O apelo pela volta da exigência do diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista não é de agora. Ele surgiu ainda em 2009. Em junho daquele ano, o Supremo Tribunal Federal decidiu acabar com a obrigatoriedade.
Claro que a decisão provocou reações de representantes de entidades profissionais e de nomes da sociedade civil organizada. As movimentações ecoaram no Congresso Nacional, onde tramita a Proposta de Emenda Constitucional 33, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).
Eu, que além de médico sou jornalista por formação, sempre defendi a obrigatoriedade do diploma. Para mim, o diploma não é um anacronismo, mas uma exigência para o bom exercício da profissão. É uma conquista da sociedade e nada tem a ver com o fim da liberdade de expressão. Por isso temos que lutar para assegurar este direito
Na semana passada fui ao plenário defender agilidade na votação do projeto. Pedi, inclusive, ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para que coloque em votação a PEC. Esse é, inclusive, um compromisso assumido ainda em maio por diversos líderes de partidos com os representantes da categoria.
A luta pelo diploma vai se consolidando. E a categoria sabe que pode contar aqui com um aliado.
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