Após sentir fortes dores no joelho e ser substituído na estreia do Santa Cruz diante do Botafogo-PB pela Copa do Nordeste, na última terça-feira, o Hericles corre o risco de perder a temporada 2019 inteira.

O meia realizou na última quarta-feira (16), um exame de imagem onde foi diagnosticado uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. De acordo com o vice-presidente médico do Santa Cruz, Antônio Mário, o jogador vai passar por uma nova cirurgia e só deve retornar aos gramados em um prazo mínimo de cinco meses.

“Na terça-feira, no jogo, ele teve uma entorse no joelho. Inicialmente, ele voltou ao campo, tentou retomar a atividade e não conseguiu mais. Tiramos, avaliamos e o resultado saiu. É uma lesão ligamentar e impossibilita a prática do desporto. Ela é cirúrgica. Nós vamos ter que reabilitar esse joelho, tirar o edema, ganhar o movimento e, em torno de duas ou três semanas programar a cirurgia”, afirmou o médico do clube.

Em 2018, Hericles perdeu quase toda a temporada devido a um problema na hérnia, ficando mais de seis meses sem atuar pelo Santa Cruz. No ano passado, o meia disputou 14 jogos e marcou quatro gols. Mesmo com poucas partidas, ele conseguiu se destacar e teve o seu contrato renovado até o fim de 2019, mas agora voltou a sofrer uma lesão séria.

O meia Héricles renovou com o Santa Cruz até o final da temporada de 2019. O contrato inicial do jogador era até a Série C do Campeonato Brasileiro. O atleta comemorou bastante o fato de continuar vestido a camisa tricolor. "Estou muito feliz aqui no Santa, fui chamado para renovar o contrato e acertamos. Espero dar alegrias ao torcedor cada vez mais", afirmou.

Chegando ao Santa Cruz como uma aposta para a temporada, Héricles foi improvisado como centroavante pelo técnico Júnior Rocha. A improvisação do treinador tricolor deu certo, e o atleta vem sendo titular absoluto na equipe. "Cheguei no Santa Cruz como uma aposta. Ninguém me conhecia, fui criticado. Mas venho buscando mostrar meu valor, fazendo gols. Estou muito feliz aqui no Santa, fui chamado para renovar o contrato e acertamos. Espero dar alegrias ao torcedor cada vez mais", disse.

"Tive minha base toda como meia. Acho que daria certo sim. Mas, como se diz no futebol, o que vem dando certo não pode mudar. Estou bem ali como 9, mas também posso jogar como meia. Também gosto de jogar aberto pelo lado direito. Sou versátil, faço várias funções. Se o Júnior precisar, estou disponível", completou.

Já pensando na disputa da Série C do Campeonato Brasileiro, Héricles aposta na regularidade. "Precisa ser muito regular. A Série C tem equipes de nível técnico parecido e os jogos são sempre difíceis. Precisamos de regularidade e pontuar sempre", finalizou. 

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Autor da jogada individual que culminou com o empate do Santa Cruz na partida diante do Sport, em plena Ilha do Retiro, nesta quarta-feira (7), Héricles está vivendo um bom momento na equipe coral. No lance, o meia mostrou recurso ao encontrar Fabinho Alves, em meio aos defensores rubro-negros, passando com o calcanhar. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o atleta lembrou o momento.

"Me falaram que foi passe de meia, e eu sou meia. Foi improviso, fiz um movimento para o meio e abri o espaço. Ia bater no gol, mas vi o zagueiro e fui feliz de passar bem com o calcanhar e ninguém esperava. O Fabinho também foi bem e conseguimos marcar", disse.

Com o resultado, os rivais voltam a se encontrar na próxima quarta-feira (14), só que dessa vez é mata-mata. Mostrando confiança, o camisa 9 não vê a hora de reviver o duelo com os rubro-negros. "O próximo jogo é um mata-mata. Precisamos estar ligados e preparados para enfrentar o Sport. O Clássico das Multidões tem suas características, porém temos totais condições de vencer. Estamos confiantes e espero que o Santa possa sair vencedor", afirmou o meia.

E nem pense que a cabeça do jovem de apenas 22 anos está a mil por conta da partida. Para Héricles, é uma chance de mostrar serviço. "Temos que desacansar, ficar com a cabeça boa. Isso não é pressão. Pressão é chegar em casa e não ter o que comer, ou beber. Uma bola boa, todos te olhando, não tem porque ficar nervoso. Grandes jogadores aparecem nesses jogos, quero que chegue logo o dia", contou.

Perto de encerrar o contrato com o clube, que vai até maio, o atleta não entra em detalhes, entretanto revela que já existem conversas pela renovação e o interesse é mútuo. "Tenho um empresário tomando conta de tudo e eu me preocupo de ficar focado em campo. Estou vivendo um bom momento e quero ficar, ajudar o clube também na Série C. O clube já vem conversando, então estou tranquilo", garantiu Héricles.

Não deu para o Santa Cruz vencer o gramado, ou o time do Flamengo de Arcoverde. Em uma partida feia, o Tricolor tomou um gol bobo e apenas empatou nesta quinta-feira (1) no estádio Áureo Bradley. Mesmo marcando um belo gol, o meia Héricles saiu de campo bastante insatisfeito, e foi curto em sua entrevista pós-jogo.

"A gente devia sair daqui com a vitória. Fiquei triste com o jogo, mas temos dois ainda pela frente e precisamos fazer o nosso melhor", comentou o meia que tem atuado com a camisa 9.

Mesmo o campo encharcado aparecendo como vilão no jogo, os atletas corais sabem que não poderiam tomar um gol tão desastrado. Até para quem já esperava um jogo ruim, foi complicado sair sem a vitória. "A gente sabia que seria difícil pelo começo de campeonato que tivemos. Hoje não contávamos com a chuva, mas isso não é desculpa, entregamos o gol. Estamos cientes que temos que melhorar muito mais", comentou João Ananias.

Questionado se o empate foi consequência de uma postura mais defensiva no segundo tempo, Genílson negou e apontou o peso do erro cometido na defesa. "Não recuamos, tomamos uma pressão normal e não suportamos. A bola pune. Tivemos chances no segundo tempo, mas todo mundo está vendo as condições deste campo, mesmo sabendo que não é desculpa", disse.

Apesar do início de jogo ruim, e deixar o adversário abrir o placar, o Santa Cruz conseguiu se recuperar no segundo tempo e venceu o CRB esta terça-feira (20) no Arruda. O resultado deu ao tricolor a liderança do Grupo A da Copa do Nordeste e a tranquilidade que já dura cinco partidas sem perder. Apesar das críticas ao setor defensivo pela primeira etapa, o comandante coral se mostrou feliz pelo desfecho da partida.

"Eu não achei o jogo mais equilibrado defensivamente. Primeiro tempo faltou um pouco de concentração, até porque a gente treina demais essa parte defensiva para não bater cabeça. Faz parte do crescimento, às vezes o jogador está em um dia ruim. Mas soubemos nos recuperar. Essa virada foi muito boa para mostrar que podemos chegar no nível de uma equipe como o CRB. Fiquei muito feliz, foi uma vitória deles pela superação", disse Júnior Rocha.

O resultado final serve de lição para o próprio time coral. Ao menos daqui para frente. "A gente ganha bastante maturidade. Serve como exemplo daqui para frente. Perdendo não é para desistir, tudo pode se ajustar durante o jogo. Ganhamos um pouco de experiência e jovialidade. Encontrando o equilíbrio nos setores. Mesmo o Ananias não sendo lateral de ofício, foi bem. Todos se recuperaram durante a partida. Um atleta dando experiência ao outro", contou.

Parte desse processo que o treinador considera uma recuperação para alguns atletas, Augusto ouviu um som que não esteve acostumado nos últimos meses como jogador tricolor. Ao ser substituído por Fabinho Alves, o camisa 7 foi aplaudido pela torcida que sempre pegou no pé do ponta. Segundo Rocha, a motivação do próprio atacante se somou ao medo de perder espaço na equipe, algo visto como positivo.

"O Augusto nos primeiros jogos era vaiado. Ele colheu o que plantou anteriormente. Esse ano veio com a cabeça melhor, entendeu que iríamos priorizar a coletividade e comprou a idea. É uma grata surpresa comigo. Se comprometeu e as sombras ajudam a incentivar. Avisamos que ele precisava correr para não perder a vaga. A concorrência interna faz bem, cobrei mais", revelou o técnico.

Com Vinícius no banco, e alternando a função de falso nove entre dois meias de origem, Júnior contou que o fato de outro centroavante não ter chegado não deve prejudicar o trabalho. A opção em deixar o único jogador da função de fora foi para dar certo 'descanso' a quem atuou sem parar desde que chegou. Mesmo que seja para trabalhar ainda mais na parte física.

"Hoje testamos esse esquema sem um nove até contando com um no banco. O Vinícius desembarcou aqui e já foi para um jogo. Não teve uma pausa para aprimorar a parte física, para ter força de arrancada, algo que é dele. É melhor preservar o atleta para ele adquirir uma melhor condição e o nosso modelo é por dentro. Três atacantes e dois volantes que alternam para sair. Eu não exigi outro nove à direção, e a maioria está empregado. Os que estão livres demoram para entrar em forma. Estou feliz com o Vinícius e vamos investir nele", garantiu o treinador do Santa.