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Oficina de Estudos, curso pré-vestibular no Recife, anunciou a abertura de uma turma extra para a aula especial de resoluções de questões de ciências humanas da prova do Exame Nacional do Ensino Médio, no dia 21 de setembro.

A turma da manhã foi totalmente preenchida e o curso anunciou um novo horário das 14h às 18h da tarde. Os estudantes poderão comparecer à aula nesta quinta-feira (21) de forma on-line ou presencial, no Clube Internacional do Recife. 

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Três professores estarão presentes na aula e resolverão 45 questões de humanas, o mesmo quantitativo de uma prova do Enem de ciências humanas e suas tecnologias. 

As vagas são limitadas, com 400 vagas no presencial e 1.000 vagas no online. Os interessados podem se inscrever virtualmente no site do curso e garantir o link para a aula virtual e o material gratuito.

Após as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o sufoco na utilização das notas em programas que dão acesso ao ensino superior, recomeça a saga de preparação para os estudantes que não foram aprovados. Muitos deles buscam pré-vestibulares que os preparam para o próximo Enem.

Pré-acadêmicos e os frutos

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Para estudantes que já finalizaram o ensino médio, fazer um preparatório para o Enem torna-se ainda mais urgente e necessário. Pensando em ajudar esses jovens a alcançar o sonho de entrar nas instituições de ensino superior, são oferecidos vários cursinhos pré-vestibulares gratuitos, como Vestibular Cidadão, Projeto Rumo à Universidade (PRU), Ciranda Popular, Conexão Camará, SuperAção e Portal UFPE. 

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No ano de 2019, dentre os 3,9 milhões de vestibulandos que realizaram o Enem, estava a estudante Beatriz Magalhães, 18, que foi aluna do Vestibular Cidadão, do Recife. Ela foi aprovada no curso de secretariado. "Após o terceiro ano, eu me preparei para entrar no Vestibular Cidadão, porque além de não ter condições para pagar por um pré-vestibular, eu já sabia dos benefícios que poderia me trazer, já que contribuiu para que minha irmã mais velha conseguisse não só passar no curso que queria (arquitetura), mas que ficasse em primeiro lugar ”, enfatizou ao LeiaJá.

Muitos jovens que foram aprovados por meio desses pré-acadêmicos falam que gostariam de retornar aos cursos como voluntários do projeto. Assim aconteceu com o estudante Alyson Santos, 19, que foi aluno do Portal da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “O Portal como projeto me ajudou muito a conquistar meu ingresso na faculdade. E por causa disso eu quero voltar para ao projeto como voluntário para continuar e propagar o trabalho que eles fazem ao trazer conhecimento, interação e educação para pessoas de baixa renda e pessoas socialmente vulneráveis para conseguir ingressar na faculdade também”, afirmou.

Voluntários 

Voltar aos projetos é uma atitude que proporciona aprendizados para o vestibulandos e conta como experiência para a vida acadêmica dos voluntários, que já vão aprendendo técnicas em prol da atuação em sala de aula. Para além dessa experiência, os coordenadores dos pré-acadêmicos pontuam que, por ter o objetivo de “abraçar” os estudantes que não têm condições de arcar com os custos de um cursinho particular, os voluntários são cruciais para que o projeto continue a existir. 

O então coordenador e ex-aluno do projeto Vestibular Cidadão, Nemésio Oliveira, fala sobre o direcionamento e responsabilidade social que o curso tem com a comunidade. “Nosso público é a galera que não tem condição de pagar um cursinho pré-vestibular. Portanto, optamos por estudantes que terminaram o ensino médio em escola pública, ou estudantes de escola particulares na condição de bolsistas 100%”, destacou Oliveira. Ele reforça o trabalho realizado em coletividade: “Uma construção coletiva de conhecimento e aprendizado, como gostamos de falar: mais que um cursinho, uma oficina de cidadãos”, pontuou ao LeiaJá.

Os pré-acadêmicos sobrevivem com voluntários e doações. Outra fonte para manter os recursos utilizados durante o ano letivo é a solicitação de uma valor simbólico no ato da inscrição. Essa quantia é individual e prevista nas condições de ingresso ao pré-vestibular.  

Confira os pré-acadêmicos gratuitos e inclusivos de Pernambuco:

Vestibular Cidadão

Local: Universidade Federal de Pernambuco, campus Recife

Inscrições: 02 de março a 13 de março

Mais informações

Ciranda Popular (Recife)

Local: Morro da Conceição, Zona Norte da capital.

Inscrições: Até 20 de fevereiro

Mais informações

Ciranda Popular (Garanhuns)

Local: Garanhuns, região Agreste do estado.

Inscrições: Até 20 de fevereiro

Mais informações

Projeto Conexão Camará

Local: Associação dos moradores Vila da Pedreiras, localizado em Camaragibe.

Inscrições: de 17 de março até 26 de setembro

Mais informações

SuperAção

Local: Centro Acadêmico do Agreste, UFPE

Inscrições: 17 de fevereiro a 02 de março

Mais informações

Portal UFPE

Local: Universidade Federal de Pernambuco, campus Caruaru

Inscrições: Encerradas, próxima entrada em julho. 

Mais informações

Projeto Rumo à Universidade (PRU)

Local: Universidade Federal de Pernambuco, campus Recife

Inscrições: Encerradas, sem data prevista para abertura de vagas.

Mais informações

O Dia do Vestibulando, comemorado nesta terça-feira (24), é um dia para homenagear os estudantes que passam pela pressão pré-vestibular. Ansiedade, nervosismo, dificuldades fazem parte da rotina desses alunos que, mesmo diante de tudo isso, continuam persistindo para que o sonho de cursar uma universidade se torne realidade.

 Com o término das inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), os estudantes, tanto do último ano do Ensino Médio quanto dos cursinhos, começaram a aumentar a carga horária de estudos e definem realmente qual será o curso que desejam cursar nos próximos anos.

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A aluna do 3º ano do Ensino Médio Adriane Medeiros, que sonha em cursar Direito, diz que mesmo estudando e tirando notas boas se sente insegura por não ter certeza do que pode vir na prova. “Eu acho que por mais que a gente estude, tire só notas altas, dê o nosso melhor, sempre vamos ficar com uma insegurança, até porque não sabemos exatamente como tal assunto vai cair. Podem cair questões que temos mais dificuldade e outras que somos mais ‘íntimos’, então fica aquela dúvida se estamos ou não preparados”, explica.

Esse é o primeiro ano de Iury Azevedo em um cursinho. Ele sonha em cursar Medicina em uma universidade pública e diz que sua jornada de estudo é de 5 a 6 horas por dia. O estudante faz curso de redação, além de estudar de acordo com as bases do Enem. A jornada de estudos é intensa, mas vale a pena quando pensa no objetivo que deseja alcançar. “Eu estudo seguindo as bases do Enem e as áreas de competência, ou seja, se no primeiro dia eu vou ter Ciências da Natureza e Ciências Humanas, na segunda-feira de manhã vou estudar Ciências Humanas e de tarde eu vou estudar Ciências da Natureza. No outro dia eu vou estudar Linguagens e Matemática, porque no segundo dia de prova eu vou ter Linguagens e Matemática. Eu vou treinando o meu cérebro segundo o que eu vou precisar no dia. Se no primeiro dia eu vou precisar envolver Natureza com Humanas, eu vou estar treinado a ter os dois raciocínios no mesmo dia. Além disso, faço três redações por semana”, diz.

Estêvão Fragallo é calouro de Direito da UFPA (Universidade Federal do Pará) e disse que no último ano do Ensino Médio a dedicação era muito maior do que nos outros anos do ensino básico. “O tempo de estudo por dia variava. Nos dias de retorno do colégio, eu estudava durante duas horas à noite. Nos demais dias, estudava de quatro a seis horas. Nos fins de semana, era bem flexível”, explica. Ele foi aprovado no vestibular no ano passado, já na primeira tentativa. “Quando eu passei fiquei obviamente muito contente, com a sensação de que nada que fiz durante todo ano passado foi em vão. Mas senti que valeu a pena mesmo ao começar o curso e ter visto que batalhei pelo objetivo certo”, disse o calouro.

Para Mytia Cerveira, coordenadora do pré-Enem de um colégio particular em Belém, o vestibular mudou após a adesão do Enem como processo seletivo das universidades. "Isso fez com que o preparo dos alunos mudasse também, ele não deve apenas estudar conteúdo, mas deve estudar com base nas competências e habilidades exigidas pela prova do Enem. É necessário trabalhar com o aluno cada área de conhecimento de acordo com essas competências e habilidades, baterias de exercícios e atividades para que eles reproduzam o que aprenderam é fundamental”, explica. Segundo ela, os alunos aprendem quando exercitam os conteúdos que aprenderam em sala de aula.

Segundo Mytia, os alunos precisam realizar simulados que se assemelham à prova do Enem periodicamente, para que ele seja condicionado a se acostumar com esse tipo de prova. “Fazemos trabalhos também mediante a orientação deste aluno quanto ao tempo diário de estudo em casa, no mínimo quatro horas por dia, e no âmbito emocional ele também precisa ser orientado. Por ser um ano de carga emocional intensa, de abdicações e dedicação, o aluno precisa trabalhar o equilíbrio e isto também cabe a nós proporcionar juntamente com a família”, explica.

O aluno de cursinho Iury diz que, para ele, a prova de vestibular não avalia de forma correta os conhecimentos dos estudantes. “Acho que o aluno deveria ser avaliado desde o início do Ensino Médio sem precisar de provas. Que tivesse vagas pra todos os alunos. E as provas de vestibular não são para medir conhecimentos, são para eliminar pessoas”, afirma.

Por Irlaine Nóbrega e Letícia Aleixo.

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