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Os advogados de Ariel Castro, o homem acusado de manter três mulheres em cativeiro por cerca de uma década, disseram que ele vai se declarar inocente. Os advogados Craig Weintraub e Jay Schlachet disseram à emissora de televisão WKYC que seu cliente tem sido retratado como um "monstro" pela mídia e que após terem se reunido com ele na terça-feira não o veem dessa forma.

Weintraub disse que não é justo e é ofensivo o fato de "a mídia e a comunidade quererem demonizar este homem antes que saibam de toda a história". Schlachet afirmou que detalhes da inocência de Castro "serão divulgado no decorrer do processo".

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Weintraub disse também que Castro "ama muito" a filha que teve com a suposta vítima de sequestro Amanda Berry. Ele é acusado de sequestro e estupro de Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight. As informações são da Associated Press.

O norte-americano Ariel Castro foi indiciado nesta quinta-feira por estupro e sequestro, dias depois de três mulheres que estavam desaparecidas havia cerca de uma década aparecerem em sua casa. Ele compareceu ao tribunal na manhã desta quinta-feira.

Castro olhou para o chão enquanto os advogados falavam com o juiz, que estabeleceu uma fiança de U$ 2 milhões para cada caso.

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A polícia disse ter conversado longamente tanto com Castro, que é ex-motorista de ônibus escolar, e com as três mulheres para montar o caso. Embora não tenha divulgado muitos detalhes, a polícia informou que as mulheres foram mantidas dentro da casa de Castro durante praticamente todo o tempo nos últimos dez anos.

As três desapareceram em circunstâncias diferentes entre 2002 e 2004 e foram encontradas na segunda-feira, depois de uma delas conseguir sair da casa e entrar em contato com a polícia. As informações são da Associated Press.

Três mulheres que estavam desaparecidas havia cerca de uma década foram encontradas na segunda-feira numa casa nas proximidades do centro de Cleveland. Segundo a polícia, elas podem ter sido mantidas amarradas em cativeiro durante anos. Três irmãos foram detidos por ligação com o caso.

Na noite de segunda-feira, uma multidão se formou na rua próxima à casa onde, de acordo com o chefe de polícia, Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight foram mantidas desde que desapareceram. As mulheres pareciam saudáveis e foram levadas para o hospital para avaliação e em seguida encontrariam seus familiares. A polícia disse que uma criança de 6 anos também foi encontrada na casa, mas sua identidade ou relacionamento com os moradores não foi revelado.

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Vizinhos disseram ter ouvido batidas na porta, gritos de pedido de ajuda e tentativas desesperadas de sair da casa. O vizinho Charles Ramsey disse à WEWS-TV que viu Berry, a quem não reconheceu, perto da porta, que abria apenas o suficiente para a passagem de uma mão. "Eu ouvi gritos", disse ele. "Saí e vi a garota tentando desesperadamente sair da casa."

Anna Tejeda, que mora do outro lado da rua, disse que Berry estava nervosa, chorando e parecia estar vestindo pijama e sandálias velhas depois de derrubar a tela da porta e escapar para chamar a polícia.

Ao falar com a polícia, Berry declarou: "eu sou Amanda Berry. Estou no noticiário há 10 anos". Ela disse que foi levada por alguém e implorou que os policiais fossem até a casa, no lado oeste de Cleveland, antes que ele voltasse. "Eu fui sequestrada e estou desaparecida há 10 anos", afirmou ela. "Estou aqui. Estou livre agora."

Berry desapareceu aos 16 anos em 21 de abril de 2003, quando ligou para sua irmã e disse que estava pegando uma carona para casa, depois de sair do Burger King, onde trabalhava. DeJesus desapareceu aos 14 anos quando voltava da escola para casa, cerca de um ano mais tarde. Elas foram encontradas a poucos quilômetros de onde desapareceram.

A polícia informou que Knight desapareceu em 2002 e agora tem 32 anos.

A polícia disse que um dos irmãos detidos, de 52 anos, vive na casa e que os outros, de 50 e 54 anos, moram em outro lugar. As autoridades não divulgaram os nomes nem qualquer detalhe sobre eles, ou mesmo as acusações que podem ser abertas contra o trio.

Julio Castro, dono de uma mercearia a meio quarteirão de onde as mulheres foram encontradas, disse que o homem que morava na casa é seu sobrinho, Ariel Castro. Berry também identificou Ariel Castro pelo nome ao ligar para a polícia. As informações são da Associated Press.

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