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O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, defendeu, nesta quinta-feira (28), que o Nordeste seja “vanguarda” na instalação de uma nova estratégia de desenvolvimento nacional. Durante uma reunião com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e secretários estaduais, Unger detalhou que o modelo seria baseado na ampliação de oportunidades produtivas econômicas e educacionais. 

Para o protagonismo nordestino, o ministro frisou que a região precisa, inicialmente, criar uma estratégia própria. “Discutimos a combinação desta estratégia interna do nordeste com o movimento que os governos locais fariam dentro da federação (...), inclusive, estabelecendo organizações controladas pelos nordestinos para o desenvolvimento da região”, resumiu. 

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“Hoje as organizações que tratam do desenvolvimento do nordeste são todas federais, como a Sudene, a Codevasf e o Banco do Nordeste. O Nordeste precisa ter boas instituições próprias, para orquestrar a sua estratégia e combinar este movimento interno da ação política dentro da federação que levante as travas que hoje pesam sobre o desenvolvimento”, acrescentou. De acordo com Mangabeira, as áreas prioritárias para o estabelecimento deste novo modelo seriam a educacional, tributária e ambiental.

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O governador Paulo Câmara também identificou a necessidade de ampliar as potencialidades nordestinas e se colocou à disposição do ministro para difundir a ideia entre os governadores da região.  "Já me prontifiquei junto ao ministro e aos colegas governadores para identificarmos estratégias que façam a região avançar em alguns pontos. Pensar o Nordeste do futuro diante dessa realidade que estamos vivendo. Uma agenda em favor do desenvolvimento de longo prazo, que exige muitas mudanças importantes de atitude, principalmente no cenário desafiador onde se exige mais preparação dos Estados", argumentou o socialista.

A presidente Dilma Rousseff iniciou o discurso em cerimônia de posse do novo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, agradecendo ao antecessor, Marcelo Neri. "O professor Marcelo Neri nomeou aquele que seria um novo fenômeno, o surgimento da nova classe média no Brasil. Seis anos depois da chegada dele, é inquestionável que esse conceito se tornou uma peça-chave, uma das melhores descrições do processo em curso, de crescimento econômico com distribuição de renda", disse, em referência às "transformações que ocorreram desde 2003".

Dilma disse que o governo conseguiu reduzir a desigualdade e que Neri ajudou a entender melhor as transformações em curso no País "tanto no que diz respeito aos ganhos de renda, mas também ao acesso a educação, saúde, e os efeitos de todo esse ganho". Ela completou dizendo que Neri ajudou a entender o "novo perfil que a sociedade brasileira adquiriu".

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"Registro aqui meu caloroso agradecimento ao Neri em seu trabalho no Ipea e na SAE. Desejo imenso sucesso nas novas atividades do professor e quero dizer que, do ponto de vista do governo, queremos sempre contar com sua contribuição em outras esferas. Acredito que ele é responsável por inspirar avanços que conquistamos em políticas sociais", concluiu.

Dilma foi a única a discursar na cerimônia de posse de Mangabeira Unger na Secretaria de Assuntos Estratégicos, em substituição ao ministro Marcelo Neri. O evento ocorreu no Palácio do Planalto.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, comunicou na noite desta terça-feira, 3, que o professor Mangabeira Unger irá assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos, em substituição ao atual titular da pasta, Marcelo Néri. Em nota, a Secom informa que Dilma "agradeceu a competência, dedicação e a lealdade" do ministro Néri. Às 10h desta quinta-feira, 5, ocorrerá no Palácio do Planalto a cerimônia de posse do novo ministro.

Em época de articulação dos partidos para as mudanças nos ministérios da presidente Dilma Rousseff, a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), ocupada pelo ex-governador do Rio e ex-deputado Wellington Moreira Franco, é o símbolo da insatisfação do PMDB com os cargos no primeiro escalão. Sem potencial eleitoral, ele é chamado às vezes de "ministério do futuro": faz estudos sobre temas diversos e produz propostas de políticas públicas, mas não executa as ações e acaba ofuscada pelos ministérios executores.

"O produto que temos a oferecer é seminário e seminário não elege ninguém", diz Moreira Franco, depois de enumerar uma série de projetos em andamento na SAE - cujo orçamento, para 2013, é de R$ 26,5 milhões. A agenda do ministro no último ano mostra, de fato, uma série de palestras, mesas redondas e seminários, encontros com diplomatas e visitantes estrangeiros e seis viagens internacionais (Bruxelas, Santiago, Madri, Estocolmo, Genebra e Seul). Nada de inauguração ou audiência com Dilma.

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A queixa no PMDB não é com as funções do ministério, mas com sua falta de peso político. "Chamar a SAE de ministério é piada. A diferença entre o status de ministério da SAE e sua real dimensão é a mesma entre o poder que acham que o PMDB tem e o que o partido tem na prática", diz o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

A SAE é apenas um exemplo. Os peemedebistas têm-se queixado por terem cinco ministérios, mas nenhum deles de grande expressão. E, para decepção de muitos, no sábado (02), a presidente Dilma, convidada da convenção do PMDB, em Brasília, fez seguidos elogios ao partido e a seu líder, o vice-presidente Michel Temer - mas nada falou sobre repetir com ele, em 2014, a dobradinha PT-PMDB.

"A SAE poderia ser um belo instrumento se participasse de fato da formulação. O que importa é a missão política que se dá ao cargo. Não vamos brigar por ministério, mas para participar das decisões. O ministério do Gilberto Carvalho (chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República), por exemplo, não executa ações mas é ouvido", comparou Cunha.

Ligado ao vice-presidente Michel Temer e representante do PMDB na campanha de Dilma em 2010, Moreira evita comentar o prestígio da pasta. Prefere destacar os seus focos de atenção - primeira infância, sustentabilidade da classe média, estímulo ao investimento em florestas plantadas. O ministro tem profissionais experientes sob seu comando. O economista Ricardo Paes de Barros, um dos maiores especialistas no estudo da pobreza, é o secretário de Ações Estratégicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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