A Argentina está na final da Copa do Mundo no Brasil graças ao goleiro Romero, que defendeu dois pênaltis - mesma atuação do reserva holandês contra a Costa Rica. Os hermanos percorreram todo caminho planejado e sacramentaram a classificação nesta quarta-feira (9), na Arena de São Paulo, com a vitória sobre a Holanda por 4 a 2 nas penalidades. Mas, os argentinos não encontrarão os brasileiros do outro lado do campo. Enfrentarão a Alemanha, que venceu, eliminou e ganhou o conquistou o respeito dos brasileiros.
A Holanda entrou em campo com uma derrota engasgada no goela. Há 32 anos perdeu a final da Copa para a Argentina. Foi o primeiro título albiceleste, assim como a primeira vez que a Laranja Mecânica amargou o vice-campeonato. Nesta quarta-feira (9), os holandeses confiaram a vitória à inteligência do técnico Louis van Gaal e à canhota de Arjen Robben. Não tiveram nem um, nem outro. Também não teve o goleiro defensor de pênaltis Tim Krul.
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Com apenas um minuto de jogo, a torcida já gritava “olé” para cada passe completado pela Holanda. Os holandeses entraram com a formação de sempre e mentalidade de nunca. Frios como a noite desta quarta-feira na cidade de São Paulo: 15° C.
A bola correu de pé em pé holandês e seguia para lugar nenhum. De uma lateral a outra do campo, a Holanda cozinhou o jogo e a Argentina se viu seduzida. O sentimento hermano foi de pura impotência. E até de saudade do meio-campista Di María. Messi sozinho não conseguia passar da barreira Laranja. Numa das melhores chances, cobrou falta da entrada da área. Defendida sem dificuldades por Cillenssen.
O Itaquerão abrigou 63.267 torcedores. Dentre eles estavam os argentinos e, em maioria, os antiargentinos – um grupo formado por holandeses e brasileiros. Pode-se dizer que ninguém gostou do jogo. Pelos menos dos 120 minutos. Chances claras de gol foram poucas, dá para contar nos dedos e economizar.
A Holanda queria mesmo era os pênaltis. Eles vieram, mas sem o mesmo sabor do jogo contra a Costa Rica. O técnico Louis van Gaal optou por fazer as três substituções com jogadores de linha e deixar o goleiro Cillessen. Errou! Tim Krul, que defendeu duas cobranças costarriquenhas, fez falta. Romero fez o papel dele: defendeu as tentativas de Vlaar e Sneijder. Sinto muito dizer, mas a Argentina está na final. Vamos, Alemanha!
FICHA DE JOGO
HOLANDA 0 (2)
Cillessen, De Vrij, Vlaar e Martins Indi (Janmaat); Kuyt, De Jong (Clasie), Wijnaldum, Sneijder e Blind; Robben e Van Persie (Huntelaar). Técnico: Louis Van Gaal
ARGENTINA 0 (4)
Romero; Zabaleta, Demichelis, Garay e Rojo; Mascherano, Biglia, Enzo Pérez (Palacio) e Messi; Lavezzi e Higuaín (Aguero). Técnico: Alejandro Sabella
Local: Estádio de Itaquera (São Paulo)
Árbitro: Cuneyt Cakir (Turquia)
Assistentes: Bahattin Duran e Tarik Ongun (ambos da Turquia)
Cartões amarelos: Martins Indi – HOLANDA; Demichelis – ARGENTINA
Público: 63.267
Pênaltis: Vlaar (defendido), Robben (gol), Sneijder (defendido), Kuyt (gol) - HOLANDA; Messi (gol), Garay (gol), Aguero (gol), Maxi Rodriguez (gol) - ARGENTINA