Nem os mais otimistas alvirrubros esperavam vencer o Sport da forma como aconteceu na Arena de Pernambuco. O Timbu sobrou para cima do rival e saiu de campo com uma bela vitória sem sofrer sequer uma chance de gol adversária. Roberto Fernandes credita parte desse bom desempenho ao jogo 'menos pressionado' para o jovem time alvirrubro.

"Foi a primeira vez sem ansiedade, ou pressão para vencer. Talvez por isso conseguimos um resultado tão legal. A gente não tinha obrigação de propor durante os 90 minutos. Para quem está no início, esse ponto é importante. Um dos fatores do rebaixamento ano passado é que o Náutico não era um bom mandante, era 'casa de mãe joana', agora ele está invicto em casa. É manter isso para buscar o equilíbrio fora", afirmou o técnico.

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Desde 1992 o Náutico não conseguia vencer o rival por um placar tão largo. O comandante alvirrubro se mostrou muito satisfeito com o resultado e conta que não precisou motivar seus atletas para alcançar um desempenho tão acima da média. Acostumado aos clássicos contra o rubro-negro, Roberto lembrou que sempre viu equilíbrio nos jogos.

"A preocupação maior de motivação é quando enfrentar um time no qual a obrigação é toda sua. Então você acha que vai ganhar de qualquer forma. O clássico não precisa falar disso, todo mundo quer jogar. É o terceiro clássico mais antigo do Brasil, então é especial. Se fazia tanto tempo que o Náutico não vencia por tanto, é bom que quebra um pouco esse paradigma. Era uma estatística muito equilibrada nos meus jogos com o Sport. Três vitórias para cada e quatro empates. Mas nada disso entra em campo, então o que vale é o que fizemos", disse.

O dedo do treinador ficou evidente, ainda mais vindo de um 3x0 sofrido para o Central. Em meio às mudanças na equipe titular, uma chamou atenção sobre as demais; Wallace jogando de centroavante. Não foi a primeira vez para o meia, afinal foi com o próprio treinador que ele atuou dessa forma na última vez.

"Nada que a gente faz é mero acaso. Wallace em 2016 foi fundamental no Confiança atuando como camisa 9. O grande responsável para sair da zona de rebaixamento na Série C e quase conseguindo o acesso. Naquela ocasião, ele encaixou muito bem na função. Sabíamos que ele poderia fazer isso e aguardávamos o momento para acontecer. Quando vimos a sequência de jogos, demos oportunidade aos homens de ofício. Porém esse jogo cobrava o máximo de equilíbrio e da nossa capacidade", revelou Fernandes.