Tópicos | Marcos Júnior

Na véspera do seu segundo compromisso no Campeonato Brasileiro, o duelo com o Atlético Mineiro, em São Januário, a diretoria do Vasco apresentou mais dois reforços para a sequência da temporada: o meia-atacante Valdívia e o volante Marcos Junior. Como estão regularizados e já vinham treinando, já estão à disposição do técnico interino Marcos Valadares para o compromisso desta quarta-feira.

Valdívia, que atuou pela última vez com a camisa do Al-Ittihad, da Arábia Saudita, foi emprestado ao Vasco até o fim de 2019. O meia pertence ao Internacional e também possui passagens por outros clubes de expressão no futebol nacional, como São Paulo e Atlético Mineiro. E espera conseguir exibir no Vasco o mesmo nível de atuação que teve nas suas primeiras temporadas pelo clube gaúcho.

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"Estou muito feliz de vestir a Camisa do Vasco. Agradeço pela oportunidade. É mais uma na minha carreira, de mostrar meu futebol, que tenho qualidade e que não foi sorte. É fazer o que eu sempre fiz. Jogar futebol e ser feliz. No Atlético-MG eu joguei muitas partidas, no São Paulo eu estava me sentindo bem, poderia ter sido melhor. Me cobro muito, fiz 19 gols num ano pelo Inter. Quero poder repetir aqui no Vasco. Venho trabalhando todo dia para que isso se repita aqui", disse.

Já Marcos Junior, de 23 anos, receberá no Vasco a sua primeira chance em um dos principais clubes do Brasil. O volante se destacou no Campeonato Carioca, antes tendo passado por outros times do Rio, além de América-RN, ABC e Paysandu. Ainda assim, garantiu não temer a cobrança de um time que está em crise e perdeu por 4 a 1 para o Athletico-PR na sua estreia no Brasileirão.

"Isso aqui acho que é o ápice da minha carreira. Maior sonho que já realizei. É um gigante do país. Prefiro jogar de segundo volante, mas onde me colocarem eu vou jogar. Chegamos para somar, então tenho de estar preparado. Treinava lá em Bangu, sem sombra nenhuma, com 40ºC", afirmou.

A história de Hericles Sousa, 22 anos, começou muito longe do Recife. Hoje titular absoluto, vestindo a camisa 9 do Santa Cruz, o meia chegou a desistir do futebol e trabalhar como pedreiro até ser convencido por um dirigente do Gama-DF a deixar a pequena cidade de Pirenópolis, localizada a 120 quilômetros de Goiânia-GO. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, ele relembra o início de carreira tardio, as dificuldades para disputar um espaço na base, até a chegada em um dos maiores clubes do Nordeste.

Foi difícil para o adolescente de apenas 15 anos - e nome inspirado em personagem de TV - encarar a desilusão com a carreira de jogador profissional. Com uma visão muito lúdica do que seria jogar futebol, Hericles não ficou com seu pai na capital goiana, onde tentou iniciar a carreira por Goiás e Atlético-GO. De volta ao município com pouco mais de 20 mil habitantes, restou a ele trabalhar para ajudar no sustento da família que não tinha uma situação financeira das melhores. Hericles fez de tudo um pouco, foi garçom, ajudante de pedreiro, trabalhou em oficina automotiva e até vendeu picolé, tudo para dar apoio à mãe e aos irmãos.

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Tudo mudou graças ao olhar atento de um dirigente, estabelecido no mercado por trabalhar com nomes consolidados, como é o caso dos atacantes Marcos Júnior (Fluminese) e Leandro (Kashima Antlers-JAP), além do pentacampeão Kaká. Foi pela persistência de Vilson de Sá, prometendo tornar a jovem promessa em realidade, que o meia não se deixou abater. "Vilson insistiu comigo pois eu tinha desistido do futebol e ele me disse que nunca erra. Falou que se eu me dedicasse, me faria um atleta profissional. O cara trabalhou com muita gente boa, e eu conhecia a fama dele por conta dos atletas que estouraram. Ele é muito meu amigo, um pai mesmo que ganhei no futebol", contou.

E a aposta do cartola realmente vingaria. Como parte das divisões de base do Gama, no Distrito Federal, uma excursão fora do país deixou claro que não se tratava de um menino magrinho qualquer. "A gente fez uma excursão de pré-temporada por Bélgica, França, Alemanha, enfrentando sempre equipes de primeira e segunda divisão desses países. Consegui marcar dois gols, um de falta e outro de bicicleta, algo que nem imaginava fazer. Foi assim que ganhei uma chance no profissional", lembrou Hericles.

Quem o vê hoje no Santa Cruz, com um pouco mais de compleição física, porém ainda bastante fino não imagina o quanto o garoto de Pirenópolis-GO sonhavam em jogar dentro de um Arruda lotado. Por sinal, é algo que ainda espera ver, pois os públicos do Santa seguem abaixo dos cinco mil pagantes por partida em 2018. "Via os jogos do Santa na TV, o estádio lotado e era meu sonho estar aqui. Sei que ainda vou poder jogar diante de um Arruda cheio. Sou grato com tudo que me aconteceu e tenho várias metas. Quero ser campeão e subir com o Santa. Jogar Série A, na Europa e até seleção brasileira. Será muito difícil, porém não desisto. Não custa nada sonhar", afirmou o meia coral.

Confira a entrevista completa com Héricles: 

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