Tópicos | Queda do líder

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) aparece em um áudio, revelado pelas revistas Época e Crusoé, fazendo articulações para a retirada do deputado Delegado Waldir (GO) do posto de líder do PSL na Câmara. Waldir tem se colocado a favor do presidente nacional do partido, deputado Luciano Bivar (PE), e vem criticando atitudes de Bolsonaro. 

"Olha só, nós estamos com 26, falta só uma assinatura pra gente tirar o líder, tá certo, e botar o outro. E gente acerta, e entrando o outro agora, em dezembro tem eleições para o futuro líder a partir do ano que vem", diz o presidente na gravação.

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"A maneira como tá, que poder tem na mão atualmente o presidente, o líder aí? É o poder de indicar pessoas, de arranjas cargo no partido, é promessa pra fundo eleitoral pro caso das eleições... é isso que os caras têm. Mas você sabe que o humor desses caras muda, de uma hora pra outra, muda", acrescenta Bolsonaro. 

Ouça a gravação completa:

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De acordo com as regras da Câmara dos Deputados, o líder partidário é escolhido através de um documento assinado pela maioria absoluta dos membros da bancada e encaminhado ao presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

Na noite dessa quarta, o líder do governo da Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), anunciou que 27 deputados assinaram um requerimento para que o novo líder do PSL fosse o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente. Logo depois, o Delegado Waldir apresentou um documento com 31 assinaturas asseverando seu nome e solicitando a retomada da liderança

O deputado Leonardo Quintão (MG) é o novo líder do PMDB na Câmara dos Deputados. A mudança foi anunciada há pouco pela Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados e aconteceu após o próprio Quintão e os deputados Darcísio Perondi (RS) e Osmar Terra (RS) protocolarem um pedido de destituição do antigo líder do partido na Casa, Leonardo Picciani (RJ). O requerimento tem 35 assinaturas, uma a mais do que o necessário para substituir o líder, uma vez que o partido conta com 66 parlamentares.

O desejo dos parlamentares de destituírem Picciani do posto foi baseado no apoio dele ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e após ele se negar, na última segunda (7), a indicar peemedebistas antigoverno para integrarem comissão especial do impeachment. Mesmo ocupando a vice-presidência da República, o PMDB está dividido no apoio ao impeachment. 

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De acordo com Osmar Terra, um dos líderes do movimento contra Picciani, o correligionário foi "totalmente insensível" ao pedido da ala pró-impeachment para que dividisse as oito indicações da legenda para comissão especial. "Se tivesse dividido 5/3 ou 4/4, não teria havido ruptura. Mas ele disse que ia exercer a prerrogativa de líder para indicar quem fosse mais adequado", contou. "Agora vai pagar o preço de não ter sido líder da bancada, mas do governo", acrescentou.

 

 

 

 

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