos absolutos quando relativos", em comentário sobre os dados do Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

"A grande contribuição foi o fluxo escolar de crianças e jovens. Partimos de um patamar muito baixo, mas tivemos grande evolução, o que é um dado impressionante", afirmou. Entre 1991 e 2010, o índice cresceu 47,5% no País, de 0,493 para 0,727. Inspirado no IDH global, publicado anualmente pelo PNUD, esse índice é composto por três variáveis (educação, renda e longevidade). O desempenho de uma determinada localidade é melhor quanto mais próximo o indicador for do número um.

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A classificação do IDHM do Brasil mudou de "Muito Baixo" (0,493 em 1991) para "Alto" (0,727). É considerado "Muito Baixo" o IDHM inferior a 0,499, enquanto que a pesquisa chama de "Alto", indicador entre 0,700 e 0,799.

O subíndice educação, uma das variáveis que compõem o IDHM, é o que mais puxa para baixo o desempenho do País. Em 2010, a educação teve uma pontuação de 0,637, enquanto que os subíndices renda (0,739) e longevidade (0,816) alcançaram níveis maiores. Embora seja o componente com pior marcação, foi na educação que mais houve avanço nas duas últimas décadas, ressaltaram os pesquisadores. Para Mercadante, o "futuro é muito promissor". "Os dados são muito fortes, em termos de evolução de trajetória", avaliou.

Ao comentar o município de Melgaço, no Pará, cidade com o pior IDHM no País, o ministro disse que é preciso observar o ponto de onde essa cidade partiu e a velocidade com que está evoluindo. "Até o Enem (de Melgaço) eu fui olhar. Em 2008 só tinha 88 jovens (inscritos no Enem). Hoje são 527. Se a gente olhar um pouco mais a fundo esses critérios, olhar de onde (essas cidades) partiram, mesmo aquelas longe daquilo que é o nosso ideal, estão evoluindo numa velocidade impressionante. Essa deve ser a nossa prioridade: diminuir a desigualdade regional entre os municípios", afirmou o ministro. "Não olhar só quem está lá em cima. Olhar com atenção e generosidade quem está lá embaixo."

O componente com o pior desempenho na cálculo do Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado nesta segunda-feira como parte do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, a educação foi, no entanto, o que mais registrou avanço nos últimos 20 anos. O subíndice educação saiu de um patamar de apenas 0,279 em 1991 para 0,637 em 2010. Em termos absolutos, isso representa um avanço de 0,358. Em termos relativos, de 128%. Segundo a pesquisa, a variação foi capitaneada pelo aumento do fluxo escolar de crianças e jovens.

Em 20 anos, houve evolução da proporção da população adulta com ensino fundamental concluído, de 30,1% para 54,9%. A porcentagem de crianças de 5 a 6 anos na escola, por sua vez, saltou de 37,3% para 91,1%, enquanto que a quantidade de jovens de 11 a 13 anos nas séries finais do ensino fundamental chegou a 84,9% - era de 36,8% em 1991.

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Na faixa etária de 15 a 17 anos, 57,2% da população tem o fundamental completo - o número era de 20% há duas décadas. O maior gargalo, registrado pelo IDHM Educação, é no ciclo final da educação básica. A porcentagem de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo passou de 13%, em 1991, para 41%. Atualmente, a maioria dessa faixa etária no País ainda não tem ensino médio completo.

O segmento educação foi também o que mais sofreu alterações de metodologia em relação aos Atlas anteriores. Nas edições de 1998 e 2003, a educação era calculada pela taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos de idade e a taxa bruta de frequência escolar. No Atlas de 2013, a medição do componente ficou mais rígida, passando a considerar a escolaridade da população adulta (porcentual de população adulta de 18 anos ou mais que concluiu o ensino fundamental) e o fluxo escolar da população jovem.

Esta última variável é uma combinação de quatro indicadores: porcentuais de crianças de 5 a 6 anos frequentando a escola, de jovens de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental, de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo e de 18 a 20 anos com ensino médio completo.

Tornar o componente mais rígido se justifica, segundo os pesquisadores, pela necessidade de estabelecer critérios mais exigentes para o País na área. "Nos anos 1990, o importante era colocar a criança na escola. Isso já não basta, é preciso avaliar a frequência e o segmento (dos jovens) nos ciclos mais avançados (de estudo). As estatísticas também evoluem", explica Marilena Chaves, presidente da Fundação João Pinheiro, uma das instituições que elaboraram o Atlas.

Disparidades

É no Norte e no Nordeste onde a situação, na área educacional, apresenta quadro mais grave. Lá, mais de 90% dos municípios estão nas faixas de classificação tidas como 'Baixo' (abaixo de 0,599) e 'Muito Baixo' Desenvolvimento Humano (menos de 0,499). No Sul e no Sudeste, por outro lado, o cenário é bastante diferente: mais de 50% dos municípios apresentam IDHM dentro da margens consideradas 'Médio' (entre 0,600 e 0,699) e 'Alto' (entre 0,700 e 0,799).

É no Sudeste, por exemplo, onde se encontra a cidade mais bem qualificada no ranking da educação. Com pontuação de 0,825, Águas de São Pedro, no interior paulista, conta com acesso universal à escola para a população de 5 e 6 anos de idade. Cerca de 75% dos jovens entre 18 e 20 anos, por sua vez, têm o ensino médio completo na cidade.

Já a paraense Melgaço enfrenta situação diversa. Pior qualificada no ranking da educação, ela tem menos de 60% de crianças entre 5 e 6 anos na escola e apenas 5,63% de jovens entre 18 e 20 anos com o ciclo do ensino médio concluído.

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