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A prefeitura de Olinda anunciou, nesta segunda-feira (29), medidas de apoio financeiro à olindenses neste período de pandemia da Covid-19, dentre elas o pagamento de auxílio de R$ 600 a trabalhadores de diversos setores. Segundo a prefeitura, logo após os anúncios, os projetos de lei que regulamentam as medidas foram assinados e encaminhados à câmara dos vereadores.

Dentre as medidas anunciadas pelo prefeito Professor Lupércio está o auxílio de R$ 600, divididos em três parcelas de R$ 200, que atenderá trabalhadores como tapioqueiras, artesãos, barraqueiros da praia, condutores escolares e guia turísticos. De acordo com a gestão, o pagamento começará 15 dias após a publicação da Lei, que ainda tem que ser aprovada pela Câmara de Vereadores de Olinda.

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Também foram apresentadas a prorrogação da segunda parcela do Cartão de Inscrição Municipal (CIM), que vence no segundo semestre de 2021 e o subsídio de R$ 1 milhão de auxílio para os artistas, agremiações e catadores.

“É mais um esforço da Prefeitura de Olinda neste momento tão desafiador. Estamos mostrando, mais uma vez, que estamos juntos dos olindenses e vamos continuar trabalhando para que possamos, ao lado da nossa gente, trazer políticas públicas para todas as pessoas que estão sendo impactadas na pandemia”, declarou Lupércio.

[Programar para domingo]

A experiência que os estudantes que participaram do Programa Ganhe o Mundo (PGM), do Governo do Estado, não se restringe à viagem de intercâmbio. Durante os jogos da Copa do Mundo em Pernambuco, pós-intercambistas do PGM foram convocados para atuar em alguns setores como tradutores. Foram selecionados sete jovens que trabalharão como intérpretes de língua inglesa e espanhola. Do total, quatro auxiliarão as tapioqueiras que foram capacitadas para vender a iguaria nordestina no evento, e três alunos recepcionarão a imprensa no estande do Governo do Estado. 

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Segundo Fabiola Lucena, coordenadora do PGM, a escolha dos estudantes foi uma solicitação da Secopa. Entre os requisitos, estava ser maior de 18 anos, ter fluência na língua estrangeira e ter afinidade com a Copa do Mundo. “A situação social também foi levada em conta. Como os alunos vão receber uma bolsa, privilegiamos aqueles que têm mais necessidade financeira”, comenta a coordenadora. Cada pós-intercambista vai receber um auxílio de R$ 200 por jogo. 

O interesse de trabalhar na Copa também é uma reivindicação dos próprios estudantes, que procuram oportunidades para treinar o que aprenderam na viagem. “Eles voltam do intercâmbio querendo praticar, e a copa é uma ótima chance. Além de que a experiência pode ser utilizada no futuro, no currículo”, afirma Fabiola. 

Para Marina Araújo, 18 anos, a troca de experiências é um grande motivador para o trabalho. A jovem, que passou quatro meses no Canadá através do PGM, vai trabalhar com as tapioqueiras no estande da Fan Zone, na ala de alimentação da Arena Pernambuco, como intérprete de inglês. “Vai ser muito legal, mais uma experiência cultural com as pessoas de fora. A convivência vai ser proveitosa”, conta. 

Foi a vontade de demonstrar o aprendizado obtido durante o intercâmbio que incentivou o estudante Joaldi Soares, 18 anos, a aceitar a proposta de trabalho na Copa do Mundo. “Estou esperando ganhar experiência. A gente sempre espera fazer valer o que aprende na viagem”, admite o jovem. Joaldi também vai trabalhar com as tapioqueiras na Arena Pernambuco. Sua viagem foi para o Chile, onde passou cinco meses.

Os pós-intercambistas do PGM vão passar por um programa de treinamento antes do início do mundial. O Programa Ganhe o Mundo, nos seus três anos de atividade, já levou para cursos de língua estrangeira mais de 2 mil estudantes. Em 2014, até o final de fevereiro, 465 pessoas já viajaram, de um total de 1.600 previstos até o fim do ano. Os beneficiados com o programa têm como destino países como Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália. Conheça as experiências de uma pós-intercambista aqui, no Portal LeiaJá.

A regionalidade da cultura pernambucana foi convocada para a Copa do Mundo da Fifa 2014. As tapioqueiras poderão comercializar em estande na Fan Zone do estádio. No total, dez pernambucandas que integram a Associação das Tapioqueiras do Recife Maria de Oliveira, foram selecionadas para comercializarem seus produtos durante os cinco jogos do Mundial. A proposta foi realizada através da parceria da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 em Pernambuco (SECOPA-PE) e a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo de Pernambuco (STQE).

O Secretário Executivo de Relações Institucionais da SECOPA-PE, Gilberto Pimentel, ressalta que será uma grande oportunidade para divulgar a gastronomia local. “A presença das tapioqueiras na Arena Pernambuco durante a Copa do Mundo acrescenta um importante toque regional à realização do megaevento aqui no Estado, além de servir como uma grande vitrine de um produto típico da gastronomia pernambucana para os turistas que virão assistir aos jogos”, disse Pimentel, segundo informações da assessoria de imprensa.

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Para participar, as tapioqueiras passaram por uma formalização e qualificação. Ao todo, 79 mulheres receberam cursos de empreendedorismo, inglês instrumental e práticas de manipulação de alimentos, com carga horária de 240 horas/aula. 

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Apenas um refletor ilumina a área onde estão instaladas as barracas das tapioqueiras da Praça da Sé, em Olinda, há pelo menos duas semanas. Com o espaço bastante escuro, o movimento caiu e elas, que trabalham de domingo a domingo, temem assaltos.

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Esta é a primeira vez que dona Zeinha passa por essa situação nos mais de 40 anos que ela vende tapioca na Sé. De acordo com ela, nos dias de semana as tapioqueiras fecham as barracas mais cedo e têm que ir para casa. “A gente trabalha com medo e porque precisa. Dia de domingo vem todo tipo de gente”, afirmou.

Não bastasse trabalhar no escuro, a falta de luz está atrapalhando no rendimento mensal de dona Zeinha, que nos fins de semana conta com a ajuda de mais duas pessoas. “Dia de semana a gente tem que ir pra casa cedo, dia de domingo que era pra ser melhor o pessoal tem medo de vir à noite”, defabafou.

Segundo as tapioqueiras, a energia foi cortada porque a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) identificou instalações irregulares que poderiam trazer risco, não só para as vendedoras, mas para os clientes.

O problema, no entanto, de acordo com Nailza de Souza, de 36 anos, que vende tapiocas desde pequena para ajudar a mãe, é que em agosto de 2011, elas foram relocadas voltando para a Sé quatro meses depois. O motivo seria a reforma da praça, por parte da prefeitura, e o serviço de fiação subterrânea, por parte da Celpe. “Em 2011, eles prometeram que iam embutir a energia e padronizar as barracas, mas até hoje a gente espera”, lamentou.

 Ainda de acordo com as tapioqueiras, nessa semana houve uma reunião entre as trabalhadoras da Sé, a Celpe e a Prefeitura. No encontro ficou acertado que até a terça-feira (24), a companhia iria instalar gambiarras até que a solução definitiva fosse tomada. “A gente confiou na palavra deles e até agora nada. Hoje já é sábado e continuamos no escuro”, relatou.

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