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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão que gerencia o abastecimento de energia no País, tem usado dinheiro da conta de luz para bancar serviços sem nenhuma relação com suas obrigações. A lista de gastos, apurou o jornal O Estado de São Paulo, inclui a contratação sem licitação de empresas de massoterapia para sessões de "shiatsu expresso", ao custo de R$ 307 mil. O ONS gastou ainda R$ 106 mil para que servidores participassem de corridas de rua, além de almoços em restaurantes de luxo.

As informações foram obtidas pelo jornal O Estado de São Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e fazem parte de relatório da Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira (SFF) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O órgão analisou as prestações de contas de 2014 a 2018 do ONS.

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O Operador é uma associação civil privada sem fins lucrativos, mas tem 97% de seu orçamento bancado por tarifas cobradas na conta de luz. Só 3% de seus custos são pagos pelas empresas do setor elétrico. Por isso, cabe à Aneel fiscalizar o uso.

O levantamento aponta que R$ 69.720 foram usados para "premiar" funcionários. Há caso de um funcionário que, a título de reconhecimento, gastou R$ 5.790 em hospedagem e em um almoço na churrascaria Fogo de Chão, em Brasília. Outro pagou conta de R$ 1.450 depois de curtir jantar no restaurante Pobre Juan, enquanto um servidor preferiu deixar R$ 1.450 no Adegão Português, também em Brasília. Houve ainda um funcionário que partiu para o Royal Termas Resort, de onde trouxe uma conta de R$ 3.860.

A Aneel acusa o órgão de fazer uma administração "relapsa e desidiosa". Por fim, pede a devolução de mais de R$ 13 milhões, por entender que o Operador não conseguiu comprovar a necessidade das contratações.

Ao tentar explicar o gasto de R$ 307 mil com massoteparia, sem licitação, o ONS respondeu que "havia dificuldades em conseguir empresas com profissionais formados em fisioterapia e com registro no Conselho Regional de Fisioterapia (Crefito)". Sobre as corridas de rua, argumentou que queria "realizar ações que motivem seus empregados a adotar um estilo de vida mais saudável".

O levantamento aponta ainda aumentos de pagamentos de horas extras, adicional noturno, serviços de táxi, entre outros, que mais que dobraram nos últimos anos, sem haver uma mudança de quadro de profissionais que justificasse esse comportamento. Há críticas ainda ao aumento de custos com benefícios e vantagens recebidas pelos diretores e custeados pelo ONS.

O órgão nega a maioria das irregularidades, mas diz que fará ajustes. Procurado pelo jornal O Estado de São Paulo, o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, afirmou que vem esclarecendo todas as informações. Disse que o ONS "segue práticas de gestão em linha com o mercado, em especial as empresas do setor elétrico". Já a Aneel declarou que o assunto ainda não foi apreciado pela diretoria.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) trabalha com a expectativa de recuperação do nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, consideradas a "caixa d'água" do sistema elétrico, ao longo de abril, mas o sinal de alerta amarelo deverá seguir ligado, ainda alimentando o temor do mercado sobre um possível racionamento de energia este ano. As usinas devem registrar ao final do mês que vem um nível de armazenamento de 40,7%, pouco acima do nível atual de 36,02%.

A melhora nas chuvas é a principal explicação para a recuperação do nível dos reservatórios. Para abril, a previsão é que as afluências fiquem em 83% da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste. Para efeito de comparação, a afluência em março foi de 64% nessas regiões. As chuvas no Sul e no Norte continuarão em níveis elevados, em torno de 120% e 98% da média histórica, respectivamente, no próximo mês.

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O nível dos reservatórios ao final de abril é um dado importante porque o período de chuvas no Brasil se encerra no mês que vem. As projeções devem alimentar o temor do mercado sobre um possível racionamento de energia em 2014.

Isso porque o nível de 40,7% é inferior ao patamar de 43% que o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse ser necessário para garantir o fornecimento sem riscos até 2015. O tema foi amplamente discutido por analistas de mercado em relatórios no começo desta semana.

Surpresa

Mas há quem tenha uma visão menos pessimista da situação. Embora admita que a situação atual requeira cuidados, o diretor-presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Junior, afirmou que o período seco, que se estende de maio a outubro, pode surpreender.

Ao analisar os últimos 10 anos, o executivo observou que as afluências em todo o País ficaram, na média, em 105% da média histórica durante o período. Ou seja, a época de estiagem tem sido regularmente mais chuvosa do que os dados históricos sugerem.

Se esse comportamento se repetir no período seco deste ano, as simulações feitas pela companhia mostram que o nível de armazenamento de todo o sistema iniciará novembro em 40,5%, minimizando os riscos de um eventual racionamento.

Para alcançar esse nível, os cálculos da CPFL consideram o despacho térmico a pleno vapor - para a primeira semana de abril, a geração das térmicas deve somar 16,9 mil MW médios, excluindo da usina Angra 1, parada a partir de hoje para reabastecimento do combustível nuclear. Além da melhora da hidrologia, Ferreira disse que o sistema apresenta também melhores condições de afluência. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Com término marcado para a meia-noite deste sábado (16), o horário de verão economizou 2.477 megawatts (MW) no período de pico (entre as 18h e as 21h) nos estados em que foi implementado. Isso equivale a 4,5% da demanda máxima nos três subsistemas onde a mudança de horário vigorou. O balanço foi divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Em nota, o diretor-geral do ONS informou que, dos 2.477 MW economizados, 1.858 MW foram no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste; 610 MW no Subsistema Sul; e 9 MW no Subsistema Norte (onde apenas o estado do Tocantins adotou o horário de verão).

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A redução obtida no primeiro subsistema equivale a aproximadamente 55% da carga consumida durante o horário de pico da cidade do Rio de Janeiro, onde vivem 6,4 milhões de pessoas, ou duas vezes a carga no horário de pico de Brasília, que tem 2,6 milhões de moradores.

A economia verificada no Subsistema Sul equivale a 75% da carga no horário de pico de Curitiba (com 1,8 milhão de habitantes), e a obtida no Subsistema Norte, a 10% da carga no horário de ponta da cidade de Palmas (228 mil habitantes), informou a nota do ONS.

Com a implantação do horário de verão, a segurança operacional do sistema elétrico nacional é beneficiada graças à diminuição dos carregamentos na rede de transmissão. Segundo o governo, a mudança do horário possibilita também uma melhor manutenção de equipamentos e a redução de cortes de carga em situações emergenciais, além de favorecer a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.

O ONS disponibilizou em seu portal a redução verificada na demanda por estado.

O horário de verão está em vigor desde a meia-noite do dia 20 de outubro de 2012. No próximo sábado à meia-noite, os relógios devem ser atrasados em uma hora.

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