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O número de homicídios registrados no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife, foi reduzido. A queda nos últimos oito anos foi de quase 82%. Em 2008, cerca de dez mortes eram registradas mensalmente, enquanto nos sete primeiros meses de 2013 foram contabilizados um total de 12 homicídios. 

Os dados foram divulgados pelo comandante do 19º BPM, capitão França, durante o Comitê Intragovernamental do Programa Governo Presente de Ações para a Cidadania. A redução foi atribuída à intensificação do trabalho preventivo realizado por cerca de 100 policiais na região e ao aumento de viaturas. Os veículos passaram de quatro, em 2008, para sete. 

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De acordo com a Secretaria de Articulação Social e Regional (Seart), o comitê tem o objetivo de reunir representantes dos poderes públicos e de organizações não governamentais para discutir as necessidades da comunidade e preparar as futuras ações nos Territórios Especiais de Cidadania (TECs). 

Durante o comitê, foram apresentadas as atividades que vêm sendo realizadas neste TEC. Em 2013, o Programa Governo Presente realizou três Ocupações Sociais de Impacto na área, com mais de 7.700 atendimentos diretos à população. 

“O nosso grande desafio é planejar e atuar de forma integrada para que as políticas públicas possam chegar à população que delas necessitam”, explicou a gerente de Apoio à Gestão Democrática Regionalizada, Marta Figueiredo.

Fórum e Ocupação – A partir das 19h, desta quarta-feira (31), será realizado o Fórum Social Territorial na Escola Municipal Simões Barbosa, Ibura de Baixo. O evento servirá para que sejam apresentadas as necessidades e discutir soluções para os problemas do TEC. 

Com informações da assessoria

Moradores da comunidade Vila Oliveira, localizada no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, se reuniram com representantes da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), e da Secretaria de Articulação Social e Regional (Seart) nesta segunda-feira (7). No encontro, que durou mais de 2h e ocorreu a portas fechadas na sede da Companhia, ficou decidido que as famílias receberão, provisoriamente, o auxílio-moradia no valor de R$ 151 e poderão ser acolhidas em abrigo. A quantia deverá ser paga a partir da próxima segunda-feira (12). Outra possibilidade é a relocação dos moradores para habitacionais construídos pelo governo. 

De acordo com o presidente interino da Cehab, Paulo Lócio, o governo estadual está do lado das famílias e paralelamente às medidas provisórias estará acompanhando o processo jurídico, juntamente com a Seart, a Procuradoria Geral do Estado e a Pernambuco Participações e Investimentos (Perpart). “O pessoal da Perparte já está atuando nesse processo e a partir de hoje a Cehab também se coloca a disposição”.

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Coforme Lócio, os moradores possuem o título de posse dos terrenos e muitos deles, cerca de 90%, já haviam o registro no cartório de imóveis. O terreno onde a comunidade Vila Oliveira foi construída pertencia a Santa Casa e foi vendido ao Governo do Estado, sendo posteriormente doado aos moradores. “Os títulos de posse foram dados às famílias em 2006 e a Cehab reconhece a legitimidade desses documentos. Por isso vamos defender judicialmente esse processo. Vamos tentar derrubar a liminar que reconhece a invalidade dos títulos de posse da Cehab”, afirmou Paulo. 

A advogada dos moradores, Maria José do Amaral, também participou da reunião. Segundo ela, houve abuso de poder na ação realizada na comunidade nessa terça-feira (6). “A ordem de despejo era para apenas três imóveis e todas as famílias foram retiradas. O documento também solicitava a entrega da posse e não a demolição”, explicou a advogada. 

Segundo Maria José, uma perícia duvidosa, e que será contestada por ela, entendeu que o terreno pertencia ao casal, que reivindica a posse do espaço. "A justiça reconhece o casal como donos e a Cehab reconhece o título de posse dos moradores". A advogada também adiantou que moverá cinco ações, cada uma no valor de R$ 6 milhões, totalizando R$ 30 milhões. Conforme Maria José, as ações são pelos danos morais, materiais, violação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), violação o Estatuto do Idoso e os traumas psicológicos sofridos pelos moradores. 

“Uma das ações é contra o Estado, devido ao posicionamento do oficial de justiça Alberto Maia. As outras cinco serão movidas contra o casal que se diz proprietário do terreno. E em todas elas eu vou pedir a antecipação de título (pagamento adiantado), pois muitas dessas pessoas trabalhavam naquele local e não vão conseguir viver com R$ 151”, afirmou. Havendo resultado positivo, o valor seria dividido entre os cerca de 100 moradores, que residiam na Vila Oliveira.

Entenda o caso - De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) o processo de retirada das famílias teve início em 1993. Um casal, Paulo Roberto Fonseca dos Santos e Dulcinea Maria Fonseca dos Santos, alegou ser dono do terreno. Em 2009, o juiz Franciso Julião deu ganho de causa às famílias. Já no ano passado,o desembargador Adalberto de Oliveira Melo julgou procedente o recurso do casal. As famílias só podem recorrer agora ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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