“A forma do corpo deve seguir, respeitar, amar e entender o sentido do corpo!”
Diz- se que o formato do corpo revela nossa personalidade! Será?
No Livro Linguagem do Corpo de Cristina Cairo, o formato do nosso corpo revela características e traços de personalidade humana, identificando como cada um de nós lida com as emoções. O tamanho dos quadris, glúteos, ombros, peito, mamas, abdômen, panturrilha, gordura localizada, culotes, entre outros, demonstram como está o interior do ser humano e seus conflitos mais íntimos.Revela-se, então, que o exterior reflete o interior.
No mundo filosófico o corpo refletido no espelho descobre a subjetividade. Uma explicação dogmática de Jacques Lacan sobre o "estágio do espelho". Teoria, que busca especificar o processo de formação do indivíduo humano por meio da identificação da imagem representada pela “sensação de si”.
Os pensadores que estudaram a Filosofia da Corporeidade tentaram explicar a existência humana através de fundamentos que valorizavam a mente e desprezavam o corpo.
Na atualidade, a busca pela perfeição da forma e o sentido do corpo estão cada vez mais presentes. Pessoas sentem-se retraídas consigo mesma por não perceberem de fato, que são parte de um todo e aí não estão se reconhecendo.
Na verdade, o corpo tem linguagem própria e fala por si mesmo de várias maneiras e muitas vezes não são percebidas. No caminhar, no olhar, no modo de se expressar e assim ele apresenta sua evolução científica, ganhando criatividade e toda uma expressão individual, de como de fato somos.
Os pensadores da Modernidade contribuíram muito com suas idéias e assim fomos influenciados de alguma forma. Neto (1998) citando Moreira e Manuel Sérgio apresentou vários aspectos e sentidos do corpo:
Pelo corpo é que podemos atingir uma concepção global do homem; pela linguagem corporal é que o homem ganha um meio extraordinário de comunicação e linguagem; o corpo constitui, tanto o interior como o exterior, o primeiro e mais importante ponto de referência e de relação; o corpo revela uma personalidade, uma cultura e, por decorrência, uma sociedade; o corpo não pode ser concebido como simples máquina a serviço do espírito, porque sem ele o espírito é impensável; é através do corpo que a cultura capta seus limites, tanto os de ordem biológica como psicológica; é pelo corpo que a cultura deixa deser platônica e tenta realizar aunidade humana com o nascimento da idéia, onde está presente o homem integral; as atividades corporais podem e devem estimular o senso estético e, dessa forma, contribuir para a valorização da educação e do lazer; as atividades corporais merecem através do jogo e do desporto, exercitar a criatividade, a liberdade, a alegria e o bem estar de todos nós.
In PERES, S; BRANDL, N; BRANDL, C. Educação Física: Abordagem Histórica do Corpo e Novas Perspectivas. Cascavel: EDUNIOESTE, 1998.
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